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OpenAI e Google pressionam por acesso a dados protegidos para treinar IA

A OpenAI e o Google estão pressionando o governo dos EUA para permitir que seus modelos de IA sejam treinados utilizando material protegido por direitos autorais. A informação é do portal The Verge.

Ambas as empresas argumentam que a aplicação de proteções de uso justo à IA é crucial para garantir a segurança nacional e para manter a liderança dos EUA no campo da inteligência artificial, especialmente em relação à China.

As propostas foram feitas em resposta a um pedido da Casa Branca para que diversos setores contribuam com o “Plano de Ação de IA” do governo, uma iniciativa que visa fortalecer a posição dos Estados Unidos como potência em IA, ao mesmo tempo em que evita a imposição de “requisitos onerosos” que possam afetar a inovação.

OpenAI teme ser superada pelas IAs chinesas

  • A OpenAI defende que, se as empresas americanas não puderem acessar material protegido por direitos autorais para treinar seus modelos de IA, os EUA poderão perder sua liderança na área para a China.
  • A empresa argumenta que os desenvolvedores de IA na China terão acesso irrestrito a dados, incluindo dados protegidos, o que fortalecerá seus modelos.
  • Caso as empresas americanas não tenham acesso ao uso justo desses dados, a corrida pela IA estaria, segundo a OpenAI, efetivamente encerrada.
OpenAI e outras empresas de IA enfrentam desafios legais relacionados ao uso de dados protegidos (Imagem: TY Lim/Shutterstock)

Google ressalta importância dos dados públicos para treinar IA

  • O Google compartilha uma visão semelhante, afirmando que as políticas de direitos autorais, privacidade e patentes podem limitar o acesso a dados essenciais para o treinamento de modelos de IA.
  • A empresa ressalta que as exceções de uso justo e de mineração de texto e dados têm sido “críticas” para o treinamento de IA utilizando dados públicos disponíveis, pois permitem o uso de material protegido sem prejudicar os detentores dos direitos autorais.
  • Além disso, evitam negociações longas e desequilibradas com detentores de dados durante o desenvolvimento dos modelos.
  • Além disso, evitam negociações longas e desequilibradas com detentores de dados durante o desenvolvimento dos modelos.

Anthropic pede ao governo mais infraestrutura

  • A Anthropic, outra empresa importante no setor de IA, também enviou uma proposta ao governo, mas focou em aspectos diferentes.
  • A empresa pediu que o governo desenvolvesse um sistema para avaliar os riscos de segurança nacional dos modelos de IA e sugeriu o fortalecimento dos controles de exportação de chips de IA.
  • Além disso, como o Google e a OpenAI, a Anthropic também sugeriu que os EUA investissem em uma infraestrutura energética mais robusta para suportar o crescimento da inteligência artificial.

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Entretanto, várias empresas de IA, incluindo a OpenAI, enfrentam processos judiciais por usar conteúdo protegido por direitos autorais no treinamento de seus modelos.

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Empresas de IA dos EUA temem serem superadas se seu acesso a dados para treinar modelos for limitado – Imagem: Ascannio/Shutterstock

A OpenAI está sendo processada por veículos de notícias, como o New York Times, e até celebridades, como Sarah Silverman e George R.R. Martin.

Outras empresas, como Apple, Anthropic e Nvidia, também foram acusadas de utilizar legendas de vídeos do YouTube, o que a plataforma alegou violar seus termos de serviço.

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400 km em minutos: conheça o novo carregador de 1 MW da BYD

A BYD revelou seu mais recente avanço tecnológico: a estação de recarga Megawatt Flash Charger, capaz de fornecer incríveis 1000 kW de potência. Essa inovação promete transformar a experiência de recarga de veículos elétricos, equiparando-a ao tempo de um abastecimento convencional de um automóvel a combustão.

Projetado para operar com veículos de alta voltagem de 1000V, o sistema possibilita recuperar 400 km de autonomia em meros 5 minutos.

