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5 bichos que ajudam no controle de pragas em sua casa

Sabe aquele bicho que você vê em sua casa e tem vontade de retirá-lo de lá ou até mesmo um animalzinho de estimação de que gosta muito? Então, saiba que muitos deles podem ajudar no controle de pragas e trazer benefícios para os ambientes. 

Ficou curioso para saber quais são os bichos que podem ajudar a controlar pragas em sua casa? Na sequência deste conteúdo, você confere uma lista elaborada pelo Olhar Digital com as 5 espécies que podem fazer esse papel na sua residência. 

5 bichos que atuam no controle de pragas em sua casa

Algumas pessoas têm nojo, outras têm medo e existem até quem os mata, mas acredite, alguns dos bichos que você vai ver a seguir devem ser preservados. E, um deles, muitos amam. 

1 – Anuros (Sapo, Rã e Perereca)

Uma curiosidade é que, por incrível que pareça, algumas pessoas vêm lambendo sapos como este acima em busca de experiências psicodélicas. Imagem: Mikhail Blajenov – Shutterstock

Sapos, rãs e pererecas fazem parte da mesma ordem de anfíbios, a chamada Anura. Apesar de terem características diferentes, eles podem estar neste tópico da lista, pois desempenham a mesma função. Vale ressaltar também que esses bichos estão presentes praticamente no mundo inteiro, com exceção da Antártida, pois não conseguem sobreviver às temperaturas baixíssimas da região. 

Além de florestas e lagoas, há algumas espécies deles que podem ser encontradas facilmente em sua casa e possuem um papel fundamental no controle de pragas. Além disso, de acordo com o Instituto Butantã, esses animais são grandes predadores de bichos invertebrados, como formigas, aranhas, cupins e até mesmo escorpiões

Sabe aquelas pererecas pequenas que conseguem escalar as paredes de sua residência? Elas são ótimas em pegar mosquitos, como o Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya, febre-amarela e zika. Então, se aparecer um ou mais desses em sua casa, não se preocupe, porque ele ajuda até na sua proteção. Sapos e rãs conseguem fazer o mesmo com os insetos.

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2 – Lagartixas

Foto de uma lagartixa em cima da folha
Foto de uma lagartixa em cima da folha – Imagem: New Africa/Shutterstock

Consideradas de origem africana, as lagartixas também são bichos muitas vezes mal compreendidos, mas que também desempenham um papel importante em sua casa.

Elas também têm na dieta alimentar mosquitos, aranhas ou formigas, ajudando no equilíbrio natural do ambiente, desempenhando o papel de reguladoras no ecossistema. 

3 – Joaninhas

Joaninha, vermelha com pontos pretos em uma folha
Crédito: Wikimedia Commons

Essas, sim, costumam ser mais bem-vistas pelas pessoas, sendo consideradas fofas. Além disso, são ótimas para o controle biológico de pragas, principalmente em jardins, hortas e pomares.

Esses pequenos besouros pertencem à família Coccinellidae, capazes de comer até 200 pulgões por dia, segundo o Instituto Biológico de São Paulo.

4 – Corujas

Imagem: Wirestock Creators/Shutterstock

As corujas são animais muito associados a perigos noturnos e até mesmo falta de sorte, mas isso não passa de lenda e mito. A espécie está presente em quase todos os continentes do mundo, tirando a Antártida.

O que muitos não sabem é que elas podem ser fortes aliadas no controle de roedores, como ratos. Então, se há uma coruja por perto, não precisa ficar com medo. Inclusive, há espécies, como a coruja flamulada, que se alimentam praticamente exclusivamente de insetos.

5 – Gatos domésticos

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(Imagem: FotoMirta/Shutterstock)

Famosos pelo seu instinto de caçador, os gatos geralmente são capazes de perseguir e capturar ratos, mesmo que nem sempre o devorem. Isso pode ajudar a eliminar essa praga de sua casa. O bichano ainda consegue caçar baratas e outros insetos.

Gatos domésticos são descendentes dos gatos selvagens do Oriente Médio (Felis silvestris), mais conhecidos como “gato-do-mato”. Hoje eles estão presentes em quase todos os cantos do mundo.

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Por que animais nascem com duas cabeças?

Na internet, é possível encontrar diversas histórias de animais com duas cabeças que nascem em casas, criadouros ou até mesmo na natureza.

Foi o que aconteceu recentemente em uma loja de animais de estimação chamada East Bay Vivarium, em Berkeley, Califórnia, nos Estados Unidos. No local, houve o nascimento de uma cobra com duas cabeças, filhotes maschos batizados de Zeke e Angel, que nasceram com a espinha dorsal fundida.

Em 2024, também viralizou no TikTok um vídeo curioso de um bezerro com duas cabeças, uma raridade no mundo animal. Esse fenômeno, chamado de policefalia, pode ser visto em diversas espécies. Entretanto, você sabe o que é essa condição e qual a sua causa?

