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Marge Simpson no Egito Antigo? Relembre o caso do caixão milenar

A série americana Os Simpsons é uma das mais famosas do mundo. Não só pelas suas 36 temporadas (que foram renovadas por mais 4), mas também pelo seu humor cativante e a impressionante habilidade de prever fatos do futuro.

Uma breve pesquisa na internet mostra vários dos acertos trazidos pela família amarela. Teve lançamento de filme, a aquisição de grandes empresas e até mesmo a vitória da Alemanha na Copa do Mundo de 2014…

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Um fato curioso é que os reis das previsões também teriam sido previstos. Pelo menos é isso que indica a descoberta de um caixão egípcio de 3.500 anos atrás que carrega consigo o desenho de… Marge Simpson.

É impossível não ver semelhanças entre essas duas figuras – Imagem: Reprodução Ministério do Turismo do Egito/20th Century Fox

O que sabemos sobre a descoberta

  • O objeto foi encontrado em um cemitério milenar na cidade de Minya, no Egito.
  • A equipe responsável por desenterrar o material acredita que o caixão tenha pertencido a altos funcionários e sacerdotes do Novo Reino, um período importante do Egito Antigo que vai de 1550 a.C. a 1069 a.C.
  • A múmia ali enterrada seria de Tadi Ist, filha do sumo sacerdote de Hermópolis Magna, uma das capitais daquela época.
  • Brincadeiras à parte, é claro que a imagem não representa a matriarca da família Simpson.
  • Os egípcios costumavam fazer pinturas nos seus caixões ou sarcófagos.
  • Seja dos próprios falecidos, de divindades ou cenas do “Livro dos Mortos”.
  • No caso dessa imagem especificamente, podemos perceber que existem outras figuras ao redor com uma espécie de pano azul na cabeça.
  • De acordo com especialistas, eram figuras de sumos sacerdotes.
  • Ou seja, o cabelo azul da mulher deitada seria, na verdade, esse pano esticado.
  • Independentemente disso, é admirável a semelhança entre a figura e Marge Simpson.
  • Seja pelo “cabelo azul”, a pele amarela ou pelo vestido tomara-que-caia verde.
  • Agora, fato é que o tema acabou ganhando ainda mais repercussão justamente por essa piada da internet de que a série conseguiria prever o futuro.
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Esfinges e pirâmides tudo bem, mas Marge Simpson no Egito Antigo é novidade – Imagem: AlexAnton/Shutterstock

As previsões do desenho

Falando nisso, a lista é extensa, mas vale a pena trazer algumas dessas histórias.

A vitória da Alemanha na Copa do Brasil, por exemplo. Um dos episódios da vigésima quinta temporada da série mostra Homer deixando seu trabalho na usina nuclear e virando o juiz da final do torneio. E quem vence o jogo? A Alemanha… Vale destacar que esse temporada foi ao ar nos EUA de 29 de setembro de 2013 a 18 de maio de 2014. Já a Copa no Brasil começou apenas em 12 de junho daquele ano.

Outro clássico dOs Simpsons foi a antecipação da compra da Fox pela Disney. No quinto episódio da décima temporada do desenho, isso em 1998, os artistas fizeram uma piada com o próprio estúdio responsável pela produção. Acontece que a piada se concretizou 20 anos depois, quando a Disney comprou a Fox, em 2018.

O acerto mais impressionante, porém, foi a vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Um dos episódios mais famosos da série é o que mostra Lisa Simpson chegando à presidência do país. É o décimo sétimo episódio da décima primeira temporada.

Os Simpsons, cena da temporada 11, episódio 17
O episódio de Lisa presidente é um dos mais importantes de todas as 36 temporadas da série – Imagem: Fox / Reprodução

Na história, Lisa precisa lidar com um rombo orçamentário deixado pelo presidente anterior – que é quem? Donald Trump. O mais incrível é que essa temporada data de 1999 e Trump só venceu as eleições em 2016. Naquela época, aliás, o então empresário e apresentador de TV não dava nenhum indício de que entraria para a vida pública.

Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 20/06/2024.

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Novas tumbas do Egito Antigo são descobertas; veja!

Apesar das várias décadas de estudos sobre o Egito Antigo, muitas construções feitas por esta civilização ainda precisam ser encontradas. Um exemplo disso é a recente descoberta de três tumbas que datam de mais de três mil anos.

