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Google e Meta esquentam debate sobre verificação de idade online

À medida que cresce a pressão de legisladores para exigir que plataformas online verifiquem a idade dos usuários, empresas de tecnologia estão debatendo de quem é a responsabilidade, como reportado pelo Washington Post.

A questão central é como proteger as crianças de conteúdo impróprio sem comprometer a privacidade dos usuários ou violar direitos constitucionais. Na semana passada, Utah aprovou um projeto de lei que responsabiliza lojas de aplicativos, como Apple e Google, por diferenciar crianças de adultos online.

As crianças precisariam do consentimento dos pais para baixar aplicativos, o que difere das leis anteriores que colocavam essa responsabilidade nos próprios aplicativos e sites.

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Leis para evitar que crianças acessem conteúdo impróprio online já vem sendo aprovadas – Imagem: AYO Production/Shutterstock

Meta e Google com posições divergentes

  • A Meta apoia a nova lei, argumentando que a verificação pelas lojas de aplicativos é mais prática e menos sujeita a desafios constitucionais.
  • Em contrapartida, o Google criticou a proposta, alegando que ela transfere responsabilidades das empresas de tecnologia para as lojas de aplicativos, criando riscos à privacidade das crianças.
  • O Google sugeriu uma abordagem alternativa, na qual as lojas de aplicativos verificariam as idades, mas só compartilhariam essa informação com desenvolvedores de aplicativos voltados para menores, com a permissão dos usuários.

Além disso, outras empresas como Apple também têm investido em recursos de segurança, como configurações de controle parental nos dispositivos. No entanto, defensores da segurança infantil expressam preocupações de que as leis atuais de verificação de idade não sejam eficazes.

Alguns temem que as crianças encontrem formas de contornar as restrições ou pressionem os pais para aprovar aplicativos impróprios. A Electronic Frontier Foundation se opõe a essas leis, afirmando que elas coletam grandes quantidades de dados pessoais de todos os usuários, não apenas de menores.

Estudos recentes indicam que as políticas de verificação de idade para limitar o acesso à pornografia não são eficazes, muitas vezes resultando no uso de VPNs e o acesso a sites que não cumprem as leis.

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Medidas para proteger crianças com verificação de idade ainda dividem opiniões – Imagem: Zivica Kerkez/Shutterstock

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Quem é Lip-Bu Tan, novo CEO da Intel

A Intel anunciou seu novo CEO, Lip-Bu Tan, que terá a missão árdua de recuperar o prestígio de uma empresa que passa por um momento conturbado. O futuro presidente-executivo da companhia é um veterano da indústria de semicondutores e investidor de destaque, especialmente em empresas chinesas, como lembra o Wall Street Journal.

Com uma trajetória que inclui liderar a Cadence Design Systems e fundar a Walden International, Tan tem sido uma figura importante no setor. Ele também tem um histórico de investimentos em startups asiáticas, incluindo a Semiconductor Manufacturing International, uma gigante chinesa de chips.

Em sua carreira, Tan já recuperou uma empresa que estava em crise

  • Na Cadence, Tan ajudou a reerguer a empresa, concentrando-se no que a Intel disse ser uma “inovação centrada no cliente”.
  • Sua liderança ajudou a dobrar a receita e expandir as margens.
  • “A Cadence estava em apuros” disse Morris Chang, presidente da gigante dos chips TSMC, em uma homenagem a Tan em 2016. “Lip-Bu livrou a Cadence dos problemas.”

No entanto, seus laços com a China geraram preocupações em Washington, especialmente devido a investimentos da Walden em empresas chinesas de semicondutores e IA, algumas das quais foram incluídas na lista negra dos EUA por preocupações de segurança nacional.

Esses vínculos foram destacados por comissões do governo americano, que levantaram questões sobre os impactos de suas escolhas de investimento.