Ela costuma aparecer bastante nas manchetes e virar notícia quando acontece, justamente por sua ocorrência ser bastante rara, entretanto, pouco se fala do motivo pelo qual isso acontece. Saiba mais na matéria abaixo.

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Por que animais nascem com duas cabeças?

O fenômeno de animais que nascem com duas cabeças é conhecido como policefalia. Esse termo deriva do grego poly (muitos) e kephalē (cabeça), e descreve a condição em que um organismo possui mais de uma cabeça. Quando há duas cabeças, o termo específico é bicefalia ou dicefalia.

Essa anomalia ocorre devido a falhas no desenvolvimento embrionário, especialmente durante a divisão de embriões idênticos, resultando em gêmeos siameses que compartilham partes do corpo, incluindo a cabeça.

A policefalia não é exclusiva de uma espécie e já foi observada em diversos animais, como cobras, tartarugas, bovinos, porcos, gatos, cães e peixes . No entanto, é mais comum em répteis e anfíbios. Isso se deve, em parte, ao fato de que esses animais frequentemente produzem grandes ninhadas, aumentando a probabilidade de ocorrências de mutações.

Além disso, seus ovos são incubados no ambiente externo, tornando-os mais suscetíveis a fatores ambientais como temperatura, toxinas e radiação, que podem interferir no desenvolvimento embrionário.

Animais com duas cabeças sobrevivem?

A sobrevivência de animais com duas cabeças é rara. Muitos não sobrevivem ao nascimento ou morrem pouco depois devido a complicações relacionadas à coordenação motora, alimentação e funcionamento dos órgãos internos.

Por exemplo, uma cobra com duas cabeças pode ter dificuldades para se mover, pois cada cabeça pode tentar controlar o corpo de maneira independente, resultando em movimentos descoordenados.

No entanto, há exceções; uma cobra-de-rato preta com duas cabeças viveu por 20 anos em cativeiro, demonstrando que, com cuidados adequados, a sobrevivência é possível.

A cobra com duas cabeças precisa adotar mecanismos próprios de locomoção e alimentação. (Imagem: Nick Evans)

Pode acontecer com seres humanos?

Em humanos, a condição é extremamente rara e geralmente resulta em complicações graves. Existem dois tipos principais: dicephalus parapagus, no qual os gêmeos compartilham um corpo com duas cabeças lado a lado, e craniopagus parasiticus, no qual uma cabeça subdesenvolvida está unida a uma cabeça totalmente formada.

A maioria dos casos resulta em natimortos ou morte pouco após o nascimento, embora existam relatos de sobrevivência por períodos mais longos em casos raros.

A duplicação de outras partes do corpo também pode ocorrer. Condições como diprosopus resultam na duplicação parcial ou total da face.

Já a duplicação de membros, como braços ou pernas adicionais, pode ocorrer devido a falhas na separação de gêmeos durante o desenvolvimento embrionário. Essas duplicações podem ser funcionais ou não, dependendo do grau de desenvolvimento dos tecidos e estruturas envolvidas.

Partes independentes e chances de acontecer

No caso de animais com duas cabeças, cada cabeça geralmente possui seu próprio cérebro e pode controlar partes do corpo de forma independente. Isso pode levar a conflitos, como quando cada cabeça tenta direcionar o corpo em direções opostas.

Além disso, se ambas as cabeças possuem sistemas digestivos funcionais, ambas podem precisar se alimentar separadamente para obter os nutrientes necessários.

As chances de nascimento de um animal com duas cabeças são extremamente baixas. Por exemplo, estima-se que a ocorrência de bezerros com duas cabeças seja de 1 em 400 milhões. Em cobras, a estimativa é de 1 em cada 10.000 nascimentos. Essas estatísticas destacam a raridade dessa condição na natureza.

Apesar de sua raridade, casos de policefalia continuam a fascinar cientistas e o público em geral. Eles oferecem insights valiosos sobre o desenvolvimento embrionário e as complexidades da formação dos organismos. Estudos contínuos sobre essas anomalias podem contribuir para uma melhor compreensão das causas e possíveis intervenções em casos de malformações congênitas.

(Imagem: Birdsey Cape Wildlife Center, via Instagram)

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Por que cães giram antes de deitar?

Se você convive com um cachorro, certamente já reparou em um comportamento curioso: antes de deitar, ele gira sobre si mesmo, fareja o chão e, só então, se ajeita para dormir.

Mas será que isso se trata apenas de uma mania engraçada ou há algo mais por trás desse comportamento? Se ficou curioso, continue lendo, pois a seguir abordaremos um pouco mais sobre o que há por trás desse interessante costume de nossos queridos companheiros de quatro patas.

Uma herança de antes do processo de domesticação

Cachorro deitado em almofada azul. / Crédito: Kireyonok_Yuliya (Freepik)

Na verdade, ainda não existem dados definitivos que expliquem com precisão a razão por trás desse curioso hábito quase ritualístico e recorrente dos cachorros.

