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Como “O Aprendiz” revela uma aproximação da Amazon com Trump

O movimento de aproximação das big techs com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos é flagrante. São inúmeros os indícios que apontam nessa direção. E o último deles vem da Amazon – e de um jeito um pouco diferente dos outros.

O serviço de streaming da multinacional de tecnologia acaba de anunciar a inserção de todas as temporadas do reality show The Apprentice em seu catálogo.

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Se você não está ligando o título ao programa, trata-se da série O Aprendiz, um sucesso dos anos 2000 e que era estrelada justamente por Trump. O então empresário se tornou famoso graças ao reality e ao seu bordão que foi repetido no mundo inteiro: “You’re Fired!” (“Você está demitido”).

A primeira temporada de The Apprentice ficará disponível no Prime Video a partir de segunda-feira nos EUA. A Amazon indicou que deve colocar uma nova etapa por semana – ao todo, Trump ficou 14 temporadas à frente do show.

Reality show estreia no catálogo do Prime Video na próxima semana – Imagem: monticello/Shutterstock

Mais afagos

  • Esse é o segundo acordo de destaque que a Amazon fez com a família Trump este ano.
  • Em janeiro, a gigante anunciou que lançaria um documentário “de bastidores” sobre a primeira-dama Melania Trump.
  • Ela será uma produtora executiva desse documentário, e a Amazon disse à época que estava “animada para compartilhar esta história verdadeiramente única”.
  • O fundador da empresa, Jeff Bezos, também fez elogios recentemente ao governo Trump.
  • Afirmou que estava “muito otimista” sobre a administração atual.
  • Lembrando que, assim como outras big techs, a Amazon doou US$ 1 milhão para o fundo inaugural do novo governo.
  • Bezos também promoveu uma mudança importante envolvendo um dos principais jornais do país: o Washington Post, de quem é controlador.
  • A partir de agora, os editoriais do Post passarão a focar mais em temas como liberdades individuais e livre mercado.
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Assim como outros chefões de big techs, Jeff Bezos também se aproximou de Donald Trump – Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock
  • Em termos jornalísticos e políticos, trata-se de uma bomba, uma vez que sinaliza uma aproximação declarada à direita.
  • O movimento levou ao pedido de demissão do editor da página de opinião, David Shipley.
  • Outros funcionários já haviam decidido sair durante a campanha eleitoral, quando Bezos interferiu pessoalmente e barrou um editorial do conselho apoiando a candidatura de Kamala Harris.
  • Para os leitores mais à esquerda, foi um escândalo e o Post já perdeu mais de 250 mil assinantes.
  • Mas Bezos não parece estar preocupado com isso.

Trump e as big techs

O Olhar Digital vem mostrando há muito tempo essa proximidade de Trump com as big techs. E isso vai muito além da relação pessoal que o presidente mantém com o bilionário Elon Musk – o atual chefe do DOGE, o Departamento de Eficiência Governamental.

A Casa Branca do republicano está dominada por nomes do Vale do Silício. Só para citar alguns: Scott Kupor (da Andreessen Horowitz) é diretor do Escritório de Gestão de Pessoal, Sriram Krishnan é consultor sênior de política para Inteligência Artificial e Ken Howery, um cofundador do PayPal, foi indicado para ocupar a embaixada dos Estados Unidos na Dinamarca.

Ao fundo, fotos de ELon Musk (direita) e Donald Trump (esquerda); à frente, parte da bandeira dos EUA tremulando na tela de um smartphone
Elon Musk não foi o único bilionário da tecnologia a se aproximar de Donald Trump – Imagem: bella1105/Shutterstock

A fotografia da posse de Trump também deixou esse desenho muito claro. Na primeira fila da cerimônia estavam CEOs e fundadores das big techs, como Elon Musk (X e Tesla), Mark Zuckerberg (Meta), Sam Altman (OpenAI), Tim Cook (CEO da Apple), Jeff Bezos (fundador e ex-CEO da Amazon) e Sundar Pichai (CEO do Google).

Trump, por sua vez, também anda se manifestando com frequência em defesa dessas empresas de tecnologia. Recentemente, por exemplo, ele criticou os reguladores europeus pela rigidez com a qual eles vêm tratando as big techs americanas.

As informações são do jornal The New York Times.

