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Há uma maneira ao nosso alcance de afastar o risco de Alzheimer, diz estudo

O risco de desenvolver Alzheimer é influenciado principalmente por genes e idade, mas uma nova pesquisa sugere que você pode ter mais controle sobre isso do que imagina.

O estudo, publicado na revista Nature Communications, introduz o conceito de “idade bioenergética”, que não é a mesma que a idade cronológica. A idade bioenergética reflete a eficiência com que as células geram energia, o que pode afetar diretamente o risco de Alzheimer.

Pesquisas anteriores indicam que a idade bioenergética pode ser alterada por hábitos saudáveis, como exercício físico.

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Hábitos saudáveis, como o exercício físico, podem nos dar o controle de melhorar a idade “bioenergética”, e assim afastar o risco de desenvolver Alzheimer – Imagem: Cameron Prins / Shutterstock

Descobertas do estudo

  • O estudo revelou que melhorar essa idade pode até retardar a progressão do Alzheimer de forma tão eficaz quanto medicamentos como o lecanemab.
  • Segundo Jan Krumsiek, um dos autores do estudo, isso oferece uma alternativa sem os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais.
  • A pesquisa também pode explicar por que Alzheimer se desenvolve de maneira diferente em pessoas com sinais iniciais semelhantes, como células que produzem energia de forma menos eficiente.
  • Algumas pessoas mantêm-se cognitivamente saudáveis por anos, apesar desses sinais. Acredita-se que uma “capacidade bioenergética” especial as proteja, permitindo que mantenham níveis normais de energia.

Os pesquisadores identificaram um marcador de risco potencial: os níveis de acilcarnitina no sangue. Esse composto, relacionado ao metabolismo energético, se correlaciona com a idade bioenergética.

Pacientes com níveis mais baixos de acilcarnitina apresentaram declínio cognitivo mais lento, similar ao de quem usa medicamentos como o lecanemab. Isso sugere que uma idade bioenergética mais baixa pode oferecer proteção contra o Alzheimer.

O próximo passo é desenvolver testes para medir a idade bioenergética e aplicar tratamentos personalizados, como mudanças no estilo de vida, para reduzir o risco da doença.

Representação de doenças degenerativas cerebrais
Conceito da idade bioenergética pode ajudar a reduzir o risco de Alzheimer – Imagem: SewCream/Shutterstock

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Estudo: medicamento pode retardar início do Alzheimer, mas há um problema

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, anunciaram uma descoberta que pode ajudar no combate ao Alzheimer. Um medicamento foi capaz de reduzir pela metade os casos precoces em pacientes com predisposição genética para a doença.

Trata-se do gantenerumab, desenvolvido pela farmacêutica Roche, mas que acabou sendo descontinuado antes de ser aprovado para o uso no público em geral. Esta droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, proteínas insolúveis que se depositam em órgãos e tecidos, causando danos, e apontadas como as causadores da condição degenerativa.

Sintomas precoces da doença foram reduzidos pela metade

  • Participaram do experimento 73 pessoas com as variantes genéticas hereditárias reveladoras e que já haviam sido inscritas em pesquisas de tratamento experimental.
  • Estas mutações herdadas causam o acúmulo de placas no cérebro, dando início aos primeiros sintomas da doença por volta dos 40 ou 50 anos de idade.
  • Durante o trabalho, 22 destes pacientes receberam ganternerumabe por um período de oito anos.
  • O grupo apresentou uma redução de 50% do risco de Alzheimer de forma precoce.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The Lancet Neurology.
Droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, apontadas como as causadores da condição neurodegenerativa (Imagem: luchschenF/Shutterstock)

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Medicamento precisou ser substituído

Apesar dos resultados promissores, o medicamento apresentou um efeito colateral importante. Os pesquisadores identificaram um aumento de 30% nas anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide (ARIA), que são alterações na ressonância magnética do cérebro.