Primeiro carregador para veículos de passeio a alcançar 1 MW

  • O Megawatt Flash Charger se destaca como a primeira estação de recarga para veículos de passeio a alcançar 1 MW de potência, operando com 1000V e 1000A.
  • Em testes práticos, o sistema atingiu essa marca em apenas 10 segundos, demonstrando sua eficiência em modelos como o BYD Han L EV e o Tang L EV.
  • Em um teste específico, a recarga de 7% a 50% foi concluída em apenas 4,5 minutos.
  • A nova estação de recarga da BYD supera significativamente as tecnologias concorrentes, como a Tesla V4 (500 kW), Li Auto 5C (520 kW), NIO Power (640 kW) e Xpeng S5 (800 kW).
  • Os veículos elétricos utilizados nos testes estavam equipados com a nova bateria de 1500V e módulo de carboneto de silício da BYD, que aprimora a eficiência da descarga elétrica.
  • Wang Chuanfu, presidente da BYD, revelou o ambicioso plano de instalar mais de 4 mil dessas estações ultrarrápidas em toda a China.
Novidade visa superar um dos principais obstáculos à adoção em massa dos elétricos: o tempo de recarga. (Imagem: Divulgação/BYD)

Apesar de já ser reconhecida pela segurança e durabilidade de suas baterias LFP Blade, a BYD enfrentava críticas em relação à velocidade de recarga, inferior às baterias de outras montadoras. Para superar esse desafio, a empresa desenvolveu sua primeira linha de veículos com sistema elétrico de 1000V, otimizada para o novo carregador de 1000 kW.

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A BYD continua a expandir seu portfólio com o lançamento de uma nova plataforma de 1000 volts para veículos elétricos. Essa tecnologia proporciona maior eficiência energética, tempos de recarga drasticamente reduzidos e melhor desempenho dos motores elétricos. Além disso, a nova arquitetura permite o uso de baterias de alta densidade e sistemas de propulsão mais avançados, estabelecendo um novo padrão para o segmento.

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Graças ao Hubble, Webb investiga mais a fundo nebulosa misteriosa

O Telescópio Espacial James Webb, da NASA, mirou numa região densa e empoeirada da Nebulosa da Chama. E registrou o fraco brilho infravermelho de anãs marrons jovens – objeto que é quase uma estrela. Isso é difícil, senão impossível, para a maioria dos telescópios. E só foi possível graças a décadas de dados coletados por meio de outro telescópio: o Hubble.

Localizada a cerca de 1,4 mil anos-luz da Terra, a Nebulosa da Chama é um berço de formação estelar que existe há menos de um milhão de anos. Nela, há objetos tão pequenos que seus núcleos nunca serão capazes de fundir hidrogênio como as estrelas completas – são as anãs marrons, muitas vezes chamadas de “estrelas fracassadas“.

Com o tempo, o brilho dessas anãs se torna muito tênue. E elas ficam muito mais frias do que outros tipos de estrelas. Por isso observá-las é tão difícil. Mas não impossível – pelo menos, para o telescópio James Webb.

Equipe de astrônomos usa telescópio James Webb para entender formação de estrelas e planetas

Uma equipe de astrônomos usou a capacidade do Webb para explorar o limite de massa mais baixo das anãs marrons dentro da Nebulosa da Chama. O que eles descobriram: objetos flutuando livremente com cerca de duas a três vezes a massa de Júpiter.

Imagem em infravermelho capturada pelo telescópio James Webb destaca três objetos de baixa massa na Nebulosa da Chama (Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI, M. Meyer – Universidade de Michigan)

“O objetivo deste projeto foi explorar o limite fundamental de baixa massa do processo de formação de estrelas e anãs marrons”, disse o autor principal do estudo, Matthew De Furio, da Universidade do Texas em Austin, em comunicado publicado pela NASA.

A fragmentação de estrelas e anãs marrons

O limite de baixa massa procurado pela equipe é definido pela fragmentação. Nesse processo, grandes nuvens moleculares se fragmentam em unidades menores e menores. Tanto estrelas quanto anãs marrons se originam dessas nuvens.