Novo CEO da Intel tem carreira extensa liderando de empresas de tecnologia – Imagem: canon_photographer/Shutterstock

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Tan assume a Intel em um momento crítico, em que a empresa enfrenta desafios, como a queda na demanda por seus chips de processamento central e especulações sobre possíveis divisões nos negócios da empresa, como a separação de sua fabricação de chips.

Embora as ações da Intel tenham subido, os analistas continuam a debater se Tan manterá os negócios juntos ou promoverá uma separação.

Além de sua carreira no setor de tecnologia, Tan tem uma forte ligação com a Califórnia, onde tem se envolvido com diversas instituições educacionais e comunitárias. Ele também é ativo em organizações religiosas e de serviço comunitário.

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Antes dominante no mercado, a Intel não conseguiu acompanhar o boom da IA com suas tecnologias e vive período de crise (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

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FOTOS: Sonda da NASA fotografa nave Athena, declarada morta após tombar na Lua

A nave espacial Athena, da empresa Intuitive Machines, tombou na superfície da Lua após tentativa de pouso e foi declarada morta. O Olhar Digital reportou o caso aqui.

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, da NASA, registrou imagens do local de descanso final da Athena, dentro da cratera onde ela tombou.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025, antes de ‘morrer’ (Crédito: NASA TV)

Nave Athena foi declarada morta após tombar na Lua

A Athena chegou à Lua no dia 6 de março. A missão, que forneceria dados cruciais para o retorno dos humanos ao satélite natural, pousou a cerca de 400 quilômetros de onde deveria ter pousado, próximo ao polo sul lunar.

Inicialmente, a nave conseguiu gerar energia e transmitir dados para a Terra, o que já indicou que havia algo de errado por lá. No dia seguinte, 7 de março, a Intuitive Machines, responsável pela máquina, confirmou que a Athena tombou de lado dentro de uma cratera, o que impediu que seus painéis solares captassem energia para recarregar as baterias. A missão foi declarada morta.

Além do envio de dados, a missão IM-2 (por ser a segunda da empresa com esse objetivo) carregava diversos experimentos científicos da NASA, incluindo a broca de regolito Trident, projetada para buscar água e outros componentes essenciais para a sustentação da vida na Lua. Ou seja, a falha também impacta o programa lunar da agência espacial americana.

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Sonda da NASA registrou fotos da nave tombada

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, aproveitou para fazer registros da Athena em seu local de descanso, na região de Mons Mouton, a cerca de 160 quilômetros do polo sul.

A primeira imagem é do dia 7 de março. Veja:

Lunar Reconnaissance Orbiter fotografou Athena tombada na Lua
Registro de 7 de março (Imagem: NASA/GSFC/Universidade Estadual do Arizona)

Três dias depois, no dia 10, a LRO fotografou a Athena no chão de uma cratera de 20 metros de largura:

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LRO registrou Athena tombada dentro de uma cratera na Lua, no dia 10 de março (Imagem: NASA/GSFC/Universidade Estadual do Arizona)

Athena pode ajudar na exploração lunar

A IM-1, primeira missão da Intuitive Machines na Lua, enviou o módulo Odysseus ao satélite em fevereiro do ano passado. Ele também tombou, mas operou por mais tempo antes da missão ser encerrada.

A empresa destacou que, mesmo com a morte da Athena, há resultados positivos:

  • Em atualização da missão no dia 7 de março, a Intuitive Machines escreveu que a região do polo sul “é iluminada por ângulos solares severos e comunicação direta limitada com a Terra”;
  • O módulo não sobreviveu ao terreno acidentados, mas “os insights e as conquistas do IM-2 abrirão esta região para mais exploração espacial”.

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Essa pode ser a chave para detectar vida em outros planetas

Um artigo publicado esta semana no periódico científico Astrophysical Journal Letters apresenta uma nova estratégia para detectar vida em outros planetas. Cientistas da Universidade da Califórnia em Riverside (UCR), EUA, destacam a importância de gases pouco explorados na busca por bioassinaturas, ampliando a pesquisa para mundos muito diferentes da Terra.

