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Por que os gatos são considerados um mistério para a ciência?

Nas últimas décadas, a medicina veterinária conseguiu avanços enormes, permitindo que animais recebam tratamentos cada vez mais avançados. No entanto, isso não é exatamente verdade em relação aos gatos.

De acordo com pesquisadores, o interesse no estudo dos felinos é muito menor do que os dos cachorros, por exemplo. Este cenário fez com que estas criaturas sejam consideradas um mistério até hoje para a ciência.

Cães e gatos metabolizam medicamentos de forma diferente

  • Historicamente, muitos veterinários trataram gatos como se fossem cães pequenos, utilizando testes e tratamentos desenvolvidos para pacientes caninos no cuidado dos felinos.
  • Isso pode ser explicado pelo fato de que os donos de animais levam os cães ao veterinário com mais frequência do que levam os gatos.
  • Mesmo na faculdade de veterinária, onde os alunos treinam para várias especialidades, os cães há muito tempo são a referência padrão.
  • Com o tempo, no entanto, ficou cada vez mais evidente que o que funciona para um pode ser inútil, ou prejudicial, para o outro.
  • Isso porque cães e gatos metabolizam medicamentos de forma diferente, o que faz com que alguns remédios sejam tóxicos para os felinos.
Gatos e cachorros são muito diferentes (Imagem: Andrew S/Unsplash)

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Comportamento felino dificulta identificação de problemas

Outra dificuldade diz respeito ao próprio comportamento dos animais. Os gatos são mestres em mascarar seus sintomas. Além disso, os sinais de doenças podem se manifestar de forma diferente em relação aos cães, dificultando o diagnóstico.

Em cachorros com artrite, por exemplo, geralmente o hábito de mancar ao caminhar, o que é fácil de notar durante os passeios, indica o problema. Já os gatos continuam andando normalmente e podem apresentar como sintomas pular no sofá com menos frequência ou parecer mais irritadiços.

É mais difícil detectar doenças em felinos (Imagem: Julia Cherk/Shutterstock)

Para mudar este cenário, pesquisadores estão tentando mapear o DNA dos felinos. Mas, ao contrário dos cães, os gatos tendem a ser altamente relutantes em doar saliva. Por isso, os pesquisadores estão investigando se podem sequenciar o genoma usando apenas alguns fios de pelo coletados com um pente.

Os dados resultantes deste trabalho podem abrir caminho para uma melhor compreensão do funcionamento dos corpos dos gatos e do que fazer quando algo dá errado. As informações são do The New York Times.

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Vídeo: dezenas de enguias fazem um raro encontro na Nova Zelândia

Uma equipe de pesquisadores da expedição Edges of Earth documentou um encontro considerado raro com cerca de 30 enguias. O avistamento ocorreu antes do grupo de animais realizar uma migração de mais de 1.600 quilômetros até Tonga.

Os cientistas explicam que as enguias-de-barbatana-longa (Anguilla dieffenbachii) são as maiores enguias de água doce endêmicas da Nova Zelândia. O registro recente serve para ajudar a proteger os animais e aprofundar o conhecimento sobre o ciclo de vida deles.

Longa e única migração

As enguias-de-barbatana-longa vivem entre 25 e 80 anos em rios, lagos e pântanos antes de iniciarem uma única migração para se reproduzir. Ao chegarem a Tonga, as fêmeas depositam seus ovos em águas profundas, onde são fertilizados pelos machos.

Em seguida, as criaturas adultas morrem, completando seu ciclo de vida. Já as larvas eclodem e iniciam uma jornada de retorno à Nova Zelândia, sendo transportadas pelas correntes oceânicas até que possam se estabelecer novamente em habitats de água doce.

Estes animais também são conhecidos por sua longevidade e grande porte, podendo atingir mais de 1,5 metro de comprimento e pesar até 25 kg. Elas possuem uma pele lisa e viscosa, com coloração variando entre marrom-escuro e preto, o que lhes proporciona uma camuflagem eficiente nos ambientes aquáticos.

