Mês agitado no WhatsApp! Veja tudo o que mudou no app

O WhatsApp anunciou uma leva de atualizações este mês que abrangem conversas, chamadas e canais. Ao todo, são doze recursos inéditos que prometem tornar o gerenciamento de grupos mais eficiente e melhorar a experiência geral de uso da plataforma. Entre os destaques está um indicador de “Online” para grupos, que mostra em tempo real quantos participantes estão ativos no aplicativo.

A função se assemelha ao que já é comum em plataformas como Discord, onde é possível visualizar o status online de membros em servidores. Apesar de o WhatsApp não ter confirmado se os usuários poderão controlar manualmente essa visibilidade, o recurso deve facilitar a visualização de quem está acompanhando as conversas naquele momento.

Novas opções para notificações em grupos do WhatsApp e novidades em eventos

  • Usuários que se sentem sobrecarregados com o excesso de notificações em grupos agora terão mais controle.
  • Com a função “Notificar para”, é possível selecionar “Destaques” para receber alertas apenas de respostas, menções com “@” ou mensagens de contatos salvos.
  • Quem preferir, pode optar por receber todas as notificações com a opção “Todos”.
  • Além disso, será possível reagir a mensagens com um toque em cima da reação de outro usuário — comportamento semelhante ao adotado no Slack e no próprio Discord.
  • A criação e o gerenciamento de eventos no WhatsApp também foi aprimorada.
  • Agora, os usuários podem confirmar presença como “talvez”, convidar um acompanhante e definir data e hora de término.
  • Outra novidade é a possibilidade de criar eventos em conversas privadas, com opção de fixá-los em grupos para facilitar o acesso posterior.

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Recursos exclusivos para iPhone

Duas funcionalidades foram lançadas apenas para usuários de iPhone.

A primeira é um leitor de documentos integrado, que permite escanear, recortar e salvar arquivos sem depender de outros aplicativos. A segunda permite que o WhatsApp seja definido como o app padrão para chamadas e mensagens. Para isso, basta acessar as configurações do iOS, tocar em “Apps padrão” e selecionar o WhatsApp como principal.

Melhorias em canais e chamadas

A aba de atualizações dos canais foi ampliada e agora permite transcrever mensagens de voz recebidas. Outra adição foi o envio de notas de voz em vídeo com até 60 segundos de duração, disponíveis para administradores de canais que queiram compartilhar conteúdos curtos com seus seguidores. Também é possível convidar pessoas para um canal por meio de um código QR.

Nas chamadas em vídeo, o aplicativo afirma que houve melhorias na qualidade e estabilidade da conexão. Usuários podem adicionar novos participantes diretamente a partir da conversa, tocando no ícone de chamada, e agora há suporte para o gesto de pinça para dar zoom no vídeo ao vivo.

No final de março, o WhatsApp lançou outro recurso muito pedido pelos usuários, o compartilhamento de músicas nas atualizações do status.

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Meta: julgamento pode tirar WhatsApp da empresa; entenda

A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos iniciará na próxima segunda-feira, 14 de abril, um julgamento antitruste que pode dissolver a Meta. A big tech é acusada de monopolizar ilegalmente o mercado de redes sociais ao comprar o Instagram e o WhatsApp.

A ação não é nova e começou no primeiro governo de Donald Trump. Agora, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tenta se aproximar da gestão do republicano e dissuadi-lo do julgamento – algo que, até agora, não aconteceu.

Além de Zuckerberg, outros líderes da big tech, do Instagram e WhatsApp devem depor.

Meta enfrentará julgamento antitruste por aquisição do WhatsApp e Instagram

O processo está marcado para começar na segunda-feira (14), com expectativa de durar alguns meses. O governo dos Estados Unidos argumenta que as aquisições do Instagram, em 2012 (por US$ 1 bilhão), e do WhatsApp, em 2014 (por US$ 19,3 bilhões), eliminaram possíveis ameaças ao domínio da Meta no mercado.