Segundo a Britannica, a mais antiga das enciclopédias do mundo, diversas fontes sugerem que esse comportamento dos cães é um resquício que vem de muito antes de sua domesticação. O ato de girar antes de se deitar seria uma herança de seus ancestrais selvagens, os lobos.

Talvez você já saiba que, para os cachorros ganharem o título de melhor amigo do homem, foi necessário um longo processo de domesticação. Acredita-se que eles foram os primeiros animais a serem domesticados, antes mesmo do surgimento da agricultura, há cerca de 11 mil anos. Ainda há discussões sobre quando, exatamente, começou essa relação tão especial.

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Imagem: Pic Media Aus/Shutterstock

Contudo, as primeiras evidências arqueológicas indiscutíveis da domesticação dos cães foram encontradas em 1914, em Bonn-Oberkassel, na Alemanha. Lá, foram descobertos os restos de um cão enterrado ao lado de dois humanos, datados de cerca de 14.200 anos atrás.

Do ponto de vista genético, há indícios de que o lobo-cinzento (Canis lupus) é o principal ancestral dos cães. Acredita-se que esses lobos foram atraídos pelos restos de comida deixados pelos grupos humanos. Durante o processo de domesticação, os indivíduos mais dóceis, menos agressivos e mais tolerantes à presença humana tiveram maiores chances de sobreviver e se reproduzir.

Lobo Cinzento do Alasca / Imagem: Shutterstock IA

Com o passar do tempo, esses lobos foram adquirindo características físicas e comportamentais que os diferenciavam de seus parentes selvagens.

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Por que os cachorros giram antes de deitar?

Desde então, os cães começaram a ser usados para caça, guarda, pastoreio e companhia. Hoje, esses animais tornaram-se um dos pets mais populares, e sua inteligência social em relação a nós faz com que muitas vezes esqueçamos suas origens selvagens.

No entanto, algumas características herdadas de seus ancestrais ainda permanecem e se manifestam em pequenos hábitos do cotidiano, como dar voltas antes de deitar.

Cachorro deitado na grama. / Crédito: petrescue

Segundo a Britannica, os lobos, ao circularem antes de deitar, achatavam a vegetação e alisavam o chão para criar um local confortável. Ao girar, identificavam pedras ou objetos que poderiam incomodar e os removiam. Além disso, esse comportamento esmagava e afastava criaturas prejudiciais, como insetos.

Ainda de acordo com a Britannica, os locais com vegetação amassada serviam como sinal para outros lobos de que aquele lugar estava ocupado. Se nossos cães são animais territoriais, imagine como isso se manifestava em seus antepassados selvagens!

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Animais também podem ter amizades, revela estudo

Vários comportamentos tipicamente humanos também são identificados em alguns grupos de animais. E não é diferente quando falamos de amizade. Pelo menos é o que aponta um novo estudo da Cornell University, dos Estados Unidos.

De acordo com os pesquisadores, foram encontradas evidências de comportamento de ajuda recíproca de longo prazo entre aves estorninhos africanos. Isso comprovaria que existe uma cooperação entre não parentes no reino animal.

Atos de reciprocidade foram identificados

  • A equipe explicou que as sociedades de estorninhos não são apenas famílias simples, sendo muito mais complexas.
  • Elas contém uma mistura de indivíduos relacionados e não relacionados que vivem juntos, de forma muito semelhante à dos humanos.
  • Durante o trabalho, os cientistas analisaram dados comportamentais e genéticos da espécie.
  • E confirmaram que os animais se envolvem em “reciprocidade” com amigos.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature.
Pássaros formam amizade para trocar favores. (Imagem: SanderMeertinsPhotography/Shutterstock)

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Como os relacionamentos animais acontecem ainda é um mistério

De acordo com os pesquisadores, os animais costumam auxiliar preferencialmente parentes. No entanto, eles também podem ajudar alguns pássaros específicos que não apresentam nenhuma uma ligação sanguínea.

Para a equipe, isso comprova a existência de uma espécie de laço de amizade entre as aves. O objetivo dos cientistas agora é entender como, de fato, se formam estes relacionamentos e quanto tempo eles podem durar.

Amizade acontece entre parentes ou desconhecidos (Imagem: Guillaume Angleraud/Shutterstock)

O estudo ainda destaca que comportamentos semelhantes provavelmente acontecem em outras sociedades animais. Entretanto, a falta de pesquisas sobre o tema impede um maior entendimento sobre o assunto.

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7 recordes do reino animal que aparecem no Guinness Book

Quando pensamos no Guinness Book, é comum imaginar façanhas humanas impressionantes, como a pessoa mais alta do mundo ou quem come mais hambúrgueres em menos tempo. Mas o famoso livro dos recordes, publicado anualmente e conhecido por registrar os feitos mais curiosos do planeta, vai muito além disso.

