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OMS alerta: escassez de medicamentos para HIV pode causar milhões de mortes

A interrupção do apoio dos EUA a programas de HIV pode resultar na escassez de medicamentos em oito países, incluindo Nigéria, Quênia e Lesoto, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, congelou a ajuda externa em seu primeiro dia no cargo, como parte de uma revisão dos gastos do governo.

O presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que essa decisão pode reverter 20 anos de avanços no combate ao HIV, resultando potencialmente em mais de 10 milhões de novos casos e 3 milhões de mortes adicionais relacionadas ao HIV.

Entre os países afetados estão a Nigéria, Quênia, Lesoto, Sudão do Sul, Burkina Faso, Mali, Haiti e Ucrânia, que podem ficar sem acesso a medicamentos antirretrovirais nos próximos meses.

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Interrupção de ajuda dos EUA para a OMS pode acarretar no retrocesso de 20 anos de avanços no combate ao HIV (Imagem: Smart Calendar/Shutterstock)

As consequências da saída dos EUA da OMS

  • O congelamento da ajuda impactou programas de saúde essenciais, incluindo o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para Alívio da Aids (Pepfar), que já havia salvado mais de 26 milhões de vidas desde seu lançamento em 2003.
  • O apoio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi interrompido, afetando serviços de teste, tratamento e prevenção do HIV em mais de 50 países.
  • A OMS pediu aos EUA que reconsiderem sua decisão, destacando a importância de manter o apoio à saúde global, que salva vidas e previne surtos internacionais.

Estima-se que mais de 25 milhões de pessoas vivam com HIV na África Subsaariana, representando dois terços do total global.

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Escassez nos medicamentos que ajudam tratamento do HIV podem resultar no aumento de novos casos e de mortes – Imagem: Bowonpat Sakaew/Shutterstock

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Confira o Olhar Digital News na íntegra (18/03/2025)

Confira o Olhar Digital News desta terça-feira (18) na íntegra:

“Microrraios” em gotas d’água podem ter ajudado a criar a vida na Terra

Como surgiu a vida na Terra? Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, apresentaram uma nova teoria. Eles descobriram que jatos finos de água podem gerar pequenas cargas elétricas chamadas ‘microrraios’, que teriam força suficiente para iniciar reações químicas fundamentais para o surgimento da vida.

IA inteligente igual humanos é questão de tempo, diz CEO do Google DeepMind

Será que as máquinas conseguirão pensar como nós, humanos? Para especialistas, a pergunta certa está mais para “quando”. Demis Hassabis, líder do Google DeepMind, acredita que isso deve começar a acontecer nos próximos cinco a dez anos. Mas ressaltou: ainda há muito trabalho pela frente.

Marte pode estar escondendo muita água no subsolo

Uma nova pesquisa sobre Marte acende uma esperança na busca por vida extraterrestre. O trabalho usou dados sísmicos da sonda InSight, da NASA, para comprovar que há muita água armazenada no subsolo marciano. E se há água, pode haver vida microbiana.

Galáxia gigante do início do Universo dá pistas sobre a origem de tudo

Usando o Telescópio Espacial James Webb, uma equipe de cientistas australianos conseguiu “voltar no tempo” e descobrir uma galáxia gigante em forma de disco espiral que remonta aos primórdios do Universo. E tem mais: o astro é três vezes maior do que qualquer outro daquela mesma época, podendo dar dicas sobre como tudo começou.

Nvidia pegando fogo!

A CEO da Nvidia, Jensen Huang, subiu ao palco do evento Nvidia GTC, em San Jose, na Califórnia, para dar detalhes sobre os próximos lançamentos da empresa e falar sobre suas expectativas no setor de inteligência artificial.

Ele fez muito mais do que isso: o executivo anunciou uma série de novidades, incluindo a produção de veículos autônomos, uma rede 6G com IA e atualizações do sistema Blackwell para escalonar a produção de modelos de raciocínio.

O Olhar Digital News vai ao ar de segunda a sexta-feira nas nossas redes sociais!

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Fala AI: teremos uma IA tão inteligente quanto humanos?

Será que um dia a inteligência artificial vai superar a inteligência humana? Para alguns especialistas do setor, a pergunta não é “se”, mas “quando”. Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind (divisão de pesquisas em IA do Google), é um deles.

Durante uma coletiva com jornalistas em Londres, Hassabis falou sobre a inteligência artificial geral (IAG), capaz de igualar humanos. Para ele, essa tecnologia está bem próxima: começará a chegar nos próximos cinco a dez anos.