Ação começou no primeiro governo Trump (Imagem: JarTee / Shutterstock)

A ação foi movida na primeira gestão de Trump e continuou no governo Biden, como parte de um quadro maior de como as leis antitruste devem ser aplicadas. Essa onda de processos também atingiu o Google (relembre aqui).

O julgamento deve contar com depoimentos de Zuckerberg e outros líderes seniores da empresa, como a ex-COO Sheryl Sandberg, o CTO Andrew Bosworth, o CMO Alex Schultz e o CPO Chris Cox. Empresas de mídia social rivais, como Snap, Pinterest e TikTok, também participarão.

Zuckerberg tenta convencer Trump a desistir da ação

A Meta se defende da acusação de monopólio argumentando que foi ela quem ajudou as empresas a se tornarem grandes nomes do setor. E nesse caminho, enfrentou muita concorrência.

A big tech também mexe as peças ‘fora de campo’. Zuckerberg tem tentado se aproximar do atual governo de Trump. Primeiro, a empresa anunciou o fim do programa de verificação de fatos dizendo que “trabalharia com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo” contra censura nas redes sociais. Depois, compareceu à posse do republicano, ao lado de outros executivos do setor da tecnologia.

Segundo o The Verge, nos últimos dias Zuckerberg tentou fazer com que Trump desistisse do processo pessoalmente. O presidente da FTC, Andrew Ferguson, indicou que obedeceria uma ordem vinda de cima… mas, até agora, o julgamento está mantido para segunda-feira.

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Empresa nega as acusações (Imagem: mundissima/Shutterstock)
  • Na primeira etapa do processo, o juiz responsável pelo caso vai determinar se a Meta violou a lei antitruste ao comprar o Instagram e o WhatsApp;
  • As alegações partem do pressuposto que, na época das compras, o Instagram tinha apenas 30 milhões de usuários e o WhatsApp tinha 450 milhões;
  • Hoje, as duas acumulam bilhões de usuários e são algumas das principais receitas da big tech;
  • O Instagram mais ainda, devido à receita de anúncios que chega a US$ 10 bilhões, em conjunto com o Facebook.

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Julgamento é forte

Rebecca Haw Allensworth, professora de antitruste da Faculdade de Direito de Vanderbilt, disse ao The Verge que a FTC tem um “dos mais fortes casos de tecnologia apresentados nos últimos cinco anos”. Essa força vem da evidência de uma suposta intenção anticompetitiva da Meta ao comprar o Instagram e WhatsApp.

Isso porque, em 2012, Zuckerberg teria mandado uma mensagem para o então diretor financeiro da Meta dizendo que “as redes são estabelecidas e, se cresceram em grande escala, poderão nos causar muitos transtornos”. A mensagem poderia indicar que ele já estava ciente da posição competitiva.

No entanto, a real intenção do executivo para a compra não é o único fator a ser levado em conta para declarar a Meta culpada ou não, o que dificulta o julgamento.

O que sabemos é que a big tech deve se defender, já que o Instagram é uma importante fonte de receita. Além disso, Instagram e WhatsApp são importantes na implementação do sistema de inteligência artificial Meta AI, que a big tech considera como um importante passo na corrida de IA.

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Aço do futuro alia sustentabilidade e economia

Um estudo publicado esta semana na revista ACS Energy Letters apresenta um avanço promissor rumo a uma indústria siderúrgica mais limpa. A pesquisa propõe uma nova forma de produzir ferro – principal componente do aço – sem depender de carvão ou altas temperaturas, dois grandes vilões das emissões globais de carbono.

Em poucas palavras:

  • Cientistas desenvolveram um novo método para produzir ferro sem usar carvão nem altas temperaturas;
  • A técnica usa eletricidade para extrair ferro do minério, reduzindo emissões e operando de forma mais limpa;
  • No laboratório, o processo funcionou bem com materiais puros, mas os minérios naturais são mais complexos;
  • Para entender esse impacto, os pesquisadores testaram partículas com diferentes estruturas internas;
  • As partículas porosas permitiram uma produção mais rápida e eficiente do que as densas;
  • Com essa velocidade, o processo pode competir com o modelo tradicional e ajudar a tornar a siderurgia mais limpa.

