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Viu uma foto do eclipse lunar desta semana? Ela pode ser falsa!

Um eclipse lunar total na madrugada desta sexta-feira (14) foi visto em boa parte do mundo, incluindo no Brasil. E claro, a Lua de Sangue nos céus rendeu belas imagens. O Olhar Digital separou uma coletânea delas aqui.

Mas tem um problema: a geração de imagens artificiais ficou mais fácil. Ou seja, as ‘fotos’ circulando na internet e nas redes sociais podem não ser o que dizem.

Pensando nisso, o astrofotógrafo e caçador de asteroides David Rankin conversou com o site Space.com e deu dicas de como saber se uma imagem do eclipse lunar desta semana é verdadeira ou artificial.

Eclipse lunar total foi visto em boa parte do mundo (Imagem: Time and Date/reprodução)

Imagens do eclipse lunar total podem enganar

Rankin é astrofotógrafo do RankinStudio e faz parte do programa Catalina Sky Survey, da NASA. Ele lembrou como era difícil e trabalhoso falsificar imagens antigamente, no Photoshop, por exemplo. Agora, basta usar a IA. Rápido e fácil.

Ele explicou as consequências disso:

Isso não está impactando apenas a astronomia, mas todas as áreas da fotografia, de paisagens a modelagem, vida selvagem e muito mais. As pessoas estão desesperadas por curtidas e reconhecimento, então estão dispostas a se envolver em técnicas de edição que eu acho que vão além da manipulação básica de imagens e entram no reino da arte de fantasia.

David Rankin

O fotógrafo destacou como está nesse ramo há muitos anos e, normalmente, as pessoas são competitivas. As imagens feitas por IA muitas vezes são consideradas fotografias e, por isso, surgiram para facilitar a vida de alguns profissionais. E nem estamos falando daquelas imagens escrachadas geradas artificialmente. Às vezes, trata-se de simples ajudinha da tecnologia para editar a foto ou melhorar a qualidade – o que engana ainda mais o público na hora de identificar o que é real.

Esse é o caso do eclipse lunar desta semana, que criou uma bela Lua de Sangue no céu. Você com certeza viu imagens impressionantes circulando nas redes sociais. Mas será que todas elas são verdadeiras?

Essa imagem é verdadeira, mas é antiga. Você acreditaria? (Crédito: Small Chip – Shutterstock)

Dicas para identificar imagens falsas

David Rankin deu dicas de como distinguir imagens falsas e verdadeiras do eclipse lunar.

Imagens falsas tendem a exagerar

A Lua é linda e cheia de detalhes. Porém, ela está longe e costuma ficar pequena nas fotos. Se você se deparar com uma imagem da Lua grande em relação ao primeiro plano, pode ser que ela tenha sido ampliada para chamar mais atenção.

Esse tipo de visualização fica mais fácil se houver outros objetos na foto, como prédios e casas, que sirvam como referência. Mas saiba: se a Lua estiver muito grande na foto, tem algo de errado.

Olhe para as estrelas

E se não houver pontos de referência na foto? Você pode olhar para as estrelas ao redor dela. Ranking explicou que a Lua não ocupa muito espaço no céu noturno e, se a imagem tiver sido ampliada, será possível perceber um espaçamento incomum em relação às estrelas.

Já se você tiver um pouco mais de conhecimento do céu noturno, pode analisar a posição do astro. Vamos supor que você esteja vendo uma foto do eclipse lunar supostamente tirada da América do Sul. De repente, vê a constelação Ursa Maior. Ela não deveria estar ali, já que é visível apenas no Hemisfério Norte. De duas uma: ou o “autor” da imagem mentiu sobre o local onde a fotografia foi tirada, ou trata-se de uma montagem em um céu noturno diferente.

Você também pode se guiar pela posição da Lua em relação às principais constelações (ou usar um site especializado para isso, como o Astrometry.net).