A proposta foca nos haletos de metila, gases formados por um átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio e a um halogênio, como cloro ou bromo. Na Terra, essas substâncias são produzidas por algas, bactérias, fungos e algumas plantas. Se forem encontrados em outros planetas, podem indicar a presença de formas de vida microscópicas.

Em poucas palavras:

  • Cientistas propõem detectar vida com haletos de metila, gases produzidos por microrganismos;
  • Esses gases são mais fáceis de identificar que o oxigênio em exoplanetas;
  • Planetas Hycean, com atmosferas ricas em hidrogênio, tornam mais clara a detecção;
  • O Telescópio James Webb pode encontrar esses gases em poucas horas de observação;
  • Isso pode mudar nossa visão sobre a vida no Universo.

O grande desafio é que exoplanetas parecidos com a Terra são pequenos e difíceis de observar com o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA. Para contornar essa limitação, os cientistas propõem analisar mundos maiores, chamados de planetas Hycean. Eles têm oceanos profundos, atmosferas ricas em hidrogênio e orbitam estrelas anãs vermelhas.

Representação artística de um planeta Hycean, onde os gases de iodetos de metila seriam detectáveis na atmosfera. Crédito: NASA, ESA, CSA, Joseph Olmsted / STScI

Embora não sejam habitáveis para humanos, esses planetas podem abrigar micróbios adaptados a condições extremas. Em um comunicado, Eddie Schwieterman, astrobiólogo da UCR e coautor do estudo, disse que os mundos Hycean oferecem sinais atmosféricos mais claros do que os rochosos, facilitando a detecção de possíveis bioassinaturas.

James Webb leva 13 horas para identificar esses gases em exoplanetas

A pesquisadora Michaela Leung, autora principal do estudo, explica que o oxigênio, uma bioassinatura tradicional, ainda é muito difícil de identificar em exoplanetas. Os haletos de metila, por outro lado, têm características de absorção de luz infravermelha mais fortes, tornando sua detecção viável com a tecnologia atual.

Além disso, o JWST pode detectar esses gases em apenas 13 horas de observação, um tempo comparável ou até menor do que o necessário para encontrar metano ou oxigênio. Isso torna a busca mais eficiente e reduz os custos das missões astronômicas.

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Na Terra, os haletos de metila estão presentes em baixas concentrações. No entanto, em um planeta Hycean, sua composição atmosférica distinta pode permitir o acúmulo desses gases em níveis detectáveis a anos-luz de distância. Se confirmados, poderiam indicar processos biológicos semelhantes aos das bactérias anaeróbicas terrestres.

O estudo se baseia em pesquisas anteriores sobre gases de bioassinatura, como o sulfeto de dimetila, outro possível indicador de vida. No entanto, os haletos de metila se destacam pelo seu alto potencial de detecção e pela possibilidade de estarem mais concentrados em atmosferas ricas em hidrogênio.

Embora o JWST seja a ferramenta mais avançada disponível atualmente, novos telescópios (como o LIFE, uma missão europeia proposta para a década de 2040) poderão facilitar ainda mais essas buscas. 

Se esses gases forem encontrados em vários planetas, isso pode indicar que a vida microbiana é comum no Universo, mudando nossa compreensão sobre sua distribuição e origem. Segundo Leung, a confirmação de bioassinaturas em múltiplos mundos poderia revolucionar nossa visão sobre a existência de vida além da Terra.

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De jogos a IA: 5 usos de VPN que você ainda não conhece

Nos últimos anos, as VPNs deixaram de ser uma ferramenta restrita a especialistas em redes para se tornarem parte da cultural digital, sendo amplamente promovidas em vídeos, podcasts e até comerciais de grandes eventos esportivos. Com promessas de anonimato e acesso irrestrito a conteúdos de streaming, esses serviços ganharam popularidade, mas será que realmente entregam tudo o que prometem?

