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Athena: sonda está ativa, mas posição na Lua ainda é incerta

O módulo lunar Athena, da empresa norte-americana Intuitive Machines, pousou perto do polo sul da Lua nesta quinta-feira (6), às 14h31 (horário de Brasília). Embora a missão tenha seguido o cronograma previsto, os engenheiros ainda não sabem se a sonda está na posição correta, o que pode interferir na capacidade de comunicação e geração de energia.

A confirmação do pouso veio durante uma transmissão ao vivo do evento. Horas mais tarde, a empresa realizou uma coletiva de imprensa para atualizar a situação. “Devo dizer que ainda não acreditamos que estamos na atitude correta na superfície da Lua”, declarou Steve Altemus, CEO da Intuitive Machines. Ele explicou que a equipe ainda está analisando os dados recebidos e espera obter imagens do orbitador Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, nos próximos dias para entender melhor a situação.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

Apesar da incerteza sobre a posição da espaçonave Athena, a comunicação com ela foi estabelecida. “Podemos comandar cargas úteis para ligar e desligar”, disse Altemus. No entanto, ele admitiu que a geração de energia e a comunicação não estão totalmente dentro do esperado. Como medida preventiva, a equipe adotou estratégias para conservar energia e avaliar quais objetivos da missão ainda podem ser cumpridos.

Localização exata do módulo Athena ainda é um mistério

Outro desafio enfrentado pela equipe da Intuitive Machines é determinar a localização exata da sonda Athena na Lua. A espaçonave deveria pousar em uma região específica dentro do planalto Mons Mouton, a cerca de 160 km do polo sul lunar. Porém, devido às dificuldades encontradas no pouso, a posição final do módulo pode estar um pouco diferente do previsto.

“Não sei exatamente onde estaríamos em relação à elipse de pouso que especificamos antes da missão, com precisão de 50 metros”, explicou Altemus. Ele afirmou que a equipe está aguardando imagens da câmera do orbitador LRO para confirmar a localização.

Tim Crain, diretor de crescimento da Intuitive Machines, acredita que o software de reconhecimento de crateras da Athena funcionou corretamente e direcionou a sonda para um ponto próximo do alvo planejado. O sistema utiliza um banco de dados com imagens de crateras da região, comparando-as com as captadas durante a descida para se orientar.

“A resposta, repetidamente, foi sim”, disse Crain, ao ser questionado se o software havia identificado corretamente as crateras durante a aterrissagem. Mesmo assim, ele demonstrou uma leve frustração. “Estou um pouco desapontado porque o módulo de pouso provavelmente está fora do perímetro do local de pouso”.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

Apesar disso, Crain garantiu que a Athena pousou dentro do planalto Mons Mouton, uma região de interesse para futuras explorações lunares devido à possibilidade de conter gelo de água sob a superfície.

“Pousar na Lua é extremamente difícil”

Durante a coletiva de imprensa, Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou os desafios de um pouso lunar bem-sucedido. “Acho que todos podemos concordar, particularmente hoje, que pousar na Lua é extremamente difícil, e a IM-2 pretendia pousar em um lugar que a humanidade nunca esteve antes”.

Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, durante a coletiva de imprensa sobre o pouso da sonda Athena, da Intuitive Machines. Crédito: NASA TV

Ela reforçou que, apesar das dificuldades, a sonda segue ativa e retornando dados valiosos para a missão. “Esperamos poder trabalhar com a Intuitive Machines em um plano para recuperar o máximo de dados científicos e tecnológicos durante sua permanência na Lua”.

Altemus também classificou o pouso como um sucesso, independentemente das dificuldades enfrentadas. “Sempre que você envia uma espaçonave para a Flórida para voar e, uma semana depois, ela está operando na Lua, declaro que é um sucesso”.

Sonda anterior “quebrou a perna” ao pousar na Lua

Esse cenário lembra o pouso da missão IM-1, também da Intuitive Machines, ocorrido em fevereiro de 2024. Na ocasião, o módulo Odysseus tocou o solo lunar com velocidade acima do esperado. Isso acabou quebrando uma perna da espaçonave e fazendo com que ela tombasse parcialmente, dificultando a comunicação.