Imagem artificial de um eclipse lunar total formando uma Lua de Sangue
Essa é falsa – e foi gerada pelo Olhar Digital para mostrar a diferença (Imagem gerada com IA via DALL-E/Olhar Digital)

Pesquise e pergunte

Tirar uma foto da Lua com o celular pode ser desafiador. Os registros mais impressionantes de fenômenos no céu noturno vêm de astrônomos (profissionais ou amadores) com equipamentos especializados, como câmeras ou telescópios. No caso dos telescópios, o crédito normalmente vem junto da foto, ajudando a identificar a autoria. Também é possível perguntar diretamente ao autor.

Outra dica é fazer uma pesquisa reversa de imagem no Google. Não é incomum que uma foto seja antiga (ou tenha um autor diferente) e esteja sendo publicada novamente para aproveitar o assunto em alta. A pesquisa revelará se aquele registro já foi publicado antes.

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Procure registros de especialistas

Muitas imagens publicadas por observadores na internet são legítimas, mas uma boa saída para garantir que a foto é verdadeira é optar por páginas (ou fotógrafos) especializados no assunto.

Você pode buscar perfis ou instituições de renome, como a NASA, Agência Espacial Europeia e observatórios, ou fotógrafos e astrônomos prestigiados no assunto.

O mais importante é não acreditar em tudo online. Rankin destaca que as plataformas de redes sociais não são boas em identificar imagens falsas – e nem estão interessadas em fazer isso.

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Chromecast parou de funcionar? Veja como instalar a correção do Google

Usuários de dispositivos Chromecast — especificamente os modelos de segunda geração e o Chromecast Audio — respiram aliviados com a notícia de que o Google disponibilizou uma correção para uma falha que os tornou inoperantes.

A gigante da tecnologia agiu para resolver o inconveniente, liberando uma atualização de software que promete restaurar a plena funcionalidade dos aparelhos afetados.

O que aconteceu com o Chromecast?

O problema, que se manifestou no início da semana, impedia o uso dos Chromecasts, exibindo uma mensagem de “dispositivo não confiável” e apontando para um firmware desatualizado, bloqueando o acesso aos aplicativos.

A falha gerou frustração entre os usuários, que se viram impedidos de desfrutar dos recursos de seus dispositivos de streaming.

O Chromecast Audio também foi afetado pelo problema. (Imagem: Colin Hui / Shutterstock)

Como corrigir o erro no seu Chromecast

A empresa, ciente do transtorno causado, liberou nesta quinta-feira, 13 de março de 2025, uma atualização que está sendo distribuída gradualmente aos modelos afetados. Para receber a atualização, os usuários precisam apenas manter seus aparelhos conectados à internet. A distribuição da correção acontece automaticamente.

Durante o processo de busca pela solução, o Google recomendou que os proprietários dos aparelhos não restaurassem as configurações de fábrica dos Chromecasts, dado que essa operação desabilitaria a possibilidade de receber as correções e atualizações de forma automática, e que dificultaria, ainda mais, o reestabelecimento do aparelho.

Leia mais:

Paralelamente à liberação da correção, a equipe do Google segue buscando um método de auxiliar aqueles que, contrariando as recomendações iniciais, já haviam redefinido seus dispositivos para as configurações originais, impossibilitando a atualização automática. A empresa assegura que manterá os usuários informados sobre os próximos passos dessa resolução.

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Vigilância rigorosa e restrições: China está de olho na DeepSeek

A China supostamente está mantendo uma vigilância rigorosa na startup DeepSeek. A popularidade do modelo de raciocínio R1 é visto como um caso de sucesso tecnológico para o país. Para garantir que isso continue, o governo chinês está impondo restrições para a empresa, incluindo triagem de investidores e permissão para viajar aos Estados Unidos.

O ‘efeito DeepSeek’ observado desde o início do ano motivou outras companhias chinesas a apostarem no mercado – mas também as rivais a reagirem, algo que deixa o país mais “protetor” com a IA.

China estaria restringindo viagens da DeepSeek à China (Crédito: Chitaika/Shutterstock)

Sucesso da DeepSeek deixou a China com olhos abertos

De acordo com o site The Information, a China acredita no potencial da DeepSeek de se tornar um caso de sucesso tecnológico no país, uma espécie de “tesouro nacional” da tecnologia.