Entender como uma VPN funciona é essencial para avaliar sua utilidade e escolher a melhor opção para suas necessidades. No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que esses serviços entregam muito além do que apenas o “anonimato” durante a navegação. Pensando nisso, nós explicamos os princípios básicos dessa tecnologia e alguns casos inusitados de uso, além de apresentar no detalhe as funcionalidades da VPN Surfshark. Confira, logo abaixo!

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Vacinas contra Covid abrem caminho para revolução no tratamento do câncer

A pandemia de Covid-19, um período marcado por desafios globais sem precedentes, catalisou avanços científicos que transcendem a luta contra o coronavírus.

A tecnologia de mRNA, que se provou fundamental no desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19, agora emerge como uma poderosa aliada na batalha contra o câncer, abrindo um novo capítulo na oncologia.

A oncologia e a revolução do mRNA

Lennard Lee, oncologista do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido e figura central na vanguarda dessa transformação, destaca o papel crucial da pandemia em demonstrar a viabilidade das vacinas de mRNA (Via: Wired).

Anteriormente, as vacinas contra o câncer enfrentavam inúmeros obstáculos, com resultados clínicos frustrantes. A chegada da Covid-19, no entanto, impulsionou a pesquisa e o desenvolvimento, provando que a tecnologia de mRNA poderia ser utilizada para treinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas.

A capacidade de personalizar tratamentos, a eficácia comprovada da tecnologia de mRNA e o progresso acelerado das pesquisas clínicas indicam que estamos à beira de uma revolução no combate ao câncer.(Imagem por pedro7merino – Shutterstock)

Vacinas personalizadas e mais precisão no combate ao câncer

A tecnologia de mRNA permite a criação de vacinas personalizadas, adaptadas ao perfil genético de cada paciente. O processo envolve a realização de uma biópsia do tumor, o sequenciamento do tecido e o desenvolvimento de uma vacina sob medida, capaz de instruir o sistema imunológico a identificar e eliminar as células cancerígenas específicas daquele paciente.

Essa abordagem individualizada representa um avanço significativo em relação aos tratamentos convencionais, que muitas vezes apresentam efeitos colaterais severos e resultados limitados.

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A tecnologia de mRNA permite a criação de vacinas personalizadas, adaptadas ao perfil genético de cada paciente. (Imagem: angellodeco/Shutterstock)

O Reino Unido, reconhecendo o potencial transformador das vacinas de mRNA contra o câncer, lançou o Cancer Vaccine Launch Pad em 2022. Essa iniciativa ambiciosa visa acelerar os testes clínicos e impulsionar a pesquisa na área, aproveitando a infraestrutura e a experiência adquiridas durante a pandemia.

O país estabeleceu parcerias estratégicas com empresas líderes no setor, como BioNTech e Moderna, consolidando sua posição como um centro de excelência em oncologia de precisão.

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Testes clínicos em andamento

Atualmente, diversos testes clínicos de vacinas de mRNA contra o câncer estão em andamento em todo o mundo, com resultados promissores.

No Reino Unido, um teste para prevenir a recorrência do câncer de pele já concluiu a fase de recrutamento, com resultados esperados para o final de 2025 ou início de 2026. A expectativa é que, em breve, a primeira vacina de mRNA personalizada contra o câncer seja aprovada, marcando um novo marco na história da medicina.

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Conversamos com Luke Dale, o Hans Capon de Kingdom Come Deliverance 2

Não é um segredo que Kingdom Come Deliverance 2 foi um incrível sucesso nas vendas, na crítica com a mídia especializada e com o público em geral. Como citamos no nosso próprio review, o jogo aprimorou tudo que seu antecessor oferecia e ainda dobrou a aposta com uma trama mais cativante, mais ação e dinâmicas bem mais envolventes entre seus personagens principais.

Isso vale especialmente para o relacionamento do nosso protagonista Henry e seu companheiro, Hans Capon, que esbanjam carisma enquanto entregam performances que podem te emocionar ou te fazer rir a praticamente qualquer momento durante o desenrolar da história. Contudo, quem tem ainda mais carisma na vida real é o ator Luke Dale, que interpreta o nobre Sir Hans nos dois games da franquia.

