Invencível terá quarta temporada no Prime Video? Confira o que já sabemos

No dia 13 de março, chega ao fim a terceira temporada de Invencível, animação que traz uma visão diferenciada (e bem sangrenta) do mundo dos super-heróis. Baseada na obra de mesmo nome escrita por Robert Kirkman (The Walking Dead), ela acompanha a saga de Mark Grayson, sucessor do herói mais poderoso da Terra, que revelou, na verdade, ser um grande tirano.

Os episódios mais recentes continuaram a mostrar que a vida do personagem não é nada fácil. Graças à volta de um antigo vilão, ele teve que enfrentar versões alternativas de si mesmo vindas de diversas realidades — e, quando esse evento traumático parecia ter chegado ao fim, um grande novo vilão se revelou.

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OpenAI sugere ao governo Trump que bloqueie a IA DeepSeek nos Estados Unidos

A OpenAI está recomendando ao governo Donald Trump que considere proibir o uso dos modelos de inteligência artificial da DeepSeek nos Estados Unidos, alegando que a plataforma rival é “subsidiada” pelo governo da China. A proposta aparece em um documento divulgado pela desenvolvedora do ChatGPT nesta quinta-feira (13).

De acordo com a empresa liderada por Sam Altman, os modelos de IA da startup chinesa, incluindo o de raciocínio R1, operam sob leis que exigem o armazenamento de dados em servidores instalados no país asiático. Essa prática estaria colocando as informações do usuário em risco.

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Universo estaria preso dentro de um buraco negro?

Desde que começou a operar em 2022, o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, tem transformado nossa compreensão do Universo primitivo. Agora, as observações mais recentes sugerem algo inesperado: a possibilidade de que o próprio Universo esteja dentro de um buraco negro.

O JWST, um projeto de US$10 bilhões, descobriu que a maioria das galáxias distantes giram na mesma direção. Aproximadamente dois terços delas giram no sentido horário, enquanto a fração restante gira para o lado oposto. Em um Universo aleatório, os astrônomos esperariam uma distribuição de 50% para cada lado, o que sugere uma orientação preferencial na rotação galáctica.

As observações fazem parte do programa JADES (sigla em inglês para Pesquisa Extragaláctica Profunda Avançada do JWST), que analisou 263 galáxias. Os resultados levantam dúvidas sobre a natureza do Universo e indicam que talvez ele tenha nascido girando. Essa ideia se encaixa na teoria de que o cosmos pode ser o interior de um grande buraco negro.

Galáxias observadas pelo JWST com aquelas girando em uma direção circuladas em vermelho, aquelas girando na outra wat circuladas em azul. Crédito da imagem: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (2025)

Um Universo dentro de outro

A hipótese, chamada de “cosmologia dos buracos negros” ou “cosmologia de Schwarzschild”, sugere que nosso Universo faz parte de um buraco negro dentro de outro Universo maior. O conceito foi originalmente proposto pelos cientistas Raj Kumar Pathria e I. J. Good e ganhou força com pesquisas mais recentes.

A ideia se baseia no “raio de Schwarzschild”, também conhecido como “horizonte de eventos” – a fronteira além da qual nada pode escapar de um buraco negro. Se isso for verdade, o horizonte de eventos do nosso Universo poderia ser equivalente ao limite de um buraco negro dentro de um “Universo pai”.

Isso poderia significar também que cada buraco negro dentro do nosso Universo pode ser uma passagem para um “Universo bebê”. Esses Universos seriam invisíveis para nós, pois estariam separados por seus próprios horizontes de eventos, impossibilitando a troca de informações entre eles.

Essa possibilidade foi defendida pelo físico teórico polonês Nikodem Poplawski, da Universidade de New Haven, nos EUA. Segundo ele, os buracos negros não se tornam singularidades infinitamente densas, mas sim pontos de transição para novas realidades.

Galáxias espirais vistas pelo JWST. Enquanto as galáxias circuladas em azul giram na direção oposta à da Via Láctea, as de vermelho giram da mesma direção da nossa galáxia. Crédito da imagem: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (2025)

Como os buracos negros criariam novos Universos?

Buracos negros se formam quando o núcleo de uma estrela massiva colapsa. A matéria em seu interior atinge densidades extremas, muito superiores às encontradas no restante do cosmos.

