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Arqueólogos encontraram anel de ouro de 500 anos com imagem de Jesus

Encontrar artefatos de sociedades antigas é uma grande vitória para os arqueólogos. Ainda mais quando esses itens estão inteiros. Inteiros, são feitos de ouro e trazem um desenho de Jesus Cristo!

É o caso de um anel encontrado durante escavações na cidade de Kalmar, na Suécia. A descoberta chamou a atenção de especialistas por causa do bom estado de conservação do objeto.

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Os pesquisadores não cravam sua origem, mas algumas características dão dicas sobre a história desse artefato antigo.

O mistério do anel

  • Testes apontam que ele data do século XV, ou seja, entre os anos de 1.401 e 1.500.
  • Pelo tamanho diminuto, os cientistas acreditam que ele pertencia a uma mulher.
  • E o ótimo estado de conservação indica que ele foi perdido.
  • Sim, a principal hipótese é que ele caiu na rua e se perdeu por séculos em uma espécie de lixão da época.
Anel em ótimo estado de conservação chamou a atenção de especialistas – Imagem: Frida Albinsson/Arkeologerna/Museus Históricos Nacionais
  • Sobre a imagem de Cristo e o material precioso, os arqueólogos afirmam que existem outros itens parecidos com esse na região.
  • Esse anel, portanto, teria pertencido a um cidadão comum – e não a nenhuma rainha ou integrante da nobreza.
  • Além dele, os arqueólogos também encontraram um “alsengem”, uma espécie de amuleto utilizado por peregrinos.
  • O item, porém, estava quebrado, mostrando que ele teria sido jogado fora.
  • O material conta com três figuras esculpidas e, segundo os especialistas, data de entre os séculos XIII e XIV.

Riqueza histórica

Kalmar é uma cidade portuária da costa leste do sul da Suécia, na província da Småland, a cerca de 417 quilômetros da capital Estocolmo. Tem pouco mais de 40 mil habitantes, mas uma grande riqueza histórica. As escavações no local já encontraram mais de 30 mil objetos.

Também encontraram ruínas de dezenas de edifícios, adegas, ruas e latrinas usadas entre cerca de 1250 d.C. e 1650 d.C.

Outro dado interessante é que os arqueólogos descobriram resquícios da Guerra de Kalmar, em 1611. Na data, os dinamarqueses atacaram a cidade usando um grande número de balas de canhão, balas de pistola e espadas.

Arqueólogos durante escavação no Marrocos que descobriu assentamento da Idade do Bronze
O minucioso trabalho de arqueólogos tem como recompensa grandes descobertas históricas – Imagem: Reprodução/Universidade de Barcelona

O conflito ocorreu entre 1611 e 1613 entre a Dinamarca e a Noruega contra o Império da Suécia. Os países tinham discordâncias a respeito de rotas comerciais e a criação de um pedágio na região.

No fim, Dinamarca e Noruega saíram vencedoras.

Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 12/03/2024.

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Seu anel de ouro pode ter vindo de uma estrela morta

Um artigo publicado nesta terça-feira (29) no periódico científico The Astrophysical Journal Letters apresenta uma nova explicação para um mistério antigo: onde são criados os elementos mais pesados do Universo, como o ouro. O estudo usou dados de satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) coletados ao longo de décadas.

Sabe-se que os elementos mais leves, como hidrogênio, hélio e um pouco de lítio, surgiram no início do Universo. Eles se formaram cerca de 380 mil anos após o Big Bang, quando o cosmos esfriou o bastante para permitir a criação dos primeiros átomos.

Elementos mais pesados, até o ferro, se formam no interior das estrelas, por meio da fusão nuclear – um processo que exige temperaturas e pressões muito altas. No entanto, o surgimento de elementos ainda mais pesados, como ouro e platina, continua sendo um enigma.

Conceito artístico retrata um magnetar – um tipo de estrela de nêutrons com um forte campo magnético – perdendo material para o espaço. As linhas verdes finas representam como as linhas do campo magnético influenciam o movimento do material carregado ao redor do magnetar. Crédito: NASA / JPL-Caltech

Fusões de estrelas de nêutrons podem produzir ouro

Os cientistas sabem que esses elementos são criados por um processo chamado “captura rápida de nêutrons” – ou processo-r. Nesse fenômeno, nêutrons são absorvidos rapidamente por núcleos atômicos, criando átomos maiores. O problema é descobrir onde, no Universo, isso acontece.

Entre os candidatos a produzir essas condições estão eventos violentos como fusões de estrelas de nêutrons, explosões de supernovas e até os discos de gás em volta de buracos negros. Mas há limitações: por exemplo, as fusões de estrelas de nêutrons parecem acontecer tarde demais para explicar os elementos mais antigos.

No novo estudo, os pesquisadores analisaram dados antigos de telescópios espaciais e identificaram uma nova possibilidade: os magnetares. Eles são estrelas de nêutrons com campos magnéticos extremamente intensos e podem estar por trás de 1% a 10% dos elementos pesados da galáxia.

Segundo os cientistas, uma explosão de magnetar pode produzir um tipo específico de luz, inclusive em raios gama. Eles revisaram registros de uma explosão observada em 2004 e encontraram um sinal fraco que corresponde ao que seria esperado de um magnetar forjando elementos pesados.

Essa explosão foi captada pelo telescópio espacial INTEGRAL, da ESA. A equipe descobriu que o sinal era muito parecido com o previsto em simulações teóricas, reforçando a ideia de que magnetares são uma fonte importante de elementos pesados no Universo.

Representação artística de uma ruptura na crosta de uma estrela de nêutrons altamente magnetizada, que pode desencadear erupções de alta energia. Crédito: Goddard Space Flight Center da NASA / S. Wiessinger

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Magnetares podem ser “ferreiros cósmicos”

De acordo com um comunicado, se confirmado, esse seria apenas o segundo tipo de evento conhecido capaz de produzir elementos pelo processo-r. O primeiro foi a fusão de estrelas de nêutrons, observada em 2017. Agora, os magnetares entram oficialmente na lista dos possíveis “ferreiros” cósmicos.

Essa descoberta ajuda a entender como a galáxia se enriquece com novos elementos ao longo do tempo. As erupções de magnetares estão ligadas ao nascimento de estrelas, o que torna possível rastrear a origem desses elementos com mais precisão.

Mesmo assim, novas observações serão necessárias para confirmar a teoria. A missão COSI (sigla em inglês para Espectrômetro e Gerador de Imagens Compton), da NASA, prevista para ser lançada em 2027, deve ajudar nesse trabalho, detectando sinais de raios gama com mais sensibilidade.

“É incrível pensar que parte do ouro em nossos celulares pode ter vindo de uma explosão extrema como essa”, disse Anirudh Patel, doutorando da Universidade de Columbia e um dos autores do estudo.

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