Embora não tenha havido nenhum caso de risco de morte durante o experimento, dois participantes tiveram que interromper o tratamento por medida de segurança. Estes episódios inviabilizaram a manutenção do uso do medicamento também em outros pacientes.

Trabalho ainda é esperança para encontrar um novo tratamento contra o Alzheimer (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

Por conta disso, os cientistas passaram a usar o lecanemab, uma droga semelhante que foi aprovada pelas autoridades dos EUA. A esperança é que ela também possa retardar o avanço precoce da doença neurodegenerativa. De qualquer forma, ainda são necessários mais estudos para confirmar a viabilidade do tratamento.

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IA pode ser crucial para melhorar o combate ao Alzheimer

Pesquisadores do Oxford Drug Discovery Institute estão utilizando inteligência artificial (IA) e gráficos de conhecimento para acelerar a descoberta de medicamentos para a doença de Alzheimer. As informações são do Wall Street Journal.

Essas tecnologias permitem analisar grandes volumes de dados biomédicos, acelerando o processo de triagem e priorização de genes e proteínas que podem ser alvos para o desenvolvimento de novos tratamentos.

A equipe de biólogos selecionou 54 genes associados ao sistema imunológico como potenciais alvos para testes laboratoriais. Escolher esses alvos é desafiador devido à complexidade da doença, que envolve diversos fatores genéticos, ambientais e socioeconômicos.

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Descoberta de medicamentos para Alzheimer tem sido acelerada pela IA – Imagem: shutterstock/PopTika

Detalhes do estudo

  • Para lidar com os obstáculos do estudo, os cientistas utilizaram gráficos de conhecimento — tecnologias de banco de dados que mapeiam relações entre dados, como genes, artigos e fontes de pesquisa, facilitando a busca por informações relevantes.
  • Com essa abordagem, a equipe reduziu o tempo necessário para avaliar os 54 genes de semanas para dias, acelerando a identificação de biomarcadores associados à doença.
  • A colaboração com a Graphwise, empresa especializada em gráficos de conhecimento, permitiu otimizar esse processo, aumentando a eficiência na análise de dados e na validação experimental dos alvos.

Esse uso de IA e gráficos de conhecimento representa um avanço significativo na organização e análise de dados biomédicos, ajudando cientistas a tomar decisões mais rápidas e informadas, mesmo sem formação em bioinformática.

Isso oferece uma oportunidade única para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos para a doença de Alzheimer.

Tratamentos para combater a doença de Alzheimer podem alcançar avanços significativos com a ajuda da IA – Imagem: Shutterstock/Naeblys

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Remédio em testes reduz risco de demência por Alzheimer 

Um medicamento ainda em fase de testes pode reduzir o risco de demência relacionada ao Alzheimer em pessoas na faixa dos 30, 40 ou 50 anos. É o que mostra um estudo liderado pela Knight Family Dominantly Inherited Alzheimer Network-Trials Unit (DIAN-TU), com sede na Washington University School of Medicine.

Os resultados do ensaio clínico sugerem que o tratamento precoce remove placas amiloides do cérebro muitos anos antes do surgimento dos sintomas em pessoas com maior chance de desenvolver a doença, atrasando o início da demência de Alzheimer.

O experimento foi feito em escala global e envolveu 73 pessoas com mutações genéticas raras e herdadas que causam a superprodução de amiloide no cérebro. Esse é um dos principais fatores que levam ao Alzheimer na meia-idade, segundo o artigo.

Randall J. Bateman conduziu ensaios clínicos por 8 anos (Imagem: WashU Medicine)

No subgrupo de 22 participantes que não tinham problemas cognitivos no início do estudo e que receberam o medicamento por mais tempo — uma média de oito anos — o risco de desenvolver sintomas caiu de 100% para cerca de 50%.