A transmissão do pouso da missão IM-2 foi encerrada 30 minutos após o evento, com a informação de que mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada para às 18h.

A missão IM-2 faz parte do programa CLPS, da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e novas tecnologias à Lua.

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Como estava programado o pouso da sonda Athena na Lua

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso seria um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda precisaria reduzir sua órbita para entrar em trajetória de aproximação. Nesse estágio, sem comunicação direta com a Terra, ela dependeu apenas de seus sensores para navegar.

Ao retomar o contato com os controladores, a espaçonave deveria acionar os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, era esperado que ela desativasse as câmeras e fizesse o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente. Por enquanto, não se sabe se esses procedimentos foram cumpridos corretamente.

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta imagem enquanto pousava perto do polo sul da Lua, em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

Missão deve durar 10 dias

Se tudo der certo, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

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Afinal, por que o gelo flutua? A ciência responde!

Quando você coloca gelo em um copo de água ou em outra bebida, já deve ter notado que ele flutua na superfície do líquido — assim como um iceberg flutuando na Antártica. Contudo, se pegasse uma pequena pedra do mesmo tamanho e peso de um cubo de gelo, perceberia que ela afundaria em vez de flutuar. Então, por que o gelo flutua em vez de afundar?

Ou seja, independentemente do tamanho do gelo, seja um cubo para resfriar sua bebida ou um iceberg gigantesco no meio do oceano gelado, ambos continuarão flutuando na superfície da água até derreterem completamente.

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Planeta em alerta: gelo marinho desaparece e temperaturas disparam

Fevereiro de 2025 registrou um marco preocupante para o clima global: a menor extensão de gelo marinho já observada, de acordo com dados do observatório europeu Copernicus (C3S).

Este evento crítico ocorreu em paralelo com o terceiro mês de fevereiro mais quente da história, intensificando os alertas sobre as rápidas mudanças climáticas que afetam o planeta.

Mínimos históricos nas regiões polares

A extensão do gelo marinho atingiu níveis sem precedentes no início de fevereiro, mantendo-se abaixo dos recordes anteriores. No Ártico, a cobertura de gelo ficou 8% abaixo da média, marcando o menor valor já registrado para o mês e o terceiro mês consecutivo de recordes negativos.

Na Antártida, a situação é igualmente alarmante, com a cobertura de gelo 26% abaixo da média, a quarta menor já registrada.

Evento crítico ocorreu em paralelo com o terceiro mês de fevereiro mais quente da história. (Imagem: Steve Allen/Shutterstock)

Temperaturas globais em ascensão

A sequência de temperaturas recordes, observada nos últimos dois anos, persiste. Fevereiro de 2025 registrou uma temperatura média global de 13,36 °C, um aumento de 0,63 °C em relação à média de 1991–2020.

O mês também ultrapassou em 1,59 °C os níveis pré-industriais, referência para o Acordo de Paris, com 19 dos últimos 20 meses registrando temperaturas acima deste limite.

Termômetro marcando temperaturas altas em montagem para ilustrar calor e aquecimento global
Inverno no hemisfério norte foi o segundo mais quente já registrado. (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

O aumento das temperaturas e o degelo acelerado têm consequências vastas. O inverno no hemisfério norte foi o segundo mais quente já registrado, com anomalias de temperatura evidentes em diversas regiões, incluindo o norte da Escandinávia, Islândia, Alpes, Ártico, partes da América do Sul e Oceania.

A temperatura da superfície do mar também atingiu um recorde para fevereiro, com 20,88°C, e recordes locais foram observados no Golfo do México e no Mar Mediterrâneo. As alterações climáticas também impactam os padrões de precipitação, com secas e chuvas intensas em diversas partes do globo, além de eventos climáticos extremos como furacões e ciclones.

