No início desta semana, a Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes que seriam do extinto lobo-terrível, popularmente retratado no fenômeno Game of Thrones como símbolo da Casa Stark. E, de acordo com a empresa, a “desextinção” não deve parar por aí: os pesquisadores já estão trabalhando para reviver outras três espécies extintas.
Entenda:
Além do lobo-terrível, a Colossal Biosciences quer “ressuscitar” outras três espécies pré-históricas;
A empresa disse que está trabalhando na “desextinção” do mamute-lanoso, do dodô e do lobo-da-tasmânia;
Os pesquisadores já criaram um rato-lanoso com características do mamute, e estudam a modificação genética do elefante-asiático (parente próximo da espécie extinta);
A comunidade científica e ambientalista, entretanto, vem levantando debates sobre a ética da desextinção e suas possíveis consequências nos ecossistemas.
Após lobo-terrível, empresa quer ‘ressuscitar’ outros animais pré-históricos. (Imagem: Colossal Biosciences)
O lobo-terrível (Aenocyon dirus) entrou em extinção há cerca de 13 mil anos. E o novo trio – que recebeu os nomes de Remus, Romulus e Khaleesi – é o resultado da modificação genética de lobos-cinzentos. Ou seja, apesar do que sugere a empresa no comunicado, a espécie não está realmente “de volta”.
Empresa que ‘ressuscitou’ lobo-terrível visa outras espécies extintas
Como dissemos, a Colossal já está trabalhando para “ressuscitar” outras três espécies pré-históricas após o lobo-terrível. À Time, a equipe revelou que seus esforços estão, agora, focados no mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), no dodô (Raphus cucullatus) e no lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus, também chamado de tigre-da-tasmânia).
O mamute-lanoso, que viveu durante a Era do Gelo, entrou em extinção há cerca de 4 mil anos. Já os dodôs, originários da ilha de Maurício, e o lobo-da-tasmânia, último membro do gênero Thylacinus, foram extintos mais tarde, nos séculos XVII e XX respectivamente.
Em março, a Colossal usou uma cópia do DNA do mamute pré-histórico para criar o rato-lanoso, com pelos longos e metabolismo acelerado característicos do M. primigenius. A empresa também vem estudando o elefante-asiático (parente próximo do mamute-lanoso) para receber os genes da espécie extinta.
Empresa criou rato com características do extinto mamute-lanoso. (Imagem: Colossal Biosciences)
“Estamos desenvolvendo tecnologias que nunca existiram antes, e elas podem transformar não só a conservação, mas também a biologia reprodutiva humana e animal”, disse Ben Lamm, CEO da Colossal, na entrevista à Time.
‘Desextinção’ de animais pré-históricos é controversa
Vale lembrar que a iniciativa de “ressuscitar” espécies extintas vem sendo criticada pela comunidade científica e ambientalista, levantando debates sobre a ética da desextinção e as possíveis consequências da reintrodução desses animais – como o desequilíbrio das cadeias alimentares e da biodiversidade.
As Ilhas Galápagos são um dos lugares mais extraordinários do planeta. Localizado no Oceano Pacífico, esse arquipélago equatoriano é composto por 13 ilhas principais e dezenas de ilhotas e rochedos, cada qual com ecossistemas próprios.
Sua localização remota e a ausência de predadores naturais em muitos habitats permitiram o surgimento de espécies únicas, adaptadas de maneiras curiosas e surpreendentes ao ambiente local.
Ilhas Galápagos: veja 8 dos bichos mais curiosos da região
As condições das ilhas proporcionaram o cenário ideal para que a evolução ocorresse de forma isolada, o que gerou uma biodiversidade que não pode ser encontrada em nenhum outro lugar do mundo.
Foi esse cenário que encantou o naturalista Charles Darwin em sua visita a bordo do navio HMS Beagle, em 1835. A diversidade de animais e as sutis variações entre as espécies de uma ilha para outra foram decisivas para o desenvolvimento de sua teoria da seleção natural.
Até hoje, as Galápagos são uma espécie de laboratório vivo, estudado por cientistas do mundo inteiro. Entre aves, répteis, mamíferos marinhos e peixes, há uma variedade de bichos curiosos que seguem encantando estudiosos e turistas, tornando as ilhas um patrimônio biológico de valor incalculável.
1. Atobá-de-pés-azuis (Sula nebouxii)
Com seus pés azul-turquesa vibrantes, o atobá-de-pés-azuis é um dos animais mais emblemáticos das Ilhas Galápagos.
Esses pés coloridos não são apenas estéticos: eles desempenham um papel fundamental nas exibições de acasalamento, em que os machos os levantam em uma espécie de dança para impressionar as fêmeas.
2. Tentilhões de Darwin (Geospizinae, subgrupo dos Thraupidae)
Esses pequenos pássaros se tornaram mundialmente famosos por terem ajudado Charles Darwin a formular sua teoria da evolução.
Tentilhão de Darwin (Crédito: Andy Morffew / wikimedia commons)
Existem 17 espécies reconhecidas, cada uma adaptada a um nicho ecológico diferente, com bicos de tamanhos e formas variados dependendo da dieta.
Com aparência pré-histórica, as iguanas terrestres têm pele amarelada e podem ser vistas tomando sol nas rochas vulcânicas.