Na teoria de Poplawski, quando essa densidade atinge um limite crítico, um mecanismo associado à torção e à rotação do espaço-tempo impede que a matéria continue colapsando. Em vez disso, ocorre um efeito de “salto”, como uma mola comprimida que se expande de forma abrupta.

Essa expansão rápida poderia ser a origem do nosso próprio Universo. Isso explicaria o Big Bang e a rápida inflação cósmica que se seguiu, resultando na aparência homogênea e isotrópica do cosmos em grande escala.

Segundo Poplawski, esse processo cria uma ponte Einstein-Rosen, popularmente chamada de “buraco de minhoca“, conectando o Universo bebê ao Universo pai. Isso significa que nosso Universo poderia ser simplesmente um novo ciclo dentro de uma cadeia infinita de realidades geradas por buracos negros.

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Universo giratório ou erro de medição?

A teoria de Poplawski sugere que os buracos negros possuem rotação e que essa rotação pode ser herdada pelos Universos que nascem dentro deles. Se nosso Universo surgiu a partir de um buraco negro giratório, isso explicaria por que há uma direção preferida para a rotação das galáxias.

O JWST observou um alinhamento na rotação das galáxias que pode ser uma evidência desse fenômeno. Segundo Poplawski, essa descoberta pode indicar que nosso Universo realmente surgiu dentro de um buraco negro maior, cuja rotação influenciou a dinâmica das galáxias em nosso próprio cosmos.

“A torção do espaço-tempo fornece o mecanismo mais natural para evitar a formação de uma singularidade em um buraco negro e, em vez disso, criar um Universo fechado”, explicou Poplawski em um comunicado, acrescentando que um eixo preferencial de rotação no Universo poderia ser um traço herdado do buraco negro do qual surgiu.

Embora a hipótese de que o Universo está dentro de um buraco negro seja intrigante, há uma explicação alternativa para os dados do JWST.

Alguns cientistas sugerem que a rotação da própria Via Láctea pode ter influenciado as observações. No passado, a rotação da nossa galáxia era considerada lenta demais para impactar medições tão distantes. No entanto, se esse efeito for significativo, pode ser necessário recalibrar as medições de distância no Universo.

Uma recalibração afetaria a compreensão de fenômenos fundamentais, como a taxa de expansão do Universo e a idade de galáxias distantes que hoje parecem mais velhas do que o próprio Universo.

Se o JWST realmente identificou um padrão de rotação que aponta para a origem do Universo dentro de um buraco negro, isso poderia revolucionar a cosmologia. A ideia de que cada buraco negro pode dar origem a um novo Universo sugeriria um modelo cíclico, no qual novos cosmos surgem continuamente.

A pesquisa foi publicada no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e ainda precisa ser confirmada por estudos adicionais. Se for validada, pode mudar completamente nossa concepção sobre o que realmente é o Universo.

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Enterros revelam cultura compartilhada entre neandertais e Homo sapiens

Há mais de uma década, existem evidências genéticas da existência de uma hibridização entre Homo sapiens e neandertais. Agora, um novo estudo arqueológico, realizado na Caverna Tinshemet, um sítio arqueológico e paleoantropológico localizado no centro de Israel, mostra que esses grupos humanos antigos “interagiam ativamente, compartilhando tecnologia, estilos de vida e costumes funerários”, afirma um comunicado.

Publicada na Nature Human Behaviour, a pesquisa apresenta indícios arqueológicos de uma integração completa. Se antes os arqueólogos faziam distinções entre ferramentas e técnicas “tipicamente Homo sapiens” ou “tipicamente neandertais”, agora os autores sugerem um período onde essa distinção desapareceu culturalmente, antes mesmo da fusão genética completa das populações.   

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Gemini tem um segredo para melhorar respostas: analisar seu histórico de pesquisa

A grande vantagem competitiva do Gemini em relação aos rivais é o mecanismo de Pesquisa. Agora, o Google quer melhorar (e personalizar) ainda mais as respostas da IA para cada usuário – e o segredo está no seu próprio histórico de busca.

A atualização permite que o assistente analise automaticamente o histórico para oferecer sugestões personalizadas, com base no que você já pesquisou.