Parte essencial da vida moderna, o aço hoje está em construções, carros, eletrodomésticos, pontes e maquinários. No entanto, seu processo de fabricação, baseado em altos-fornos alimentados por carvão, torna a siderurgia uma das indústrias mais poluentes do mundo. A produção de ferro, etapa inicial dessa cadeia, é responsável por grande parte dessas emissões.

Presente em quase tudo ao nosso redor, o aço se tornou indispensável no cotidiano moderno – de edifícios e veículos a eletrodomésticos, pontes e equipamentos industriais. Crédito: Giulio_Fornasar – Shutterstock

Processo usa eletricidade na produção do aço ecológico

Com a demanda por aço crescendo no mundo inteiro, cientistas buscam alternativas que mantenham a produtividade sem comprometer o meio ambiente. Nesse cenário, pesquisadores da Universidade de Oregon (OSU), nos EUA, apostam na eletroquímica como solução.

Liderada pelo químico Paul Kempler, a equipe desenvolveu um processo que usa eletricidade para extrair ferro do óxido de ferro, um tipo comum de minério. Esse método opera em temperaturas mais baixas e sem o uso de combustíveis fósseis. Além disso, gera cloro como subproduto – uma substância valiosa para outras aplicações industriais.

No laboratório, a técnica funcionou bem com materiais puros. Mas os minérios naturais são mais complexos, com variações de forma, composição e estrutura. Para levar a ideia do laboratório à indústria, era preciso entender como esses fatores interferem na eficiência do processo eletroquímico.

Foi isso que os pesquisadores se propuseram a investigar. Eles criaram partículas de óxido de ferro com composições semelhantes, mas com arquiteturas internas diferentes (algumas porosas, outras densas) e testaram seu desempenho na produção de ferro.

O resultado foi claro: porosidade faz diferença. As partículas porosas permitiram uma produção de ferro mais rápida e eficiente. Isso ocorre porque elas têm uma maior área de superfície interna, o que facilita as reações químicas envolvidas no processo eletroquímico.

Já as partículas densas limitaram a quantidade de ferro produzida e tornaram o processo mais lento. “Com as partículas realmente porosas, conseguimos fazer ferro rapidamente em uma pequena área”, explicou Andrew Goldman, coautor do estudo, em um comunicado. “As densas não conseguem atingir a mesma velocidade”.

É a forma e a porosidade, não o tamanho, das partículas de óxido metálico que importam para a eficiência na fabricação eletroquímica de ferro. Crédito: Paul A. Kempler et. al. / ACS Energy Letters

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Eficiência na fabricação reduz custos

Essa velocidade de produção é um fator decisivo para viabilizar a tecnologia em escala industrial. Grandes usinas eletroquímicas são caras de construir, e sua rentabilidade depende da rapidez com que produzem materiais. Se o ferro puder ser fabricado de forma ágil e constante, o investimento se paga mais rapidamente.

Usando as partículas porosas, a equipe estima que o ferro pode ser produzido por menos de US$600 (em torno de R$3,5 mil) por tonelada métrica – um valor comparável ao do processo tradicional, que usa carvão. Isso mostra que a eletroquímica pode ser competitiva não só ambientalmente, mas também economicamente.

Além disso, melhorias futuras podem reduzir ainda mais os custos. A equipe pretende aperfeiçoar o design dos eletrodos e explorar novos materiais porosos como matéria-prima. O objetivo é aumentar a eficiência, diminuir o consumo de energia e ampliar a escala do processo.

Para acelerar essa transição, os pesquisadores firmaram parcerias com engenheiros civis da OSU e com uma empresa especializada em fabricação de eletrodos. Essas colaborações visam transformar a ideia experimental em uma tecnologia comercial viável.