Iguana de Galápagos (Crédito: Charles J. Sharp/Wikimedia commons)
Elas se alimentam principalmente de cactos e têm um comportamento bastante tranquilo, sendo um dos répteis mais fotografados da região.
4. Flamingo-americano (Phoenicopterus ruber)
Flamingo (Imagem: AndreAnita/Shutterstock)
Essa espécie de flamingo, de cor rosada intensa, é encontrada em poucas áreas das Galápagos. Seu pescoço flexível e bico curvado são usados para filtrar pequenos crustáceos e algas da água salgada em que vivem.
Baleia pulando da água (Imagem: Paul S. Wolf/Shutterstock)
Mais de 20 espécies de cetáceos já foram registradas na Reserva Marinha de Galápagos. Entre elas, estão golfinhos-nariz-de-garrafa e baleias-jubarte, que aparecem sazonalmente nas águas ricas em nutrientes da região.
7. Mosca-vampira (Philornis downsi)
Essa espécie invasora representa uma grande ameaça às aves nativas. As larvas da mosca se alimentam do sangue de filhotes de pássaros, enfraquecendo-os e, muitas vezes, levando à morte. É uma das maiores preocupações de conservação local.
8. Cormorão-não-voador (Phalacrocorax harrisi)
Endêmico das Galápagos, esse cormorão é uma das poucas aves marinhas do mundo que perdeu a capacidade de voar. Em vez disso, ele se adaptou ao mergulho e à pesca em águas rasas. Suas asas atrofiadas são resultado de milhares de anos de evolução em um ambiente sem predadores terrestres.
Milhares de criaturas marinhas de aparência incomum estão chamando a atenção ao surgirem em grande número nas praias da Califórnia, nos Estados Unidos. Os animais, de coloração azul e textura gelatinosa, começaram a se acumular no último domingo (30) em diversas faixas de areia da região da baía de São Francisco, provocando curiosidade entre frequentadores e especialistas.
Esses organismos são conhecidos como “velejadores-do-vento” (nome científico Velella velella) e, apesar de se assemelharem a águas-vivas, estão mais próximos da caravelas-portuguesas (Physalia physalis). Cada indivíduo mede até 10 centímetros e é, na verdade, uma colônia formada por centenas de pequenos organismos que desempenham funções específicas.
Criatura fica na superfície da água e usa o vento dos oceanos como locomoção (Imagem: Andrea Izzotti / Shutterstock.com)
Transporte dos animais curiosos ocorre pelo vento e correnteza
Dotadas de uma vela em forma de “S” que fica na superfície da água, essas criaturas usam o vento para se locomover pelos oceanos, enquanto tentáculos curtos pendem abaixo da superfície para capturar presas.
Contudo, por dependerem exclusivamente da ação dos ventos e correntes, frequentemente acabam encalhadas nas praias quando há mudanças bruscas no clima.
Segundo Jennifer Stock, especialista em educação do santuário marinho Greater Farallones, esse fenômeno coincide com o início do período conhecido como “temporada de ressurgência” na costa oeste dos EUA.
“O verdadeiro começo e fim desse período muda a cada ano, mas a presença dos velejadores indica uma mudança nos ventos e nas correntes”, afirmou à SFGate.
Fenômeno associado a tempestades e ventos costeiros
O aparecimento em massa dessas criaturas no Hemisfério Norte costuma acontecer na primavera e no começo do verão. Vivendo normalmente em mar aberto, elas são empurradas em direção ao litoral por tempestades e ventos costeiros. Como não conseguem se movimentar por conta própria, ficam presas na areia até serem levadas de volta pela maré ou morrerem.
Ao ser levada pelo vento e correnteza para terra-firme, estas criaturas têm dois destinos possíveis: são levadas de volta ao mar pela maré, ou morrem na praia (Imagem: Kelly Nine / Shutterstock.com)
De acordo com o oceanógrafo Raphael Kudela, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, a situação pode se repetir nos próximos dias. “Se tivermos um sistema de alta pressão, que normalmente traz céu claro e está associado à ressurgência, elas vão se concentrar perto da costa”, explicou ao portal KQED. “Basta uma quebra nesse sistema — como a chegada de uma frente fria — para que uma grande quantidade delas acabe sendo levada para as praias.”
Kudela também destacou o impacto visual do fenômeno: “É meio impressionante de ver. Elas são realmente bonitas”. Apesar disso, especialistas alertam que o contato com os animais deve ser feito com cuidado, já que sua peçonha, embora leve, pode causar irritações, principalmente se houver contato com os olhos ou o rosto.
Os escorpiões são animais peçonhentos que utilizam seu ferrão para injetar toxinas em suas presas ou em possíveis ameaças. Embora a maioria das espécies não represente perigo significativo para os seres humanos, algumas possuem peçonhas potentes que podem causar efeitos graves e até fatais.
A seguir, apresentamos uma lista dos dez escorpiões mais perigosos do mundo, detalhando suas características, habitats e os efeitos de suas peçonhas no corpo humano.
O escorpião que dispara veneno à distância: Parabuthus transvaalicus (Escorpião-grosso-da-África)
O escorpião-grosso-da-África é um dos maiores escorpiões, medindo entre 12 e 14 cm. Sua peçonha neurotóxica pode causar dor intensa, paralisia e, em casos graves, insuficiência respiratória.
