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A Força Aérea dos Estados Unidos se tornou pioneira ao declarar dois protótipos de drones como aeronaves de combate oficiais. Os modelos YFQ-42A, da General Atomics, e o YFQ-44A, da Anduril, estão prontos para voar em missão já no segundo semestre deste ano.
As designações significam Y – Protótipo, F – Caça, Q – Aeronave Não Tripulada, número de design 42 e 44, e A – série. Ao entrarem em produção, o Y será removido. Os testes duraram dois anos e foram feitos no âmbito do programa Collaborative Combat Aircraft.
Esse é o pontapé inicial para a nova geração de aeronaves de caça não tripuladas, projetadas para alavancar capacidades autônomas e equipes tripuladas e não tripuladas com o objetivo de “derrotar ameaças inimigas em ambientes contestados”.
Força Aérea vai coletar informações em novos testes com protótipos antes de iniciar produção das aeronaves (Imagem: Dragos Condrea/iStock)
Os caças têm cerca de metade do tamanho de um F-16 Fighting Falcon, mas poderão ser operados em conjunto com o F-22 Raptor e o F-35 Lightning II, segundo o site New Atlas. Em um primeiro momento, os modelos serão usados como teste para coletar informações para a aeronave final de produção.
“Os insights obtidos com esses esforços serão cruciais para moldar o futuro do programa CCA e solidificar a posição da Força Aérea na vanguarda da inovação do poder aéreo”, diz o comunicado.
Nova geração poderá operar em conjunto com modelo F-22 Raptor (Imagem: Robert Michaud/iStock)
“Pode ser apenas simbólico, mas estamos dizendo ao mundo que estamos nos inclinando para um novo capítulo da guerra aérea. Isso significa aeronaves de combate colaborativas, significa equipe homem-máquina. Estamos desenvolvendo essas capacidades pensando, ‘missão primeiro’”, afirmou o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General David W. Allvin.
Os drones estão redefinindo a guerra moderna, usando sistemas de navegação relativamente baratos para atingir alvos a centenas de quilômetros de distância com certa precisão, como explicou o Olhar Digital.
Durante a reunião legislativa anual da China, o presidente do país, Xi Jinping, reforçou seu compromisso com o objetivo de transformar o país em uma superpotência tecnológica ainda maior, apesar dos desafios econômicos e das tensões comerciais com os Estados Unidos. As informações são do New York Times.
No Congresso Nacional do Povo, Xi fez uma forte defesa da importância de avançar em áreas como inteligência artificial, biotecnologia e novas tecnologias militares, destacando que a autossuficiência tecnológica é crucial para o sucesso da China, tanto no fortalecimento de sua economia quanto no fortalecimento de suas capacidades militares.
China quer avançar mais no setor da tecnologia, sobretudo na área da IA – Imagem: Pixels Hunter/Shutterstock
Investimentos que superam outros países
Xi também focou em temas como educação e inovação científica, refletindo suas prioridades nas propostas do orçamento, que prevê aumentos significativos nos gastos com pesquisa e desenvolvimento, educação e forças armadas, com uma ênfase particular em ciência e tecnologia.
O governo chinês planeja um investimento de US$ 172 bilhões em ciência e tecnologia, o segundo maior do mundo, atrás apenas dos EUA.
Isso, porém, ocorre em um cenário de desaceleração econômica, com quedas no mercado imobiliário e uma população envelhecendo rapidamente.
Apesar dessas dificuldades, Xi mantém sua estratégia de modernização tecnológica como prioridade, acreditando que a inovação será a chave para superar os desafios econômicos de longo prazo.
No entanto, críticos apontam que essa ênfase em metas tecnológicas pode desconsiderar as necessidades imediatas da população, como a crise habitacional e o envelhecimento populacional.
Ao mesmo tempo, Xi não mostrou sinais de enfraquecer seu controle sobre o poder político, com mais de 12 anos de liderança e sem planos claros para a sucessão.
Ele continua a usar seu aparato anticorrupção como ferramenta para consolidar seu domínio e minimizar a oposição política interna, mantendo sua posição firme no comando do Partido Comunista Chinês.
Presidente da China reafirmou compromisso para tornar o país mais dominante no mercado tecnológico – Imagem: photocosmos1/Shutterstock
Na tarde desta terça-feira (11), usuários da Caixa Econômica Federal enfrentam dificuldades ao tentar acessar os serviços online do banco. Relatos de falhas no aplicativo para Android e iPhone (iOS), bem como problemas no Internet Banking, tomaram conta das plataformas de monitoramento e redes sociais, gerando preocupação entre os clientes.