DeepMind é a divisão de pesquisas em inteligência artificial do Google (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

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Mas ainda não chegamos lá. O executivo reforçou que temos bastante trabalho de pesquisa pela frente, incluindo superar desafios. Um deles é fazer os sistemas entenderem o contexto do mundo real, para além das máquinas.

Outros especialistas do setor de inteligência artificial já opinaram no assunto. Alguns acreditam que a IAG vai levar mais tempo para se concretizar. Outros acham que será mais rápido.

Quem repercute o assunto é Roberto Pena Spinelli, físico pela USP, com especialidade em Machine Learning por Stanford e pesquisador na área de Inteligência Artificial, na coluna Fala AI. Ele também vai comentar os destaques do evento Nvidia GTC, conduzido pelo CEO Jensen Huang nesta terça-feira (18).

Acompanhe!

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Huawei vai lançar primeiro smartphone dobrável sem Android; veja imagem

Um novo vazamento, confirmado pelo próprio Diretor do Conselho da marca, traz imagens e mostra que a Huawei vai lançar um celular dobrável inovador, que se destaca por ser o primeiro modelo do segmento a utilizar o sistema HarmonyOS Next, em vez do tradicional Android. Com um design compacto e uma tela externa secundária, o dispositivo promete uma experiência única de uso.

O aparelho, que faz parte da linha pura da Huawei, apresenta um formato inédito, com proporções de tela mais largas (16:10), ampliando as opções de visualização. Esse novo design é esperado para proporcionar uma experiência distinta tanto na aparência quanto nas funcionalidades.

Detalhes do novo modelo da Huawei

A Huawei também investe em câmeras de alta performance, com lentes ultrawide e telefoto, capazes de realizar zoom de até 10x, além de recursos de inteligência artificial.

A maior novidade, porém, é o sistema HarmonyOS Next, que visa garantir maior independência da Google, proporcionando integração mais eficiente entre hardware e software. O novo dispositivo promete ainda suportar colaboração entre diferentes gadgets da marca, aproveitando ao máximo as capacidades do sistema.

HarmonyOS Next visa garantir maior independência da Google, proporcionando integração mais eficiente entre hardware e software (Imagem: muhamad mizan bin ngateni/Shutterstock)

Apesar do impacto positivo da novidade, a Huawei ainda não revelou quando o dispositivo será lançado no mercado brasileiro, embora já tenha agendado um evento para o dia 20 de março, onde serão apresentados outros produtos com o HarmonyOS Next.

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Com este lançamento, a Huawei se posiciona como uma nova figura na inovação de smartphones dobráveis, apostando em um sistema exclusivo. A expectativa é que o modelo amplie as fronteiras da tecnologia móvel, oferecendo aos usuários uma experiência mais integrada e personalizada.

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(Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Último lançamento da Huawei

Huawei lançou, em fevereiro, seu smartphone triplo fora da China: o Mate XT. Com o preço inicial de US$ 3.660 (R$ 20,8 mil), o aparelho chamou atenção por ser o primeiro telefone trifold, com dois pontos nos quais pode ser dobrado para exibir conteúdo em uma tela única, dupla ou tripla.

O painel de resolução 3K tem 10,2 polegadas quando aberto por inteiro, mas também funciona em formato compacto de 6,4 polegadas ou com apenas duas telas, chegando a 7,9 polegadas.

A estrutura adota materiais fluidos não newtonianos (que não sofrem deformação) e vidro UTG grande (desenvolvido para uso em aparelhos dobráveis), o que torna a tela 30% mais resistente a impactos, segundo a marca.

O sistema operacional é o EMUI 14.2, da própria Huawei, que não suporta aplicativos nativos da Google desde 2019 por sanções aplicadas pelo governo. O smartphone vendido internacionalmente terá 16 GB de RAM e 1 TB de armazenamento interno.

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Por que a maioria dos países está sofrendo para desligar o 2G?

Pelo menos 61 países ao redor do mundo já iniciaram ou planejam desligar suas redes 2G. Entre eles estão Brasil, Estados Unidos, Índia e China, segundo dados da GSMA Intelligence. O objetivo é aumentar a largura de banda 4G e 5G redirecionando o espectro 2G existente, reduzindo custos de manutenção e aumentando as receitas das operadoras, segundo a Rest of World.

No entanto, a transição levanta preocupações sobre a exclusão digital, especialmente entre a população de baixa renda.

Milhões de pessoas ao redor do mundo ainda dependem de telefones 2G. Fatores como preço acessível, falta de habilidades digitais e conectividade precária mantiveram esses aparelhos relevantes.