Parabuthus transvaalicus / Crédito: Richard McJimsey (Wikimedia)
Além disso, ele tem a capacidade de esguichar veneno a uma distância de até um metro, visando os olhos de possíveis ameaças. Esse escorpião é encontrado na África Austral, especialmente na África do Sul, habitando regiões áridas e semiáridas, como savanas e desertos.
Sua coloração varia de preta a marrom-escura, com um corpo robusto e cauda espessa. Sua periculosidade é destacada pelo Scorpion Files, da Norwegian University of Science and Technology (Arquivos sobre Escorpiões da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega).
O escorpião amazônico de alta toxicidade: Tityus obscurus
Esse escorpião é encontrado na região Amazônica, incluindo Brasil, Peru e Colômbia, habitando florestas tropicais úmidas, onde é frequentemente encontrado sob cascas de árvores e folhagens. Sua coloração é marrom-escura a preta, com um corpo alongado e pinças finas.
Tityus obscurus / Crédito: Ythier E (Wikimedia)
Com comprimento entre 6 e 7 cm, sua peçonha neurotóxica pode causar dor intensa, convulsões, arritmias cardíacas e, em casos graves, morte.
Essa espécie tem destaque como uma das mais perigosas para a saúde pública, segundo o Instituto Butantan. Saiba mais.
O escorpião urbano do Nordeste brasileiro: Tityus stigmurus
Esse escorpião está presente no nordeste do Brasil, habitando áreas urbanas e rurais, muitas vezes escondido em entulhos e residências. Sua coloração é amarelada, com um padrão escuro no dorso.
Tityus stigmurus / Crédito: Hjalmar Turesson (Wikimedia)
Essa espécie mede entre 5 e 7 cm e sua peçonha neurotóxica pode causar dor intensa, suor excessivo, vômitos e distúrbios neurológicos.
Essa espécie também é uma das mais perigosas para a saúde pública, segundo o Instituto Butantan. Saiba mais.
O escorpião da necrose fatal: Hemiscorpius lepturus
Com comprimento de 6 a 8 cm, essa espécie se destaca por sua peçonha citotóxica, que causa necrose grave nos tecidos, hemólise e até falência orgânica.
Hemiscorpius lepturus / Crédito: Sem autor (Biodiversity4All)
Seu veneno é altamente citotóxico, causando feridas graves, inflamações e necrose, semelhantes às lesões provocadas pela picada da aranha-marrom. Não há antiveneno disponível.
Esse escorpião está presente no Irã e em outras regiões do Oriente Médio, habitando áreas áridas e semiáridas, muitas vezes invadindo habitações humanas.
No Irã, embora represente apenas 12% das picadas registradas, é responsável por 95% das mortes, podendo levar à falência renal, úlceras profundas, problemas psicológicos e até óbito.
Sua coloração varia de amarelada a marrom-clara, e ele se diferencia de outros escorpiões por não possuir o típico segmento caudal volumoso.
Sua periculosidade também tem destaque no Scorpion Files, da Norwegian University of Science and Technology.
O assassino do deserto: Escorpião-negro (Androctonus crassicauda)
Esse escorpião robusto, de coloração preta e comportamento agressivo, mede entre 10 e 12 cm e é encontrado no Oriente Médio e no Norte da África, em países como Irã, Turquia e Arábia Saudita.
Sua peçonha é altamente tóxica, podendo causar dor intensa, convulsões, paralisia e, em casos graves, levar à morte.
Por habitar desertos e regiões áridas, representa uma ameaça constante para quem vive ou trabalha nessas regiões. Sua periculosidade tem destaque na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, que informa a população para ter cuidado com essa espécie. Leia mais aqui.
O mais venenoso dos EUA: Escorpião-de-casca-do-Arizona (Centruroides sculpturatus)
Este escorpião mede entre 5 e 7 cm e se encontra nos Estados Unidos (Arizona, Califórnia, Nevada, Novo México) e no norte do México.
Centruroides sculpturatus / Crédito: Andrew Meeds (Wikimedia)
Sua coloração varia entre amarelo e marrom-claro, e seu corpo é delgado. Sua peçonha neurotóxica pode causar dor intensa, dormência, dificuldade respiratória e, em casos raros, morte, especialmente em crianças e idosos.
É considerado o escorpião mais venenoso da América do Norte, e tem destaque na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.
O matador do Sul: Escorpião-de-cauda-grossa-amarelo (Androctonus australis)
Esse escorpião, encontrado no Norte da África e no Oriente Médio, mede entre 10 e 12 cm e possui uma coloração amarela e uma cauda grossa e robusta. Sua peçonha neurotóxica pode causar paralisia, insuficiência respiratória e morte.
Por ser altamente resistente e capaz de sobreviver em condições extremas, é um dos escorpiões mais temidos do mundo. Sua periculosidade tem destaque no Scorpion Files, da Norwegian University of Science and Technology (Arquivos sobre Escorpiões da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega).
O mais letal da Índia: Escorpião-indiano-vermelho (Hottentotta tamulus)
Este escorpião, encontrado na Índia, Nepal, Sri Lanka e Paquistão, mede entre 6 e 7 cm e tem uma coloração que varia do marrom avermelhado ao laranja.