O reino animal também marca presença nas páginas do Guinness, com criaturas que se destacam por características extremas, comportamentos únicos ou habilidades inacreditáveis.

De pequenos insetos a mamíferos gigantes, os animais surpreendem por adaptações incríveis que os tornaram recordistas mundiais. Esses títulos não são apenas curiosidades divertidas – muitos deles nos ajudam a entender melhor como funciona a natureza e como cada espécie se adaptou ao seu ambiente de maneira extraordinária.

7 recordes do reino animal que aparecem no Guinness Book

O cão vivo mais alto do mundo

O atual detentor do título de cão mais alto do mundo é Reginald, um Dogue Alemão dos Estados Unidos que impressiona com seus 1,007 metros de altura. Apesar do porte monumental, Reginald tem um temperamento tranquilo e afetuoso, encantando todos que o conhecem com sua postura serena e dócil. Recentemente, ele protagonizou um encontro inusitado com a menor cadela viva do mundo, uma Chihuahua minúscula chamada Pearl.

O maior e o menor cão do mundo se encontram.

Mas o recorde absoluto ainda pertence a outro gigante: Zeus, também um Dogue Alemão, que alcançou a marca inacreditável de 1,118 metros. Zeus foi reconhecido como o cão mais alto de todos os tempos pelo Guinness World Records antes de falecer em 2014.

O animal terrestre mais velho vivo

Jonathan é uma tartaruga que vive na ilha de Santa Helena, no oceano Atlântico, e detém o título de animal terrestre mais velho do mundo. Estima-se que ele tenha nascido por volta de 1832, o que significa que ultrapassou os 190 anos de idade. Ele foi reconhecido oficialmente na edição de 2022 do livro e segue vivendo com saúde, sendo alimentado com frutas e vegetais cortados à mão.

O jabuti Jonathan, originário de Seychelles, o animal mais velho do mundo, nascido em 1832. (Imagem: Snapper Nick/Shutterstock)

A viagem mais longa feita por uma borboleta

Entre os fenômenos mais surpreendentes do mundo animal está a migração da borboleta-monarca, e um indivíduo em particular bateu um recorde impressionante. Em 1988, um macho marcado no Canadá reapareceu meses depois no estado do Texas, nos Estados Unidos, após percorrer pelo menos 4.635 quilômetros. Acredita-se que ele tenha passado o inverno no México antes de retomar o caminho rumo ao norte.

imagem mostra uma borboletas de asas laranja e preta, parada numa flor enquanto se alimenta do pólen e nectar
Borboleta monarca. (Reprodução: David Byron Keener/Shutterstock)

Essa façanha foi registrada no Guinness World Records e mostra o quanto um inseto delicado pode ser resistente. Sua rota exata ainda é incerta, e especialistas estimam que a distância real percorrida pode ter sido o dobro.

O menor réptil do planeta

Em meio às florestas tropicais de Madagascar, vivem répteis tão pequenos que poderiam se acomodar com folga na ponta de um dedo. Três espécies de camaleões endêmicos da ilha – todos pertencentes ao gênero Brookesia – chamam atenção não por cores vibrantes ou olhos esbugalhados, mas pelo tamanho minúsculo.

Os machos adultos dessas espécies podem medir apenas 14 milímetros do focinho até o ânus, e a cauda, por ser variável e facilmente danificada, nem entra na conta. Um feito impressionante no mundo dos vertebrados.

Menor réptil do munod, com camaleão da espécie Brookesia minima, na ponta do dedo de uma pessoa
Minúsculo camaleão da espécie Brookesia minima. (Imagem: Artush/Shutterstock)

Ave mais perigosa

Apesar de não voarem, os casuares são aves que ninguém gostaria de encontrar em um momento de tensão. Com até dois metros de altura e um visual pré-histórico, essas gigantes nativas da Nova Guiné e do nordeste da Austrália carregam a fama de serem as aves mais perigosas do mundo. O motivo? Um dedo interno com uma garra afiada de cerca de 12 centímetros, que funciona como uma adaga natural.

Ave da espécie Casuarius unappendiculatus. (Imagem: Eko Budi Utomo/Shutterstock)

Quando se sentem ameaçados, esses animais não hesitam em usar as pernas fortes para desferir chutes precisos e violentos, capazes de causar ferimentos graves. Essa combinação de força, agilidade e defesa afiada garantiu ao casuar um lugar no Guinness World Records como a ave mais perigosa do planeta.

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Maior número de truques realizados por um gato em um minuto

Alexis, uma gata austríaca, surpreendeu o mundo ao estabelecer o recorde de maior número de truques realizados por um gato em apenas um minuto, completando 26 comandos diferentes com agilidade impressionante. Sob a orientação dedicada de sua dona, Anika Moritz, a felina aprendeu a executar desde gestos simples, como dar “high five”, até movimentos mais elaborados, como girar e rolar um tapete.