A fragmentação depende de vários fatores. Entre os principais, está o equilíbrio entre temperatura, pressão térmica e gravidade.

Conforme os fragmentos se contraem por conta da gravidade, seus núcleos aquecem. Se um núcleo for grande o suficiente, começará a fundir hidrogênio. Então, a pressão externa criada por essa fusão contra-ataca a gravidade, o que impede o colapso e garante a estabilização do objeto (leia-se: estrela).

Colagem de imagens da Nebulosa da Chama mostra imagem do Hubble à esquerda, enquanto as duas inserções à direita são imagens do James Webb
Colagem de imagens da Nebulosa da Chama mostra imagem do Hubble à esquerda, enquanto as duas inserções à direita são imagens do James Webb (Imagem: NASA, ESA, CSA, M. Meyer – University of Michigan, A. Pagan – STScI)

No entanto, fragmentos cujos núcleos não são compactos e quentes o suficiente para queimar hidrogênio continuam a se contrair enquanto irradiam seu calor interno.

A fragmentação cessa quando um fragmento se torna opaco o suficiente para reabsorver sua própria radiação, o que interrompe o resfriamento e impede o colapso adicional.

Teorias colocaram o limite inferior desses fragmentos em algum lugar entre uma e dez massas de Júpiter. O estudo em questão, publicado no Astrophysical Journal Letters, reduz significativamente essa faixa.

“Encontramos menos objetos com cinco vezes a massa de Júpiter do que objetos com dez vezes a massa de Júpiter”, disse De Furio. “E encontramos muito menos objetos com três vezes a massa de Júpiter do que objetos com cinco vezes a massa de Júpiter. Não encontramos nenhum objeto com massa abaixo de duas ou três vezes a de Júpiter.”

Legado do Hubble

Embora o Hubble não consiga observar anãs marrons na Nebulosa da Chama com massa tão baixa quanto o Webb consegue, o telescópio foi crucial para identificar candidatos para estudos mais aprofundados.

Na imagem do Hubble, os objetos de baixa massa estão escondidos pela densa poeira e gás da região; nas imagens do Webb, eles aparecem devido à sensibilidade do telescópio à luz infravermelha tênue
Na imagem do Hubble, os objetos de baixa massa estão escondidos pela densa poeira e gás da região; nas imagens do Webb, eles aparecem devido à sensibilidade do telescópio à luz infravermelha tênue (Imagem: NASA, ESA, CSA, Alyssa Pagan – STScI)

“Ter dados [coletados por meio] do Hubble nos últimos 30 anos nos permitiu saber que esta é uma região realmente útil para estudar a formação de estrelas”, disse De Furio. Ele se referiu aos “pedaços” da Nebulosa da Chama investigados pela equipe por meio do Webb.

“É um salto quântico em nossas capacidades em relação ao que entendíamos com o Hubble. O Webb realmente está abrindo um novo campo de possibilidades, entendendo esses objetos”, explicou o astrônomo Massimo Robberto, do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial.

Investigar anãs marrons a fundo é importante porque pode ajudar a ciência a entender melhor como estrelas e planetas se formam.

Próximos passos

A equipe vai continuar estudando a Nebulosa da Chama por meio das ferramentas espectroscópicas do Webb. O objetivo é detalhar ainda mais os diferentes objetos dentro de seu casulo empoeirado.

“Há uma grande sobreposição entre as coisas que poderiam ser planetas e as coisas que são anões marrons de massa muito, muito baixa”, disse Michael Meyer, da Universidade de Michigan. “E esse é o nosso trabalho nos próximos cinco anos: descobrir o que é o quê e por que.”

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O plano do novo CEO da Intel para salvar a empresa

O novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, afirmou que a empresa precisará adotar “decisões difíceis” para se recuperar de uma crise financeira profunda. Ele vai assumir o controle da fabricante de chips nesta terça-feira (18).