Sua peçonha é altamente tóxica e pode causar dor intensa, vômitos, sudorese, convulsões e, em casos graves, edema pulmonar, levando à morte em até 24 horas sem tratamento. Frequentemente encontrado em áreas urbanas e rurais, representa um grande risco para crianças que caminham descalças.
A Scorpion Files, da Norwegian University of Science and Technology, o destaca como uma das espécies mais perigosas do mundo.
O mais perigoso do Brasil: Escorpião-amarelo-brasileiro (Tityus serrulatus)
Com tamanho entre 6 e 7 cm, esse é o escorpião mais perigoso da América Latina e o principal responsável por acidentes no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Tityus serrulatus / Crédito: José Roberto Peruca (Wikimedia)
Sua peçonha neurotóxica pode causar dor intensa, náuseas, vômitos, taquicardia e, em casos graves, edema pulmonar e choque, sendo especialmente perigoso para crianças e idosos.
De coloração amarelo-claro, se reconhece facilmente pela ausência de serrilha na cauda. Vive em áreas urbanas e rurais, sendo frequentemente encontrado em entulhos e locais úmidos.
O Instituto Butantan alerta para a necessidade de precaução com essa espécie. Saiba mais.
O caçador da morte: Escorpião-amarelo-palestino (Leiurus quinquestriatus)
Com o apelido de “deathstalker”,o Leiurus quinquestriatus, é o escorpião mais perigoso do mundo pelo Guinness Book. Esse escorpião mede de 8 a 11 cm e se encontra no Norte da África e no Oriente Médio, incluindo Egito, Israel e Arábia Saudita.
Sua coloração amarela pálida e sua velocidade o tornam temido, mas o verdadeiro perigo está na sua peçonha, uma mistura de neurotoxinas e cardiotoxinas que podem causar dor intensa, febre, convulsões e, em casos graves, coma ou morte. Habita principalmente desertos e regiões semiáridas.
Lhamas são animais dóceis à primeira vista, mas podem reagir com atitudes inesperadas quando se sentem ameaçadas ou incomodadas. Uma das mais conhecidas é o famoso cuspe. Quem já visitou uma fazenda ou teve contato com esses camelídeos provavelmente ouviu o aviso: “cuidado para não tomar uma cuspida da lhama”.
Mas, afinal, por que elas fazem isso? A resposta tem muito mais a ver com comunicação e defesa do que com agressividade gratuita. Para entender esse comportamento curioso, é preciso conhecer um pouco mais sobre esses animais.
O que são as lhamas e por que elas cospem nas pessoas?
As lhamas são mamíferos da família dos camelídeos, grupo que inclui também as alpacas, vicunhas, guanacos e os camelos.
Imagem de uma lhama sorrindo (Crédito: CC0 Domínio Público/Px Here)
São originárias da América do Sul, especialmente das regiões andinas do Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Foram domesticadas há mais de quatro mil anos por povos pré-colombianos, e até hoje são usadas como animais de carga, fonte de lã e até companhia em propriedades rurais.
Elas têm o corpo coberto por lã espessa, pesam entre 130 e 200 kg e podem medir até 1,80 m de altura. Possuem orelhas alongadas em formato de banana, são inteligentes, sociáveis e costumam viver em grupos. Sua alimentação é baseada em vegetação rasteira, como capim, folhas e feno.
Apesar do jeito calmo, quando se sentem ameaçadas, irritadas ou incomodadas, as lhamas usam o cuspe como forma de comunicação.
Lhamas em grupo (Reprodução: @Chris23/Unsplash)
Cuspir é um comportamento comum entre camelídeos, usado para marcar território, estabelecer hierarquias e afastar ameaças. Na natureza, a cuspida costuma ser usada entre elas mesmas, principalmente em disputas por alimento ou posição no grupo. Mas se um humano estiver muito próximo ou invadir seu espaço, pode virar alvo.
O que torna esse comportamento tão desagradável é que a lhama não cospe apenas saliva. Quando o nível de irritação é alto, ela regurgita parte do conteúdo do estômago junto com o cuspe, o que resulta em uma substância de odor forte e aparência pastosa, com restos de vegetação parcialmente digerida.
Apesar de nojento, o conteúdo não é perigoso para a saúde humana e não costuma provocar infecções. No entanto, o incômodo é garantido — especialmente se o cuspe atingir o rosto ou os olhos.
É importante destacar que a lhama não cospe à toa. Esse é um comportamento defensivo, e raramente é desencadeado sem motivo.
Muitas vezes, os humanos são alvos involuntários ao tentarem acariciar, alimentar ou se aproximar demais do animal sem que ele esteja confortável. Por isso, ao visitar locais onde há lhamas, o melhor é respeitar o espaço do bicho, observar seu comportamento e não forçar o contato.
As zebras são animais fascinantes, conhecidos por sua pelagem característica formada por listras pretas e brancas. Mas você já se perguntou por que zebras têm listras? Essa peculiaridade sempre intrigou cientistas e estudiosos da natureza.
Ao longo dos anos, diversas teorias foram propostas para explicar essa característica única desses equinos africanos.
Uma das hipóteses mais aceitas sugere que as listras atuam como um mecanismo de defesa contra predadores, dificultando que leões e hienas foquem em um único indivíduo no meio do grupo.