Em países como Índia, Paquistão e Vietnã, uma infraestrutura moderna é essencial para atrair investimentos, mas a escassez de espectro desafia a transição para redes mais avançadas.

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A venda global de celulares que não são smartphones caiu de 374 milhões de unidades, em 2019, para 200 milhões, em 2024, segundo a Counterpoint Research. Ainda assim, mercados como Índia e África do Sul continuam a investir em telefones 4G acessíveis.

A pesquisa da Aliança para a Internet Acessível revelou que, em 2021, a compra do smartphone mais barato representava 30% da renda mensal de 2,5 bilhões de pessoas no mundo.

O dilema da transição para o 4G e 5G também afeta dispositivos essenciais. (Imagem: EBC)

Os dilemas para o desligamento do 2G

O dilema da transição para o 4G e 5G também afeta dispositivos essenciais, como sensores de poluição e equipamentos de monitoramento elétrico, dificultando o cronograma do desligamento do 2G em diversos países.

A África do Sul, por exemplo, estabeleceu a meta de desativar o 2G e o 3G até 2024 e 2025, respectivamente, mas adiou os prazos devido ao risco de exclusão digital para cerca de 20 milhões de pessoas.

Lá, os celulares 2G ainda estão entre os mais vendidos, custando cerca de US$ 8. Motoristas de aplicativos costumam manter um desses aparelhos como reserva para evitar furtos, pois smartphones modernos são alvos frequentes de roubos. Apesar disso, a operadora estatal Telkom já desativou sua rede 2G na maioria das regiões do país.

Especialistas defendem que governos e setor privado devem atuar juntos para facilitar essa transição, promovendo treinamento digital e subsídios para novos dispositivos. No Vietnã, a operadora estatal Viettel investiu US$ 12,2 milhões na distribuição de celulares 4G gratuitos para 700 mil assinantes.

A estratégia vietnamita se mostrou eficaz ao equilibrar a adoção do 4G com o uso de aparelhos familiares para os consumidores. No Índia, a Reliance Jio segue um caminho semelhante desde 2017, quando lançou o JioPhone, um celular 4G acessível que atingiu a liderança global do mercado de telefones básicos em menos de um ano. Mesmo assim, em 2024, 73% das vendas de celulares básicos no país ainda eram de modelos 2G.

Pessoa usando celular num dia ensolarado
A transição também esbarra em questões culturais. Em países como Índia e Paquistão, mulheres enfrentam restrições ao uso de smartphone. (Imagem: Bicanski/Pixnio)

A transição também esbarra em questões culturais. Em países como Índia e Paquistão, mulheres enfrentam restrições ao uso de smartphones devido a normas sociais que limitam seu acesso à informação.

Buscando soluções inovadoras, a empresa taiwanesa CloudMosa criou o Cloud Phone, que permite a execução de aplicativos populares em celulares 4G básicos. A tecnologia foi testada na Índia em 2023 e, depois, adotada no Vietnã pela Viettel. Em 2024, mais de um milhão de dispositivos Cloud Phone estavam no mercado, e a empresa pretende expandir para África e Ásia.

5G vai dominar redes móveis em 4 anos e alcançar 8,4 bilhões de conexões

Um relatório da 5G Americas e da Omdia projeta que, até 2029, o 5G será responsável por 8,4 bilhões de conexões móveis por todo o mundo, representando 59% da base global de redes móveis em celulares.

Desde o terceiro trimestre de 2024, o 5G já ultrapassou 2 bilhões de usuários globalmente. Nesse período, segundo o relatório, mais de 170 milhões de novas conexões foram ativadas, o que representa um crescimento de 48% em relação ao ano anterior. No total, a expectativa é que o número de usuários de 5G quadruplicará nos próximos quatro anos, passando dos atuais cerca de 2 bilhões para 8,4 bilhões.

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Como os EUA estão perdendo a corrida do “Sol artificial” para a China

China e EUA estão em uma corrida para desenvolver a primeira usina de fusão nuclear em escala de rede. Após décadas de liderança estadunidense, a China vem se aproximando, investindo o dobro dos recursos e construindo projetos em velocidade recorde.

Frequentemente chamada de “santo graal” da energia limpa, a fusão nuclear produz quatro vezes mais energia por quilograma de combustível do que a fissão nuclear tradicional e quatro milhões de vezes mais do que a queima de carvão, sem emitir gases de efeito estufa ou gerar resíduos radioativos de longa duração.