Segundo o Downdetector, serviço que rastreia interrupções em serviços online, as falhas começaram a ser reportadas por volta das 17h30 (horário de Brasília).
Em um curto período, mais de 600 reclamações foram registradas:
Principais queixas giram em torno da impossibilidade de efetuar login no aplicativo e da ocorrência de erros durante a realização de operações bancárias. (Imagem: Reprodução/Downdetector)
O impacto da instabilidade também foi percebido no Google, onde termos como “caixa fora do ar hoje” e “caixa com problemas” registraram um aumento significativo nas pesquisas.
Dificuldades no acesso: clientes relataram que, ao tentar acessar o aplicativo, se deparavam com mensagens de erro ou simplesmente não conseguiam completar o processo de login.
Falhas em transações: usuários que conseguiram acessar o aplicativo ou o Internet Banking relataram dificuldades em realizar operações como transferências, pagamentos e consultas de saldo.
Alguns usuários observaram que o problema afetava tanto o aplicativo móvel quanto o Internet Banking.
O Olhar Digital entrou em contato com a Caixa Econômica Federal para saber mais detalhes sobre a causa das falhas ou previsão para a normalização dos serviços.
O grupo aeroespacial e de defesa italiano Leonardo vai colocar 38 satélites em órbita para oferecer serviços para fins militares e civis, incluindo IA. A estratégia aumenta as oportunidades de negócios para governos europeus que buscam alternativas à Starlink, de Elon Musk.
A maior parte do investimento militar partirá do Ministério da Defesa da Itália, que vai alocar € 580 milhões (R$ 3,6 bilhões) dos € 900 milhões (R$ 5,7 bilhões) totais previstos para a iniciativa, segundo o jornal The Wall Street Journal.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, foi pressionada pela oposição ao negociar um acordo de US$ 1,5 bilhão (R$ 9,5 bilhões) com a Starlink, em janeiro, como relata a EuroNews. À época, ela lamentou a falta de “alternativas públicas” à empresa de Musk.
Maior parte do investimento será feito pelo Ministério da Defesa italiano (Imagem: Leonardo/Reprodução)
Um relatório recente da consultoria PwC destacou que as tecnologias de IA terão “papel crucial na reformulação de como as organizações de defesa gerenciam recursos, tomam decisões e executam missões complexas” até 2030.
Os satélites da Leonardo serão lançados entre 2027 e 2028, sendo 18 para uso das Forças Armadas e 20 para aplicações em setores como agricultura e monitoramento de infraestrutura. A previsão faz parte de um plano de cinco anos anunciado pela empresa.
Leonardo também integra projeto para construir caça de sexta geração (Imagem: Leonardo/Reprodução)
O grupo quer aumentar a presença no mercado global por meio de alianças internacionais, incluindo a parceria com a fabricante de armas alemã Rheinmetall e a fabricante turca de drones Baykar Technologies, segundo o jornal.
Além disso, a Leonardo integra o Programa Global de Combate Aéreo, projeto que reúne reúne Itália, Japão e Reino Unido para desenvolver um caça furtivo de sexta geração com conceitos de segurança cibernética, inteligência artificial e tecnologias espaciais até 2035.
Novas imagens do futuro estádio do Manchester Unitedforam reveladas nesta terça-feira (11) pelo escritório de arquitetura Foster + Partners. A obra ainda depende de um plano diretor para trabalhos mais detalhados de viabilidade, consultoria, design e planejamento.
O estádio será coberto por uma estrutura semelhante a um guarda-chuva, que será usada para coletar água e produzir energia solar, reduzindo custos operacionais. A tenda vai cobrir uma grande praça pública, duas vezes maior que a Trafalgar Square.
Praça pública será duas vezes maior do que a Trafalgar Square (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)
O novo estádio terá capacidade para receber 100.000 espectadores, o que é um aumento significativo do espaço atual, construído em 1910, que comporta até 74.000 pessoas. As obras devem ser concluídas até 2031.
“Ao construir próximo ao local existente, seremos capazes de preservar a essência do Old Trafford, ao mesmo tempo em que criamos um estádio verdadeiramente de última geração que transforma a experiência do torcedor, a poucos passos de nossa casa histórica”, disse Sir Jim Ratcliffe, coproprietário do Manchester United.