Outra possibilidade é que as listras ajudam na termorregulação, permitindo que esses animais resistam melhor ao calor escaldante das savanas africanas. Além disso, há estudos que indicam que as listras podem confundir insetos, como moscas tsé-tsé, reduzindo a quantidade de picadas e infecções.
Mas será que as zebras conseguem se diferenciar entre si, apesar de suas listras serem tão semelhantes? A resposta surpreende: sim, elas se reconhecem! Para isso, utilizam o olfato, hormônios e sinais comportamentais.
Como e por que zebras têm listras?
A ciência já descartou a ideia de que as listras servem apenas para camuflagem, pois zebras vivem em planícies abertas onde o preto e branco contrastam com o ambiente. No entanto, estudos revelaram que as listras têm múltiplas funções evolutivas que beneficiam esses animais em diferentes aspectos.
Zebra parada na savana, observando o ambiente (Foto: Gusjer/Flickr)
Uma das principais razões para a existência das listras é a chamada “hipótese da desorientação de predadores”. Quando um grupo de zebras corre junto, suas listras criam um efeito visual dinâmico, tornando difícil para predadores isolarem um único alvo. Isso reduz as chances de ataque bem-sucedido de leões e outros carnívoros.
Outro fator importante é a regulação térmica. As zebras vivem em regiões muito quentes, e estudos sugerem que suas listras ajudam a equilibrar a temperatura corporal. A teoria é que o preto absorve calor e o branco reflete, criando microcorrentes de ar que ajudam a resfriar o animal.
Além disso, uma das descobertas mais interessantes correlaciona as listras com insetos. Isso porque moscas hematófagas (que se alimentam de sangue), como as moscas tsé-tsé e as mutucas, têm mais dificuldade em pousar sobre pelagens listradas, pois seu sistema de visão não consegue processar corretamente os padrões das zebras. Isso reduz a incidência de doenças transmitidas por esses insetos.
Apesar de todas as zebras parecerem muito semelhantes aos olhos humanos, elas conseguem se diferenciar umas das outras. O segredo está em seu olfato e comportamento social. Cada zebra tem um padrão único de listras, assim como humanos têm impressões digitais distintas, o que facilita o reconhecimento entre indivíduos da mesma espécie.
Duas zebras no Serengeti (Foto: D. Gordon E. Robertson)
Mas o fator mais determinante para o reconhecimento não está apenas na visão, e sim no olfato. Zebras utilizam feromônios e sinais químicos para identificar seus companheiros. Esses cheiros corporais permitem que uma mãe reconheça seu filhote e que membros do grupo saibam quem é quem, mesmo em meio a uma grande manada.
Além disso, o comportamento e os sons emitidos pelas zebras também são essenciais para a identificação. Elas possuem vocalizações e gestos específicos que ajudam na comunicação e diferenciação entre indivíduos.
Assim, mesmo com padrões de listras similares, cada zebra é única para as outras dentro do grupo. As listras das zebras não são apenas um detalhe estético, mas uma adaptação evolutiva extremamente útil.
Os animais que trocam de pele passam por esse processo para crescer, se renovar e até se proteger contra parasitas e danos externos.
Essa mudança, chamada de muda ou ecdise, ocorre em diferentes espécies, como cobras, insetos e anfíbios, e pode ter diversas finalidades, desde permitir o crescimento até garantir uma pele mais saudável.
Mas por que exatamente essa troca acontece? E como funciona em cada grupo de animais? Neste artigo, exploramos as razões e os mecanismos por trás desse fenômeno natural.
Como e por que os animais trocam de pele?
Pele “vazia” de cobra após o processo de muda / Crédito: Srithern (wikimedia/reprodução)
A troca de pele, conhecida como muda ou ecdise, é um processo biológico essencial para diversos animais, permitindo seu crescimento e adaptação ao ambiente. Esse fenômeno ocorre principalmente em artrópodes, répteis e alguns anfíbios, que precisam renovar sua camada externa periodicamente.
O que é a muda?
A muda ou ecdise é um processo no qual o exoesqueleto antigo é descartado para dar lugar a um novo. Em artrópodes, como insetos e crustáceos, esse processo é controlado pelo hormônio ecdisona, que inicia a degradação do exoesqueleto antigo e estimula a formação de um novo. Durante esse período, o animal se torna mais vulnerável a predadores, pois sua nova estrutura protetora ainda está mole.
Em répteis, como as cobras, a muda ocorre porque sua pele não cresce junto com o corpo. À medida que o animal cresce, uma nova camada de pele se desenvolve sob a antiga, que eventualmente se solta e é descartada. Esse processo também ajuda a remover parasitas e manter a saúde da pele.
Antes da troca, os olhos das cobras podem ficar azulados ou turvos, sinalizando que a pele antiga está se soltando. Para concluir a ecdise, elas esfregam a cabeça contra superfícies ásperas para liberar a pele antiga por completo.
Ecdise de Pachygrapsus crassipes (caranguejo listrado de litoral) / Crédito: Tatsundo h (wikimedia/reprodução)
Quanto tempo dura o processo?
O tempo necessário para a muda varia de acordo com a espécie e as condições ambientais. Alguns exemplos incluem:
Cobras: geralmente levam alguns dias para completar a troca de pele.
Insetos: o processo pode durar horas ou até semanas, dependendo do estágio de crescimento.