Recurso vai aumentar personalização da IA (Imagem: Google/Reprodução)

Gemini analisa seu histórico de pesquisa para respostas melhores

O recurso permite que o Gemini analise o histórico de pesquisa de cada usuário para melhorar as respostas. Por exemplo, se você pedir ao chatbot uma dica de restaurante ou lugar para viajar, ele poderá investigar suas pesquisas relacionadas a alimentos ou viagens para fornecer sugestões mais úteis.

A atualização é possível graças ao modelo de raciocínio Gemini 2.0 Flash Thinking Experimental.

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Google está personalizando IA

A medida vem na tentativa mais ampla do Google de personalizar a experiência de uso de seus produtos. Futuramente, a big tech vai conectar o Gemini a outros aplicativos, como YouTube e Google Fotos.

Como lembrou o The Verge, a intenção é que o chatbot “forneça insights mais personalizados, aproveitando uma compreensão mais ampla de suas atividades e preferências”.

Mas calma: se você ficou assustado e não quer a IA fuçando nas suas pesquisas, é possível desabilitar essa opção. Além disso, o Google deixou claro que a ferramenta só fará referência aos seus resultados de busca caso os considere relevantes na resposta, revelando todo o processo de raciocínio que o levou até ali (como uma espécie de rascunho do pensamento).

Gemini poderá se conectar ao histórico de busca de um usuário
É possível desabilitar conexão do Gemini com histórico de pesquisa (Imagem: Google/Reprodução)

Quem pode usar a atualização do Gemini?

  • Por enquanto, o recurso está disponível para assinantes Gemini e Gemini Advanced na versão web. Eles podem habilitar a opção selecionando o botão “Personalização experimental” no menu;
  • A versão para celulares está sendo lançada gradualmente e estará disponível em mais de 40 idiomas, na maioria dos países.

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Pesquisadores chineses planejam criar ‘rim digital’ com IA

Cientistas da Universidade de Pequim anunciaram um projeto ambicioso: a criação de um “rim digital” através da integração de tecnologias de imagem multimodal e inteligência artificial.

O “Projeto Imageomics do Rim” visa construir um atlas digital detalhado do órgão, abrindo novas perspectivas para o diagnóstico e tratamento de doenças renais.

A importância do diagnóstico precoce de doenças renais

A doença renal crônica (DRC) é uma condição silenciosa, frequentemente diagnosticada tardiamente, quando o comprometimento renal já é significativo. A falta de sintomas evidentes e de biomarcadores diagnósticos confiáveis dificulta a detecção precoce, crucial para prevenir a progressão da doença.

O “rim digital” surge como uma ferramenta inovadora para superar esses desafios. Através da visualização detalhada da arquitetura renal em múltiplas escalas — desde a dinâmica molecular até a função sistêmica do órgão — a plataforma promete revolucionar a nefrologia de precisão.

O “rim digital” se torna um “órgão transparente”, capaz de revelar a origem de lesões e auxiliar na personalização de tratamentos. (Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock)

Uma das características mais notáveis do “rim digital” é sua capacidade de integrar imagens multimodais, como ultrassom, ressonância magnética (MRI), tomografia computadorizada (CT) e patologia. Essa integração permite uma visualização panorâmica e multidimensional do órgão, revelando detalhes que os exames tradicionais não conseguem captar.

Além disso, a plataforma oferece simulação dinâmica da função renal, permitindo a detecção precoce de alterações e a simulação de diferentes cenários clínicos. O “rim digital” se torna um “órgão transparente”, capaz de revelar a origem de lesões e auxiliar na personalização de tratamentos.

Na prática clínica, o “rim digital” auxiliará na localização precisa de lesões e na construção de modelos digitais personalizados, baseados nos dados clínicos de cada paciente. Essa abordagem personalizada permitirá a seleção de tratamentos mais eficazes e o aprimoramento do diagnóstico precoce.

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Os pesquisadores planejam construir um rim digital animal em três anos e um rim digital humano em dez anos. O projeto também servirá como modelo para a criação de atlas digitais de outros órgãos, impulsionando a pesquisa em diversas áreas da medicina.

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Cell Broadcast: como funciona a tecnologia de alerta em celulares da Defesa Civil?