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OpenAI: nova ferramenta vai facilitar construção de agentes de IA

A OpenAI deu mais um passo em direção aos agentes de IA: a startup lançou nesta terça-feira (11) ferramentas para ajudar desenvolvedores e empresas a criarem seus próprios agentes personalizados. A novidade faz parte da nova API Responses.

Os agentes de IA são sistemas automatizados que podem assumir o controle de determinada atividade, para realizá-la sem intervenção humana. Nesse sentido, a OpenAI já conta com o Deep Research e Operator. Agora, vai liberar a tecnologia que viabiliza essas tecnologias.

OpenAI já conta com agentes de IA, como o Deep Research (Imagem: Divulgação/OpenAI)

OpenAI vai facilitar construção de agentes de IA

A OpenAI já conta com os agentes Deep Research (que compila relatórios de pesquisa) e o Operator (que navega em sites de forma autônoma).

A novidade, anunciada em transmissão ao vivo da empresa e em comunicado, é a API Responses, uma ferramenta que permite que desenvolvedores e empresas desenvolvam agentes de IA personalizados para atividades específicas. Basicamente, a empresa está liberando as ferramentas que permitem a construção dos agentes de IA.

Entre as utilidades da API, é possível treiná-la para realizar pesquisas na web, escanear arquivos e navegar em sites, parecido com o que o Operator já faz.

O chefe de produto da plataforma OpenAI, Olivier Godement, afirmou ao The Verge que a empresa está animada com a novidade, que poderá “fornecer as fundações e os blocos de construção para os desenvolvedores construírem os melhores agentes para seus casos de uso e necessidades”.

A tecnologia substitui a API Assistants da empresa, que deve ser descontinuada no primeiro semestre do ano que vem.

Novidade foi anunciada em live da OpenAI (Imagem: OpenAI)

Como funciona a ferramenta

  • A API Responses vem com ferramentas de pesquisa na web no mesmo modelo que o ChatGPT já usa, permitindo que os desenvolvedores coletem informações em tempo real usando os modelos de linguagem GPT-4o e GPT-4o mini;
  • Outra novidade é um recurso que assume controle do computador para realizar tarefas de forma autônoma, parecido com o que o Operator já faz;
  • O lançamento também pode analisar grandes volumes de documentos. Segundo a OpenAI, a ferramenta pode funcionar como um agente de IA para suporte ao cliente ou FAQ, ou para um assistente de casos jurídicos, ajudando a localizar casos anteriores.

No entanto, segundo um post de blog fornecido ao Tech Crunch, a ferramenta “ainda não é altamente confiável para automatizar tarefas em sistemas operacionais” e é suscetível a cometer erros “inadvertidos”. A OpenAI também lembra que essas são apenas as primeiras interações das ferramentas e que está trabalhando para melhorá-las.

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Ferramenta busca facilitar construção de agentes de IA (Reprodução: Levart Photographer/Unsplash)

Outras novidades da OpenAI

Além da API Responses, a OpenAI anunciou o Agents SDK, uma ferramenta que permite que desenvolvedores organizem o fluxo de trabalho dos agentes de IA.

Nikunj Handa, gerente de produto da equipe de API da OpenAI, explicou ao The Verge como funciona a novidade e qual a relação com a API:

A API Responses é como uma unidade atômica de uso de modelos e ferramentas para fazer uma coisa específica. O Agents SDK faz com que várias dessas unidades atômicas trabalhem juntas para resolver tarefas ainda mais complicadas.

Nikunj Handa, gerente de produto da equipe de API da OpenAI

Basicamente, a integração dos dois promete facilitar para que desenvolvedores e empresas gerenciem todos os seus agentes de IA em prol de um único objetivo.

Tanto o API Responses quanto o Agentes SDK se baseiam em ferramentas já existentes da OpenAI e estão disponíveis no site da startup.

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Covid-19: o que são mutações, linhagens, cepas e variantes?

Os vírus, como o SARS-CoV-2, causador da Covid-19, são organismos únicos e intrigantes. Durante a pandemia, palavras como cepas, linhas e variantes passaram a fazer parte do vocabulário cotidiano, mostrando a velocidade e complexidade com que o vírus evolui e se adapta.