Caranguejos e outros crustáceos: após a muda, podem levar dias para endurecer totalmente seu novo exoesqueleto.
Durante esse período, os animais tendem a se esconder para evitar predadores, pois estão mais vulneráveis.
Cigarra no processo de troca de pele / Crédito: Papadopoulos Avraam (wikimedia/reprodução)
O que acontece com a pele descartada?
O destino da pele descartada varia conforme a espécie:
Algumas lagartas e outros insetos ingerem a pele antiga para recuperar nutrientes.
Em outros casos, a pele se decompõe naturalmente no ambiente.
Alguns animais podem usar a exúvia (pele descartada) para confundir predadores ou como forma de defesa.
Morcegos são conhecidos por carregarem diferentes cepas de vírus que deixam outros mamíferos bastante doentes – mas eles mesmos não parecem adoecer. Por exemplo, o ebola, o vírus Nipah e o covid podem ser encontrados em morcegos e, ainda assim, tudo indica que esses animais não ficam doentes quando são infectados.
Além disso, o número de vírus que deixam os morcegos doentes parece ser menor do que o observado em outros mamíferos. De acordo com biólogos e virologistas, essa tolerância pode ter se desenvolvido há milhões de anos, à medida que os morcegos evoluíram.
Morcego via Peter Neumann/Unsplash
Como e por que os morcegos carregam doenças se não ficam doentes?
O ebola, o covid, o Hendra, o Nipah e inúmeros outros vírus, são associados aos morcegos. Apesar de eventos de mortalidade de morcegos relacionados a vírus ocorrerem, eles parecem ser pouco frequentes, tendo pouco efeito sobre as populações do animal.
Por outro lado, no que diz respeito à Leptospira, bactéria que causa leptospirose, e ao lisavírus, causador da Raiva, a conversa é diferente. Os morcegos, assim como outros mamíferos, ficam doentes e muitos acabam morrendo em decorrência dessas doenças.
São duas as principais características que diferenciam os morcegos de outras espécies de mamíferos: além de terem uma tolerância maior a infecções virais, eles possuem adaptações em seu sistema imunológico que os ajudam a controlar eventuais infecções virais de uma maneira diferente dos humanos e de outros mamíferos.
Morcegos são os únicos mamíferos que voam via Ishan/Unsplash
Ambas as características se devem à única coisa que os torna diferentes de todos os outros mamíferos, ou seja, a capacidade de voar. Isso ocorre, em primeiro lugar, porque os animais que voam têm um metabolismo muito rápido, o que gera inflamação dentro de suas células.
Com o tempo, durante seu processo de evolução, os morcegos desenvolveram a habilidade de reduzir a resposta inflamatória do corpo. Isso é importante principalmente porque as infecções virais também causam inflamação.
Assim, como os vírus não estimulam o mesmo tipo de inflamação nos morcegos que estimulariam nos seres humanos e em outros mamíferos, eles são capazes de tolerar muitas infecções virais sem que a inflamação piore a situação e os adoeça. Em outras palavras, é a resposta do corpo ao vírus que pode nos deixar doentes.
E como os humanos contraem essas doenças?
Visto que os morcegos coevoluíram com diversos vírus, eles basicamente não causam nenhum dano ao mamífero voador. Ou seja, o problema acontece quando os vírus passam para novas espécies.
Morcego pertencente à família Pteropodidae, também conhecida como morcego-fruteiro, composta por morcegos que se alimentam de frutas e néctar. (Imagem: Martin Pelanek / Shutterstock)
A destruição do habitat natural dos morcegos, envolvendo desmatamento e intensificação agrícola, e a perda de suas fontes de alimento na natureza os aproximam dos humanos. Além disso, a maneira como entramos em contato com esses animais, por meio de caça e venda, é bastante arriscada.
Assim como a maioria dos animais, morcegos espirram e urinam. Quando outro mamífero entra em contato com fluidos infectados, ele pode contrair e começar a espalhar diferentes tipos de vírus. Para que as doenças cheguem em humanos, geralmente, é necessário que uma terceira espécie esteja envolvida.
Apesar de morcegos hospedarem vários vírus, a maioria deles não é prejudicial a outras espécies, e raramente são transmitidos aos seres humanos. Ou seja, os morcegos não são uma ameaça para as pessoas, embora alguns dos vírus que eles carregam sejam.
Também é importante ressaltar que os morcegos desempenham funções vitais em nosso ecossistema, incluindo a polinização de árvores nativas.
(Imagem: Wirestock Creators / Shutterstock)
Como evitar a propagação dessas doenças?
Com exceção da Raiva, cuja taxa de letalidade é de praticamente 100%, as doenças causadas pelos vírus e bactérias associadas a morcegos possuem tratamento. Ainda assim, evitar contrair doenças é sempre a melhor opção.
Existem muitas maneiras de reduzir ou evitar o risco e a disseminação de infecções em humanos e outros animais. Especialmente para aqueles que trabalham ou moram perto de áreas de vida selvagem, algumas medidas de proteção incluem higiene, vacinação, biossegurança e gerenciamento de riscos.
Pessoas que dormem de olhos abertos possuem uma condição chamada de lagoftalmo noturno e precisam realizar um tratamento para evitar problemas à saúde. Porém, no reino animal, dormir de olhos abertos é um comportamento mais comum do que você imagina.