Tudo começou com o lançamento do modelo de raciocínio R1 da empresa e sua projeção astronômica ao redor do mundo, que chamou atenção de investidores e baixou ações de gigantes da tecnologia americanas.

Com isso, o governo chinês estaria impondo restrições e normas rígidas à companhia, visando protegê-la. Uma dessas restrições é a triagem de potenciais investidores, algo que o fundador Liang Wenfeng já tinha indicado anteriormente (saiba mais aqui).

Outra envolve viagem de executivos da DeepSeek aos Estados Unidos. A empresa estaria retendo passaportes de funcionários para impedir viagens aos EUA, temendo perder segredos comerciais.

A startup não se pronunciou sobre o assunto.

Mão segurando celular com o aplicativo da DeepSeek na tela
Chatbot é visto como joia chinesa (Reprodução: Solen Feyissa/Unsplash)

Leia mais:

Efeito DeepSeek: IA chinesa impulsionou busca por modelos mais eficientes

  • A DeepSeek chamou atenção do mundo em janeiro, provando que é possível desenvolver IA de ponta com menos recursos – e com as restrições dos Estados Unidos;
  • Agora, o entendimento do mercado é de que é possível criar modelos de IA sem a necessidade de gastar bilhões de dólares, focando na eficiência. O Olhar Digital deu detalhes aqui;
  • O ‘efeito DeepSeek’ também estaria motivando empresas chinesas a apostarem de vez no setor de IA. Leia mais aqui.

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Pegadas de dinossauro são encontradas em escola da Austrália

Paleontólogos descobriram 66 pegadas de 47 dinossauros de três dedos em uma rocha que estava em exposição numa escola em Queensland, Austrália. O artefato apresenta traços de uma espécie pouco conhecida na história natural da região.

A rocha foi um presente da área de mineração Callide para o colégio Biloela, que fica próximo da mina. Os mineradores de carvão encontraram a pedra e identificaram as pegadas de dinossauro, mas não houve uma pesquisa aprofundada na época.

Tudo mudou quando um time liderado por Anthony Romillo, paleontólogo da Universidade de Queensland, descobriu os vestígios pré-históricos. Eles visitaram a escola após uma pesquisa anterior do grupo ganhar popularidade e a instituição de ensino entrar em contato.

Pegadas na pedra destacadas digitalmente. (Imagem: University of Queensland)

Os cientistas passaram por desafios para fazer a pesquisa. A rocha pesa duas toneladas, por isso foi necessário um grupo grande para que pudessem movê-la até uma posição ideal para ser estudada. Também tiveram que retirar os chicletes que os alunos colaram no artefato.

Depois que a equipe fez um modelo 3D e fotografou o objeto, conseguiram se aprofundar na descoberta.  “Eu pude ver que havia muitas pegadas de dinossauros, sabia que era uma descoberta altamente significativa.” diz Romilio em um comunicado.

O solo onde os animais gravaram os vestígios teria sido uma superfície arenosa com uma camada rasa de água. Ao lado das pegadas, há também buracos que provavelmente foram feitos por invertebrados escavadores.

Uma espécie misteriosa de dinossauro

A equipe não pôde associar nenhum osso fóssil conhecido com as pegadas. Além disso, como esqueletos de dinossauros do Jurássico Inferior nunca foram encontrados na Austrália, o grupo não conseguiu constatar exatamente de qual espécie são as pegadas.

No entanto, a principal hipótese é de que sejam do Anomoepus scambus. Os cientistas a consideram uma icnoespécie, um tipo de espécime conhecido apenas por traços de fósseis e vestígios como pegadas, ninhos e fezes.

“Eles são todos pequenos animais que fizeram as pegadas. Todos parecem ser o mesmo tipo de dinossauro herbívoro de duas pernas”, explica o doutor.

Modelo 3D do Anomoepus scambus
Modelo 3D do Anomoepus scambus. (Imagem: University of Queensland)

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Por meio do tamanho das marcas de três dedos, a equipe estimou que os dinossauros teriam pernas variando de 15 a 50 centímetros de comprimento. Com elas, estariam correndo a uma velocidade entre 2 e 6 quilômetros por hora quando registraram as pegadas.