A gata Alexis, de 18 anos, realizando incríveis truques. (@World Guinness Records)

Essa conquista, reconhecida pelo Guinness World Records em 2020, mostra que gatos também podem ser parceiros de treinamento incríveis, derrubando o mito de que são difíceis de ensinar.

Língua mais longa em um cachorro

Entre os cães, Mochi, uma São Bernardo resgatada de um abrigo, conquistou um título curioso: ela tem a maior língua já registrada para um cão. Medida em 2016, a língua de Mochi alcançou impressionantes 18,58 centímetros de comprimento, quase o tamanho de uma régua escolar comum. Essa marca extraordinária não só chamou a atenção pelo tamanho incomum, mas também pelo jeito carinhoso com que Mochi usa sua língua gigante para lamber seus donos e espalhar alegria.

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Lobo-terrível: empresa admite que animal não foi “ressuscitado”

No começo de abril, a Colossal Biosciences anunciou que havia conseguido trazer de volta à vida o lobo-terrível, espécie extinta há 10 mil anos. A revelação foi recebida com ceticismo pela comunidade científica, e agora a cientista-chefe da empresa, Beth Shapiro, admitiu que o animal gerado é, na verdade, um lobo-cinzento com modificações genéticas.

De acordo com Shapiro, em entrevista à New Scientist, é impossível reviver um animal extinto de forma idêntica à original. Dessa forma, o animal anunciado como lobo-terrível é um lobo-cinzento com cerca de 20 alterações genéticas.

Não é possível trazer de volta algo idêntico a uma espécie que já existiu. […] É transformador e uma ciência inovadora — só não é desextinção. Nossos animais são lobos-cinzentos com 20 alterações genéticas clonadas. Dissemos isso desde o começo.

Beth Shapiro

“Desextinção” do lobo-terrível foi anunciada pela empresa

Essa declaração representa uma mudança no discurso da Colossal, já que, em abril, a empresa afirmou ter “restaurado” a espécie por meio da “ciência da desextinção”. Em um comunicado, o feito foi descrito como o retorno do lobo-terrível ao ecossistema milênios após seu desaparecimento.

Shapiro defendeu a empresa, alegando que o uso do termo “lobo-terrível” foi “coloquial”. “Dissemos isso desde o início. Chamaram os animais de ‘lobos terríveis’ de forma coloquial, e isso irritou as pessoas”, completou.

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Até poucos dias atrás, a própria Colossal ainda se referia aos animais dessa maneira. “Mantemos nossa decisão de nos referirmos a Romulus, Remus e Khaleesi, de forma coloquial, como lobos terríveis”, escreveu a empresa em uma publicação no X (antigo Twitter).

A companhia já havia explicado que os animais eram resultado de um complexo processo de edição genética, no qual 20 genes de lobos-cinzentos foram modificados para incorporar características dos lobos-terríveis. No entanto, sustentava, até então, que isso os tornava uma versão recriada da espécie extinta.

Empresa afirma ter restaurado lobo de 12 mil anos pela primeira vez por meio da “ciência da desextinção”. Crédito: Colossal Biosciences

Ação gerou críticas

Em entrevista à New Scientist, Richard Grenyer, pesquisador da Universidade de Oxford, comentou as declarações de Shapiro. “Acredito que há uma séria inconsistência entre o conteúdo da declaração e as ações e o material publicitário — incluindo o conteúdo padrão do site, não apenas o press release sobre o lobo-terrível — da empresa”, disse.

Leio isso como uma declaração clara do que eles fizeram e não fizeram — e o que eles não fizeram foi trazer de volta um lobo-terrível da extinção

Richard Grenyer

Quem foi o lobo-terrível?

O lobo-terrível foi uma espécie de lobo pré-histórico que viveu durante o Pleistoceno, principalmente na América do Norte. Evidências fósseis sugerem que ele foi extinto há cerca de 9.500 a 13.000 anos, durante o evento de extinção do Quaternário, que também afetou outros grandes mamíferos, como mamutes e tigres-dentes-de-sabre.

Filhotes criados em laboratório pela Colossal Biosciences, que se refere a eles como a “ressuscitação” do lobo-terrível. Crédito: Colossal Biosciences

Os filhotes recriados vivem em uma instalação de 2.000 acres no norte dos Estados Unidos.

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Existe pangolim no Brasil? Conheça 5 curiosidades do único mamífero com escamas

Você já ouviu falar do pangolim? Apesar de pouco conhecido no Brasil, esse mamífero peculiar chama atenção por ser o único no mundo com o corpo totalmente coberto por escamas.

Embora muitos brasileiros o confundam com o tatu ou o tamanduá, o pangolim pertence a uma ordem distinta, com características únicas que o tornam fascinante e, infelizmente, alvo constante do tráfico ilegal de animais.

Originário de regiões da África e da Ásia, o pangolim é um animal solitário e noturno, que se alimenta principalmente de formigas e cupins, utilizando sua longa língua pegajosa para capturá-los.