Cientistas acreditam que o sono dos animais de todas as espécies funciona em ciclos de descanso e vigília. O segundo termo é o que nos faz entender o motivo pelo qual há bichos que dormem de olho aberto. Sendo assim, apenas os que não temem muito os seus predadores e conseguem estar em locais relativamente seguros podem ter um sono longo e profundo, parecido com o dos humanos.
Nas próximas linhas, o Olhar Digital traz mais detalhes sobre 8 animais que dormem de olhos abertos. Continue a leitura e confira!
Além da questão da vigília, há animais que dormem de olhos abertos pelo simples fato de não terem pálpebras e, assim, não conseguirem fechar os olhos, mesmo durante os períodos de sono. As duas características já foram observadas em algumas espécies. Conheça 8 delas a seguir!
1 – Crocodilos
Crocodilo cochilando de olhos abertos (Imagem: Carl Tomich/Shutterstock)
De acordo com um estudo realizado na Austrália divulgado no Journal of Experimental Biology, os crocodilos têm um sono chamado de uni-hemisférico, deixando somente um dos hemisférios do cérebro funcionando.
Esse experimento foi realizado em um aquário equipado com câmeras infravermelhas para observar crocodilos jovens durante o dia e a noite.
Nele, um humano ficou na sala por um determinado período. Nesse tempo, o animal dormiu, mas se manteve com um olho aberto sempre observando a pessoa.
Além disso, mesmo após ela sair, o crocodilo seguiu observando o mesmo local com apenas um olho, o que indica que ele estava atento a possíveis ameaças.
Os crocodilos fazem parte da família Crocodylidae, que vive em ambientes aquáticos, podendo estar na água doce e salgada. Eles não estão presentes no Brasil, mas são bem comuns na Ásia, África e Oceania.
2 – Baleias
Imagem: Slowmotiongli – Shutterstock
As baleias também são animais que possuem o mecanismo uni-hemisférico. Dessa maneira, dormem com um olho aberto. É isso que afirma a revista americana de divulgação científica Discover Magazine.
Outra curiosidade sobre esse animal é que ele dorme enquanto nada, pois tem a necessidade de emergir à superfície de vez em quando para respirar.
As baleias são mamíferos marinhos que pertencem à ordem dos cetáceos, mas são divididas entre as que possuem barbatanas, chamadas de Mysticeti, e as que têm dentes, cujo nome é Odontocete.
Entre as suas características estão uma grossa camada de gordura para manter a temperatura corporal e guardar energia e o esqueleto parecido com o de grandes mamíferos terrestres. Elas podem ser encontradas em todos os oceanos do planeta.
3 – Golfinhos
Imagem: TungCheung/Shutterstock
Segundo o Discover Magazine, assim como as baleias, os golfinhos também utilizam o sistema uni-hemisférico para manter um lado ativo do cérebro e ficar com um olho aberto. Além disso, nadam enquanto dormem para auxiliar na respiração.
Animais marinhos muito fofos, os golfinhos também são da ordem Cetacea, mas da família Delphinidae. Eles estão em todos os oceanos e podem ser encontrados até em alguns rios. Além disso, possuem a capacidade de chegar até 40 km/h em seu nado e saltar no máximo 5 metros para fora da água.
Os golfinhos têm como característica os dentes, alimentam-se de lulas e peixes. O tamanho deles é de 1,5 metros a 10 metros e o peso de 50 kg a 7.000 kg. Sua estrutura é longa e fina, semelhante a um bico, mas a cabeça de alguns é mais quadrada.
4 – Peixe-boi-da-amazônia
Peixe-boi-da-amazônia – Imagem: Diego Grandi/ Shutterstock
O peixe-boi-da-amazônia, cujo nome científico é Trichechus inunguis, é outra espécie que consegue ter o sono mesmo com um lado do cérebro ativo. O motivo é a proteção contra possíveis predadores, além de ter a necessidade de descansar sem o risco de se afogar.
Esta é a menor espécie entre os peixes bois e, como o próprio nome indica, vive em grande parte dos rios da bacia Amazônica. O animal possui coloração acinzentada na parte de cima e manchas brancas e cinza na parte superior do corpo e rosada na barriga.
Uma diferença física dele para as outras espécies de peixe-boi é o fato de não ter unhas na ponta das nadadeiras.
5 – Tubarão-tabuleiro
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Uma espécie de tubarão cujo habitat são as águas costeiras da Nova Zelândia e Tasmânia, o tubarão-tabuleiro (Cephaloscyllium isabellum), tem como característica dormir com os dois olhos abertos. É o que indica uma pesquisa publicada na Biology Letters.
No estudo, os cientistas conseguiram observar a espécie aparentemente dormindo. Ao contrário de outros tubarões, ela não precisa continuar nadando para ventilar suas guelras, pois empurram a água de forma ativa sobre suas guelras e absorvem oxigênio mesmo paradas.
A equipe fez uma análise do metabolismo do animal durante 24 horas. Em períodos de descanso de cinco minutos ou mais, foi notada uma redução de oxigênio, o que mostra que os animais estavam dormindo. E, especificamente à noite, eles mantinham os olhos abertos frequentemente mesmo dormindo.