“Evidências de fósseis de esqueletos encontrados no exterior nos dizem que dinossauros com pés como esses eram herbívoros, com pernas longas, corpo robusto, braços curtos e uma cabeça pequena com bico”, diz Romilio.

Modelos de alta resolução dos fósseis estão disponíveis online, permitindo que qualquer pessoa explore esses vestígios pré-históricos em detalhes. O grupo pretende seguir com as pesquisas a fim de conhecer melhor o passado natural da Austrália.

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China vai exigir rótulos para identificar conteúdo gerado por IA

Na tentativa de frear a onda de desinformação, a Administração do Ciberespaço da China (CAC) anunciou novas regras para rotular materiais gerados por inteligência artificial. O protocolo entrará em vigor em 1º de setembro, segundo a agência de notícias UNN.

O sucesso da IA ​​generativa é contraditória por si só: a tecnologia fornece soluções para diversas tarefas, mas também cria problemas de credibilidade e ética. É um recurso que ajuda a escrever ensaios, por exemplo, mas que também imita vozes humanas — uma linha tênue entre ficção e realidade. 

“A lei de rotulagem ajudará os usuários a detectar desinformação e responsabilizará os provedores de serviços pela rotulagem de seu conteúdo”, disse o CAC em um comunicado. “Isso é feito para reduzir o abuso de conteúdo criado com a ajuda de IA.”

Rótulos serão aplicados em imagens, vídeos e textos (Imagem: hanohiki/iStock)

A partir de agora, operadores de lojas de aplicativos na China deverão exigir dos desenvolvedores de softwares a revisão dos seus mecanismos de rotulagem, caso as plataformas ofereçam serviços de criação de conteúdo gerado por IA.

De acordo com o rascunho das medidas publicado em outubro do ano passado, os textos deverão ter uma tag no início, no fim e entre imagens do material. Para imitação de voz humana, será necessário incluir marcadores também no começo e encerramento do áudio.

Símbolos universais serão aplicados em conteúdos que manipulam rostos e gestos, além de experiências de realidade virtual imersiva. A fonte e a cor dos rótulos explícitos devem ser claros e legíveis para garantir fácil compreensão.

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, o Ministério da Segurança Pública e a Administração Nacional de Rádio e Televisão também participaram na elaboração das regras.

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Meta tem política própria de rotulagem para conteúdos de IA (Imagem: Meta/Divulgação)

Aliados improváveis

Em junho do ano passado, a União Europeia adotou as primeiras regras do mundo sobre IA. O Artificial Intelligence Act será totalmente aplicável no bloco em até dois anos. O documento também estabelece que imagens, arquivos de áudio ou vídeo (por exemplo, deepfakes) precisam ser claramente rotulados como gerados por IA.

Nos Estados Unidos, um projeto apresentado no ano passado por uma legislação bipartidária faria a mesma exigência às plataformas que abrigam conteúdos gerados de forma artificial. Os detalhes seriam elaborados pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, agência do Departamento de Comércio americano.

Mesmo sem regulamentação em alguns países, a Meta adotou uma política própria para identificar esse tipo de material no Facebook, Instagram e Threads.

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Mercedes: novo sedan de entrada será elétrico

A Mercedes-Benz anunciou que a versão mais recente do seu sedan de entrada, o CLA, será lançada inicialmente como um carro totalmente elétrico e, posteriormente, como híbrido, sem mais versões a gasolina. As informações são do New York Times.

Isso marca uma mudança significativa, já que muitas montadoras adaptavam carros a combustíveis fósseis para serem elétricos.

O CLA é o primeiro de muitos modelos da Mercedes a adotar essa tecnologia, destacando a prioridade da montadora pelos veículos elétricos, mesmo com incertezas políticas e de demanda.