Tan substitui os co-CEOs interinos David Zinsner e Michelle Johnston Holthaus, que assumiram, temporariamente, o comando da gigante da tecnologia após a aposentadoria inesperada de Pat Gelsinger no final de 2024.

Corte de gastos e aumento de desempenho

O novo CEO está considerando mudanças significativas nos métodos de fabricação de chips e estratégias de inteligência artificial da Intel. Segundo a Reuters, esta estratégia prevê cortes de funcionários e a melhora do desempenho de seu braço de fabricação, a Intel Foundry, que fabrica chips para outras empresas de design, como a Microsoft.

Outra promessa de Tan é a de retomar os planos para produzir chips que alimentam servidores de IA, olhando para áreas além dos servidores, como software, robótica e modelos de base de inteligência artificial.

Lip-Bu Tan já foi conselheiro da big tech (Imagem: divulgação/Intel)

Um dos principais desafios da nova gestão será fazer a operação voltar a funcionar de forma satisfatória no curto prazo. Já para o futuro, a aposta está na próxima geração de chips avançados equipados com recursos de IA, chamada Panther Lake.

O próprio CEO destaca que o sucesso da Intel está intimamente ligado aos resultados das vendas do chip. No entanto, isso pode levar algum tempo. A previsão é que a novidade seja lançada apenas em 2027, o que exigirá da empresa bastante foco para se manter em atividade até lá.

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Intel acabou superada pela TSMC (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

O que está acontecendo com a Intel

  • A Intel dominou o setor de fabricação de chips semicondutores por anos, mas acabou sendo superada pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
  • Durante a maior parte de sua história, a empresa fabricou chips apenas para si mesma.
  • Em 2021, no entanto, houve uma mudança importante e a companhia passou priorizou a fabricação de chips para outras empresas.
  • O problema foi que a Intel não conseguiu fornecer o nível de serviço técnico e ao cliente da rival TSMC, levando a atrasos e testes reprovados.
  • Desde então, a empresa vem acumulando prejuízos nos últimos balanços financeiros.
  • No ano passado, por exemplo, a perda foi de US$ 19 bilhões.

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SpaceX, de Musk, pede proteção dos EUA contra tarifas de outros países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu escalar a guerra comercial global ao anunciar a aplicação de tarifas contra todos os países do mundo. No entanto, esta medida está causando preocupação até mesmo nos principais aliados do republicano.

Após manifestação da Tesla pedindo a revisão destas taxações, por medo de que isso aumente os custos de importação de veículos elétricos, outra empresa de Elon Musk adotou um posicionamento semelhante: a SpaceX, dona da rede Starlink.

  • A empresa alertou a Casa Branca de que as barreiras comerciais podem afetar seu serviço de comunicações via satélite em países estrangeiros.
  • A companhia argumenta que os concorrentes não enfrentam custos de importação no exterior.
  • Já a SpaceX precisa pagar a governos estrangeiros pelo acesso ao espectro, taxas de importação sobre equipamentos Starlink e outras taxas regulatórias, que inflacionam “artificialmente” os custos operacionais no exterior.
  • Por isso, a cobrança de tarifas retaliatórias por outros governos podem inviabilizar os serviços.
Starlink reclama das cobranças feitas por governos estrangeiros (Imagem: Ssi77/Shutterstock)

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Musk e Trump estão mais próximos do que nunca

A Starlink opera em mais de 120 países em todo o mundo. A empresa descreveu os requisitos como uma “barreira comercial protecionista não tarifária”, em uma carta ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA.

Segundo a companhia, “essas políticas anticompetitivas têm sido usadas por operadoras estrangeiras para bloquear ou retardar a SpaceX de fornecer um serviço de melhor qualidade e menor custo aos clientes nesses países”.

Ao fundo, fotos de ELon Musk (direita) e Donald Trump (esquerda); à frente, parte da bandeira dos EUA tremulando na tela de um smartphone
Trump nomeou Musk para um cargo na Casa Branca (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Lembrando que Musk é um dos principais aliados de Trump. O empresário, inclusive, assumiu um cargo na Casa Branca. Ele chefia o chamado Departamento de Eficiência Governamental, que tem como objetivo reduzir os gastos do governo.