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Morre Carl Lundström, um dos cofundadores e financiadores do The Pirate Bay

Um dos empresários responsáveis pela operação do site de compartilhamento de torrents The Pirate Bay faleceu na última segunda-feira (10). O sueco Carl Lundström, de 64 anos, foi a única vítima de um acidente aéreo na Eslovênia e teve a morte confirmada apenas dias depois.

O acidente envolveu um modelo Piper Mooney Ovation M20R pilotado pelo próprio Carl, que era a única pessoa a bordo. Após decolar da cidade croata de Zagreb, o avião para quatro passageiros teria colidido com uma cabana de madeira em uma região montanhosa do norte da Eslovênia, em um dia de condições climáticas adversas e com dificuldades de acesso também pela região remota.

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Lip-Bu Tan: Novo CEO da Intel é anunciado com olhar estratégico da indústria

AIntel anunciou que Lip-Bu Tan será o novo CEO (Chief Executive Officer) da companhia azul na quarta-feira (12). Com uma ampla visão mercadológica e passagens pelo conselho do time azul, Tan chega como uma das principais esperanças da gigante dos semicondutores para reverter uma forte crise, e já anima o mercado.

Nascido na Malásia, criado em Singapura e agora um cidadão norte-americano, Lip-Bu Tan é um daqueles executivos pouco conhecidos no cenário da indústria dos chips. Apesar do nome não ser tão familiar assim, o novo chefão de 65 anos tem um histórico invejável ao apostar em startups.

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Mistério das pedras que se movem sozinhas no deserto é revelado

Cientistas tentam desvendar há mais de 50 anos como pedras no meio do Vale da Morte se movimentam sozinhas por uma parte do deserto. Chamadas de “rochas velejantes”, elas deixam inconfundíveis rastros de até 460 metros por uma área conhecida como Racetrack Playa.

Apesar dos registros, ninguém nunca havia avistado esta movimentação pessoalmente. Mas agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, finalmente decifrou o que acontece.

Câmeras captaram o fenômeno

  • De acordo com o National Park Service, instituição do governo dos EUA que administra os parques do país, as rochas pesam cerca de 320 kg.
  • No novo trabalho, os cientistas instalaram equipamentos de monitoramento por GPS em 15 exemplares. 
  • Uma câmera com “time-lapse” também foi deixada no local.
  • Foi assim que eles revelaram o mistério.
  • Os equipamentos capturaram o movimento de mais de 60 rochas em velocidades de dois a cinco metros por minuto.
  • Os dados coletados ainda apontaram um padrão raro de chuvas e ventos na região que eram responsáveis pelos movimentos das rochas. 
  • As conclusões foram descritas no National Center for Biotechnology Information.
Enormes pedras deixam rastros no deserto (Imagem: UC San Diego)

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Como acontece a movimentação das rochas

Os cientistas já suspeitavam que os ventos pudessem ter relação com a misteriosa movimentação das rochas, mas não conseguiam explicar exatamente como isso acontecia, especialmente nos casos das maiores pedras.

O novo estudo provou que diversos fenômenos precisam acontecer ao mesmo tempo para que a movimentação ocorra. O primeiro deles é a formação de uma fina camada de gelo sobre a praia, o que acontece durante as geladas noites do deserto após uma chuva.

Atuação dos ventos explica movimentação das rochas (Imagem: reprodução/National Park Service)

Depois, é preciso que o Sol da manhã derreta o gelo e que haja fortes rajadas ventos também nestas primeiras horas. Eles ajudariam a fazer com que elas “escorregassem” pelo lago seco antes de a água evaporar.

Como o movimento é sutil e dura de alguns segundos a até 16 minutos, é possível que turistas já tenham presenciado a migração das rochas, mas não tenham percebido. Os pesquisadores também destacam que é difícil notar que uma rocha está se movendo no meio do deserto se outras, ao seu redor, se movimentarem juntas.

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