Para Goldman, a pesquisa mostra que é possível conciliar produção industrial e responsabilidade ambiental. “Ainda temos muito a resolver, claro. Mas este trabalho serve como ponto de partida para repensar como soluções industriais podem ser mais sustentáveis”.

Se bem-sucedido, o método pode inaugurar uma nova era para a siderurgia – menos dependente do carvão, mais alinhada às metas climáticas e com menor impacto ambiental. Em um setor historicamente difícil de descarbonizar, esse avanço oferece uma nova perspectiva para um futuro mais limpo.

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Siri continua a dar dor de cabeça para jurídico da Apple

Ações judiciais apresentadas no Canadá e nos Estados Unidos acusam a Apple de enganar consumidores ao divulgar atualizações da Siri que ainda não estão disponíveis. Não são as primeiras ações a alegarem isso. E provavelmente não serão as últimas.

Segundo um dos processos, protocolado num tribunal federal da Califórnia, a empresa teria violado leis de propaganda enganosa e concorrência desleal.

Quem comprou iPhone 16 esperando Siri turbinada com IA alega se sentir enganado pela Apple

Os autores da ação alegam que não teriam comprado um iPhone 16 (ou que não teriam aceitado pagar tanto) se soubessem que os recursos prometidos em 2024 não estariam prontos até agora.

Apple anunciou atualizações na Siri durante a WWDC 2024, em junho de 2024 (Imagem: Apple/YouTube)

Uma queixa parecida foi apresentada recentemente na província canadense de Colúmbia Britânica, segundo o Vancouver Sun.

Esta não é a primeira vez que a empresa é processada pelo mesmo motivo. Em março, uma ação semelhante foi registrada na Califórnia. As ações coletivas podem ser unificadas, caso avancem na Justiça.

No geral, as ações pedem que a Apple indenize compradores do iPhone 16 que se sentiram enganados. Os valores ainda serão definidos em julgamento. Até agora, os advogados da Apple não se pronunciaram sobre os processos, segundo o MacRumors.

Propaganda da Siri turbinada com IA

A Apple promoveu as futuras novidades da Siri em eventos, em seu site, na TV — com comercial estrelado pela atriz Bella Ramsey (Game of Thrones, Last of Us), inclusive — e em outras mídias.

Imagem de anúncio da Apple sobre atualização da Siri com a atriz Bella Ramsey sorrindo e segurando um iPhone
Parte da campanha da Apple sobre atualizações na Siri foi um comercial com a atriz Bella Ramsey (Imagem: Apple)

Os recursos da Siri turbinada foram apresentados pela primeira vez na conferência WWDC 2024, em junho de 2024, como parte do pacote de novidades da Apple Intelligence (relembre aqui). Na época, a empresa prometeu que as funcionalidades seriam lançadas até junho de 2025.

No entanto, a Apple declarou, em março de 2025, que precisaria de mais tempo. Agora, a previsão é que os recursos sejam lançados apenas “no decorrer do próximo ano”. Ou seja, recursos anunciados em 2024 que eram para 2025 agora ficaram para 2026.

Tela de um iPhone com um texto explicativo sobre a integração da Siri com o Apple Intelligence
Tudo indica que Siri turbinada com IA vai ficar disponível apenas no iOS 19 (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

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Inicialmente, os recursos eram esperados com a chegada do iOS 18.4, lançado na semana passada. Agora, tudo indica que só ficarão disponíveis no ciclo do iOS 19.

As melhorias prometidas incluem uma Siri mais inteligente, capaz de entender o contexto pessoal do usuário, identificar o que está na tela e controlar aplicativos de forma mais precisa. A ver quando esses recursos vão sair das páginas de roteiro para anúncios.

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Ataques hackers disparam e Brasil se torna um dos principais alvos

Um novo relatório divulgado pela NETSCOUT SYSTEMS aponta que ataques DDoS foram o principal método utilizado por hackers no ano passado. Além disso, o trabalho destaca que estas ações têm relação direta com conflitos geopolíticos.