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Alerta para o futuro

  • Os dados divulgados pelo Copernicus reforçam a urgência de ações globais para mitigar as mudanças climáticas.
  • A redução do gelo marinho e o aumento das temperaturas globais são sinais claros da aceleração do aquecimento global, com impactos diretos em ecossistemas e comunidades ao redor do mundo.
  • A necessidade de transição para energias renováveis, redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas torna-se cada vez mais crucial para garantir um futuro sustentável.

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Casa de Davi terá quantos episódios no Prime Video? Confira calendário e tudo sobre a série

Criada por Jon Erwin, Casa de Davi já se consolidou como uma das séries inéditas que mais conquistou fãs na Amazon Prime Video em 2025. Contando a história do segundo rei de Israel, a trama mostra como um jovem pastor acabou se transformando em uma figura lendária que seria o ponto de referência de todo um povo.

Lançada no dia 27 de fevereiro, a produção já tem três episódios disponíveis que estabelecem muito bem sua premissa e as motivações de seus personagens, com mais novidades chegando hoje (6). Assim como outras séries recentes do streaming, os demais episódios vão chegar em ritmo semanal, estreando sempre às quintas-feiras.

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Console dobrável, display que ‘estica’ e mais: confira as inovações em telas da Samsung na MWC 2025

A Samsung revelou diversas inovações em telas durante a edição 2025 da Mobile World Congress (MWC) que termina nesta quinta-feira (6) em Barcelona, na Espanha. Entre os destaques, está o painel OLED dobrável que equipa um protótipo de console portátil.

O conceito, que já apareceu com formato diferente em edições anteriores da feira de tecnologia, parece uma mistura de Galaxy Z com Nintendo Switch Lite que pode ser dobrado ao fim da jogatina, facilitando o armazenamento. E as novidades não pararam por aí.

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Europa nega que exista tratamento “injusto” com big techs dos EUA

Um grupo de legisladores da União Europeia escreveu uma carta às autoridades dos EUA, rejeitando as alegações de que as novas regras de concorrência digital da UE discriminam injustamente as empresas americanas. As informações são do Wall Street Journal.

Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a criticar reguladores europeus, devido a uma suposta rigidez contra as big techs americanas, que já foram punidas algumas vezes na Europa. O político disse que as regras da UE seriam “uma forma disfarçada de tributação”.

Na carta, enviada à procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, e ao secretário de Comércio, Howard Lutnick, os parlamentares argumentaram que algumas empresas dos EUA apoiam a aplicação dessas leis, que visam combater o poder excessivo das grandes plataformas digitais.

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Legisladores europeus alegam que regras da região evitam práticas anticompetitivas sem visar injustamente as gigantes da tecnologia dos EUA – Imagem: Ascannio/Shutterstock

Empresas dos EUA não são os únicos alvo das regras regulatórias da Europa

  • A carta destaca que a Lei de Mercados Digitais (DMA) da UE não se concentra apenas em empresas dos EUA, como Apple, Google e Meta, mas também investiga empresas europeias, como a Booking.com, e o TikTok, de propriedade chinesa.
  • Os legisladores europeus afirmam que a DMA beneficia empresas menores e startups, criando um ambiente mais competitivo, e mencionam que gigantes como a Epic Games e DuckDuckGo estão buscando alternativas ao domínio das grandes plataformas.
  • A lei estabelece restrições para impedir que empresas favoreçam seus próprios produtos em plataformas dominantes, com penalidades pesadas em caso de violação.

A UE enfrenta pressão crescente dos EUA para justificar essas regulamentações, com autoridades americanas, como o presidente do Judiciário da Câmara dos EUA, Jim Jordan, questionando se elas visam injustamente as empresas do país.

No entanto, os legisladores da UE defendem que a DMA promove um ecossistema competitivo, permitindo inovação sem prejudicar empresas menores.