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Efeito fotoelétrico e o Nobel de Einstein

No dia 14 de março comemoramos o aniversário de um grande físico: Albert Einstein, um dos cientistas mais icônicos e populares da história. Sinônimo de genialidade, ele revolucionou nossa compreensão do Universo com a Teoria da Relatividade, mostrando que o espaço e o tempo são relativos, que a gravidade é uma curvatura do espaço-tempo e que E=mc². Entretanto, curiosamente, não foi por isso que ele recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1921. O reconhecimento veio por um trabalho menos famoso que a Relatividade e que sua língua – mas igualmente revolucionário: a explicação do Efeito Fotoelétrico. Mas afinal, o que é esse efeito? E por que ele foi tão importante para a ciência?

A famosa foto de Albert Einstein feita em 1951 – Créditos: Arthur Sasse

O Efeito Fotoelétrico, em termos simples, ocorre quando a luz incide sobre um material e “arranca” elétrons dele. Podemos ver esse efeito em ação nas células de um painel solar, que transformam a luz do Sol em eletricidade. “Quando a luz incide sobre as células solares, ela arranca elétrons e gera uma corrente elétrica. Simples, não é? Só que esse fenômeno, observado pela primeira vez em 1887 pelo físico alemão Heinrich Hertz, escondia um mistério. Por décadas, os cientistas tentaram entender como ele funcionava, mas até o final do século XIX, ninguém conseguiu explicar.

O problema é que naquela época, a luz era entendida apenas como uma onda eletromagnética, e as teorias da física clássica não conseguiam explicar o Efeito Fotoelétrico. Os cientistas esperavam que, quanto mais intensa fosse a luz (mais energia), mais elétrons seriam arrancados e com maior velocidade. Mas os experimentos mostravam o contrário! Apenas algumas cores específicas, ou seja, certas frequências do espectro, conseguiam arrancar elétrons, independentemente da intensidade da luz. E esse comportamento, a física clássica não explicava.

Representação esquemática do efeito fotoelétrico: fótons arrancando elétrons de uma chapa metálica – Créditos: Ponor / wikimedia.org

O enigma só foi resolvido em 1905, por um jovem físico de 26 anos que, longe dos grandes laboratórios e universidades, trabalhava como escriturário em um escritório de patentes na Suíça. Seu nome? Albert Einstein! Em seu artigo, Einstein propôs uma ideia revolucionária: a luz não era apenas uma onda, mas também se comportava como se fosse composta por pequenos “pacotes” de energia, chamados de quanta (ou fótons, como seriam chamados mais tarde).

Cada fóton carrega uma quantidade específica de energia, que é proporcional à sua frequência (cor). Se essa energia for suficiente, o elétron é ejetado. Mas se não for, aumentar a intensidade da luz não faz diferença alguma — uma descoberta que contrariava tudo o que se esperava da física clássica! O efeito fotoelétrico é como uma festa, onde o que faz as pessoas levantarem e dançarem não é o volume da música, e sim o ritmo em que ela toca! 

E Einstein descreveu de forma brilhante essa relação com uma equação simples e elegante:

E = hf − ɸ

Onde E representa a energia do fotoelétron, h é a constante de Planck, f é a frequência da luz e ɸ é a energia mínima necessária para arrancar um elétron do material.

Era a prova definitiva da dupla natureza da luz: às vezes, ela se comporta como uma onda; outras vezes, como uma partícula!

A descoberta de Einstein foi um marco na história da física. Ela não apenas explicou o Efeito Fotoelétrico, mas também lançou as bases da física quântica, revolucionando nossa compreensão da luz e da matéria. A ideia de que a luz pode se comportar tanto como partícula quanto como onda — a chamada dualidade onda-partícula — tornou-se um dos pilares da física moderna.