Os vírus ocupam um espaço único na biologia, não sendo considerados vivos nem completamente inertes. A ciência ainda debate como classificá-los, mas o que se sabe com certeza é que eles dependem de células hospedeiras para se reproduzir, razão pela qual são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios.

Embora sejam minúsculos, sua capacidade de adaptação e evolução os torna poderosos agentes de transformação no mundo natural.

Covid-19: o que são mutações, linhagens, cepas e variantes?

Desde o início da pandemia de SARS-CoV-2, decretado pela OMS em 11 de março de 2020, termos como mutações, linhagens, cepas, variantes, sub linhagens e recombinantes têm sido amplamente usados para descrever o comportamento do vírus.

Essas palavras, no entanto, muitas vezes geram confusão. Entender o que elas significam é essencial para compreender a evolução do vírus e o impacto que ele continua causando na saúde pública global.

Uma mutação ocorre quando há uma alteração no material genético do vírus. Ao infectar uma célula, o vírus vai usar os ribossomos dela para criar proteínas e criar cópias de si mesmo até essa célula explodir de tantos vírus.

Nesse processo de milhares de cópias de cada vez alguns erros ocorrem, e a esses erros nós damos o nome de mutação. Muitas dessas mutações não causam efeitos perceptíveis, mas algumas podem alterar características importantes do vírus, como sua capacidade de transmissão ou a gravidade da infecção que provoca.

Imagem: Imagem: shutterstock/Lightspring

Se você viu bastante X-Men, vai saber que quando um grupo de mutações se acumula e dá origem a um novo perfil genético, surgem as linhagens. Elas permitem que os cientistas identifiquem e rastreiem como o vírus evolui e se espalha em diferentes regiões do mundo.

Durante a pandemia de Covid-19, nomes como Alpha, Beta, Gamma, Delta e Omicron ganharam a boca do povo, essas eram as variantes, mutações do vírus que foram batizadas com nomes diferentes por apresentarem características distintas.

O termo cepa, por sua vez, é mais amplo. Ele é usado para se referir a versões do vírus que apresentam grandes e bruscas mudanças no comportamento ou na estrutura, diferenciando-se da versão original de maneira definitiva. Apesar de amplamente utilizado, “cepa” nem sempre é o termo mais adequado para descrever as variações do SARS-CoV-2.

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As variantes são classificações mais específicas dentro das linhagens. Elas se destacam por suas mutações, que podem impactar sua transmissibilidade, a gravidade da doença ou até mesmo a eficácia das vacinas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza termos como “variantes de preocupação” e “variantes de interesse” para identificar aquelas que requerem maior atenção. Exemplos notáveis incluem a variante Omicron e suas várias sublinhagens.

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Imagem: shuttrstock/angellodeco

Sublinhagens são subdivisões dentro de uma linhagem principal, resultantes de novas mutações que ocorrem em variantes existentes. No caso da Ômicron, por exemplo, sub linhagens como BA.1, BA.2 e BA.5 foram monitoradas devido ao seu impacto na transmissão e no escape imunológico.

Já os recombinantes surgem quando duas variantes diferentes infectam a mesma célula e trocam fragmentos de material genético, criando uma nova variante híbrida. Esse processo é especialmente preocupante quando há circulação simultânea de diversas linhagens em uma população, aumentando a complexidade do controle epidemiológico.

O sequenciamento genético é a ferramenta que permite identificar mutações, linhagens, cepas, variantes, sub linhagens e recombinantes. Esse processo é essencial para acompanhar a evolução do SARS-CoV-2, ajudando a ajustar vacinas, prever surtos e orientar medidas de saúde pública.

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Estudo desmente mais uma fake news sobre Covid-19 e vacinação

Além de todos os riscos à saúde causados pela pandemia de Covid-19, a crise sanitária foi marcada por uma onda de desinformação. E uma das mentiras espalhadas durante este período acaba de ser desmentida por um novo estudo.

Os pesquisadores concluíram que não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita entre atletas jovens nos Estados Unidos provocados pela doença ou pela vacina. As conclusões foram publicadas na revista JAMA Network Open.