EUA adia votação de projeto que permite o acesso de agências de notícias às receitas de Big Techs
Autoridades americanas questionaram se legislações da União Europeia não visam prejudicar as empresas de tecnologia dos EUA – Imagem: Koshiro K/Shutterstock

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Pix ganha novas regras com veto a novas chaves para pessoas ou empresas em situação irregular

O sistema de pagamentos instantâneos Pix ganhou novos mecanismos de segurança para proteger donos de chaves de pagamento e impedir uma série de fraudes contra a população. As medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (06) pelo Banco Central do Brasil (BC) e a grande maioria delas têm efeito imediato de funcionamento.

A principal novidade é o reforço de fiscalização nos dados de chaves Pix mantidas por pessoas físicas (donas de um CPF) ou jurídicas (com CNPJ). A partir de agora, é preciso estar devidamente regularizado nas bases da Receita Federal para ser autorizado a criar, revalidar ou trocar chaves e informações cadastrais vinculadas.

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Senadores pedem investigação sobre Elon Musk por possível extorsão

Cinco senadores democratas solicitaram ao Departamento de Justiça dos EUA uma investigação sobre se Elon Musk está utilizando sua influência no governo Trump para intimidar anunciantes a retornarem à plataforma X (antigo Twitter), conforme informações exclusivas do Wall Street Journal.

Os senadores são Elizabeth Warren, Cory Booker, Richard Blumenthal, Adam Schiff e Chris Van Hollen.

O pedido ocorre após uma reportagem anterior do Journal revelar que o X pressionou o conglomerado de publicidade “Interpublic Group” a aumentar seus gastos com a plataforma, sugerindo que sua fusão com o “Omnicom Group” poderia ser prejudicada pelo governo de Trump, dado o envolvimento de Musk com a administração.

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Musk poderia estar extorquindo anunciantes para que gastem mais ou retornem ao X (Imagem: kovop/Shutterstock)

Senadores temem abuso de poder de Elon Musk

  • Na carta enviada à procuradora-geral Pam Bondi, os senadores expressaram preocupação de que Elon Musk estivesse aproveitando seu poder para extrair receita de anunciantes, o que poderia violar leis de ética e resultar em extorsão.
  • Eles também pediram que a FTC resistisse a qualquer pressão para bloquear a fusão Interpublic-Omnicom.
  • Musk e o X não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre as cartas dos senadores. O X não comentou anteriormente sobre as alegações da Interpublic.

Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental e tem forte presença na Casa Branca, comprou o antigo Twitter no final de 2022.

Desde então, o X enfrentou a saída de anunciantes devido à flexibilização das regras de moderação de conteúdo e à controvérsia em torno de discursos de ódio na plataforma. Algumas marcas, como Amazon, Apple e Verizon, começaram a retornar, e a Interpublic recentemente renovou um contrato com o X.

À esquerda, rosto de ElonMusk em preto e branco; à direita, logo do X em fundo preto projetado em um smartphone
Diversos anunciantes deixaram o X depois que Elon Musk se tornou o dono da rede social (Imagem: Kemarrravv13/Shutterstock)

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Berçário de estrelas brilha em imagem captada pelo Telescópio James Webb

O Telescópio Espacial James Webb (JWST) captou uma imagem da galáxia espiral NGC 2283, na qual é possível observar seus braços curvos cheios de estrelas e regiões densas de gás quente e poeira, em cores que variam entre vermelho, laranja e amarelo.

A espiral galáctica está a 45 milhões de anos-luz da Terra, na Constelação Canis Major. A fotografia mostra um grupo de estrelas iluminando o gás hidrogênio ao redor delas, que é o principal combustível para a formação de novas estrelas. Junto delas, estão poderosas explosões estelares mortais, conhecidas como supernovas.

O JWST usou seis imagens tiradas pela Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) e pelo Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) ao longo de 17 minutos para formar a nova imagem. Nesse período, os astrônomos usaram diferentes filtros de infravermelho próximo e médio para capturar as emissões da galáxia e das estrelas.