Planos da Mercedes para o CLA

  • A empresa aposta no híbrido como uma forma de “hedge”, considerando que, caso os carros elétricos não dominem até 2030, ainda terá uma fonte significativa de receitas com os híbridos.
  • A Mercedes não divulgou o preço do novo CLA, mas afirmou que será acessível em comparação com o modelo atual.
  • O CLA elétrico oferece avanços como autonomia de até 800 km e carregamento rápido, enquanto a versão híbrida usará principalmente o motor a gasolina, com a capacidade de percorrer distâncias curtas apenas com a bateria.
Com o CLA, Mercedes demonstra que vai passar a priorizar modelos elétricos – Imagem: Mercedes-Benz/Divulgação

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A Mercedes vê a China como um mercado crucial, embora suas vendas tenham caído devido à crescente preferência por veículos elétricos de fabricantes locais. Nos Estados Unidos, as vendas de elétricos aumentaram, especialmente com incentivos fiscais.

O novo CLA também reflete o avanço na tecnologia de baterias, com uso de óxido de silício para aumentar a autonomia, além de incorporar inteligência artificial, como o assistente de busca de carregadores e o app RAiO.FYI, criado por will.i.am, cantor da banda Black Eyes Peas.

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Novo modelo do Mercedes CLA terá bateria com autonomia prolongada – Imagem: Felix Geringswald/Shutterstock

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Como um julgamento da Apple no Reino Unido pode mudar a cibersegurança

A Apple irá contestar uma solicitação do governo do Reino Unido para acessar dados criptografados de seus clientes em uma audiência no Royal Courts of Justice, em Londres, marcada para esta sexta-feira.

Uma matéria do The Guardian explica como essa batalha pelo acesso a serviços criptografados pode definir como as empresas serão capazes de proteger os dados dos clientes no futuro.

O governo britânico emitiu um “aviso de capacidade técnica” baseado no Investigatory Powers Act (IPA), exigindo que a Apple crie um “backdoor” no serviço Advanced Data Protection, permitindo o acesso de autoridades a dados criptografados armazenados na nuvem.

A Apple se opõe a essa medida, reforçando seu compromisso com a privacidade e afirmando que nunca criará backdoors em seus produtos.

Em resposta ao pedido, a Apple removeu a ferramenta ADP no Reino Unido, que implementava criptografia de ponta a ponta, protegendo as informações dos usuários.

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A Apple afirma que a solicitação do governo é uma violação dos direitos de privacidade e coloca em risco a segurança global dos dados dos usuários.

Além disso, grupos de direitos humanos como Liberty e Privacy International também se posicionaram contra, alertando que isso abriria um precedente perigoso para o acesso irrestrito a dados pessoais de bilhões de pessoas ao redor do mundo.

Apple se opõe a pedido do Reino Unido para ter acesso a seus dados criptografados (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Preocupações sobre seguranças serão analisadas secretamente

  • O caso tem uma relevância maior, já que será decidido em audiências secretas, o que limita a capacidade da Apple de contestar as evidências apresentadas pelo governo.
  • A Dra. Daniella Lock, professora de direito no King’s College London, ressalta que o tribunal pode considerar a solicitação do governo desproporcional, principalmente por envolver uma medida geral de vigilância.
  • O fato de o caso ser tratado com sigilo dificulta ainda mais a defesa da Apple, pois não permite um debate público claro sobre os impactos da decisão.

A situação também gerou preocupação nos Estados Unidos, com autoridades norte-americanas expressando seu desconforto com a abordagem do Reino Unido, comparando-a com práticas de vigilância autoritária, como as da China.

Legisladores americanos, de ambos os partidos, pediram ao tribunal que remova o sigilo da audiência e a torne pública, para garantir maior transparência.

Precedente pode ser divisor de águas

Se a Apple perder a batalha legal, isso poderá criar um precedente para outras empresas de tecnologia, como o WhatsApp, que também enfrentam desafios em relação à privacidade e à segurança dos dados.

O IPA exige que as empresas de telecomunicações notifiquem o governo sobre mudanças em seus serviços que possam impactar o acesso do governo aos dados dos usuários, o que pode levar a mais solicitações semelhantes no futuro.

O caso é, portanto, um teste significativo sobre o equilíbrio entre as necessidades de segurança nacional e a proteção dos direitos de privacidade dos cidadãos.