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Animais correm risco de extinção

  • Outra característica marcante das enguias é a adaptação notável para viver em ambientes diversos, podendo sobreviver em condições de baixa oxigenação.
  • Apesar disso, sua população está em declínio devido à perda de habitat, pesca excessiva e mudanças ambientais.
  • Especialistas alertam que a conservação da espécie é essencial para evitar sua extinção e garantir o equilíbrio dos ecossistemas de água doce.
  • Por isso, o novo registro pode ajudar a criar novos métodos para garantir a sobrevivência destas fascinantes criaturas.

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Nova IA pode ‘traduzir’ emoções de animais

O uso da inteligência artificial pode abrir caminho para decifrar os sentimentos de animais. Esta é a conclusão de um novo estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

A equipe levou em conta fatores como a duração, distribuição de energia, frequência e modulação da amplitude destes padrões vocais. A partir disso, segundo os cientistas, foi possível desenvolver um modelo IA com alta capacidade de precisão.

Padrões vocais dos animais foram divididos em duas categorias

  • O trabalho analisou milhares de vocalizações de sete espécies diferentes mamíferos herbívoros com cascos: vacas, ovelhas, cavalos, cavalos de Przewalski, porcos, javalis e cabras.
  • Os pesquisadores, então, classificaram os padrões vocais dos animais em duas categorias: estados emocionais positivos e negativos. 
  • De acordo com a equipe, foi possível notar que os padrões eram consistentes entre as diferentes espécies.
  • Isso sugere que a expressão básica das emoções foi conservada durante a evolução dos animais. 
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista iScience.
Modelo de IA apresentou 89,49% de precisão ao identificar os padrões vocais (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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IA pode monitorar as emoções dos animais em tempo real

Os pesquisadores afirmaram que o modelo de IA apresentou 89,49% de precisão ao identificar os padrões vocais. Eles defendem que a técnica pode ser usada para desenvolver ferramentas que monitorem as emoções dos animais em tempo real.

Os autores disponibilizaram publicamente o banco de dados das vocalizações, categorizadas como “chamados emocionais”. O objetivo de tornar os dados de acesso aberto é acelerar a pesquisa sobre como a IA pode nos ajudar a entender melhor os animais e melhorar seu bem-estar.

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Entender o que os animais estão sentindo pode ajudar a aumentar a produtividade (Imagem: Parilov/Shutterstock)

Os próprios cientistas destacam que saber o que os animais estão sentindo ou “falando” pode ser muito útil. Isso permitira, por exemplo, a adoção de melhores cuidados veterinários e também poderia ajudar na conservação de algumas espécies.

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Perereca-assobiadora: conheça o anfíbio que tem canto alto e estridente

A perereca-assobiadora, cujo nome científico é Eleutherodactylus johnstonei, é um anfíbio que ganhou destaque nacional após ser mencionada em uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Originária das ilhas do Caribe, como Porto Rico e Trinidad e Tobago, essa pequena criatura, medindo cerca de 4 cm, é conhecida por seu canto alto e estridente, que se assemelha a um assobio.

A questão da prova ENEM, aplicada em novembro de 2024, mencionava a perereca-assobiadora e a problemática do seu canto em áreas urbanas, explorando conceitos de ecologia e adaptação. A prova gerou debates sobre a necessidade de controle da espécie e o impacto de sua presença no ambiente urbano.

A pergunta usava como base um texto jornalístico de 2014 que explicava que moradores do bairro Brooklin, em São Paulo, estavam sofrendo com o som desses animais durante a noite, um canto estridente emitido por esses animais.

Durma com um barulho desse: o que falta em tamanho, sobra na potência do som emitido pela a perereca-assobiadora (Imagem: Jay Ondreicka / Shutterstock)

Os alunos foram desafiados a identificar o motivo pelo qual as pererecas-assobiadoras geram esse som em quantidade exagerada no período noturno. E a resposta certa você confere na explicação a seguir.

Perereca-assobiadora: conheça o anfíbio barulhento que virou questão do ENEM

O canto da perereca-assobiadora é utilizado pelos machos para atrair as fêmeas durante a época de acasalamento, que ocorre de outubro a fevereiro. O som, que pode ser ouvido a longas distâncias, é considerado alto e incômodo por alguns moradores de áreas urbanas, onde a espécie se proliferou.