Estudo acompanhou saúde de atletas

  • O trabalho analisou laudos médicos e um conjunto de dados de atletas entre 10 e 34 anos identificados por meio de um programa do National Center for Catastrophic Sport Injury Research, mantido desde 2014 com o objetivo de acompanhar lesões e doenças relacionadas à participação em esportes.
  • Os resultados mostraram dados semelhantes: foram 184 registros de paradas cardíacas ou mortes súbitas durante a pandemia (2020-2022) e 203 no período anterior (2017-2019).
  • Os pesquisadores incluíram na análise atletas dos níveis juvenil, ensino médio, faculdade ou profissional de vários esportes, como basquete, futebol americano e futebol.
  • Todos eles sofreram miocardite, parada cardíaca súbita ou morte, seja durante exercícios ou em situações consideradas de repouso.
Não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita entre atletas nos Estados Unidos provocados pela doença ou pela vacina (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Não há nenhuma relação entre as doenças e a Covid-19

Nos Estados Unidos foram feitas muitas associações infundadas entre casos de atletas que tiveram paradas cardíacas enquanto jogavam com a Covid-19 ou com a vacina desenvolvida contra a doença. Nas redes sociais, hashtags e vídeos produzidos por ativistas antivacinas sobre o assunto rapidamente se proliferaram.

A onda de desinformação voltou a ganhar força em 2023, quando o jogador de futebol americano Damar Hamlin, do Buffalo Bills, sofreu uma parada cardíaca após forte impacto no peito em uma partida. Meses depois, durante um treino na universidade, Bronny James, filho do astro do basquete LeBron James, teve uma parada cardíaca decorrente de uma doença congênita, porém, seu caso também foi usado pelo movimento antivacina.

Fake news
Estudo confirmou que suposta relação era, na verdade, mais uma fake news (Imagem: Firn/iStock)

Agora, o estudo confirma que não havia nenhuma verdade nestas postagens. Em resumo, não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita em jovens atletas durante a pandemia. E muito menos em pessoas vacinadas.

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Cemitério antigo revela indícios de interação entre neandertais e Homo sapiens

Um artigo publicado nesta terça-feira (11) na revista Nature Human Behaviour revela novas evidências sobre a convivência entre neandertais e Homo sapiens no Levante do Paleolítico Médio – entre 50 mil e 250 mil anos atrás. 

O estudo se baseia em descobertas feitas em um antigo cemitério na Caverna Tinshemet, em Israel, e sugere que esses grupos não apenas coexistiram, como também interagiram ativamente, compartilhando conhecimento, hábitos de caça e rituais funerários.

Em vez de competição constante, os achados indicam um intercâmbio cultural que impulsionou avanços sociais e tecnológicos, como o uso simbólico de pigmentos minerais e a realização de sepultamentos elaborados.

Seção exposta de sedimentos arqueológicos datados de 110 mil anos atrás na caverna Tinshemet. Crédito: Yossi Zaidner

A Caverna Tinshemet abriga os primeiros enterros do Paleolítico Médio descobertos na região em mais de 50 anos. Desde 2017, pesquisadores liderados pelo arqueólogo Yossi Zaidner, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, investigam o local em busca de pistas sobre a relação entre neandertais e Homo sapiens. 

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Coexistência entre neandertais e Homo sapiens foi colaborativa

Eles analisaram aspectos como a fabricação de ferramentas, as estratégias de caça, o uso de símbolos e a complexidade social. As evidências sugerem que diferentes grupos humanos da época interagiam de forma significativa, transmitindo conhecimentos e influenciando mutuamente suas culturas. Essas interações podem ter acelerado o desenvolvimento de comportamentos sofisticados, como a prática sistemática de rituais funerários.

Uma das descobertas mais intrigantes é o uso de ocre, um pigmento mineral que provavelmente era aplicado no corpo ou nos objetos. Isso sugere que esses povos já valorizavam a identidade cultural e a diferenciação entre grupos, indicando um nível avançado de pensamento simbólico.

A presença de diversos enterros no mesmo local levanta a hipótese de que a caverna poderia ter sido usada como um cemitério. Os pesquisadores encontraram artefatos enterrados junto aos corpos, incluindo ferramentas e ossos de animais, o que pode indicar crenças em uma vida após a morte ou práticas rituais consolidadas.

