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O Agro está produzindo mais. O mundo, comendo menos

Ozempic, Mounjaro e outros medicamentos que reduzem o apetite não só estão ficando mais comuns — estão virando mercado.

Enquanto a gente no Agro celebra recordes de produtividade e discute formas de alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, uma revolução silenciosa começa a mexer com as bases do consumo global.

Esses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, estão sendo usados em larga escala para controle de peso. E seus efeitos já extrapolam o corpo humano — estão batendo direto no mercado de alimentos, bebidas e… até no combustível de avião.

Nos EUA, estima-se que esses medicamentos possam provocar uma redução de US$ 48 bilhões nos gastos com alimentos e bebidas nos próximos 10 anos. Empresas como PepsiCo e Mondelez já sentiram o baque na Bolsa.

E a Nestlé, atenta ao movimento, lançou uma linha de produtos pensada especificamente para quem usa esses remédios: pequenas porções, alto teor de proteína, baixa caloria. Produto novo para um consumidor novo.

Na aviação, o impacto também é real. Se os passageiros perderem em média 4,5 kg, a United Airlines economiza até US$ 80 milhões por ano em combustível. Isso porque menos peso significa menos gasto para voar. Parece detalhe, mas em um setor onde cada litro de querosene conta, é disrupção pura.

Ozempic e aviação: você já tinha pensado nessa relação? (Imagem: ShutterDesigner/Shutterstock)

E o que isso tem a ver com a gente, do Agro? Tudo.

A inovação que mais afeta o nosso setor… talvez nem venha dele.

Estamos tão imersos em fazer mais, em buscar eficiência dentro da fazenda, em otimizar ciclos, adubar com inteligência, irrigar por sensores — que esquecemos de olhar pro lado.

Leia mais:

Enquanto a gente tenta produzir mais comida, tem gente criando tecnologia para… comer menos.

Enquanto a gente investe em alimentar o mundo, a indústria farmacêutica está redesenhando o apetite global.

E sim, entendemos que existe um pano de fundo relacionado à saúde e tratamento da obesidade, por exemplo. Mas a análise aqui é outra. Estou falando de um efeito cascata – e não transmitindo um juízo de valor.

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Medicamentos como Ozempic podem mudar o mercado global de alimentos (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Esse é o ponto cego da inovação.

Não foi a indústria alimentícia que reduziu o consumo.
Nem a aviação que cortou custos.
Foram medicamentos.
Desenvolvidos para um fim… e que acabaram virando pivô de transformação econômica.

E aí vem a provocação final:

Quantos “Ozempics” estão nascendo agora, em outros setores, prontos pra virar o seu mercado de cabeça pra baixo?

Quantas vezes a inovação que vai te impactar de verdade… nem sabe que você existe?

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Conheça Solix, o robô brasileiro do agronegócio

O avanço tecnológico tem permitido potencializar ainda mais um mercado já bastante importante para a economia brasileira: o agronegócio. Neste contexto, a Solinftec planeja disponibilizar 700 robôs para as safras de 2025 e 2026.

A empresa de soluções de inteligência artificial para o agro está investindo no desenvolvimento do Solix. Além disso, está atuando para criar modelos de negócios para atender diferentes perfis de produtores, aumentando a produtividade e reduzindo os custos operacionais.

Equipamento permite uma produção mais sustentável e eficiente

O robô Solix é movido a energia solar e utiliza tecnologia baseada em inteligência artificial, visão computacional e aprendizado de máquina. Dessa forma, é capaz de identificar pragas, plantas daninhas e doenças em tempo real.

Robô permite uma produção mais sustentável e eficiente. (Imagem: divulgação/Solinftec)

Além disso, o equipamento pode monitorar o desenvolvimento das plantas com foco em diversos indicadores, Isso permite uma melhora dos níveis de sanidade, crescimento, proteção e nutrição das plantas.

A ideia da Solinftec é aprimorar ainda mais a tecnologia a partir de ferramentas de tomada de decisão baseadas em manejos e visões fenológicas. Segundo a empresa, o equipamento vai permitir uma produção mais sustentável e eficiente.

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Solix usa IA para fazer controle de ervas daninhas (Imagem: divulgação/Solinftec)

Operações do robô serão expandidas para novos cultivos

  • Atualmente, existem 50 dispositivos atuando no Brasil, sendo 40 deles dedicados a culturas de grãos e 10 a cana-de-açúcar.
  • Segundo dados da empresa, o Solix promoveu a redução de até 65% no uso de herbicidas em aplicações de pós-emergência nas lavouras de cana-de-açúcar na safra 2023/24.
  • O resultado foi ainda melhor, de 90%, quando analisado o cultivo de soja.
  • O objetivo da Solinftec é conquistar ainda mais clientes no futuro, potencializando as safras brasileiras.
  • Para isso, iniciou recentemente as operações no mercado de algodão.
  • Conheça mais sobre o robô clicando aqui.

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