“Ainda não sabemos por quanto tempo eles permanecerão sem sintomas – talvez alguns anos ou talvez décadas. Para dar a eles a melhor oportunidade de permanecerem cognitivamente normais, continuamos o tratamento com outro anticorpo antiamiloide na esperança de que eles nunca desenvolvam sintomas”, disse o autor sênior, Randall J. Bateman.

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Contratempos

O estudo faz parte do primeiro teste de prevenção de Alzheimer no mundo, conhecido como Knight Family DIAN-TU-001. A pesquisa foi lançada em 2012 para avaliar medicamentos antiamiloides como terapias preventivas para a doença de Alzheimer.

O teste chegou a ser paralisado por causa de resultados divergentes, já que alguns participantes tiveram problemas cognitivos leves, enquanto outros não tiveram nenhum. O laboratório Roche descontinuou a fabricação do gantenerumab em 2022, e os médicos substituíram a medicação pelo lecanemab.

Rorche descontinuou remédio usado na pesquisa global (Imagem: hapabapa/iStock)

O gantenerumabe e outros antiamiloides foram associados a um efeito colateral conhecido como ARIA. As anormalidades são detectáveis ​​em exames cerebrais e representam pequenas manchas de sangue no cérebro ou inchaço localizado do cérebro.

No entanto, não houve eventos adversos com risco de vida e nenhuma morte. No geral, o perfil de segurança do gantenerumabe na extensão foi semelhante ao do ensaio original e em outros ensaios clínicos de gantenerumabe, disseram os pesquisadores.

Agora, a conclusão dos testes depende de financiamento do National Institutes of Health (NIH). Enquanto isso, a universidade está recrutando voluntários para um novo experimento com o medicamento.

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Estudo brasileiro: como a musculação protege idosos contra demências

Um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a musculação pode ser uma aliada importante na proteção do cérebro de idosos contra demências, como a doença de Alzheimer.

Publicado na revista GeroScience, o estudo envolveu 44 pessoas com comprometimento cognitivo leve, uma condição intermediária entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer, que apresenta perda cognitiva maior do que a esperada para a idade.

Após seis meses de treinamento de força duas vezes por semana, os participantes demonstraram melhorias significativas na memória e na anatomia cerebral, além de proteção contra a atrofia do hipocampo e do pré-cúneo, áreas relacionadas à doença de Alzheimer.

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Além dos benefícios para a saúde já conhecidos há muito tempo, a musculação pode ajudar também contra o Alzheimer (Imagem: nortonrsx/iStock)

Descobertas do estudo

  • A pesquisa destacou que a musculação pode atuar como uma alternativa acessível e eficaz em relação a tratamentos mais caros e complexos, como os medicamentos antiamiloides, com custos elevados.
  • O estudo também evidenciou que, além da melhoria no desempenho da memória, a prática de musculação favoreceu a integridade dos neurônios, enquanto o grupo-controle, que não fez o treinamento, apresentou piora nos parâmetros cerebrais.
  • Os pesquisadores afirmam que a musculação pode estimular a produção de proteínas que favorecem o crescimento neuronal e reduzir a inflamação no corpo, o que ajuda a diminuir o risco de demência.
  • Além disso, sugerem que um período de treinamento mais prolongado pode até reverter o diagnóstico de comprometimento cognitivo leve, oferecendo uma possibilidade de prevenção e retardamento da progressão da demência.

A pesquisa abre portas para novas estratégias não farmacológicas que podem ser implementadas para ajudar na proteção do cérebro e na promoção de um envelhecimento mais saudável, especialmente para pessoas com risco elevado de desenvolver doenças neurodegenerativas.

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Estudo pode levar a incentivos maiores para adoção de hábitos saudáveis, visando proteger a saúde do cérebro (Imagem: Ground Picture/Shutterstock)

 

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Alzheimer: células imunológicas do cérebro podem auxiliar tratamento

Pesquisadores da Northwestern University fizeram um avanço promissor no tratamento da doença de Alzheimer ao explorar o uso das células imunológicas do cérebro. O estudo está publicado na revista Nature Medicine.