A empresa, que atua no desenvolvimento de soluções de cibersegurança, ainda afirmou que o Brasil foi o mais da América Latina mais visado pelos cribercriminoos. Foram meio milhão de ataques cibernéticos apenas no segundo semestre de 2024.

Aumento de cerca de 43% em relação ao ano passado

Em toda a América do Sul, foram registrados 1.066.035 ataques DDoS no período analisado pelo relatório.

O número representa um crescimento de 29,83% em relação ao primeiro semestre do mesmo ano.

Brasil é um dos principais alvos dos ataques (Imagem: PX Media/Shutterstock)

Apenas em território brasileiro foram 514.210 ações, contra 357.422 ataques do último relatório, do primeiro semestre de 2024. Isso quer dizer que houve um aumento de cerca de 43% no número de atividades virtuais criminosas.

As empresas de telecomunicações sem fio (exceto de satélite) foram as mais visadas, sofrendo 48.845 ataques. Outros alvos importantes foram as infraestruturas de computação e hospedagem, com 28.923 ataques, e o setor de transporte local de frete, com 11.697 incidentes. 

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tela de computador exibindo alarme de ataque ddos
Um ataque DDoS é uma investida cibernética para atingir os servidores de uma plataforma online e torná-la inacessível para os demais usuários (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

Ferramenta usada na “guerra cibernética”

  • Ainda de acordo com o levantamento, ao longo do ano, os ataques DDoS mostraram uma forte conexão com conflitos sociais e políticos. 
  • Exemplos incluem o aumento de 2.844% em Israel, relacionado ao resgate de reféns feitos pelo Hamas e conflitos políticos.
  • Além disso, houve um crescimento de 1.489% na Geórgia, antes da aprovação da “Lei Russa” e o temor de uma aproximação maior com o regime de Vladimir Putin.
  • Já nas Américas, o México teve um salto de 218%, impulsionado pelas eleições no país.
  • Até o Reino Unido, com crescimento de 152%, aparece na lista após o Partido Trabalhista retomar o controle do governo.

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É um gorila? É um homem? Mistério sobre fóssil é resolvido

Um paleontólogo de Taiwan se deparou com um fóssil curioso em 2010. Era uma mandíbula que lembrava a de um gorila. A “peça”, encontrada no fundo do oceano por pescadores taiwaneses, intrigou cientistas por 15 anos. Agora, o mistério foi resolvido: o osso pertencia a um denisovano, parente dos neandertais.

A descoberta, publicada na revista Science nesta semana, amplia o que e sabe sobre onde denisovanos viveram. Até então, seus fósseis tinham sido encontrados apenas na Sibéria e no Tibete. Agora, Taiwan integra esta lista.

Fóssil de denisovano fazia parte de coleção particular

A mandíbula, chamada de Penghu 1, foi analisada por uma equipe internacional liderada por Chun-Hsiang Chang, do Museu Nacional de Ciências Naturais de Taiwan. Ele conheceu o fóssil por meio de um colecionador particular.

(Imagem: Yusuke Kaifu)

Ao estudar o fóssil, Chang percebeu que não era de um gorila. O formato não era em U, mas projetado para fora do queixo, como nas mandíbulas humanas. No entanto, não tinha o queixo proeminente dos Homo sapiens.

“Pensei que parecia humana, mas não de um humano moderno”, contou Chang, segundo o New York Times. Ele convenceu o colecionador a emprestar a peça ao museu. Ao longo dos cinco anos seguintes, trabalhou com outros cientistas para investigar sua origem.

Determinar a idade da mandíbula foi um desafio. Isso porque sua origem exata no fundo do mar era desconhecida. Pela química do osso, os cientistas descobriram semelhanças com fósseis de uma hiena asiática de cerca de 400 mil anos.

Ilustração de homem denisovano andando em floresta com dois mamutes ao fundo
(Imagem: Cheng-Han Sun)

Taiwan era separado do continente naquela época. Mas houve períodos em que o nível do mar caiu, formando pontes de terra. Os pesquisadores acreditam que o homem de Penghu 1 viveu numa dessas épocas.