Se tudo correr conforme o planejado, o mercado pode ultrapassar US$ 1 trilhão (R$ 5,68 trilhões, na conversão direta) até 2050, segundo a Ignition Research. Mas existe um grande obstáculo: “O único reator de fusão em funcionamento no Universo, no momento, são as estrelas”, afirmou Dennis Whyte, professor de ciência e engenharia nuclear no MIT, à CNBC.

Imagem de satélite de grande projeto nuclear em Mianyang (China), que parece incluir quatro compartimentos de laser apontando para uma cúpula de contenção do tamanho aproximado de um campo de futebol, quase duas vezes maior que a Instalação Nacional de Ignição e Fusão dos EUA (Imagem: Laboratórios Planetários PBC)

EUA, China e a luta pela fusão nuclear

  • Os EUA foram pioneiros na utilização em larga escala da fusão com o teste da bomba de hidrogênio em 1952;
  • Nos mais de 70 anos seguintes, cientistas do mundo todo têm lutado para dominar as reações de fusão e convertê-las em energia elétrica;
  • As reações de fusão ocorrem quando os átomos de hidrogênio atingem temperaturas tão extremas que se fundem, formando gás superaquecido conhecido como plasma;
  • A massa “perdida” durante esse processo pode, em teoria, ser convertida em enormes quantidades de energia, mas controlar o plasma é um desafio;
  • Um dos métodos mais populares utiliza ímãs poderosos para suspender e controlar o plasma dentro de um tokamak – dispositivo metálico com formato de uma rosquinha;
  • Outra abordagem emprega lasers de alta energia direcionados a um pellet de combustível do tamanho de uma pimenta-do-reino, comprimindo-o e fazendo-o implodir rapidamente.

Foi dessa forma que os EUA alcançaram a histórica ignição da fusão, gerando energia líquida positiva no Lawrence Livermore National Ignition Facility (NIF) em 2022.

Desde então, o investimento privado em startups de fusão nos Estados Unidos disparou para mais de US$ 8 bilhões (R$ 45,47 bilhões) – salto significativo em relação aos US$ 1,2 bilhão (R$ 6,82 bilhões) investidos em 2021, de acordo com a Fusion Industry Association (FIA). Das 40 empresas associadas à FIA, 25 estão sediadas nos EUA.

Enquanto isso, a energia nuclear tradicional – baseada na fissão – também tem atraído grandes investimentos, impulsionada pelas gigantes da tecnologia que buscam suprir a crescente demanda de energia dos data centers de inteligência artificial (IA). Empresas, como Amazon, Google e Meta, se comprometeram a triplicar a energia nuclear mundial até 2050.

“Se você se importa com a IA e com a liderança em energia, precisa investir em fusão”, declarou Andrew Holland, CEO da FIA. “Se os Estados Unidos não liderarem, a China o fará.”

Apesar de os EUA terem a maior quantidade de usinas nucleares ativas, a China lidera em termos de novos projetos. Mesmo tendo iniciado a construção de seu primeiro reator quase quatro décadas depois dos EUA, o país asiático, agora, constrói muito mais usinas de fissão do que qualquer outra nação.

A entrada da China na corrida da fusão se deu no início dos anos 2000 – cerca de 50 anos após os EUA – quando o país se juntou a mais de 30 nações no megaprojeto ITER, sediado na França. Contudo, o ITER tem enfrentado grandes atrasos.

Embora a competição se dê entre países, o setor privado estadunidense ainda lidera. Dos US$ 8 bilhões (R$ 45,47 bilhões) investidos globalmente em fusão, US$ 6 bilhões (R$ 34,1 bilhões) estão concentrados nos EUA, segundo a FIA.

Entre as startups, a Commonwealth Fusion Systems, originada no MIT, arrecadou quase US$ 2 bilhões (R$ 11,36 bilhões) de investidores, como Bill Gates, Jeff Bezos e Google.

A Helion, com sede em Washington (EUA), captou US$ 1 bilhão (R$ 5,68 bilhões) de investidores, entre eles, Sam Altman, da OpenAI, e firmou acordo ambicioso com a Microsoft para levar energia de fusão à rede elétrica até 2028. Já a TAE Technologies, apoiada pelo Google, levantou US$ 1,2 bilhão (R$ 6,82 bilhões).

Quem possui energia abundantemente ilimitada pode impactar tudo o que se imaginar”, afirmou Michl Binderbauer, CEO da TAE Technologies. “Isso é assustador se cair em mãos erradas.”