Os locais foram encontrados dentro de um cemitério conhecido como Dra Abu el-Naga, que fica perto da moderna cidade de Luxor, antiga Tebas. Ali, os arqueólogos desenterram três esqueletos de homens que desempenharam diferentes funções na antiguidade.

Uma das tumbas foi reocupada anos depois

  • De acordo com um comunicado do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, os indivíduos não tinham relação com os governantes do Egito Antigo.
  • A primeira das tumbas pertence a um homem chamado “Amun-Em-Ipet” que serviu em um templo ou propriedade dedicada a Amon, um deus associado à antiga Tebas.
  • Ele teria vivido durante a 19ª dinastia (de 1295 a 1186 a.C.), época em que o Egito controlava um império que se estendia da Síria ao Sudão.
  • A construção contém um pequeno pátio, um corredor e uma câmara funerária.
  • Pinturas retratam banquetes, oferendas funerárias e uma procissão funerária.
  • Ainda de acordo com os cientistas, o túmulo foi reocupado por outros indivíduos e outro corredor foi construído anos mais tarde.
Pinturas encontradas em uma das tumbas (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

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Construções contam com pátios usados para rituais

As outras duas tumbas datam do início da 18ª dinastia (por volta de 1550 a 1295 a.C.). Uma delas é de um homem chamado Baki, que era supervisor de silos de grãos. Seu túmulo tem um pátio em forma de corredor que se conecta a um segundo pátio, que por sua vez tem uma entrada que leva a uma capela inacabada com um poço funerário.

A última construção pertence a um indivíduo chamado “Es”, que tinha vários títulos diferentes que indicam que ele era um escriba e supervisor em um templo de Amon. O túmulo tem um hall de entrada, um pequeno pátio e uma série de câmaras inacabadas, juntamente com um poço funerário.

Estátuas antigas também foram encontradas dentro das construções (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Os pesquisadores explicaram que o fato de todas as três tumbas terem pátios não é incomum. Estes espaços eram comuns nas construções do Novo Reino e tinham um propósito ritual, particularmente durante o funeral do falecido.

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Túmulos no Egito revelam representação visual mais antiga da Via Láctea

Combinando astronomia com egiptologia, o astrofísico Or Graur, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, investigou como o Egito antigo via a Via Láctea. Ele acredita ter encontrado a mais antiga representação visual da galáxia em imagens da deusa Nut, figura central da mitologia egípcia. 

Publicada na revista Journal of Astronomical History and Heritage, a descoberta conecta ciência moderna com crenças antigas para decifrar como o céu era retratado há milênios.

Nut é conhecida como a deusa do céu e aparece em muitos caixões e tumbas do Egito. Ela costuma ser mostrada como uma mulher arqueada, com o corpo cheio de estrelas, cobrindo o céu e protegendo a Terra abaixo. Segundo a mitologia, Nut engole o Sol ao anoitecer e o dá à luz novamente ao amanhecer, simbolizando o ciclo do dia. Era assim que os egípcios entendiam o funcionamento do Universo.

A deusa do céu, Nut, coberta de estrelas, erguida por seu pai, Shu, e arqueada sobre Geb, seu irmão, o deus da Terra. À esquerda, o Sol nascente (o deus com cabeça de falcão Re) sobe pelas pernas de Nut. À direita, o Sol poente navega por seus braços em direção aos braços estendidos de Osíris, que regenerará o Sol no submundo durante a noite. Crédito: EA Wallis Budge, Os Deuses dos Egípcios, Vol. 2 (Methuen & Co., 1904).

Pesquisador analisou mais de 500 túmulos milenares

Graur analisou 125 imagens de Nut em 555 sepulturas, algumas com quase cinco mil anos. Em uma delas, do caixão de Nesitaudjatakhet, cantora do deus Amon-Rá, algo chamou atenção: uma curva preta ondulada atravessando o corpo da deusa, do pé até as mãos. Estrelas aparecem tanto acima quanto abaixo dessa linha, como se ela dividisse o céu em duas partes. 

Para o cientista, essa curva pode ser uma representação da Grande Fenda – uma faixa escura de poeira que corta o brilho da Via Láctea quando observada da Terra. Segundo ele, a comparação entre essa pintura e uma foto real da galáxia mostra uma semelhança impressionante.