Suas escamas, feitas de queratina, são tão resistentes que funcionam como uma verdadeira armadura contra predadores. No entanto, essas mesmas escamas são altamente valorizadas na medicina tradicional asiática, o que contribui para que o pangolim seja considerado o mamífero mais traficado do mundo.

Veja cinco curiosidades sobre esse animal incrível e entender por que sua preservação é tão importante.

Conheça 5 curiosidades sobre o pangolim

Não, o pangolim não vive no Brasil

Apesar de algumas semelhanças físicas com o tatu e o tamanduá, como o hábito de se enrolar para se proteger e a dieta baseada em insetos, o pangolim não é encontrado no Brasil. Ele habita exclusivamente regiões da África e da Ásia, sendo adaptado a ambientes específicos desses continentes.

No Brasil, temos espécies como o tatu e o tamanduá, que pertencem a ordens diferentes e não são parentes próximos do pangolim. A confusão entre esses animais é comum devido às semelhanças superficiais, mas suas origens e características são distintas.

O único mamífero com escamas verdadeiras

Imagem: 2630ben/Shutterstock

O pangolim é único entre os mamíferos por possuir escamas verdadeiras cobrindo seu corpo. Essas escamas são compostas de queratina, o mesmo material que forma nossas unhas e cabelos, e representam cerca de 20% do peso corporal do animal.

Elas crescem continuamente ao longo da vida e oferecem uma proteção eficaz contra predadores. Quando ameaçado, o pangolim se enrola em uma bola, expondo apenas suas escamas duras, uma estratégia de defesa altamente eficaz.

O mamífero mais traficado do mundo

Foto: Agus_Tri1975/Shutterstock

Infelizmente, o pangolim detém o título de mamífero mais traficado do mundo. Estima-se que mais de um milhão de pangolins foram capturados na última década para abastecer o mercado ilegal, principalmente na Ásia, onde suas escamas são utilizadas na medicina tradicional para tratar uma variedade de doenças, apesar da falta de evidências científicas que comprovem sua eficácia.

Além disso, sua carne é considerada uma iguaria em alguns países. Esse comércio ilegal levou todas as oito espécies de pangolim a serem classificadas como ameaçadas de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

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Habitat e comportamento únicos

Foto: Liné1/Reprodução

Os pangolins são animais solitários e noturnos, com hábitos de vida bastante peculiares. Dependendo da espécie, podem viver em tocas subterrâneas complexas ou em árvores ocas. Suas tocas podem ter até 30 metros de comprimento e várias entradas ocultas.

Eles se alimentam principalmente de formigas e cupins, utilizando sua língua longa e pegajosa para capturá-los. Além disso, possuem garras fortes para escavar tocas e ninhos de insetos. Sua visão é limitada, mas compensam com um olfato altamente desenvolvido, essencial para localizar suas presas.

Reprodução e cuidados parentais

Foto: Taryn Slabbert/Shutterstock

A reprodução dos pangolins ainda é pouco compreendida, mas sabe-se que são animais de reprodução lenta. A gestação varia de 70 a 139 dias, dependendo da espécie, e geralmente resulta no nascimento de um único filhote.

Ao nascer, o filhote apresenta escamas moles que endurecem com o tempo. Durante os primeiros meses de vida, o filhote é carregado nas costas da mãe e é amamentado até estar pronto para se alimentar de insetos. Esse cuidado parental é crucial para a sobrevivência da cria, especialmente considerando as ameaças que a espécie enfrenta na natureza.

O pangolim é um animal fascinante, com características únicas que o distinguem de todos os outros mamíferos. Apesar de não ser encontrado no Brasil, sua história e situação atual são relevantes para a conservação da biodiversidade global. A pressão do tráfico ilegal e a destruição de seu habitat natural colocam todas as espécies de pangolim em risco de extinção.

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Pets reduzem solidão e promovem a saúde, aponta estudo

Além de serem muito fofos, os animais de estimação podem ajudar a promover a saúde e o bem-estar e reduzir a solidão, aponta um novo estudo publicado Complementary Therapies in Clinical Practice. Na análise, os autores focaram em idosos e estudantes internacionais, grupos descritos como particularmente propensos ao isolamento social.

Entenda:

  • Pets podem ajudar a reduzir a solidão e promover a saúde e o bem-estar, apontam pesquisadores;
  • Um estudo reuniu estudantes internacionais e idosos que vivem em casas de repouso, realizando encontros semanais com animais de estimação;
  • Os participantes preencheram questionários sobre solidão, conexões sociais, saúde mental e bem-estar antes e depois do experimento;
  • Como resultado, os pesquisadores observaram reduções significativas no sentimento de solidão e uma melhora na saúde.
Pets ajudam a reduzir a solidão e promover a saúde. (Imagem: Chendongshan/Shutterstock)

De acordo com a equipe – formada por pesquisadores da Universidade Monash e do Peninsula Health, ambos na Austrália –, o convívio com animais de estimação durante o estudo não só ajudou os participantes a criarem laços sociais e se sentirem menos solitários, mas, com isso, ainda trouxe melhorias para a saúde mental, o bem-estar e as funções cerebrais.