Einstein em 1904, no escritório de patentes suíco que trabalhou – Créditos: Lucien Chavan

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Além de sua importância teórica, o Efeito Fotoelétrico impulsionou avanços tecnológicos que fazem parte do nosso cotidiano. As células fotovoltaicas, que convertem a luz solar em eletricidade, são baseadas nesse fenômeno. Sensores de câmeras de celulares e telescópios espaciais, fotocélulas usadas em portas automáticas, leitores de código de barras e muitos outros dispositivos também operam sob esse princípio.

Embora Einstein seja mais lembrado por sua Teoria da Relatividade, foi sua explicação do Efeito Fotoelétrico que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física em 1921. Essa descoberta — que em 2025 completa 120 anos — nos lembra que a ciência está em constante evolução e que até as descobertas mais inesperadas podem abrir caminho para verdadeiras revoluções científicas e tecnológicas.

Então, no aniversário de Einstein, celebremos não apenas sua genialidade, mas também o poder da ciência de desvendar os mistérios do universo e transformar nossa visão do cosmos. Graças ao Efeito Fotoelétrico, podemos enxergar a luz das estrelas como um fluxo de partículas cruzando a vastidão do espaço até alcançar a Terra, energizando sensores e revelando a beleza e a grandiosidade do universo. O legado de Albert Einstein, assim como a luz, continua a iluminar os caminhos da ciência e da humanidade.

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O plano da China para superar os EUA na corrida das IAs

Geopolítica e tecnologia sempre andaram juntas. E o cenário atual é mais uma prova disso, com os governos da China e dos Estados Unidos travando um disputa ferrenha pela hegemonia tecnológica global.

Em meio a este cenário, Pequim acaba de anunciar a criação de um fundo para acelerar o desenvolvimento da inteligência artificial. O objetivo é aproveitar o recente sucesso do modelo de IA DeepSeek.

IA é considerada essencial para impulsionar crescimento econômico

  • Chamado de “fundo de orientação de capital de risco estatal”, ele se concentrará em áreas de ponta, como IA, tecnologia quântica e armazenamento de energia de hidrogênio.
  • A expectativa é que sejam atraídos quase um trilhão de yuans, o que equivale a aproximadamente US$ 138 bilhões (quase R$ 790 bilhões) em capital ao longo de 20 anos.
  • Pequim considera os chips de ponta, computação quântica, robótica e inteligência artificial como essenciais para impulsionar o crescimento econômico do país.
  • Ainda mais em meio a pressão gerada pelas restrições impostas pelos EUA, o que exige o desenvolvimento de uma poderosa indústria doméstica chinesa.
Atuação do fundo se concentrará em áreas de ponta (Imagem: FOTOGRIN/Shutterstock)

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Importância das empresas privadas chinesas

Foram anos priorizando a inovação tecnológica em detrimento da demanda doméstica. Agora, no entanto, os líderes chineses parecem ter mudado de abordagem, prometendo um maior comprometimento com o fortalecimento do consumo.

A esperança chinesa vem, principalmente, das empresas privadas. No mês passado, o presidente Xi Jinping se reuniu com os principais executivos de tecnologia do país. Durante o encontro, ele afirmou que era “hora nobre” para empresas privadas “darem o máximo de si em suas capacidades”.

China aposta na inovação tecnológica para continuar crescendo (Imagem: Igor Kutyaev/iStock)

A iniciativa privada contribui com mais de 60% para o PIB da China e mais de 80% do emprego. No entanto, muitas empresas, particularmente no setor de tecnologia, ainda estão se recuperando após uma severa repressão regulatória que durou mais de três anos.