Os especialistas aplicaram uma técnica chamada transcriptômica espacial, que permite analisar a localização da atividade genética dentro do tecido cerebral.

Com isso, conseguiram identificar que as microglia, as células imunológicas do cérebro, desempenham um papel crucial ao limpar as placas de beta-amiloide e restaurar um ambiente saudável no cérebro, o que poderia ajudar na recuperação neuronal.

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No computador, uma imagem de tecido cerebral humano com doença de Alzheimer que foi tratado com imunização beta-amiloide – Imagem: Northwestern University

Detalhes do estudo

  • Esse mecanismo recentemente descoberto pode abrir caminho para o desenvolvimento de tratamentos que foquem diretamente nessas células, evitando os efeitos colaterais comuns dos medicamentos atuais.
  • Embora ainda não seja uma cura, esse avanço representa um passo importante no entendimento das complexidades do Alzheimer, sugerindo formas de tratá-lo de maneira mais eficaz e direcionada no futuro.
  • Além disso, a pesquisa se soma a outros avanços, como o teste desenvolvido pela Universidade de Pittsburgh, que detecta pequenas quantidades da proteína tau no cérebro até uma década antes de ela ser visível em exames, e a recente categorização do Alzheimer em cinco subtipos, o que pode permitir tratamentos mais personalizados.

Esses estudos são animadores e podem levar a um futuro em que o tratamento do Alzheimer seja mais preciso e menos prejudicial aos pacientes.

Máquina de transcriptômica espacial segura uma lâmina contendo tecido cerebral humano de ensaio clínico – Imagem: Universidade Northwestern

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Quem foi pessoa mais jovem já diagnosticada com Alzheimer?

Em 2023, neurologistas de uma clínica de memória na China diagnosticaram um jovem de 19 anos com Alzheimer, tornando-o o paciente mais jovem do mundo a receber esse diagnóstico. Um estudo sobre o caso foi publicado no Journal of Alzheimer’s Disease.

O adolescente, que começou a apresentar declínio de memória aos 17 anos, teve seu quadro agravado ao longo do tempo. Imagens de seu cérebro mostraram encolhimento no hipocampo, associado à memória, e seu fluido cerebrospinal indicou sinais típicos de Alzheimer.

Alzheimer com início precoce pode ocorrer, mas não é comum

  • Embora o Alzheimer seja frequentemente associada a pessoas idosas, casos de início precoce, como o deste jovem, representam até 10% dos diagnósticos;
  • Geralmente, esses casos estão ligados a mutações genéticas, mas a pesquisa genômica do jovem não revelou mutações usuais, o que dificultou a classificação de seu caso como Alzheimer familiar (DAF, na sigla em inglês);
  • Segundo o Science Alert, não havia histórico familiar de demência, o que torna seu caso um mistério.

O jovem, que enfrentava dificuldades de concentração e memória desde os 17 anos, teve um declínio cognitivo tão severo que não conseguiu terminar o ensino médio.

Jovem com Alzheimer apresentou primeiros sintomas aos 17 anos e foi diagnosticado aos 19 (Imagem: Naeblys/Shutterstock)

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Um ano após o diagnóstico, sua pontuação de memória estava significativamente abaixo da média para sua idade, e ele apresentou perdas de memória em testes específicos.

Os neurologistas envolvidos no caso sugeriram que a falta de mutações patogênicas claras indica que a patogênese de sua doença ainda precisa ser explorada.

O estudo destacou a complexidade da doença, que pode surgir por diversas vias e apresentar efeitos variados. Os especialistas pediram mais estudos sobre casos de Alzheimer de início precoce para aprofundar a compreensão dessa condição.

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Complexidade da doença de Alzheimer, que pode ter efeitos variados, indica a necessidade de mais pesquisas sobre casos de início precoce (Imagem: Naeblys/Shutterstock)

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