Esses anfíbios preferem ambientes úmidos, como jardins, quintais e áreas próximas a corpos d’água parada, onde se reproduzem. A fêmea deposita seus ovos em locais úmidos, e os girinos se desenvolvem fora da água, já nascendo pequenas pererecas.

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A perereca-assobiadora foi introduzida no Brasil de forma acidental, provavelmente através do comércio de plantas ornamentais. Sua presença foi identificada em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói, causando incômodo aos moradores devido ao seu canto barulhento.

A perereca-assobiadora é considerada uma espécie invasora, já que sua introdução causou desequilíbrios ecológicos em alguns ambientes. Apesar do incômodo causado por seu canto, a perereca-assobiadora não representa riscos à saúde humana.

A espécie é utilizada em pesquisas científicas para entender como os anfíbios se adaptam a ambientes urbanos e como o ruído afeta seu comportamento.

Portanto, a alternativa correta era a que afirmava que o som é utilizado para “atrair fêmeas para o acasalamento”. Essa questão gerou discussões entre os candidatos, que se mostraram intrigados com a conexão entre a biologia dos anfíbios e a vida urbana. Ouça a perereca-assobiadora neste vídeo:

Soluções para o problema em centros urbanos

O controle da perereca-assobiadora em centros urbanos é um desafio complexo, que envolve a busca por soluções eficazes e ambientalmente corretas. Algumas medidas que podem ser consideradas incluem:

  • Manejo do habitat: reduzir a disponibilidade de locais úmidos, como eliminar recipientes com água parada e manter jardins e quintais limpos, pode dificultar a reprodução da espécie.
  • Controle biológico: introduzir predadores naturais da perereca-assobiadora, como cobras e aves de rapina, pode ajudar a controlar sua população. No entanto, é importante avaliar cuidadosamente os riscos de introduzir novas espécies em um ecossistema, para evitar desequilíbrios ecológicos.
  • Educação ambiental: conscientizar a população sobre a importância da perereca-assobiadora para o equilíbrio ecológico e a necessidade de evitar sua proliferação em áreas urbanas pode ser uma medida eficaz a longo prazo.
  • Métodos de captura: utilizar armadilhas e outros métodos de captura para remover as pererecas de áreas urbanas pode ser uma solução paliativa, mas não resolve o problema em sua raiz.
Perereca-assobiadora, cujo nome científico é Eleutherodactylus johnstonei
Embora seja considerada uma espécie invasora, a perereca-assobiadora foi introduzida a novos locais por intervenção humana (Imagem: Don Loarie / Wikimedia Commons)

Para saber mais sobre o universo deste e de outros anfíbios, você pode pesquisar nas plataformas online, como Ciência Hoje e Biota.

Tem pererecas no Brasil?

Sim, existem diversas espécies de pererecas no Brasil, com uma rica diversidade de cores, tamanhos e hábitos. Algumas das mais conhecidas incluem:
Perereca-verde (Litoria caerulea), uma das mais conhecidas e maiores pererecas da América do Sul, com coloração verde vibrante e listras brancas. Apesar de ser muito comum no Brasil, é nativa da Austrália e da Nova Guiné.
Perereca-arborícola (Hypsiboas albopunctatus), comum em áreas de Mata Atlântica, possui coloração marrom e listras douradas.
Perereca-de-capacete (Aplastodiscus perviridis), possui um “capacete” ósseo na cabeça e coloração verde ou marrom.

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Bons de briga: confira o top 10 das aves mais agressivas do mundo

O mundo animal pode ser belo, desafiador ou brutal e até entre os pássaros também existem brigas, então resolvemos descobrir quais são as aves mais agressivas do planeta. Se você, assim como eu, é fã do filme “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock, já pode fazer uma ideia do que as aves são capazes. E, quem não é fã, mas ficou assustado com a história, também.

O fato é que a agressividade em animais é um conceito complexo e relativo. O que pode ser considerado agressivo para nós, humanos, pode ser simplesmente um comportamento natural de defesa ou dominação para uma ave.

Além disso, a agressividade pode variar dependendo de fatores como época de reprodução, disponibilidade de alimento e interações sociais. Muitas das aves consideradas agressivas estão simplesmente defendendo seus territórios, suas fontes de alimento ou seus filhotes.