No que diz respeito ao financiamento público, a China está muito à frente. Pequim investe cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,52 bilhões) por ano no setor, enquanto os repasses federais dos EUA para a fusão têm girado em torno de US$ 800 milhões (R$ 4,54 bilhões) anuais nos últimos anos, conforme dados do Office of Fusion Energy Sciences do Departamento de Energia dos EUA.

O apoio presidencial também variou. Durante o primeiro mandato de Donald Trump, houve impulso ao suporte nuclear – inclusive para a fusão – e essa tendência continuou sob o governo do ex-presidente Joe Biden. Contudo, o cenário para o segundo mandato de Trump permanece incerto, especialmente em meio à redução maciça dos investimentos federais.

Senadores e especialistas em fusão dos EUA publicaram, em fevereiro, relatório que pedia US$ 10 bilhões (R$ 56,84 bilhões) em fundos federais para evitar que o país perdesse sua liderança.

Porém, os EUA podem já ter perdido vantagem no quesito tamanho dos reatores. Em geral, quanto maior a área do reator, mais eficiente é o aquecimento e confinamento do plasma, aumentando as chances de se obter energia líquida positiva.

Imagens de satélite, fornecidas à CNBC pela Planet Labs, mostram a rápida construção de enorme complexo de fusão a laser na China. A cúpula de contenção, onde ocorrerá a reação de fusão, tem, aproximadamente, o dobro do tamanho do NIF, projeto estadunidense de fusão a laser, conforme informou Decker Eveleth, da CNA Corporation. Segundo Holland, a instalação chinesa provavelmente funcionará como híbrido de fusão-fissão.

“Um híbrido de fusão-fissão é como replicar uma bomba, mas como usina elétrica. Isso nunca funcionaria nem seria permitido em um país como os Estados Unidos, onde o regime regulatório exige rigorosos padrões de segurança”, explicou Holland. “Mas, em um contexto como o da China, onde as opiniões locais têm menos peso, se o governo decidir, a obra segue.”

O projeto nacional de tokamak da China, o EAST, tem batido recordes, disputando com o projeto WEST, da França, pelo tempo mais longo de contenção de plasma em um reator – embora esse feito seja menos impactante do que atingir energia líquida positiva.

Outro grande projeto financiado pelo Estado, o CRAFT, deverá ser concluído ainda este ano. Com investimento de US$ 700 milhões (R$ 3,97 bilhões) em espaço de 40 hectares no leste do país, o CRAFT também abrigará um novo tokamak, o BEST, que deve ser finalizado em 2027.

Segundo Holland, o projeto CRAFT da China segue plano estadunidense publicado por centenas de cientistas em 2020. “O Congresso não fez nada para investir os recursos necessários para colocar isso em prática. Nós publicamos o plano e, os chineses, então, o construíram”, afirmou.

Além disso, a startup estadunidense Helion informou à CNBC que alguns projetos chineses estão copiando seus designs patenteados. “Na China, estamos vendo agências estatais investindo em empresas para replicar os projetos de empresas estadunidenses”, comentou David Kirtley, fundador e CEO da Helion.

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Tokamak SPARC da Commonwealth Fusion Systems; ele está programado para usar ímãs supercondutores para atingir a ignição por fusão em 2027 (Imagem:
Sistemas de fusão da Commonwealth)

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O rápido lançamento dos novos projetos de fusão na China ocorre em momento em que os esforços nos EUA se concentram, principalmente, na modernização de instalações já existentes – algumas com mais de 30 anos.

Ninguém quer trabalhar com máquinas obsoletas”, afirmou Binderbauer, da TAE, acrescentando que novos projetos atraem mais talentos e que isso tem causado uma espécie de “fuga de cérebros”. Nos anos 2000, cortes nos orçamentos de pesquisa em fusão obrigaram universidades estadunidenses a interromper a construção de novos equipamentos, enviando pesquisadores para aprender com os equipamentos de outros países, inclusive dos chineses.

“Em vez de construir novos reatores, fomos para a China e ajudamos a construir os deles, pensando: ‘Que ótimo, eles terão a instalação e nós aprenderemos’”, comentou Bob Mumgaard, cofundador e CEO da Commonwealth Fusion Systems. “Mas isso foi um grande erro.

Atualmente, a China detém o maior número de patentes em fusão e possui dez vezes mais doutorados em ciência e engenharia de fusão do que os EUA, conforme relatório da Nikkei Asia. “Há um número finito de profissionais qualificados no Ocidente para os quais todas as empresas concorrem”, afirmou Binderbauer, ressaltando que isso representa uma limitação fundamental.