Imagens parecidas aparecem em outras quatro tumbas, inclusive no túmulo do faraó Ramsés VI. No teto de sua câmara funerária, Nut é desenhada duas vezes, separada por curvas onduladas douradas que atravessam suas costas. Essas formas não são comuns nas outras representações da deusa, o que reforça a ideia de que indicam algo especial – talvez a própria galáxia no céu noturno.

Nut, a deusa egípcia do céu, e figuras humanas representando estrelas e constelações do mapa estelar encontrado na tumba de Ramsés VI. Crédito: Hans Bernhard, GFDL-CC-BY-SA

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Imagens da Via Láctea mostram relação entre religião e astronomia no Egito Antigo

Graur faz uma distinção importante: para ele, Nut não é a Via Láctea em si, mas o céu como um todo. Elementos como o Sol, as estrelas e a própria galáxia são usados para decorar e ilustrar seu papel no universo. Em outras palavras, a Via Láctea ajuda a mostrar a grandeza da deusa, mas não a define.

Em um estudo anterior, publicado em 2024, Graur já havia comparado textos antigos – como os Textos das Pirâmides, os Textos dos Caixões e o Livro de Nut – com simulações modernas do céu do Egito. Ele sugeriu que, no inverno, a Via Láctea poderia marcar os braços de Nut, enquanto no verão, ela destacava sua espinha dorsal. Isso reforçava a ideia de Nut como o próprio céu.

As novas imagens analisadas agora acrescentam uma dimensão visual a essas ideias. Elas mostram que a arte egípcia pode ter sido uma forma de observar e registrar o cosmos, com símbolos que representam fenômenos reais. Segundo Graur, os desenhos pintam, literalmente, um novo quadro da relação entre religião e astronomia no Egito Antigo.

O interesse do cientista por Nut surgiu durante uma visita ao museu com suas filhas pequenas. “Elas ficaram encantadas com a figura da deusa arqueada e pediram para ouvir histórias sobre ela”, disse Graur em um comunicado. Essa curiosidade infantil acabou levando a uma pesquisa que une mitologia, ciência e imaginação através dos milênios.

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Ramsés III: achado histórico lança luz sobre rotas do Antigo Egito

Arqueólogos descobriram uma rara inscrição do faraó Ramsés III no sul da Jordânia. Os hieróglifos revelaram novas informações sobre as relações do Antigo Egito com a Península Arábica.

A equipe encontrou as marcações cravadas em uma rocha na Reserva de Wadi Rum, localizada perto da fronteira com a Arábia Saudita. Elas estão divididas em dois cartuchos: um com o nome de nascimento de Ramsés III e outro com seu nome de faraó. Essas informações confirmaram seu reinado sobre o Alto e Baixo Egito entre 1186 a.C. e 1155 a.C.

“Esta é uma descoberta histórica que aumenta nossa compreensão das conexões antigas entre o Egito, a Jordânia e a Península Arábica”, disse a Ministra do Turismo e Antiguidades da Jordânia, Lina Annab, em uma coletiva de imprensa.

As inscrições estão numa rocha entre a Jordânia e a Arábia Saudita. (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades da Jordânia)

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Egito e Arábia: uma antiga relação

O Ministério de Turismo e Antiguidades da Jordânia está conduzindo a pesquisa e as escavações. O projeto é parte de uma iniciativa maior de documentar evidências das campanhas militares e culturais de Ramsés III para além das fronteiras do Egito.

A Jordânia nunca foi parte do Império Egípcio, mas estava em diversas rotas de comércio entre o Egito, o Levante e a Arábia. Os hieróglifos descobertos podem revelar mais sobre a relação entre essas regiões.

“A descoberta é crucial. Ela pode abrir caminho para uma compreensão mais profunda das interações do Egito com o sul do Levante e a Península Arábica há mais de 3.000 anos”, disse o Dr Zahi Hawass, arqueólogo e ex-ministro do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

Ramsés III entrou para a história por defender o Egito contra invasores, principalmente os chamados Povos do Mar, e pela construção de grandes projetos. Sua história foi marcada pela batalha do Delta, quando o faraó derrotou os invasores marítimos.