Artefato lítico da Caverna Tinshemet feito com tecnologia compartilhada entre Homo sapiens e Neandertais. Crédito: Marion Prévost

Para Zaidner, o Levante funcionava como um “caldeirão” de encontros humanos, onde diferentes populações se misturavam e evoluíam juntas. Em um comunicado, Marion Prévost, coautor do estudo, destaca que as condições climáticas da época favoreceram a expansão demográfica e intensificaram o contato entre esses grupos.

Israel Hershkovitz, também membro da equipe, reforça que essas interações não se limitavam à troca de objetos, mas envolviam mudanças nos estilos de vida e estratégias de sobrevivência. “A coexistência entre neandertais e Homo sapiens pode ter sido mais colaborativa do que se imaginava, moldando o futuro da humanidade”.

As escavações na Caverna Tinshemet continuam e podem revelar mais detalhes sobre as origens das sociedades humanas. As descobertas feitas até agora fornecem uma nova perspectiva sobre a história dos nossos ancestrais e o impacto das interações entre diferentes grupos na evolução cultural e tecnológica.

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Saúde do oceano depende do… xixi das baleias!

Baleias movem toneladas de nutrientes por milhares de quilômetros oceano afora por meio do seu xixi. É o que revela uma pesquisa publicada na Nature Communications nesta semana. E não é só a urina das baleias que ajuda a saúde do oceano – o cocô delas também.

Quando defecam, as baleias movem toneladas de nutrientes das águas profundas para a superfície. Mas essa informação é antiga. Isso porque trata-se de algo descoberto por cientistas em 2010. Agora, 15 anos depois, sabe-se que a urina das baleias desempenha um papel parecido ao das suas fezes.

Xixi de baleia transporta nutrientes por bacias oceânicas – e salva ecossistemas inteiros

O transporte (horizontal) de nutrientes via xixi das baleias cobre bacias oceânicas inteiras. O trajeto vai das águas frias onde se alimentam até as águas quentes próximas à Linha do Equador. Lá, elas se acasalam e parem seus filhotes.

Jornada das baleias para acasalar e parir seus filhotes transporta nutrientes importantes para a saúde do oceano (Imagem: Kertu/Shutterstock)

A urina das baleias é o principal, digamos, meio de transporte para nutrientes. Mas pele descascada, carcaças, fezes de filhotes e placentas também contribuem.

Segundo a pesquisa, espécies como baleia-de-direita, baleia-cinzenta e baleia-jubarte transportam cerca de quatro mil toneladas de nitrogênio anualmente para áreas costeiras de regiões tropicais e subtropicais.

Além disso, elas trazem mais de 45 mil toneladas de biomassa. E, antes da era da caça industrial, que dizimou as populações, esses aportes de longa distância podem ter sido três vezes maiores. Ou mais.

Aporte de nutrientes

Por exemplo, milhares de baleias jubarte viajam de uma vasta área onde se alimentam no Golfo do Alasca para uma área mais restrita no Havai, onde se reproduzem. Lá, no Santuário Nacional Marinho das Baleias Jubarte, o aporte de nutrientes das baleias dobra o que é transportado pelas forças locais, estimam os cientistas.

Infográfico mostrando movimento de funil feito por baleias ao transportarem nutrientes pelo oceano
Movimento parecido com funil feito por baleias ao transportarem nutrientes pelo oceano durante jornada para acasalar e parir (Imagem: A. Boersma/Universidade de Vermont)

“Nós chamamos isso de ‘a grande correia transportadora das baleias’ ou também pode ser visto como um funil“, diz Joe Roman, biólogo da Universidade de Vermont, que co-liderou a pesquisa, num comunicado publicado no site da instituição de ensino.

Isso porque “as baleias se alimentam em grandes áreas, mas precisam estar num espaço relativamente confinado para encontrar um parceiro, acasalar e dar à luz“, explica. Além disso, as baleias provavelmente permanecem em águas rasas e arenosas porque abafam seus sons.

Com isso, nutrientes espalhados por vastos oceanos se concentram em ecossistemas costeiros e de recifes de corais bem menores. “É como coletar folhas para adubar seu jardim”, diz Roman. Isso salva ecossistemas inteiros.

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“Os nutrientes vêm de fora – e não de um rio, mas desses animais migratórios”, diz Andrew Pershing, um dos dez co-autores do novo estudo e oceanógrafo da organização sem fins lucrativos Climate Central, no comunicado.