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Dois pontos de vista do mesmo eclipse nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos duas imagens que representam dois pontos de vista do mesmo eclipse. Confiram:

Eclipse lunar visto da Terra

Crédito: Nyêrdson Ferreira

A primeira imagem traz um fantástico registro do eclipse da madrugada desta sexta, 14 de março. Durante um eclipse lunar total, a Lua passa entre a Terra e o Sol e, da perspectiva da Terra, é possível ver a sombra do nosso planeta sendo projetada na Lua, como podemos ver nessa foto feita de São José de Piranhas, PB. Durante um eclipse, a Lua ganha tonalidade avermelhada porque uma pequena parte da luz vermelha do Sol é refratada na atmosfera da Terra e atinge nossa vizinha cósmica, tingindo sua superfície temporariamente.

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Eclipse solar visto da Lua

Crédito: Firefly Aerospace

Podemos ver um pouco deste fenômeno na segunda imagem desta semana. Enquanto está acontecendo um eclipse lunar total por aqui, lá  na Lua, é a Terra que bloqueia o disco solar, formando uma espécie de “Eclipse Solar Terrestre”. E foi justamente esse fenômeno que foi registrado pela primeira vez hoje pela Blueghost, da empresa Firefly, atualmente pousada no Mare Crisium. Na imagem, é possível notar o anel de luz que se forma em torno da Terra momentos antes do início da totalidade do eclipse. Esse anel é justamente a visão da luz do Sol refratada na atmosfera da Terra. É essa luz, tênue e avermelhada que pinta a Lua durante um eclipse.

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Polêmica no Gemini: modelo está removendo marcas d’água de imagens geradas por IA

Na semana passada, o Google expandiu acesso gratuito à ferramenta de geração de imagens do modelo Gemini 2.0 Flash. Agora, usuários descobriram que o recurso não apenas pode produzir imagens controversas, como também remove marcas d’água de conteúdos feitos por inteligência artificial.

A rotulagem se popularizou justamente para impedir que imagens geradas usando IA sejam confundidas com obras reais.

Rotulagem de imagens de IA é amplamente adotada pelos chatbots (Imagem: Reprodução/Kapersky)

Atualização do Gemini pode ser um problemão

A atualização do Gemini incluiu a liberação do Gemini 2.0 Flash gratuitamente. Entre os recursos disponíveis, está uma ferramenta de geração e edição de imagens usando IA.

De acordo com o TechCrunch, relatos de usuários indicaram que o recurso estaria gerando imagens de celebridades e personagens protegidos por direitos autorais sem nenhum tipo de ressalva.

Além disso, o recurso é capaz de remover marcas d’água de IA prévias (uma rotulagem para sinalizar que uma imagem foi gerada artificialmente). Os usuários @deedydas e @tanayj publicaram no X exemplos do que o Gemini pode fazer:

De acordo com os relatos, a ferramenta é bastante avançada. Além de remover as marcas d’água, o Gemini estaria corrigindo os espaços vazios, tornando as imagens mais realistas.

Leia mais:

Marcas d’água servem como proteção contra imagens geradas por IA

Com o avanço das ferramentas geradoras de imagens, veio a preocupação com a desinformação, mediante a possibilidade de que os conteúdos artificiais sejam confundidos com imagens reais. As empresas do setor concordaram em implementar marcas d’água de IA, uma espécie de rótulo para sinalizar que um conteúdo foi produzido artificialmente.

O Claude 3.7 Sonnet, da Anthropic, se recusa explicitamente a remover esse rótulo, alegando que se trata de algo “antiético e potencialmente ilegal”. O GPT-4o também impede a ação.

O Gemini parece estar falhando nisso:

  • Além da desinformação, a ferramenta levanta preocupações envolvendo o uso de conteúdos protegidos por direitos autorais;
  • No entanto, por ora, o gerador está disponível apenas para uso “experimental”, não para “produção”;
  • Os relatos também destacam que, apesar de avançado, o removedor de marcas d’água não é perfeito, com dificuldades com rótulos semitransparentes ou que cobrem grandes partes da imagem.

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Último domingo do verão terá chuvas intensas e risco de inundações no Norte do Brasil

O verão de 2025 está chegando ao fim no Brasil. Neste fim de semana, enquanto o Sul do país terá temperaturas mais amenas devido à entrada de uma massa de ar frio de origem polar, a região Norte enfrenta chuvas volumosas e risco de inundações pela atuação da Zona de Convergência Intertropical.