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Estudo usou pets reais e robóticos para reduzir a solidão

Para o estudo, os pesquisadores reuniram 10 estudantes internacionais (com idade média de 22 anos), seis idosos que vivem em casas de repouso (com idade média de 83 anos) e três funcionários de alta gerência dessas instituições de cuidados. Ao longo de 18 semanas, os participantes se reuniram presencialmente e realizaram “atividades assistidas por animais”.

Os encontros duravam uma hora por semana e sempre envolviam animais de estimação – incluindo pets trazidos pelos próprios familiares dos participantes, cães ou gatos robóticos e até o cachorro de estimação da autora principal do estudo, Em Bould.

Estudo com pets mostrou reduções significativas na solidão de idosos e estudantes. (Imagem: Halfpoint/Shutterstock)

Convívio com pets melhorou habilidades de socialização dos participantes

Os participantes preencheram questionários antes e depois do estudo, respondendo questões relacionadas à solidão, conexões sociais, bem-estar e saúde mental. “Descobrimos que tanto adultos mais velhos quanto estudantes internacionais experimentaram uma redução significativa nos sentimentos de solidão e uma melhora significativa em sua saúde. A presença de animais de estimação vivos, em particular, ajudou a quebrar o gelo e facilitou as conversas entre os participantes”, explica Bould em comunicado.

O interesse em comum pelos animais de estimação “realmente ajudou a iniciar a conversa”, disse um idoso que participou do estudo aos pesquisadores. “Não tenho companhia, então gostei de conversar com os alunos sobre animais, mas também conversamos sobre outras coisas. Isso me animou.”

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Por que muitos gatos brancos são surdos? A ciência explica

Os gatos são animais adorados por muitas pessoas, e podem ser encontrados em uma grande variedade de cores de pelagem e de olhos.

Além da inteligência e do instinto caçador, cada um apresenta características e peculiaridades próprias, bem como a personalidade que cada felino possui. Porém, os gatos brancos contam com uma curiosidade a mais: eles são mais propensos a serem surdos, principalmente os de olhos azuis.

É verdade que nem todos os gatos brancos são surdos, mas a prevalência da surdez é muito maior entre eles do que entre outros grupos. E esse fato é comprovado cientificamente, além de ter sido observado há muito tempo por Charles Darwin, o cientista pai da teoria da evolução.

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Se você já ouviu falar desse fato, mas não sabe o porquê disso acontecer, ou se não sabia dessa curiosidade, veja abaixo na matéria a explicação científica.

A ideia de que gatos brancos de olhos azuis são surdos existe desde a observação feita por Charles Darwin. (Imagem: Hunt Han/Unsplash)

Gatos brancos costumam ser surdos?

O livro “A Variação dos Animais e das Plantas sob Domesticação” (1868) de Charles Darwin mostra que o cientista observou que gatos brancos com olhos azuis são quase sempre surdos. Essa observação foi pioneira e lançou as bases para a investigação científica da relação entre a pelagem branca e a surdez dos gatos.

Além de Darwin, outros cientistas já observaram a associação entre o pelo branco e a surdez em algumas espécies, principalmente caninos e felinos, o que confirmou que a condição prevalece em gatos brancos com relação as outras pelagens, principalmente os que têm olhos azuis. E esse é um fenômeno complexo que tem sido estudado por séculos.

A verdade é que todos os gatos nascem surdos, e isso não é nenhuma condição patológica. Se tudo correr bem, os felinos desenvolvem a audição de forma gradual a partir da primeira semana de vida. Para que eles possam ouvir, assim como acontece com os humanos, as ondas de som precisam atingir a cóclea (o ouvido interno), além de estimular células ciliadas e receptores sensoriais.

Quando acontece a perda auditiva condutiva, o indivíduo não consegue escutar por causa de problemas na transmissão do som até a cóclea. Porém, se houver danos nas células sensoriais da cóclea ou no nervo auditivo, acontece a perda auditiva neurossensorial.

Entretanto, a surdez que ocorre nos gatos brancos é de outro tipo, chamada de sensorial. Nesse caso, eles não possuem as células ciliadas sensoriais, e não são capazes de fazer a parte de “tradução” das vibrações que atingem a cóclea. Com isso, esses gatos possuem uma degeneração hereditária na cóclea, provocando um efeito dominó de consequências negativas para a audição.

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A verdade é que todos os gatos nascem surdos, e isso não é nenhuma condição patológica. Se tudo correr bem, os felinos desenvolvem a audição de forma gradual a partir da primeira semana de vida.(Imagem: Rusty Watson/Unsplash)

E como esse fato pode ajudar a entender perdas auditivas humanas?