Dito isso, vale explicar que a lista das 10 aves mais agressivas do mundo foi elaborada com base em uma combinação de fatores científicos e observações comportamentais. Os conceitos utilizados foram baseados no comportamento animal, na compreensão dos ecossistemas onde essas aves vivem, suas dietas e interações com outras espécies e em características fisiológicas, como tamanho, força de garras e bicos, adaptações para caça e, por fim, observações em campo no habitat natural das aves.

Já os critérios utilizados para a seleção levaram em conta a agressividade durante a defesa do território, comportamento predatório e social e potenciais ameaças aos humanos.

Não espere ver um ranking matematicamente cravado e classificatório. Há limitações na lista, como a subjetividade, já que a classificação de uma ave como “agressiva” pode variar dependendo do observador. Dito isso, vamos à lista!

Lista: as 10 das aves mais agressivas do mundo

1- Águia-marcial

A águia-marcil é uma maioers águias do mundo e seu porte amedronta quem se aproxima de seu território (Imagem: Arab / Shutterstock)

A águia-marcial (Polemaetus bellicosus) é a maior águia da África, com garras poderosas e um bico afiado. Caça grandes mamíferos, como antílopes e babuínos. É extremamente territorial e defende seu ninho com ferocidade.

Sua reputação se deve a uma combinação de fatores, incluindo seu tamanho imponente, garras poderosas e um comportamento de caça extremamente agressivo, que pode causar ferimentos graves em animais muito maiores que ela, como antílopes e jovens zebras.

É uma das maiores águias do mundo, com uma envergadura que pode chegar a 2,6 metros, possui corpo musculoso e garras poderosas.

Os ninhos de águia-marcial são construídos em locais altos e inacessíveis, mas a águia não hesita em atacar qualquer intruso que se aproxime. Também pode entrar em conflito com outras aves de rapina, como águias-coroadas, por território e recursos.

A águia-marcial frequentemente escolhe savanas com árvores dispersas como seu habitat, pois oferecem uma boa visibilidade para caçar e locais altos para construir seus ninhos. As bordas de florestas, especialmente aquelas que se conectam com áreas abertas, são habitats importantes.

A agressividade da águia-marcial é uma adaptação evolutiva que lhe permite sobreviver em um ambiente competitivo. Ao ser agressiva, ela garante acesso a alimentos, protege seu território e garante a sobrevivência de seus filhotes.

2- Harpia ou Gavião-Real

A Harpia, também conhecida como Gavião-Real é uma das aves mais agressivas do mundo
Quem tiver coragem de encarar um olhar desses da Harpia vai ter que ser bom de briga
(Imagem: Diego Grandi / Shutterstock)

A harpia (Harpia harpyja), também conhecida como Gavião-Real, é a maior águia das Américas, com garras poderosas e um bico forte capazes de agarrar e levantar presas pesadas, como preguiças adultas, macacos e outros animais de médio porte.

É solitária e altamente territorial. Defende seu território com ferocidade, atacando outros animais, incluindo humanos, ao se sentir ameaçada. A harpia pode atingir até 1 metro de altura e 2,5 metros de envergadura, com um peso que pode ultrapassar os 9 kg.

Assim como outras aves de rapina, a harpia possui uma visão excepcional, permitindo que ela localize suas presas em meio à densa floresta. Habita as florestas tropicais da América Central e do Sul, preferindo áreas de baixa altitude com árvores altas e densas. No Brasil, pode ser encontrada em algumas regiões da Amazônia e da Mata Atlântica.

3- Águia-real

Águia-real, a mais conhecida e uma das mais agressivas do mundo
A força e majestosidade da águia-real a tornaram um símbolo de poder e liberdade em diversas culturas
(Imagem: Tomas Hulik ARTpoint / Shutterstock)

A águia-real (Aquila chrysaetos) é uma das águias mais conhecidas e admiradas do mundo, com uma envergadura impressionante, que pode chegar a 2,5 metros. É uma ave de grande porte que possui garras poderosas e um bico afiado, adaptados para capturar e dilacerar suas presas. A visão é excepcional, permitindo que ela localize presas a grandes distâncias.