Estádio terá capacidade para receber até 100 mil pessoas (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)
A expansão do estádio faz parte de um plano maior para revitalizar o distrito onde está localizado o Old Trafford. O projeto pretende melhorar as conexões de transporte na região, além de criar até 17.000 novas residências.
Revitalização do distrito pode incluir 17 mil novas residências (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)
Segundo o presidente-executivo do Manchester United, Omar Berrada, o clube considerou “cuidadosamente as opiniões de milhares de fãs e moradores locais” e decidiu que o novo estádio é o “caminho certo para o Manchester United e a comunidade”.
A reforma pode gerar £ 7,3 bilhões adicionais por ano para a economia do Reino Unido e atrair mais 1,8 milhão de visitantes anualmente. “Nosso objetivo de longo prazo como clube é ter o melhor time de futebol do mundo jogando no melhor estádio do mundo”, disse Berrada.
Projeto pretende atrair mais 1,8 milhão de visitantes por ano (Imagem: Foster + Partners/Divulgação)
Vírus epandemia são termos que frequentemente andam juntos quando se trata de crises globais de saúde. Enquanto muitos vírus causam surtos limitados, apenas alguns têm o potencial de desencadear pandemias, espalhando-se rapidamente e impactando populações ao redor do mundo. Vamos entender por que alguns vírus causam pandemias e outros não?
Os vírus são partículas microscópicas compostas por material genético (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula proteica. Apesar de sua simplicidade, eles têm a capacidade de causar profundas transformações no mundo.
Diferentemente de outros microrganismos, os vírus não possuem metabolismo próprio e dependem de células vivas para se reproduzir, sequestrando os recursos da célula hospedeira para multiplicar-se. Essa característica os torna especialistas em adaptação e disseminação.
A imagem ilustra a estrutura do coronavírus. Destaque para as proteínas spike da superfície, que permitem a entrada do vírus nas células hospedeiras. Imagem: PenWin / iStock
Ao longo da história, os vírus foram responsáveis por algumas das pandemias mais devastadoras. A gripe espanhola de 1918, causada pelo vírus influenza H1N1, infectou cerca de um terço da população mundial e matou mais de 50 milhões de pessoas.
Outras pandemias importantes incluem a pandemia de HIV/AIDS, que começou nos anos 1980 e ainda afeta milhões, e a pandemia de COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, que transformou o mundo a partir de 2020.
Epidemia e pandemia: qual a diferença?
Para entender o alcance de uma doença viral, é necessário diferenciar os conceitos de epidemia e pandemia. Uma epidemia ocorre quando há um aumento súbito de casos de uma doença em uma região específica, como uma cidade ou país. Já uma pandemia é caracterizada pela disseminação global de uma doença, afetando diversos continentes e populações.
Por exemplo, o surto de Zika que ocorreu na América Latina em 2015 foi uma epidemia, pois seus efeitos foram concentrados em determinadas áreas. Em contraste, a COVID-19 é considerada uma pandemia porque o vírus SARS-CoV-2 se espalhou por quase todos os países do mundo.
A progressão geométrica de uma doença
Uma das razões pelas quais certas doenças se tornam pandemias está na forma como se espalham. A transmissão viral frequentemente segue um padrão de progressão geométrica, ou seja, cada pessoa infectada pode transmitir o vírus a várias outras, que, por sua vez, o passam a um número ainda maior de pessoas. Esse ritmo exponencial de transmissão permite que algumas doenças se espalhem rapidamente em populações densas e interconectadas.
Imagem: Free-Photos (Pixabay)
O parâmetro usado para medir essa dispersão é o número básico de reprodução, conhecido como R₀ (R zero). Ele indica, em média, quantas pessoas um indivíduo infectado pode contagiar. Quando o R₀ é maior que 1, a doença tende a se espalhar; se for menor que 1, a propagação tende a diminuir. Vírus com altos valores de R₀, como o sarampo, têm potencial para causar surtos globais caso não sejam controlados.
Vírus letais versus vírus altamente transmissíveis
Nem todos os vírus têm o mesmo potencial pandêmico. Alguns, como o ebola e o Marburg, causam doenças extremamente graves, mas têm dificuldade de se espalhar amplamente porque matam seus hospedeiros rapidamente. Esses vírus, que apresentam altas taxas de letalidade, geralmente são transmitidos por contato direto com fluidos corporais infectados, o que limita a dispersão.