Uma análise mais profunda do artefato está em processo — com a possibilidade de mais escavações no local. A equipe irá lançar um panorama maior da descoberta assim que o estudo estiver completo.

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Porta rosa gigante de 4.400 anos revela túmulo de príncipe egípcio

Uma nova descoberta arqueológica movimentou o mundo da egiptologia. Pesquisadores encontraram o túmulo de um antigo príncipe egípcio com cerca de 4.400 anos em Saqqara, uma vasta necrópole perto de Cairo, capital do Egito.

O grande destaque do achado foi uma porta “falsa” de granito rosa de proporções impressionantes, que os antigos egípcios acreditavam ser um portal entre o mundo dos vivos e o além.

Túmulo é de príncipe desconhecido

O túmulo pertence ao príncipe Userefre, filho do faraó Userkaf, que reinou por volta de 2465 a 2458 a.C., durante a V dinastia do Egito Antigo. A descoberta é tão recente que, como explica o egiptólogo Ronald Leprohon, da Universidade de Toronto, “antes desta descoberta, nem sabíamos que ele existia”.

O nome do príncipe, segundo o especialista, pode ter significado “Rá é poderoso”, em referência ao deus sol Rá, figura central na mitologia egípcia.

Porta falsa de 4,5 metros

A tal porta falsa, feita de granito rosa, mede cerca de 4,5 metros de altura por 1,2 metro de largura, conforme informações do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. Essas estruturas eram comuns nos túmulos da época, pois os antigos egípcios acreditavam que a alma dos falecidos podia usar essas passagens simbólicas para entrar e sair do mundo dos vivos, como explica um artigo do Museu Metropolitano de Arte de Nova York.

A gigantesca porta falsa do túmulo. Os antigos egípcios acreditavam que o espírito do falecido podia entrar e sair por ela. (Crédito da imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

O tamanho colossal e o material nobre da porta chamaram a atenção dos especialistas. Zahi Hawass, renomado egiptólogo e ex-ministro de antiguidades que lidera as escavações, destacou que “esta é a primeira vez que uma porta falsa como esta foi encontrada em Saqqara”.

Para Hawass, o status de príncipe e os importantes títulos que Userefre possuía justificam a construção de uma porta tão grandiosa. As inscrições na porta revelam que ele era um “príncipe hereditário”, além de “juiz”, “ministro” e “governador” de duas regiões.

Hieróglifos esculpidos encontrados dentro do túmulo.(Crédito da imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Melanie Pitkin, curadora sênior do Museu Chau Chak Wing da Universidade de Sydney, ressaltou a raridade do material: “Naquela época, as portas falsas eram mais comumente feitas de calcário, um recurso abundante no Egito. Como o granito rosa e vermelho era extraído e transportado de Aswan, cerca de 644 km ao sul, era mais caro e reservado à realeza”.

Próximo à porta, os arqueólogos encontraram uma mesa de oferendas feita de granito vermelho. Ronald Leprohon explica que os antigos egípcios costumavam deixar alimentos nessas mesas, acreditando que o falecido poderia “magicamente” se alimentar das oferendas.

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Túmulo pode ter sido reutilizado

Uma reviravolta interessante na história do túmulo é que ele parece ter sido reutilizado durante a XXVI dinastia (cerca de 688 a 525 a.C.). Nessa época, uma estátua representando o rei Djoser (que reinou por volta de 2630 a 2611 a.C.), sua esposa e filhos foi colocada ali. Djoser é uma figura icônica, responsável pela construção da primeira pirâmide de degraus em Saqqara.

A análise da estátua sugere que ela foi criada durante o reinado de Djoser e pode ter sido retirada da própria pirâmide ou de algum edifício próximo. O motivo de sua transferência para o túmulo do príncipe séculos depois ainda é um mistério.

Com informações do Live Science.

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A mensagem oculta escondida em um obelisco egípcio de 3.300 anos em Paris

O Obelisco de Luxor, em Paris, guarda algumas curiosidades. Primeiro, ele é egípcio e foi doado para a França pelo vice-rei do Egito Mehmet Ali. Segundo, ele foi posicionado no Centro da Praça da Concórdia onde, antes, ficava uma guilhotina usada na Revolução Francesa. Terceiro, ele guarda uma mensagem escrita em hieróglifos que só pode ser lida do Rio Nilo.