Caça uma variedade de presas, desde lebres até raposas. É altamente territorial e defende seu ninho com ferocidade. Ataca com suas garras poderosas e bico afiado, podendo causar ferimentos graves em outros animais.

A águia-real habita uma grande variedade de habitats no Hemisfério Norte, incluindo montanhas, florestas, tundras e áreas costeiras. Ela é uma ave adaptável e pode ser encontrada em diferentes altitudes, desde o nível do mar até regiões montanhosas.

4- Casuar

Casuar, grande pássaro preto incapaz de voar, que habita região da Austrália e Nova Guiné
O casuar impressiona pelo tamanho e aparência pré-histórica que surpreendem quem o encontra
(Imagem: Martin Pelanek / Shutterstock)

O casuar (Casuarius) é uma ave grande e não voadora nativa das florestas tropicais da Austrália e da Nova Guiné. Conhecido por sua aparência exótica e temperamento agressivo, o casuar é uma das aves mais perigosas do mundo – e, infelizmente, também está ameaçada de extinção.

Pode atingir até 1,80 m de altura e pesar mais de 60 kg, tornando-se uma das maiores aves do mundo. Suas penas são ásperas e semelhantes a pelos, o que lhe confere uma aparência pré-histórica. Possui um casco ósseo no topo da cabeça, que serve como capacete e arma.

Suas garras são extremamente afiadas e poderosas, capazes de infligir ferimentos graves  e seu chute pode ser fatal. Ataques a humanos são raros, mas quando ocorrem, geralmente são provocados por pessoas que se aproximam demais de seus ninhos ou filhotes.

O casuar é altamente territorial e defenderá seu território com ferocidade, principalmente durante a época de reprodução, já que são especialmente protetores de seus ninhos e filhotes. Se um casuar se sentir ameaçado, ele pode atacar sem hesitação.

Para se proteger, se você avistar um casuar, mantenha uma distância segura. Evite fazer movimentos bruscos ou emitir ruídos altos que possam assustar o animal (os casuares são rápidos e podem correr a uma velocidade de 50 km/h). Não os alimente, alimentar animais selvagens pode alterar seu comportamento natural e torná-los mais agressivos.

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5-  Emu

Dois emus (Dromaius novaehollandiae) na paisagem seca do outback da Austrália Ocidental, Caminhando um ao lado do outro
O emu só perde em tamanho para o avestruz, mas de resto são muito parecidos
(Imagem: Gaspar Schlageter / Shutterstock)

O emu (Dromaius novaehollandiae) é a segunda maior ave do mundo, atrás apenas do avestruz. Nativo da Austrália, o emu é um símbolo icônico da fauna australiana, conhecido por sua altura, velocidade e temperamento.

Pode atingir até 2 metros de altura e pesar mais de 50 kg. Suas penas são macias e sem barbatanas, semelhantes a pelos, o que lhe confere uma aparência única. Possui pernas longas e poderosas, que lhe permitem correr a velocidades de até 50 km/h. E suas garras afiadas que podem causar ferimentos graves.

O emu habita uma variedade de habitats na Austrália, incluindo savanas, bosques e desertos. Eles são bem adaptados a diferentes condições climáticas e podem percorrer longas distâncias em busca de alimento e água.

É um animal onívoro, alimentando-se de uma variedade de alimentos, como folhas, frutas, sementes e pequenos animais invertebrados.

Embora possam formar pequenos grupos, os emus são geralmente aves solitárias. Apesar de serem aves, os emus são bons nadadores e podem cruzar rios e lagos.

6- Avestruz

Um avestruz (Struthio camelus) no safári da Reserva Nacional Masai Mara, no sudoeste do Quênia
Apesar do tamanho, o avestruz é uma ave pacífica, mas não dispute uma corrida com ele
(Imagem: Amy Nichole Harris / Shutterstock)

O avestruz (Struthio camelus) é a maior ave viva do mundo e uma das mais fascinantes. Nativo das savanas da África, o avestruz é conhecido por sua altura, velocidade e algumas características únicas.

O avestruz pode atingir até 2,7 metros de altura e pesar mais de 150 kg. Possui pernas longas e poderosas, que lhe permitem correr a velocidades de até 70 km/h. Suas penas são macias e sem barbatanas, semelhantes a pelos. As asas do avestruz são pequenas e não servem para voar, mas ajudam na estabilidade durante a corrida.