Imagem: Innovative Creation/Shutterstock
O vírus ebola, por exemplo, pode matar até 90% das pessoas infectadas em algumas epidemias, mas sua transmissão exige um contato muito próximo, como o cuidado de doentes ou manuseio de cadáveres. O mesmo ocorre com o vírus Marburg, que causa febre hemorrágica severa.
Apesar de serem devastadores, esses agentes não possuem a mesma capacidade de propagação aérea ou por gotículas que vírus como a gripe ou o SARS-CoV-2, o que impede que se tornem pandemias globais.
Por outro lado, vírus menos letais, mas mais facilmente transmissíveis, são os que geralmente desencadeiam pandemias. A gripe, por exemplo, pode ser transmitida pelo ar e por superfícies contaminadas, permitindo que uma única pessoa infectada contagie dezenas de outras. Isso cria o cenário ideal para surtos de grandes proporções.
Baptiste Robert é um hacker conhecido por seu trabalho de OSINT (Open Source Intelligence, ou seja, técnicas de análise de informações públicas para obter conhecimentos sobre pessoas ou organizações). Robert, também CEO da Predicta Lab, decidiu caçar o cibercriminoso que estaria por trás do ataque ao X, rede social de Elon Musk, que ficou inativo na tarde de ontem (10) após um suposto ataque DDoS.
Segundo Musk, a queda foi motivada por um suposto ataque cibernético. “Aconteceu (e ainda acontece) um ciberataque massivo contra o X”, escreveu na rede social. “Nós somos atacados todos os dias, mas esse ataque foi feito com muitos recursos. O ataque pode ter envolvimento de um grande grupo coordenado e/ou país”, acrescentou.
Os maiores bilionários do mundo experimentaram um efeito de euforia do mercado de ações no período pré-posse de Donald Trump, o que mudou de forma abrupta nas últimas semanas. Segundo o famoso índice de bilionários do Bloomberg, cinco magnatas: incluindo Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, viram suas fortunas combinadas despencarem desde 17 de janeiro, data que antecedeu a posse do presidente.
O otimismo que tomou conta dos investidores após a eleição de Trump, alimentado pela expectativa de políticas favoráveis aos negócios, impulsionou recordes históricos. Empresas como a Tesla, de Elon Musk, experimentaram um crescimento vertiginoso, com suas ações quase dobrando de valor. A Meta, de Mark Zuckerberg, também registrou ganhos significativos.
No entanto, a realidade pós-posse se mostrou bem diferente. O S&P 500, um índice que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, sofreu uma queda de quase 7%, impactado por demissões em massa no setor público e pela incerteza gerada pelas políticas tarifárias de Trump.
Quem perdeu mais com o ‘efeito Trump’?
As empresas que impulsionaram a riqueza dos bilionários foram as mais afetadas, perdendo um valor de mercado combinado de US$ 1,43 trilhão.
Elon Musk, que detinha a maior fortuna já registrada no índice de bilionários, sofreu a maior perda individual, com seu patrimônio líquido diminuindo em US$ 145 bilhões.
A queda nas vendas da Tesla na Europa e na China, impulsionada pela desilusão dos consumidores com o apoio de Musk a políticos de extrema direita, contribuiu para essa perda.
Jeff Bezos, que havia demonstrado abertura ao novo governo Trump após um período de desentendimentos, viu sua fortuna diminuir em US$ 31 bilhões, com as ações da Amazon caindo 15%.
Sergey Brin, cofundador do Google, perdeu US$ 23 bilhões, enquanto Mark Zuckerberg, da Meta, viu sua fortuna diminuir US$ 8 bilhões.
Elon Musk sofreu a maior perda individual desde a posse de Trump. (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
A reviravolta financeira serve como um lembrete da volatilidade do mercado de ações e da influência que eventos políticos podem exercer sobre a economia global. A era Trump, que inicialmente prometia prosperidade para os mais ricos, agora se revela um período de incertezas e desafios para a elite financeira.
Após o lançamento das novas GPUs Radeon RX 9070 e a tecnologia do FidelityFX Super Resolution 4, AMD e Sony irão colaborar para levar a ferramenta ao PS5 Pro. O objetivo é aprimorar o serviço de upscaling já utilizado no console, mas agora com as capacidades avançadas do FSR 4.
A informação foi confirmada pelo arquiteto-chefe do PlayStation 5 Pro, Mark Cerny, em entrevista à Eurogamer. Na ocasião, Cerny confirmou que a ideia é fazer com que o videogame tenha uma tecnologia bem similar ao FSR 4 padrão para rodar diversos games em 2026.