Representação artística do Telescópio Espacial James Webb (Imagem: olivier.laurent.photos/Shutterstock)

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As informações coletadas fazem parte de uma iniciativa maior para estudar a conexão entre estrelas, gás e poeira em galáxias próximas formadoras de estrelas. NGC 2283 é apenas uma das 55 galáxias no Universo local examinadas por Webb para este programa.

“Todas as galáxias pesquisadas neste programa são galáxias massivas formadoras de estrelas, próximas o suficiente para que aglomerados estelares individuais e nuvens de gás sejam visíveis”, informa a Agência Espacial Europeia (ESA) em um comunicado.

Galáxia NGC 2283 é lar de supernova Tipo II

Uma supernova Tipo II habita a galáxia registrada por JWST. Chamada de SN 2023AXU, ela foi observada pela primeira vez em 28 de janeiro de 2023. Esse tipo de supernova ocorre quando a estrela próxima do fim de sua vida tem pelo menos oito vezes a massa do Sol.

O colapso do núcleo de uma estrela é o gatilho para as explosões do material em suas camadas externas, do qual novas formações estelares serão constituídas. Com o tempo, o gás enriquecido pela supernova é incorporado em novas gerações de estrelas. Isso dá continuidade ao ciclo de vida do gás e dos astros estelares em galáxias por todo o Universo.

“Enquanto o processo de formação de estrelas converte gás em novas estrelas, as supernovas completam o ciclo. A explosão de uma supernova pode lançar gás por centenas de anos-luz, enriquecendo as nuvens de formação de estrelas do meio interestelar com elementos como oxigênio e sódio”, conclui a ESA.

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Agora sabemos o que há dentro das baterias da Tesla e BYD

Um estudo recente, publicado na revista Cell Reports Physical Science, trouxe à tona detalhes inéditos sobre as baterias que impulsionam os veículos elétricos da Tesla e da BYD, duas gigantes do mercado automotivo.

Uma equipe de engenheiros desmontou as baterias dos modelos Tesla 4680 e BYD Blade para analisar suas estruturas internas, materiais e desempenho, revelando diferenças cruciais nas estratégias de cada fabricante.

Anatomia das baterias e estratégias distintas

A análise detalhada revelou que a Tesla prioriza a alta densidade de energia e o desempenho máximo em suas baterias. Em contraste, a BYD concentra-se na eficiência volumétrica e na utilização de materiais de menor custo.

Essa abordagem resulta em uma bateria BYD Blade com melhor gerenciamento térmico, considerada mais eficiente pelos pesquisadores.

Tesla prioriza a alta densidade de energia e o desempenho máximo em suas baterias. (Imagem: asharkyu/Shutterstock)

Surpresas e inovações na composição

Uma descoberta surpreendente foi a ausência de silício nos ânodos de ambas as baterias, um material amplamente considerado essencial para aumentar a densidade de energia.

Os pesquisadores também identificaram inovações em cada bateria: a BYD Blade utiliza um novo método para fixar as folhas de eletrodos, enquanto a Tesla emprega um ligante inédito nos eletrodos.

Similaridades inesperadas

Apesar das diferenças, as baterias apresentaram similaridades surpreendentes. Ambas utilizam soldagem a laser, em vez da ultrassônica, para conectar as folhas de eletrodos.

Além disso, a fração de componentes passivos, como coletores de corrente e carcaça, é semelhante em ambas as baterias, mesmo com a BYD Blade sendo significativamente maior.

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Representação gráfica da célula Tesla 4680 (célula prateada na imagem) e da célula Blade BYD (célula azul na imagem), incluindo seções transversais de ambas as células. (Créditos: Reprodução/Jonas Gorsch)

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Os dados detalhados sobre as baterias da Tesla e da BYD podem auxiliar no desenvolvimento de novas tecnologias e na tomada de decisões sobre design, materiais e formatos de baterias para veículos elétricos.

Além disso, os pesquisadores ressaltam a necessidade de estudos futuros para determinar o impacto das escolhas de design na vida útil das baterias e no desempenho dos eletrodos.

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