O sistema Defesa Civil Alerta já está sendo utilizado para a emissão de diversos avisos em todo o Brasil. Disponível nos estados do Sul e Sudeste desde dezembro de 2024, o mecanismo permite notificar, via celular, moradores de uma determinada região sobre eventos climáticos de alto risco, como chuvas intensas, deslizamentos e vendavais.

Lançado em agosto de 2024, o Defesa Civil Alerta foi desenvolvido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e quatro operadoras de telefonia do país — Algar, Claro, TIM e Vivo. Inicialmente, a plataforma funcionou como um projeto-piloto e teve seus primeiros testes realizados em cidades do Sul e Sudeste.

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1883: série spin-off de Yellowstone terá segunda temporada?

Após Yellowstone se mostrar um grande sucesso entre os assinantes da Netflix, a plataforma acaba de trazer para seu catálogo outra obra pertencente ao mesmo universo. Já ocupando a segunda posição entre o Top 10 do streaming no Brasil, 1883 volta ao passado para contar uma trama que se passa muito tempo antes dos feitos da vida adulta de John Dutton (Kevin Costner).

Exibida entre 2021 e 2022, a série mostra como a família Dutton deixa o Texas, terra onde só encontrou pobreza e fome, rumo ao promissor estado de Montana. Nela, John aparece como uma criança interpretada por Audie Rick, permitindo que o público tenha um retrato mais completo sobre seus anos formativos.

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NASA alerta: nível do mar subiu mais do que esperado em 2024

Uma análise liderada pela NASA fez uma revelação preocupante: o nível do mar subiu mais rápido do que esperado em 2024, chegando ao nível mais alto em três décadas. O motivo do aumento também mudou – e surpreendeu os pesquisadores.

A agência espacial americana ainda revelou que, desde 1993, quando a medição começou, o nível do mar já subiu em 10 centímetros.

Gráfico mostra o nível médio global do mar (em azul) desde 1993. A linha vermelha indica a trajetória do aumento, que mais que dobrou nas últimas três décadas. A linha vermelha pontilhada projeta o aumento futuro do nível do mar. (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

Nível do mar aumentou mais do que esperado

A taxa de aumento esperada pela NASA era de 0,43 centímetros por ano. Já em 2024, o nível do mar subiu 0,59 centímetros.

Segundo Josh Willis, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial americana, a elevação de 2024 “foi maior do que esperávamos”. Ele explica que isso varia a cada ano e que a taxa de elevação está ficando cada vez mais rápida.

O registro do nível do mar acontece desde 1993. Desde então, a elevação anual mais que dobrou, subindo mais de 10 centímetros em pouco mais de 30 anos.

Como é feita a medição?

  • Essa medição a longo prazo é possível graças à operação ininterrupta de satélites de observação oceânica;
  • O primeiro foi o TOPEX/Poseidon, instalado em 1992. O mais atual é o Sentinel-6, de 2020, que deve continuar funcionando por mais quatro décadas;
  • Ele tem um irmão-gêmeo, o futuro Sentinel-6B (ainda não foi lançado), que medirá a altura da superfície do mar em cerca de 90% dos oceanos do mundo.
Satélite Sentinel-6, da NASA, responsável pela medição do nível do mar
Satélite Sentinel-6, da NASA, responsável pela medição do nível do mar (Imagem: NASA)

Motivo da elevação chamou atenção

A elevação acima do normal não foi o único fator que chamou atenção da NASA, mas também o motivo: normalmente, a adição de água da terra no oceano e o derretimento de geleiras correspondem, juntos, a dois terços do aumento do nível do mar. Em 2024, o motivo principal foi outro: dois terços do ‘problema’ foram causados pela expansão térmica.

De acordo com a NASA, há várias explicações para a expansão térmica, fenômeno pelo qual o calor entra no oceano e causa expansão da água. Um deles é que a água do mar se organiza em camadas de acordo com a temperatura e densidade. Por exemplo, a água quente é mais leve e flutua, enquanto a fria é mais densa e afunda. Na maioria dos lugares, o calor da superfície se move lentamente entre essas camadas.