A hipótese de que o fóssil era de um denisovano já existia desde 2010, ano em que os primeiros restos desse grupo foram encontrados na caverna Denisova, na Sibéria. Um dente da mandíbula se assemelhava a outro encontrado lá. Porém, isso não bastava.

Os pesquisadores tentaram extrair DNA do osso, mas não conseguiram. Em 2015, a pesquisa emperrou.

Análise de proteínas antigas

Então, o cientista Frido Welker passou a trabalhar com análise de proteínas antigas. Em 2019, ele encontrou fragmentos de colágeno numa mandíbula de 160 mil anos no Tibete. E concluiu que era de um denisovano.

Homens das cavernas em volta de fogueira
Descoberta recente expande mapa dos misteriosos denisovanos (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Isso o levou a buscar outros fósseis com características parecidas. Foi aí que a mandíbula de Penghu, com seus dentes grandes, entrou no seu radar. E Welker contatou Chang.

Em 2023, o fóssil foi levado a Copenhague, na Dinamarca, para nova análise. O resultado confirmou: havia proteínas compatíveis com as de denisovanos.

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Outro dado veio das proteínas do esmalte dentário. Elas mostraram que o fóssil era de um homem adulto. Isso porque carregava a versão masculina do gene do esmalte, localizada no cromossomo Y.

Com essa confirmação, o mapa dos denisovanos se expandiu. Ainda assim, os cientistas acreditam que outras pistas podem estar guardadas em cavernas do sudeste asiático. E também em coleções de museus mundo afora.

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Tarifaço: montadoras já começam a abandonar os EUA

As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começaram a movimentar o setor automotivo nos Estados Unidos. Marcas tradicionais, como Audi e Jaguar Land Rover, foram as primeiras a suspender a exportação de veículos para o país.

A taxa extra de 25% sobre o setor de autopeças e na importação de carros de passeio e picapes prontas começou a valer no dia 3 de abril. A resposta veio em menos de uma semana.

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Além da Audi e da Jaguar Land Rover, outras montadoras também reagiram ao tarifaço do republicano. O Grupo Stellantis, responsável por Jeep e Fiat, por exemplo, paralisou a produção em fábricas no Canadá e no México – e suspendeu centenas de funcionários.

Várias marcas, aliás, mantêm plantas no México. E por vários motivos: a mão de obra é mais barata do que nos EUA, o governo federal dá bastante apoio, os impostos são mais baixos e a localização geográfica é excelente, facilitando o envio de carros para o vizinho americano.

A Jaguar Land Rover foi uma das primeiras montadoras a “abandonar os EUA”, mas ela não será a única – Imagem: Zakaria Zayane/Unsplash

O que pode acontecer agora?

  • O g1 conversou com representantes de várias montadoras e, obviamente, nenhuma delas gostou do tarifaço.
  • A grande maioria, no entanto, disse apenas que ainda avalia os efeitos da medida antes de tomar qualquer decisão.
  • Especialistas da área, porém, já fazem suas projeções sobre o futuro do setor.
  • A principal aposta é de um crescimento menor em 2025.
  • Alguns estudos falavam em uma alta global de 4% – número que deve cair agora.
  • Essa queda tem a ver com uma redução das vendas – uma redução que deve chegar à casa de 1 milhão de veículos.
  • Isso por causa da alta dos preços: a tarifa deve aumentar o valor dos carros em até US$ 12 mil (mais de R$ 60 mil), o que deve assustar uma boa parte do público.
  • Ah, mas isso não vai favorecer as empresas americanas?
  • Sim, mas a troca não é automática e orgânica.
  • Uma pessoa que quer um Audi específico não vai comprar um Ford no lugar dele.
  • A tendência é que esse consumidor espere mais para comprar o próximo carro.
  • O tarifaço também deve prejudicar o nível de emprego, a produção local e a eletrificação da frota.
  • Uma grande parte dos componentes de EVs são importados e isso deve atrasar a transição no país.
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O tarifaço de Trump tem potencial para destruir mercados globais – e até mesmo levar a uma recessão – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock

O que Trump alega?