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Governo do Reino Unido justifica pedido de acesso aos dados da Apple com questões de segurança nacional – Imagem: Pixels Hunter/Shutterstock

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Nave privada na Lua ganha “anel de diamante” histórico em noite de eclipse

Na madrugada desta sexta-feira (14), um verdadeiro espetáculo tomou conta do céu: o primeiro eclipse de 2025. Enquanto para nós, a Lua foi ocultada pela sombra da Terra (ou seja, um eclipse lunar), do ponto de vista do satélite natural, foi o Sol que acabou escondido pelo planeta (o que caracteriza um eclipse solar).

Para os observadores na Terra, o céu ganhou uma “Lua de Sangue” por cerca de 65 minutos, gerando imagens incríveis que foram compartilhadas nas redes sociais – confira aqui.

Também há registros da ocultação do Sol pelo planeta. E o responsável pela captura foi o módulo de pouso Blue Ghost, da Firefly Aerospace, que pousou na Lua em 2 de março. Esse é um feito histórico, já que foi a primeira vez que um equipamento privado (sem ligação com qualquer agência espacial federal) observou um eclipse solar diretamente da superfície lunar. 

O módulo lunar Blue Ghost capturou um “anel de diamante” durante um eclipse solar total por volta das 5h30(pelo horário de Brasília), em 14 de março de 2025, do Mare Crisium, na Lua. Crédito: Firefly Aerospace

“Blue Ghost ganhou seu primeiro anel de diamante!”, celebrou a Firefly Aerospace, responsável pela sonda, em um comunicado. A expressão faz referência ao contorno luminoso do Sol ao redor da Terra.

Segundo a empresa, o módulo capturou a Terra bloqueando o Sol durante o eclipse por volta das 5h30 (pelo horário de Brasília). “Quando o Sol começou a espreitar ao redor da Terra, formou um anel de luz brilhante no céu lunar escuro”.

Uma foto tirada cerca de quatro horas antes do registro do “anel de diamante” mostra os estágios iniciais do eclipse. Alguns Instrumentos e antenas do Blue Ghost podem ser vistos na foto ao lado dos painéis solares da espaçonave.

Início do eclipse solar total, capturado pela sonda Blue Ghost em 14 de março de 2025, a partir da Lua. Crédito: Firefly Aerospace

O fenômeno “anel de diamante” também pode ser observado da Terra durante eclipses solares, quando surgem pontos luminosos à medida que a luz do Sol passa por vales e montanhas na superfície da Lua, momentos antes ou logo após a totalidade.

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O que o módulo Blue Ghost vai fazer na Lua

Desde o pouso e ao longo de 14 dias terrestres da missão (o equivalente a um dia lunar), a sonda Blue Ghost conduz operações na superfície e oferece suporte a demonstrações científicas e tecnológicas da NASA.

Confira abaixo o que está previsto nos trabalhos desempenhados pela espaçonave:

  • Perfuração subterrânea;
  • Coleta de amostras e imagens de raios X;
  • Testes do sistema global de navegação por satélite e da computação tolerante à radiação;
  • Captura de imagens de alta definição de um eclipse total – quando a Terra bloqueará o Sol acima do horizonte da Lua – em 14 de março;
  • Registro do pôr do sol, em 16 de março, fornecendo dados sobre como a poeira lunar levita devido às influências solares e cria um brilho no horizonte documentado pela primeira vez por Eugene Cernan, na Apollo 17.

A poeira lunar pode ser um desafio para futuras bases em nosso satélite natural. Por isso, observações e testes são importantes.

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Laboratório flutuante: barco a hidrogênio do Brasil será destaque na COP30

O Brasil vai apresentar duas embarcações adaptadas para operar 100% com hidrogênio verde durante a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro.

Ambas serão transformadas em laboratórios flutuantes, salas de aula e plataformas tecnológicas para fomentar a pesquisa, a educação ambiental e a preservação dos biomas brasileiros, além de eliminar emissões de gases de efeito estufa.

Com 50 metros de comprimento, o Explorer H1 será dedicado ao apoio de operações de mergulho; de manejo de ROV’s (veículos operados remotamente) e terá capacidade para apoiar operações de coleta de dados hidrográficos e oceanográficos, até 300 metros de lâmina d’água. Ele está ancorado no Estaleiro Arpoador, em Guarujá, São Paulo.