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Já em áreas de muito vento, esse fluxo é agitado, causando uma mudança acelerada na vertical. Em correntes muito grandes, como as do Oceano Antártico, isso faz com que a água deslize facilmente para as profundezas, causando essa movimentação e expansão.

Outro motivo para essa movimentação ‘anormal’ pode ser o El Niño, fenômeno climático que provoca o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico.

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IAs estão mudando nossos cérebros (e consumindo muita água)

No mundo corporativo, geralmente, as pessoas gostam de ter respostas e, se baseadas em dados, ainda melhor. No entanto, para além da mentalidade data driven, existe outra habilidade que está adormecida dentro de nós: fazer boas perguntas.

Vanessa Mathias e Luciana Bazanella, cofundadoras da White Rabbit, explicaram a importância desse pensamento crítico na palestra “Reimaginação Radical: Questione a Comunicação“, no evento Spotlight, realizada no dia 18 de fevereiro em comemoração dos 20 anos do Olhar Digital.

Em meio a um cenário de mudanças aceleradas, que se intensificam com a criação e popularização de inteligências artificiais, Vanessa e Luciana incentivaram os participantes a questionarem o papel da comunicação nos próximos anos.

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Quais são os principais desafios da comunicação no futuro?

As palestrantes enumeraram alguns dos principais desafios que a comunicação enfrenta. O primeiro, claro, foi sobre IA. Mais precisamente, sobre os efeitos da IA na capacidade cognitiva humana.

“Nosso cérebro perde realmente a capacidade de atenção e concentração“, destacou Vanessa, alertando para as consequências do uso intensivo da tecnologia. Afinal, hoje ainda não sabemos todas as mudanças que a IA provoca, inclusive as físicas.

Ainda no quesito IA, elas destacaram a pegada ambiental da tecnologia – algo que pode passar despercebido no uso do dia a dia. No entanto, a inteligência artificial consome enormes quantidades de recursos: “100 palavras no ChatGPT equivalem a um litro de água. Eu não consigo mais escrever sem imaginar litros de água se esvaindo”, revelou Luciana.

Outro ponto certeiro da análise foi sobre o papel da publicidade na cultura de consumo desenfreado. As especialistas destacaram que é fundamental questionar quais produtos realmente fazem sentido para um mundo mais sustentável. “Será que estamos criando um mercado de produtos que nem deveriam existir?”, provocou Luciana.

Questione também: passo a passo

Como é possível observar, os problemas que Luciana e Vanessa levantaram não apenas afetam o setor hoje, mas também devem se intensificar ainda mais nos próximos anos.

Por isso, é importante que você também saiba fazer perguntas e estar confortável em não necessariamente ter respostas. Você quer experimentar?

Para você poder participar, você deve usar as três perguntas que as palestrantes ensinaram:

  • Comece fazendo perguntas com “por que”: essas são as perguntas que questionam a nossa realidade.
  • Avance para as perguntas com “como”: essas são as perguntas mais práticas.
  • Por fim, use as perguntas com “e se…”: essas são as perguntas para liberar a capacidade criativa e abrir as possibilidades.

Confira algumas perguntas que surgiram no dia do evento:

  • Por que o publicitário tem medo da mudança?
  • Por que as pessoas dizem se importar com o futuro, mas não fazem nada no hoje?
  • Como a gente pode influenciar as empresas a parar de priorizar o crescimento?
  • Como respeitar a ética e evitar plágios na inteligência artificial?
  • E se uníssemos a criatividade com a inteligência artificial sem perder a autenticidade?
  • E se os reptilianos estiverem entre nós?

No encerramento, as especialistas reforçaram que a comunicação do futuro não pode se basear apenas em tendências, mas deve considerar o impacto social, ambiental e cognitivo. “O futuro começa com as perguntas que fazemos hoje”, concluíram.

Spotlight: 20 anos do Olhar Digital

O evento Spotlight foi realizado em 18 de fevereiro de 2025, na Unibes Cultural, em São Paulo, para celebrar os 20 anos do Olhar Digital. Na ocasião, 30 renomados profissionais foram convidados para discutir as tendências e o impacto da inteligência artificial na economia criativa, comunicação e publicidade.

O objetivo foi proporcionar um espaço de aprendizado, networking e reflexões sobre as transformações previstas para 2025.

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