Além da mão de obra, os projetos de fusão exigem enorme quantidade de materiais, como ímãs de alta potência, metais específicos, capacitores e semicondutores de potência. Kirtley, da Helion, comentou que o cronograma do mais recente protótipo da empresa, o Polaris, foi determinado pela disponibilidade de semicondutores.

A China também está se movendo para dominar a cadeia de suprimentos desses materiais, seguindo estratégia semelhante à que a ajudou a conquistar liderança em painéis solares e baterias para veículos elétricos. “A China está investindo dez vezes mais do que os EUA em desenvolvimento de materiais avançados. Precisamos mudar isso”, afirmou Kirtley.

A empresa de fusão Energy Singularity, sediada em Xangai (China), afirmou à CNBC que se beneficia “indubitavelmente” da cadeia de suprimentos eficiente da China. Em junho, a Energy Singularity divulgou que conseguiu criar plasma em tempo recorde, apenas dois anos após iniciar o projeto do seu tokamak.

Apesar dos avanços, ainda estamos longe de alcançar a fusão nuclear em escala comercial. A Helion pretende ser a primeira, com meta para 2028, enquanto a Commonwealth anunciou um local na Virgínia (EUA) para inaugurar a primeira usina de fusão, a ARC, no início dos anos 2030.

“Mesmo que os primeiros reatores sejam instalados nos EUA, não devemos nos acomodar”, ressaltou o professor Whyte, do MIT. “O verdadeiro objetivo é ter uma indústria de fusão madura, produzindo energia para ser utilizada globalmente, inclusive em centros de IA.”

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Como a IA pode ajudar árbitros de futebol a tomar decisões melhores

A tecnologia está revolucionando o futebol, ajudando árbitros a tomarem decisões mais precisas e otimizando as táticas em campo. A ETH Zurich, em colaboração com a FIFA, explora como a inteligência artificial (IA) pode tornar esses avanços mais acessíveis para competições ao redor do mundo.

Atualmente, a IA é utilizada no futebol para analisar movimentos dos jogadores e ajudar os árbitros a decidirem sobre situações como o impedimento.

O sistema do impedimento semi-automático, utilizado por árbitros assistentes de vídeo (VAR), rastreia em tempo real os movimentos e posições dos jogadores, proporcionando decisões mais justas.

Até agora, essas tecnologias estavam limitadas às grandes competições devido ao custo e complexidade do sistema, que exige de 10 a 12 câmeras para cada estádio.

A ETH Zurich, no entanto, está trabalhando para simplificar a tecnologia, permitindo que uma única câmera de transmissão seja usada para análise. Esta câmera é comum em todos os jogos e captura grande parte das imagens transmitidas.

Tecnologia passa a ter papel cada vez mais crucial em partidas de futebol – Imagem: Fabrizio Andrea Bertani / Shutterstock

O AIT Lab da ETH Zurich digitalizou quase 50 minutos de gravações da Copa do Mundo de 2022, criando um conjunto de dados chamado WorldPose. Ele contém mais de 2,5 milhões de poses de jogadores em 3D, permitindo o rastreamento preciso dos movimentos dos jogadores, com ou sem a bola.

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Com a tecnologia de estimativa de pose monocular (MPE), um computador usa imagens de uma única câmera para detectar a posição e os movimentos dos jogadores.

Embora essa tecnologia seja boa em analisar jogadas individuais, ela enfrenta dificuldades em rastrear múltiplos jogadores ao mesmo tempo, especialmente em grandes distâncias.

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A revolução tecnológica do futebol, que se iniciou com o VAR, deve continuar com o uso da inteligência artificial – Imagem: Oleh Dubyna/Shutterstock

Desafios técnicos e avanços em calibração de câmeras

  • Os pesquisadores enfrentaram desafios técnicos, como obstrução de jogadores e desfoque de movimento, além de problemas de calibração das câmeras.
  • Para garantir precisão, calibraram as câmeras e ajustaram as imagens, sobrepondo as linhas de campo digitais para garantir que os dados fossem precisos.
  • Usando o conjunto de dados digitalizado, os pesquisadores realizaram testes para determinar se uma única câmera seria suficiente para detectar uma posição de impedimento com precisão.
  • Os resultados mostraram que, embora a tecnologia atual funcione bem para sequências individuais, ela ainda enfrenta dificuldades com múltiplos jogadores e variações de zoom.

Com o lançamento do Desafio de Inovação da FIFA, pesquisadores ao redor do mundo estão agora treinando seus sistemas para desenvolver algoritmos que permitam uma análise precisa usando uma única câmera móvel.