6 – Patos
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De acordo com o The Daily Guardian, os patos são espécies de pássaros que dormem com um olho aberto. Eles são dotados do mesmo fenômeno uni-hemisférico de outros animais. Dessa forma, mesmo enquanto descansam, conseguem detectar perigos se aproximando.
Patos são aves aquáticas, mas que também conseguem andar na terra. Estes animais são encontrados em diversos locais do mundo, costumando migrar de um lugar para o outro voando em longas distâncias.
Como características físicas está a robustez e pés que ficam na parte de trás do corpo, além de membranas natatórias. Além disso, podem chegar a 85 cm de comprimento.
Entretanto, o Bruno Simões, pesquisador da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, disse que tem como palpite que “o cérebro reptiliano de uma cobra permite que ela durma com os olhos abertos. Este pode ser outro mecanismo de proteção importante, o equivalente para a cobra dormir com um olho aberto!”.
Mas como saber se a cobra está dormindo? Se ela estiver parada durante horas sem mover a língua e nem realizar nenhum outro tipo de movimento, mantendo a respiração lenta e profunda, isso significa que ela está em sono profundo.
Existem diversas espécies de cobras espalhadas no mundo inteiro e em qualquer habitat, menos na Antártica, cada uma delas com características específicas. Mas, até o momento, o que se sabe é que elas dormem de olhos abertos.
8 – Sapos
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Conforme informações do Mr. Amphibian, um site especializado em conteúdos sobre anfíbios, os sapos, que são seres anfíbios, passam por uma espécie de sono cataléptico, um estado de sono que pode durar horas durante o dia, deixando os olhos do animal abertos.
Assim como as cobras, existem diversos tipos de sapos. Eles podem ser encontrados em várias partes do mundo, com exceção de locais muito frios. Os habitats naturais deles são riachos, lagoas, brejos e igarapés.
A Lua, com suas fases e luminosidade, influencia não apenas as marés e os ciclos terrestres, mas também o comportamento de diversos animais. Algumas espécies alteram seus hábitos de acordo com a luminosidade lunar, seja para se proteger de predadores, para se reproduzir ou para se orientar.
Confira abaixo seis animais que mudam de comportamento sob a luz da Lua.
6 animais que mudam de comportamento nas fases da Lua
O coelho-europeu é um pequeno mamífero de pelagem marrom-acinzentada, com orelhas longas e patas traseiras robustas. Ele vive na Europa, especialmente na Escócia e em outras regiões temperadas.
Esses animais são mais ativos durante a Lua nova, quando a noite está mais escura. Esse comportamento é uma adaptação para evitar predadores, como raposas e doninhas, que dependem da visão para caçar.
Durante a Lua cheia, eles tendem a se esconder em tocas ou áreas de vegetação densa.
Esse pequeno morcego frugívoro, com focinho alongado e patas adaptadas para voo ágil, vive na Nova Guiné e regiões próximas.
Durante a Lua cheia, esses morcegos atrasam sua saída dos abrigos, provavelmente para evitar predadores como corujas, que caçam com base na visão.
Além disso, eles entram em torpor (estado de inatividade) quando a temperatura está baixa ou quando há escassez de alimento.
Libélulas (Povilla adusta)
Libélulas (Povilla adusta) / Crédito: sem autor (biodiversity4all /reprodução)
As libélulas são insetos aquáticos com asas transparentes e corpo alongado, vivendo no Lago Vitória, na África Oriental. Elas sincronizam seu acasalamento com a Lua cheia.
Dois dias após a Lua cheia, emergem em grandes números da fase larval para a fase adulta, com um ciclo de vida extremamente curto (apenas 1 a 2 horas).
A luz da Lua ajuda na localização de parceiros e na realização rápida do acasalamento.
Besouro-de-esterco africano (Scarabaeus zambesianus) / Crédito: sem autor (biodiversity4all /reprodução)
Esse besouro de cor escura, com pernas adaptadas para rolar bolas de esterco, vive na África, especialmente em regiões de savana.
Ele usa o padrão de polarização da luz da Lua cheia para se orientar enquanto rola bolas de esterco. Essa habilidade o ajuda a manter uma trajetória reta, evitando competidores e predadores.
Em noites sem Lua, ele depende da Via Láctea ou de estrelas brilhantes para se orientar.
Essa pequena ave, de cerca de 15 cm de comprimento, possui plumagem marrom e branca, com uma distintiva sobrancelha branca. Ela vive no Deserto de Kalahari, na África do Sul.
Durante as noites de Lua cheia, os machos começam a cantar mais cedo ao amanhecer, prolongando suas performances. Em noites de Lua nova, o canto começa mais tarde e é mais curto.
Gnu (Connochaetes taurinus)
Gnu (Connochaetes taurinus) / Crédito: Chris Eason(wkimedia/reprodução)
O gnu é um mamífero de grande porte, com chifres curvados, corpo robusto e pelagem marrom-acinzentada. Pode pesar até 270 kg e medir cerca de 1,5 metro de altura.
Ele habita a África, principalmente no Serengeti (Tanzânia) e no Quênia. Durante as noites de Lua nova, quando está mais escuro, os gnus tendem a se manter em áreas seguras, evitando locais onde predadores como leões podem atacar.
Já nas noites de Lua cheia, quando há mais luz, eles se aventuram mais, explorando áreas mais perigosas para se alimentar.