“É superlegal e muda como pensamos sobre os ecossistemas no oceano. Não pensamos em animais, além dos humanos, tendo impacto em uma escala planetária. Mas as baleias realmente fazem [diferença].”

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Fevereiro interrompe ciclo de recordes da temperatura global

A temperatura média global da superfície ficou 1,59°C acima da média pré-industrial (estimada de 1850-1900) em fevereiro, segundo o observatório europeu Copernicus. A medição ficou 0,18ºC abaixo do recorde de fevereiro de 2024 e interrompeu o ciclo de recordes dos últimos 20 meses — mas não há motivo para comemorar.

Esse foi o terceiro fevereiro mais quente da história, com períodos mais secos do que a média no sudeste da América do Norte e América do Sul, com a Argentina sofrendo incêndios florestais, além da Península Arábica e partes da Ásia.

Além disso, choveu menos do que o esperado para a maior parte da Europa, onde o inverno ficou 0,71 ºC acima do período que vai de 1991-2020, sendo a segunda maior temperatura média para a estação.

Inverno foi mais seco do que o esperado para a Europa (Imagem: Sandra Haase/iStock)

Vale lembrar que a medição do observatório considera médias globais e pode não incluir particularidades regionais, como foi o caso das ondas de calor no Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, os termômetros marcaram 40°C com sensação térmica de 54,2°C no mês passado.

“Fevereiro de 2025 continua a sequência de temperaturas recordes ou quase recordes observadas ao longo dos últimos dois anos. Uma das consequências é o derretimento do gelo marinho, que atingiu um mínimo histórico”, disse Samantha Burgess, Líder Estratégica para o Clima no ECMWF.

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Extensão diária do gelo marinho do Ártico perdeu 0,3 milhões de km² (Imagem: Copernicus/Divulgação)

O problema do gelo marinho…

No final de janeiro, a extensão diária do gelo marinho do Ártico diminuiu drasticamente, perdendo cerca de 0,3 milhões de km² (aproximadamente o tamanho da Itália) em menos de uma semana, segundo o relatório.

De acordo com os cientistas, o fenômeno é incomum nesta época do ano, quando o gelo marinho está tipicamente se expandindo em direção ao seu máximo anual. A diminuição está relacionada com a elevação de temperaturas no Mar da Groenlândia e na região de Svalbard, na Noruega.

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Microplásticos podem gerar uma crise alimentar global, diz estudo

Os microplásticos já foram identificados em praticamente todos os órgãos humanos, podendo gerar graves problemas de saúde. Este pequenos materiais de menos de cinco milímetros também se espalham pela natureza, em rios, oceanos e até no solo.

E se os riscos ligados a estas substâncias já eram preocupantes, uma nova pesquisa aumenta os temores. Segundo um estudo realizada por pesquisadores da China, Alemanha e Estados Unidos, os microplásticos podem ter um impacto negativo na fotossíntese.

Produção agrícola mundial pode estar em risco

Os cientistas analisaram dados de mais de 150 estudos envolvendo o impacto dos microplásticos. Estes trabalhos anteriores demonstraram que estes materiais chegaram a quase todos os ecossistemas do planeta e agora contaminam plantas e animais, incluindo humanos.

Já na nova pesquisa, a equipe descobriu que as substâncias podem ter um impacto direto na capacidade das plantas realizarem fotossíntese. Eles utilizaram inteligência artificial para confirmar que os microplásticos reduziram a eficiência fotossintética em todos os três tipos de plantas em 7% a 12% e causaram reduções na produção de clorofila.

Microplásticos podem prejudicar a capacidade de fotossíntese das plantas (Imagem: Ostariyanov/Shutterstock)

Isso resultaria em aproximadamente 4% a 14% de perdas de rendimento de safra de milho, trigo e arroz em todo o mundo. Além disso, os materiais seriam responsáveis por até 7% das perdas na produtividade primária líquida aquática global.

O estudo ainda aponta que o problema parece estar piorando, o que afetará ainda mais a produção agrícola mundial. Se esta situação não for revertida, milhões de pessoas podem enfrentar uma condição de insegurança alimentar nas próximas duas décadas. As descobertas foram publicadas em estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença dos pequenos plásticos já é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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