É um animal onívoro, alimentando-se de plantas, invertebrados e pequenos vertebrados (ocasionalmente, podem caçar pequenos animais). Apesar de ser uma ave inesperada nesta lista, seu comportamento tranquilo pode transformá-lo, sim, em uma das aves mais agressivas do mundo.

Os avestruzes vivem em grupos, chamados de tropas. Embora sejam geralmente pacíficos, os avestruzes podem se tornar agressivos quando se sentem ameaçados, especialmente durante a época de reprodução. Suas poderosas pernas e garras podem causar ferimentos graves.

7- Abutre-barbudo (Quebra-ossos)

Abutre gigante voando
O abutre-barbudo é uma ave de rapina muito forte e não é a toa que também é conhecido como quebra-ossos (Imagem: antoniocm / Shutterstock)

O abutre-barbudo ou também conhecido como quebra-ossos (Gypaetus barbatus) é uma ave de rapina de grande porte, conhecida por sua dieta especializada e comportamento único. Apesar de seu nome, a maior parte de sua dieta consiste em carcaças, mas sua força e adaptação permitem que ele quebre ossos para acessar a medula óssea, rica em nutrientes.

O quebra-ossos é uma ave de grande porte, com uma envergadura que pode chegar a 2,8 metros. Seu bico é grande, forte e curvo, ideal para quebrar ossos. Suas patas são robustas, com garras fortes para agarrar e manipular grandes ossos.Possui uma pelagem densa e espessa, que o protege do frio em grandes altitudes.

Habita regiões montanhosas da Europa, Ásia e África, onde encontra as condições ideais para sua dieta especializada. Ele prefere áreas com penhascos e falésias, onde pode construir seus ninhos e ter uma boa visão para localizar carcaças.

A dieta do quebra-ossos consiste principalmente de carcaças de animais mortos, como ovelhas, cabras e outros grandes mamíferos. É capaz de quebrar ossos grandes e pesados, utilizando seu bico e garras poderosas. A medula óssea é a parte mais nutritiva dos ossos e é a principal fonte de alimento para o quebra-ossos.

Para quebrar os ossos, o quebra-ossos utiliza uma técnica precisa. Ele eleva o osso a uma grande altura e o solta sobre uma superfície dura, como uma rocha. A força do impacto quebra o osso em pedaços menores, permitindo que a ave acesse a medula óssea.

8- Coruja-grande-cinzenta

Poderosa ave de rapina, coruja-cinzenta, (Strix nebulosa) pousando com as asas abertas caçando sua presa na floresta de taiga finlandesa
Ela é linda, mas discreta e silenciosa, a coruja-grande-cinzenta prefere o silêncio da noite para caçar
(Imagem: Kersti Lindstrom / Shutterstock)

A coruja-grande-cinzenta (Strix nebulosa) é uma das maiores corujas do mundo, conhecida por sua plumagem macia e discreta, que a camufla perfeitamente em seu habitat. Apesar de seu tamanho imponente, essa coruja é um predador noturno solitário e bastante discreto.

Com uma envergadura que pode ultrapassar 152 cm, a coruja-grande-cinzenta é uma das maiores corujas do mundo. Sua plumagem é predominantemente cinza, com manchas e listras mais claras, proporcionando uma excelente camuflagem nas florestas onde vive.

Possui um disco facial grande e arredondado, que funciona como uma antena parabólica, direcionando os sons para seus ouvidos. Diferente de outras corujas, a coruja-grande-cinzenta não possui tufos de orelhas visíveis.

A coruja-grande-cinzenta habita florestas boreais, coníferas e mistas do norte da Eurásia e da América do Norte. Ela prefere áreas com árvores altas e densas, onde pode encontrar abrigo e caçar suas presas.

A dieta da coruja-grande-cinzenta é variada e inclui ratos, camundongos e lemingues, que são as suas principais presas. Também come pequenas e médias aves, como tordos e perdizes. Em algumas regiões, pode capturar peixes em pequenos lagos e rios.