O governo Trump reclama que todo o mundo estaria cobrando tarifas desproporcionais dos Estados Unidos. Ele já citou mais de uma vez o exemplo europeu. E, de fato, a União Europeia cobra uma taxa de 10% sobre os veículos americanos, sendo que os EUA cobravam antes um valor de apenas 2,5% sobre carros de passeio europeus.

Agora, o que Trump não fala é que os mesmos EUA aplicam um tributo de 25% sobre todas as picapes importadas – justamente o modelo de carro que faz mais sucesso no país.

Na ponta do lápis, portanto, as taxas não são tão desproporcionais assim.

O presidente dos EUA também disse esperar que a mudança ajude a fortalecer a indústria nacional. É verdade que o país possui algumas gigantes, como Ford e GM, mas é difícil ver essas duas companhias respondendo pela quase totalidade do mercado.

Dados da agência de classificação de risco Standard & Poor’s mostram que, em 2024, 46% dos 16 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos no período foram importados. Estamos falando, portanto, de mais de 7 milhões de carros!

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Trump reclama das tarifas de outros países, mas os EUA cobram altas taxas de picapes importadas, favorecendo empresas locais, como a Ford e a GM – Imagem: Divulgação/Ford

Outro problema está no país de origem desses automóveis. Além do México, a lista inclui potências como Japão, Coreia do Sul e Canadá.

No caso mexicano, 76% da produção é exportada para o vizinho americano. Isso representa mais de 3 milhões de veículos. Se as exportações pararem (ou diminuírem), para onde vai tanto produto?

É claro que essa produção também deve cair, mas ainda assim vai sobrar carro no México. E para onde eles vão? Há uma possibilidade real deles virem para o mercado latino-americano, sobretudo o Brasil, já que os dois países possuem um acordo de livre comércio.

Pois é, o tarifaço de Trump é um verdadeiro tsunami no mercado automotivo. E quem pode sofrer é a nossa indústria, se tivermos de enfrentar a poderosa concorrência mexicana.

As informações são do g1.

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Conta de luz: 60 milhões de brasileiros podem ter isenção das tarifas

O Ministério de Minas e Energia está finalizando um projeto de lei que prevê reformas no setor elétrico brasileiro. Entre as propostas discutidas, está a ampliação da isenção do pagamento das contas de luz para cidadãos de baixa renda.

A chamada tarifa social oferece descontos no pagamento das tarifas para indígenas, quilombolas, idosos que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) e famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal com renda até meio salário único.

Objetivo é ampliar a isenção de tarifa já existente

A ideia do governo federal é que haja uma isenção de pagamento de tarifa de energia elétrica para essas populações caso elas consumam até 80 kWh por mês. Isso poderia beneficiar até 60 milhões de pessoas no país.

Atualmente, a isenção completa do pagamento ocorre em caso de consumo de até 50 kWh e vale para indígenas e quilombolas. Já os idosos com BPC e as famílias do CadÚnico têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja menor que 220kWh.

Contas de luz colocadas uma sobre a outra, na diagonal
Número de pessoas beneficiadas pela isenção pode aumentar significativamente (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com a gratuidade de energia do consumo até 80 gigawatt por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia

O ministro não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos escalonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de “distorções internas do setor”.

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Ideia é expandir a tarifa social de energia elétrica (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Outras propostas apresentadas pelo governo

  • O Ministério de Minas e Energia observa que uma das distorções que será combatida com a nova proposta é o pagamento sobre a segurança energética.
  • A pasta diz que o pobre paga mais que o rico neste cenário.
  • E que boa parte do mercado livre não paga pela manutenção de Angra 1 e 2, por exemplo.
  • Outra proposta prevê dar mais liberdade de escolha para o consumidor, inclusive residencial, em relação à origem da energia que ele irá consumir.
  • O projeto de lei deverá ser encaminhada à Casa Civil ainda neste mês.

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