O último fim de semana da estação também será marcado por pancadas de chuva no Sudeste, influenciadas por uma frente fria. Leve um guarda-chuva se você estiver pelo litoral do Rio de Janeiro, no centro-sul e oeste de Minas Gerais e no estado de São Paulo.

O que esperar no último fim de semana do verão?

  • Chuvas intensas no Norte: volumes podem ultrapassar 100 mm em estados como Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapã, elevando o risco de inundações.
  • Temperaturas amenas no Sul: o ar frio deixa as mínimas abaixo dos 10 °C nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
  • Pancadas de chuva no Centro-Oeste e Sudeste: a circulação de ventos e a umidade favorecem chuvas fortes em Brasília, Goiânia e na região da Grande Belo Horizonte.

Risco de enchentes aumenta no Norte com chuvas volumosas

O Norte do Brasil segue em estado de atenção devido às chuvas persistentes que atingem a região. Após um longo período de seca severa, rios importantes, como o Madeira, em Rondônia, voltaram a subir rapidamente.

No dia 11 de outubro de 2024, o Rio Madeira registrava apenas 19 cm em Porto Velho – o menor nível desde 1967. Agora, com as intensas precipitações, o nível já ultrapassou 15 metros, colocando a região em estado de alerta para inundações.

Após seca histórica, o Rio Madeira em Porto Velho (RO) já ultrapassou 15 metros. Imagem: Wesley Pontes / Defesa Civil de Porto Velho

O monitoramento hidrológico da Bacia Amazônica aponta que em Rio Branco (AC) e Itaituba (PA), os rios já atingiram a cota de inundação (vermelho), enquanto Porto Velho (RO) está em alerta (laranja). Essa situação pode impactar comunidades ribeirinhas e a logística regional nos próximos dias.

De acordo com as previsões meteorológicas, o volume de chuvas pode variar entre 40 e 80 mm entre sábado (15) e segunda-feira (17), mas em pontos isolados os acumulados podem ultrapassar 100 mm.

“O retorno das chuvas no Norte tira um pouco da pressão da estiagem severa vivida no ano passado, mas também traz desafios. O nível dos rios subiu rapidamente, aumentando o risco de enchentes”, explica Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima.

Sudeste e Centro-Oeste terão pancadas de chuva

A passagem de uma frente fria pelo litoral do Rio de Janeiro contribui para a formação de áreas de instabilidade no Sudeste e Centro-Oeste. No Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, há previsão de pancadas de chuva moderadas a fortes, com risco de temporais na Serra da Mantiqueira, Zona da Mata mineira e Grande Belo Horizonte.

No Centro-Oeste, o clima abafado predomina, com chuvas intercaladas ao longo do dia. Brasília e Goiânia devem registrar chuvas moderadas a fortes, principalmente à tarde e à noite.

Leia também:

Sul do Brasil terá temperaturas amenas no fim do verão

Enquanto as chuvas predominam no Norte e Centro-Oeste, o Sul do Brasil terá temperaturas mais baixas, especialmente à noite e ao amanhecer. A influência do ar frio de origem polar pode derrubar os termômetros para mínimas abaixo dos 10 °C nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O Paraná e Santa Catarina terão pancadas de chuva isoladas, principalmente à tarde e à noite. Já no Rio Grande do Sul, o sol predomina, com previsão de chuva apenas no litoral sul e na Campanha Gaúcha no domingo.

Monitoramento e alertas do Inmet

Alerta do INMET para 16/03/2025
Alerta do INMET para 16/03/2025. Imagem: INMET / Reprodução

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu alertas meteorológicos para diversas áreas do Brasil. Enquanto na maior parte do país, o perigo é apenas potencial, para uma faixa litorânea do Nordeste o alerta é laranja, incluindo: Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Piauí.

Com informações do Climatempo (1 e 2) e INMET.

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