É uma ave solitária, exceto durante a época de reprodução. Caça principalmente durante a noite, utilizando sua excelente visão e audição para localizar suas presas. É muito silenciosa, o que facilita sua caça e a torna difícil de ser detectada.

9- Falcão-peregrino

Falcão peregrino em pleno voo, o animal mais rápido do mundo
O voo do falcão peregrino pode atingir mais de 300 km/h (Imagem: McevoyKM / Shutterstock)

O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é uma das aves mais rápidas do mundo, famosa por suas incríveis habilidades de voo e caça. Sua velocidade em mergulho pode chegar a mais de 320 km/h, tornando-o um predador formidável.

É conhecido por sua velocidade incrível, que utiliza para capturar suas presas em pleno voo. Sua visão é cerca de oito vezes mais aguçada que a dos humanos, permitindo-lhe localizar presas a grandes distâncias.

O falcão-peregrino é uma espécie altamente adaptável, podendo ser encontrada em diversos habitats, desde montanhas até áreas urbanas, sendo encontrado em todos os continentes, exceto na Antártida. Ele prefere habitats abertos, como falésias, montanhas e áreas costeiras, onde pode encontrar suas presas. No entanto, devido à sua adaptabilidade, também pode ser encontrado em grandes cidades, nidificando em edifícios altos.

A dieta do falcão-peregrino consiste principalmente de aves, como pombos, pardais e outras aves migratórias. Ele caça em alta velocidade, atingindo suas presas em pleno voo com suas poderosas garras. A sua agressividade está intrinsecamente ligada à sua natureza predatória. Para garantir a sobrevivência, ele precisa ser um caçador eficiente e defender suas presas.

A caça do falcão-peregrino é um espetáculo da natureza. Ele localiza sua presa a grande distância, mergulha em alta velocidade e a captura com suas garras afiadas. A força do impacto da colisão geralmente mata a presa instantaneamente.

10- Cisne branco

Dois cisnes brancos cortejam as fêmeas na primavera, no Mar Negro
Associado à beleza, elegância e docilidade, o cisne branco está entre as aves mais agressivas do mundo (Imagem: Oleg Kovtun Hidrobio / Shutterstock)

O cisne branco (Cygnus olor), com sua plumagem imaculada e elegância, é frequentemente associado à beleza e à serenidade. No entanto, essa ave aquática esconde um lado mais agressivo, especialmente durante a época de reprodução.

Cisnes brancos são altamente territoriais, especialmente durante a época de reprodução, quando defendem seus ninhos e filhotes de intrusos. Seus pescoços longos e fortes, juntamente com suas asas poderosas, são armas eficazes para afastar predadores e outros intrusos.

Em locais com recursos limitados, como lagos pequenos, os cisnes brancos podem competir por alimento e território, levando a confrontos agressivos. Os pares de cisnes costumam ser muito unidos e defendem um ao outro de qualquer ameaça.

Durante a época de reprodução, os cisnes brancos são especialmente protetores de seus ninhos e filhotes. Nessa época, eles podem atacar qualquer um que se aproxime de seu território, incluindo humanos.

Se você avistar um cisne branco, especialmente durante a época de reprodução, mantenha uma distância segura. O contato visual pode ser interpretado como uma ameaça por um cisne. Alimentar animais selvagens pode alterar seu comportamento natural e torná-los mais agressivos.

Evite perturbar o habitat dos cisnes, como seus ninhos e áreas de alimentação. O cisne branco é nativo da Eurásia e pode ser encontrado em lagos, rios e áreas costeiras. Em algumas regiões, como a América do Norte, foi introduzido e se adaptou bem a novos ambientes.

Qual a ave mais perigosa do mundo?

Quando se pensa em aves perigosas, o casuar é o primeiro que vem à mente. Seu tamanho imponente e suas características físicas intimidantes contribuem para essa fama. Mesmo que os ataques sejam raros, quando ocorrem, tendem a ser noticiados, reforçando a imagem do casuar como uma ave perigosa. O casuar não tem medo de humanos e pode atacar sem hesitação se se sentir ameaçado.
Apenas um dos pés do casuar, considerada uma das aves mais agressivas do mundo

Você encontra mais informações e outras aves em plataformas como a eBird e xeno-canto, National Geographic e em revistas especializadas como Science e Nature.

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