Mais de 150 pesquisadores já se inscreveram no desafio, o que pode acelerar o desenvolvimento dessa tecnologia, tornando-a mais acessível para o futebol em geral.

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Lotofácil 3345: veja resultado de hoje, terça-feira (18)

O sorteio do concurso 3345 da Lotofácil, com prêmio de R$ 4,5 milhões, foi realizado na noite desta terça-feira (18), direto do Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

Se você não conseguiu assistir ao sorteio ao vivo pela RedeTV! às 20h, pode conferir a transmissão completa pelo canal oficial da Caixa e da RedeTV! no YouTube e no perfil da Loterias Caixa no Facebook.

Participaram deste concurso aqueles que registraram suas apostas até as 19h desta terça-feira (18), adquirindo um bilhete em uma unidade lotérica, no site ou no aplicativo das Loterias Caixa. A aposta simples, com 15 dezenas, custa R$ 3.

Resultado da Lotofácil 3345

O sorteio da Lotofácil, concurso 3344, foi realizado na noite desta terça-feira (18) pela Caixa Econômica Federal, em São Paulo (SP). O prêmio do concurso estava estimado em R$ 4,5 milhões.

Os números sorteados foram: 01 – 02 – 04 – 09 – 11 – 12 – 13 – 14 – 17 – 18 – 19 – 20 – 21 – 23 – 24.

Os ganhadores serão divulgados em instantes e, tão logo isso ocorra, atualizaremos esta reportagem.

Leia mais:

Últimos resultados da Lotofácil

Os dez últimos resultados dos sorteios da Lotofácil foram:

  • Lotofácil 3344 (16/03/2025): 01 – 02 – 04 – 06 – 09 – 10 – 12 – 13 – 14 – 15 – 19 – 21 – 23 – 24 – 25
  • Lotofácil 3343 (15/03/2025): 01 – 02 – 06 – 07 – 09 – 11 – 13 – 15 – 16 – 17 – 19 – 20 – 21 – 22 – 25
  • Lotofácil 3342 (14/03/2025): 01 – 02 – 05 – 07 – 08 – 10 – 12 – 13 – 16 – 17 – 18 – 19 – 20 – 22 – 24
  • Lotofácil 3341 (13/03/2025): 01 – 02 – 04 – 06 – 07 – 08 – 11 – 12 – 13 – 14 – 17 – 19 – 21 – 24 – 25
  • Lotofácil 3340 (12/03/2025): 01 – 03 – 06 – 09 – 11 – 13 – 14 – 15 – 17 – 19 – 22 – 21 – 23 – 24 – 25
  • Lotofácil 3339 (11/03/2025): 03 – 04 – 05 – 09 – 10 – 11 – 12 – 13 – 14 – 16 – 17 – 19 – 21 – 24 – 25
  • Lotofácil 3338 (10/03/2025): 01 – 02 – 04 – 06 – 07 – 09 – 10 – 13 – 14 – 15 – 16 – 18 – 21 – 24 – 25
  • Lotofácil 3337 (08/03/2025): 01 – 03 – 04 – 05 – 07 – 08 – 10 – 11 – 14 – 15 – 16 – 18 – 19 – 23 – 24
  • Lotofácil 3336 (07/03/2025): 01 – 05 – 06 – 07 – 11 – 14 – 15 – 16 – 17 – 19 – 20 – 21 – 22 – 23 – 25
  • Lotofácil 3335 (06/03/2025): 01 – 02 – 03 – 05 – 07 – 08 – 09 – 11 – 12 – 15 – 17 – 18 – 19 – 20 – 25
  • Lotofácil 3334 (05/03/2025): 02 – 03 – 04 – 06 – 08 – 11 – 14 – 15 – 16 – 17 – 19 – 20 – 22 – 23 – 25

Quando é o próximo sorteio da Lotofácil?

O próximo sorteio é o 3346 e ele acontece na quarta-feira, 19 de março de 2025.

Qual o prêmio estimado do próximo sorteio da Lotofácil?

O prêmio estimado para o sorteio 3346 será divulgado em instantes e, tão logo isso ocorra, atualizaremos esta reportagem.

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Como a Nvidia pode transformar a robótica com o GR00T N1

A Nvidia, gigante da tecnologia conhecida por seus avanços em inteligência artificial (IA), anunciou durante a GTC 2025 o lançamento do Isaac GR00T N1, um modelo de código aberto projetado para revolucionar o desenvolvimento de robôs humanoides.