Parceria foi anunciada na 2ª edição da Foz Internacional Boat Show (Imagem: Náutica/Divulgação)

Já o Explorer H2 tem 36 metros de comprimento e é movido por um sistema de hidro jatos para navegar em águas muito rasas, tornando-o um barco de apoio especialmente adaptado para expedições. A embarcação está localizada no estaleiro INACE, em Fortaleza, Ceará.

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Iniciativa pioneira

O projeto inédito surgiu de uma parceria entre a JAQ Apoio Marítimo, grupo Náutica e o Parque Tecnológico Itaipu, selada durante a 2ª edição da Foz Internacional Boat Show, em novembro do ano passado.

Plano é colocar Brasil na vanguarda da transição energética náutica (Imagem: Náutica/Divulgação)

A iniciativa faz parte do plano de tornar o Itaipu Parquetec no maior centro nacional de pesquisa e tecnologia em hidrogênio verde em até dois anos. Instalado nas dependências da margem brasileira da Itaipu Binacional, o parque integra entidades como instituições de ensino, empresas e órgãos governamentais.

“A presença da embarcação na COP30 servirá como um símbolo do compromisso do Brasil com a transição energética, além de reforçar o papel do país como protagonista nas discussões globais sobre mudanças climáticas”, diz um comunicado da parceria.

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Como fazer o Google Maps virar uma ‘máquina do tempo’

O Google Maps, ferramenta indispensável para navegação e exploração virtual, esconde um recurso fascinante: a capacidade de viajar no tempo.

Através do Street View e do Google Earth, os usuários podem acessar imagens históricas de ruas e satélites, testemunhando a transformação de lugares ao longo dos anos.

Como usar o Street View para “viajar no tempo”

O Street View, funcionalidade que oferece vistas panorâmicas de 360º de ruas e pontos de interesse, permite revisitar o passado de locais específicos. Com um simples clique ou toque, é possível acessar imagens capturadas desde 2007, revelando como eram as ruas, edifícios e paisagens em diferentes épocas.

Para experimentar, basta seguir os passos abaixo:

  1. Acesse o Google Maps no navegador e clique em qualquer área com cobertura do Street View.
  2. Procure o link “Ver mais datas” na caixa de endereço.
  3. Selecione a data desejada nas miniaturas exibidas na parte inferior da tela.
Selecione a data desejada nas miniaturas. (Imagem: Captura de tela/Gabriel Sérvio)

Para fazer o mesmo no celular (Android e iOS), toque e segure em qualquer ponto do mapa com cobertura do Street View, em seguida, toque na foto do Street View no canto inferior esquerdo e, por fim, toque em “Ver mais datas” na parte inferior da tela.

Como explorar imagens históricas de satélite no Google Earth

O Google Earth, por sua vez, oferece acesso a imagens históricas de satélite, proporcionando uma visão panorâmica da evolução de paisagens urbanas e naturais. Com imagens que datam da década de 1970 em algumas regiões, é possível observar o crescimento de cidades, o desmatamento de florestas e outras mudanças significativas ao longo do tempo.

  1. Na versão web, clique no botão “Ativar imagens históricas” na barra de ferramentas superior.
  2. Em seguida, selecione a data desejada na linha do tempo exibida.
Com essas ferramentas, o Google possibilita uma viagem no tempo sem sair de casa. (Imagem: Captura de tela/Gabriel Sérvio)

Nos aplicativos móveis (Android e iOS), toque no botão de camadas (canto superior direito), ative a opção “Imagens históricas” e use a linha do tempo que se apresenta na parte inferior do aplicativo para navegar entre as datas.

Leia mais:

A capacidade de “viajar no tempo” com o Google Maps e Earth vai além da curiosidade. O recurso pode ser útil para diversos propósitos, como: observar a evolução de bairros, cidades e paisagens ao longo do tempo, analisar o crescimento de áreas urbanas e o impacto de intervenções, monitorar mudanças na cobertura vegetal e o impacto do desmatamento ou simplesmente relembrar como eram lugares importantes no passado.

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