Assim como acontece com os gatos brancos, os seres humanos também podem sofrer com a perda auditiva sensorial congênita de forma similar. Por conta disso, os animais são excelentes para estudos sobre a condição e os tratamentos possíveis. Pacientes com esse tipo de surdez podem utilizar próteses ou implantes cocleares, cujos testes feitos em gatos brancos foram significativos para o seu desenvolvimento.

Homem com mega fone na orelha de outro homem
Imagem: Motortion Films/Shutterstock

Por conta disso, existem colônias de gatos brancos que são mantidas especificamente para pesquisas científicas a respeito da surdez. Nessas colônias, por exemplo, caso o pai e a mãe sejam gatos brancos surdos, cerca de 70% dos filhotes também serão. Os 30% restantes podem ouvir apenas de um lado, com dificuldades ou até perfeitamente.

Os cientistas podem usar diversos métodos para confirmar a surdez. “Um dos métodos objetivos menos invasivos aplicáveis em gatos é a medição das respostas do tronco cerebral evocadas auditivamente”, explica um guia rápido sobre o assunto, feito por especialistas para a revista científica Current Biology.

“Esse método detecta pequenas alterações no campo elétrico evocadas pela estimulação da via auditiva pelo som e pode ser realizado sob sedação usando pequenos eletrodos de prata colocados subcutaneamente”, conta ainda a matéria.

De forma geral, os gatos brancos surdos não possuem outras complicações fisiológicas, e a maior parte deles apresenta um comportamento normal, sem prejuízos para os sistemas somatossensorial, motor ou visual. Alguns deles podem até mesmo ter a visão melhor do que de outros gatos, possivelmente para compensar a perda da audição, da mesma forma que também acontece com alguns seres humanos.

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De forma geral, os gatos brancos surdos não possuem outras complicações fisiológicas, e a maior parte deles apresenta um comportamento normal, sem prejuízos para os sistemas somatossensorial, motor ou visual. (Imagem: Kittitep Khotchalee/Unsplash)

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Animal mais velho do mundo viveu 507 anos e teve morte controversa

Um molusco marinho entrou para a história como o animal mais velho já registrado no planeta. Com impressionantes 507 anos de vida, o marisco da espécie Arctica islandica nasceu por volta de 1499.

O animal foi encontrado em 2006 por cientistas do Reino Unido, durante uma expedição na costa da Islândia. Ao analisarem os padrões de crescimento em sua concha — técnica semelhante à contagem dos anéis de árvores —, pesquisadores inicialmente estimaram que ele teria entre 405 e 410 anos. Análises posteriores confirmaram que Ming, como foi apelidado pela imprensa, tinha pelo menos 507 anos.

No entanto, a longa vida de Ming logo chegou ao fim, e de uma forma controversa, que gerou críticas aos cientistas que o coletaram.

Uma vida milenar encerrada por acidente

A longevidade de Ming poderia ter continuado se não fosse por um procedimento científico. Segundo os pesquisadores, o animal provavelmente morreu após ser congelado durante o processo de coleta, algo comum em expedições científicas. A revelação causou polêmica e gerou indignação entre o público.

“Recebemos e-mails nos chamando de assassinos de moluscos”, contou o professor James Scourse, da Universidade de Bangor, em entrevista à BBC. A equipe, no entanto, ressaltou que mariscos da mesma espécie são pescados comercialmente e consumidos todos os dias, principalmente em pratos como a clam chowder, tradicional sopa de mariscos da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos.

Mariscos da espécie de Ming são comumente utilizados na culinária (Imagem: evgenyb / iStock)

Contribuições científicas de um molusco centenário

Apesar do desfecho controverso, a coleta de Ming rendeu frutos para a ciência. Estudos com sua concha permitiram aos pesquisadores analisar mudanças nos oceanos ao longo dos últimos séculos, contribuindo para uma melhor compreensão do ambiente marinho e do impacto das mudanças climáticas.

Além disso, a pesquisa com Ming ajudou a desvendar aspectos do envelhecimento biológico. Segundo a bióloga marinha Doris Abele, da Science Nordic, uma das chaves para a longevidade da A. islandica está em seu metabolismo extremamente lento: “Quando um animal consome pouco oxigênio, normalmente também significa que ele terá uma vida longa.” Ela acredita ainda que a genética desempenha um papel essencial nesse processo.

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Genética e envelhecimento celular

Um estudo publicado em 2015 reforça essa hipótese ao apontar que, com exceção da oxidação de ácidos nucleicos, os níveis de dano celular nos mariscos A. islandica não aumentam com a idade. Isso indica uma manutenção celular excepcional, o que poderia explicar sua durabilidade incomum.

Arctica islandica
Mariscos da espécie de Ming não aumentam de tamanho com a idade (Imagem: HHelene / iStock)

A pesquisa sugere que a oxidação de ácidos nucleicos pode estar relacionada a mecanismos intrínsecos do envelhecimento — uma descoberta que pode ter aplicações em outras áreas da biologia e até na medicina.

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