Com a afirmação de seu fundador e CEO, Jensen Huang, de que “a era da robótica generalista chegou”, a Nvidia sinaliza um marco na evolução da IA e da robótica.

Como é o novo robô humanoide da Nvidia

O GR00T N1 destaca-se por sua capacidade de agilizar o desenvolvimento de robôs humanoides, oferecendo um modelo pré-treinado, mas altamente personalizável.

Sua arquitetura de sistema duplo, inspirada na cognição humana, permite que os robôs combinem ações rápidas e intuitivas com raciocínio complexo e planejamento estratégico.

Iniciativa da Nvidia conta com o apoio de grandes nomes da robótica, como Boston Dynamics, Agility Robotics, Mentee Robotics e Neura Robotics. (Imagem: Divulgação/Nvidia)

Essa combinação possibilita a execução de tarefas que exigem adaptabilidade e aprendizado contínuo, como demonstrado pelo robô humanoide NEO Gamma da 1X, que realizou tarefas de organização autônoma utilizando o modelo GR00T N1.

A tecnologia por trás do GR00T N1 é um avanço significativo no campo da robótica. O “Sistema 1”, como a Nvidia o denomina, opera como um modelo de ação de pensamento rápido, similar aos reflexos humanos, enquanto o “Sistema 2” utiliza um modelo de linguagem de visão para raciocinar e planejar ações complexas.

A capacidade de personalizar o comportamento e as capacidades do robô através de pós-treinamento com dados específicos abre um leque de possibilidades para aplicações em diversos setores, desde a assistência doméstica até a indústria.

Leia mais:

A iniciativa da Nvidia conta com o apoio de grandes nomes da robótica, como Boston Dynamics, Agility Robotics, Mentee Robotics e Neura Robotics, que tiveram acesso antecipado ao modelo GR00T N1. A disponibilização dos dados de treinamento e cenários de avaliação do GR00T N1 através do Hugging Face e do GitHub reforça o compromisso da Nvidia com a democratização da tecnologia e o fomento à inovação na área da robótica.

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Quina 6683: veja resultado de hoje, terça-feira (18)

O sorteio do concurso 6683 da Quina, com prêmio de R$ 1,34 milhões, foi realizado na noite desta terça-feira (18), direto do Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

Se você não conseguiu assistir ao sorteio ao vivo pela RedeTV! às 20h, pode conferir a transmissão completa pelo canal oficial da Caixa e da RedeTV! no YouTube e no perfil da Loterias Caixa no Facebook.

Participaram deste concurso aqueles que registraram suas apostas até as 19h desta terça-feira (18), adquirindo um bilhete em uma unidade lotérica, no site ou no aplicativo das Loterias Caixa. A aposta simples, com cinco dezenas, custa R$ 2,50.

Resultado da Quina 6683

O sorteio da Quina, concurso 6683, foi realizado na noite desta terça-feira (18) pela Caixa Econômica Federal, em São Paulo (SP). O prêmio do concurso estava estimado em R$ 1,34 milhões.

Os números sorteados foram: 20 – 23 – 53 – 60 – 71.

Os ganhadores serão divulgados em instantes e, tão logo isso ocorra, atualizaremos esta reportagem.

Leia mais:

Últimos resultados da Quina

Os dez últimos resultados dos sorteios da Quina foram:

  • Quina 6682 (17/03/2025): 08 – 15 – 24 – 28 – 68
  • Quina 6681 (15/03/2025): 39 – 46 – 52 – 65 – 77
  • Quina 6680 (14/03/2025): 08 – 13 – 22 – 34 – 41
  • Quina 6679 (13/03/2025): 03 – 05 – 16 – 28 – 37
  • Quina 6678 (12/03/2025): 33 – 36 – 50 – 51 – 69
  • Quina 6677 (11/03/2025): 17 – 52 – 69 – 72 – 75
  • Quina 6676 (10/03/2025): 11 – 25 – 29 – 31 – 45
  • Quina 6675 (08/03/2025): 13 – 25 – 26 – 37 – 76
  • Quina 6674 (07/03/2025): 19 – 32 – 57 – 60 – 75
  • Quina 6673 (06/03/2025): 14 – 26 – 35 – 52 – 74

Quando é o próximo sorteio da Quina?

O próximo sorteio é o 6684 e ele acontece na quarta-feira, 19 de março de 2025.

Qual o prêmio estimado do próximo sorteio da Quina?

O prêmio estimado para o sorteio 6684 será divulgado em instantes e, tão logo isso ocorra, atualizaremos esta reportagem.

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