A chuva ácida era um grande problema há algumas décadas, corroendo estátuas e edifícios, matando espécies aquáticas e destruindo florestas. Apesar de ainda existir, legislações conseguiram controlar seus impactos. Agora, há um novo problema: está chovendo microplástico.
A situação fica ainda pior porque o poluente demora milênios para se degradar e seus riscos à saúde humana ainda não são totalmente conhecidos.
Microplástico demora milênios para se degradar (Créditos: Sansoen Saengsakaorat/Shutterstock)
Chuva ácida deu lugar ao microplástico
A chuva ácida era uma ameaça ambiental séria, proveniente da poluição atmosférica. Na prática, os poluentes reagiam com o ar e vapor da água, e caíam em forma de precipitação. O resultado? A chuva ‘poluída’ corroía edifícios e estátuas, destruía vegetações e matava espécies aquáticas.
O problema era sério na década de 1970, mas diminuiu com legislações voltadas para limitar a quantidade de poluentes que reagiam com a água. Isso não quer dizer que a chuva ácida não existe mais, mas que ela é menos grave do que era há alguns anos.
Mas não estamos livres de preocupações: a Vox apontou que diversos estudos encontraram evidências de que a chuva está cheia de novos poluentes, incluindo microplásticos.
Chuva ácida começou a ser um grande problema na década de 1970 (Imagem: Nicola Anderson/Unsplash)
Está chovendo microplástico
Segundo o site, enquanto os legisladores estavam combatendo os poluentes responsáveis pela chuva ácida, empresas estavam gerando um novo tipo de poluição: os PFAS (substâncias per e polifluoroalquil), que incluem os microplásticos. Esses produtos são usados para tornar tecidos resistentes a manchas e panelas antiaderentes, mas, com o tempo, vazaram para o meio ambiente.
Veja o que se sabe sobre a ‘chuva de microplástico’:
Um estudo de 2020 publicado na revista Scienceindicou que microplásticos na água da chuva estavam caindo em vários parques nacionais e áreas selvagens no oeste dos Estados Unidos. Os pesquisadores estimaram que mais de 1 mil toneladas métricas do poluente caíam na região a cada ano;
Janice Brahney, biogeoquímica da Universidade Estadual de Utah e líder do estudo, indicou que eles vinham principalmente das rodovias, já que os carros lançavam as partículas (mais leves que o solo) no ar;
Brahney também revelou que o oceano era uma fonte importante de microplástico para a chuva. Quando as ondas quebram na praia ou bolhas estouram na superfície do mar, as partículas são enviadas para o ar;
Um estudo mais recente, de 2024, encontrou mais de 20 compostos de PFAS na chuva que caiu em Miami, nos Estados Unidos, e levantou preocupações de saúde pública;
Outro trabalho, de 2022, encontrou PFAS na água da chuva em concentrações acima do que os reguladores dos Estados Unidos e da Dinamarca consideram como água potável. Eles concluíram que, nessas condições, nenhuma água de chuva não tratada é segura para beber.
Poluente está presente nos oceanos, águas subterrâneas, reservatórios e até dentro do nosso corpo (Imagem: xalien/Shutterstock)
Por que devemos nos preocupar?
A chuva ácida foi controlada. Já os microplásticos demoram milênios para se degradarem. Eles estão em todos os lugares, desde rios e mares até reservatórios que alimentam os peixes que comemos. Você já deve ter visto aqui no Olhar Digital como essas substâncias microscópicas estão presentes na nossa alimentação e até dentro do nosso corpo.
Segundo Brahney, o problema do microplástico é muito pior do que a chuva ácida, porque simplesmente não podemos parar o seu ciclo. “Ele está lá e não vai embora”, afirmou.
Há uma pequena solução: estações de tratamento de água. Segundo a Vox, esse processo remove mais de 70% dos poluentes na água – mas algumas ainda passam. Por exemplo, um estudo do início desse ano encontrou microplásticos em garrafas d’água e água da torneira na França.
Outro problema é que os cientistas ainda não sabem exatamente qual impacto a ingestão desses poluentes tem na saúde humana. Alguns trabalhos já indicam que o microplástico está ligado ao câncer, doenças cardíacas e renais, e até Alzheimer.
E como reverter a situação? Para Brahney, a única forma de nos livrarmos dos PFAS seria voltar no tempo. Ou seja, não conseguiremos.