Esta última ‘curiosidade’ foi uma descoberta de Jean-Guillaume Olette-Pelletier, egiptólogo e especialista em criptologia hieroglífica da Universidade Católica de Paris. Em 2021, quando o obelisco estava em reforma, ele encontrou a mensagem oculta no topo da construção.

E assim, iniciou uma saga para descobrir o que ela significa. Spoiler: ele conseguiu.

Obelisco de Luxor, na Praça da Concórdia, em Paris (Imagem: kavalenkau/Shutterstock)

Obelisco egípcio em Paris tem uma mensagem oculta

O Obelisco de Luxor tem 3.300 anos e veio do Egito como um presente do então vice-rei. Ele virou um verdadeiro ponto turístico da capital francesa. Mas mesmo depois de tanto tempo (e tantas fotos tiradas lá) ninguém percebeu uma mensagem oculta na construção.

Vamos ser justos: a inscrição fica no topo do obelisco, bem longe da vista humana, o que explica ter se mantido escondida por tanto tempo. Isso mudou em 2021, quando a estrutura entrou em reforma. Na ocasião, Olette-Pelletier teve acesso ao prédio e, em cima de um andaime, conseguiu examinar as partes mais altas.

A tal mensagem oculta fica perto da ponta dourada em forma de pirâmide no topo. Não bastou encontrá-la para desvendar seus segredos: as inscrições estavam em hieróglifos e foram escritas em uma técnica que as obscurecia, ocultando seu significado.

Segundo o pesquisador à Science et Avenir, trata-se de uma “criptografia hieroglífica” que não é nada fácil de ler hoje em dia. Ele afirmou que apenas seis estudiosos no mundo todo conseguem decifrar a mensagem (por sorte, o próprio Olette-Pelletier é um deles).

Ramsés II, rei do Egito
Mensagem foi escrita no reinado de Ramsés II (Imagem: Wikimedia Commons)

Descoberta não foi tão simples

Olette-Pelletier explicou que os hieróglifos foram criados para “serem lidos em 3D”. Ele já havia publicado um estudo sobre outras mensagens ocultas em 3D.

Para entendermos como o pesquisador conseguiu decifrar a charada, precisamos voltar no tempo e conhecer a história da construção. O IFLScience relembrou:

  • Antes de ser doada a Paris, o obelisco ficava do lado de fora do Templo de Luxor, no Alto do Egito;
  • Os pilares foram construídos por volta do século XIII a.C., no reinado de Ramsés II;
  • Uma das laterais do prédio tinha vista para o Rio Nilo;
  • A mensagem foi escrita em um ângulo de 45ºC, para ser lida por passageiros que viajam pelo Rio Nilo em direção ao local.

Foi isso que o pesquisador fez. Ele calculou a distância e o ângulo onde deveria ficar para ler a mensagem.

Quando calculei onde ficar naquele momento para poder admirar esta parte do obelisco, acabei bem no meio do Nilo. E então eu entendi: ele só deveria ser visto pelos nobres que chegavam de barco ao templo de Luxor durante o festival anual de Opet, que celebrava o retorno das forças vitais do deus Amon.

Jean-Guillaume Olette-Pelletier

Obelisco foi doado do Egito para a França (Imagem: Pandora Pictures/Shutterstock)

O que dizia a mensagem oculta?

A mensagem exaltava Ramsés II e seu poder divino. Já outra encorajava os leitores a realizarem oferendas para diminuir a ira dos deuses egípcios.

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Ou seja, era uma mensagem para os súditos de Ramsés II – não para os franceses, nem para os turistas.

Olette-Pelletier pretende publicar esta descoberta no periódico ENiM.

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Misterioso amuleto de 3.800 anos é descoberto em Israel

Um achado impressionante foi realizado por uma criança de apenas três anos de idade em Israel.

A menina estava caminhando com a família por uma trilha quando encontrou um amuleto de escaravelho de 3.800 anos.

A descoberta aconteceu em Tel Azekah, local que foi habitado durante a Idade do Bronze. Os pais contaram que ela percebeu uma pedra diferente. Foi então que a Autoridade de Antiguidades de Israel foi acionada para identificar o objeto.

Amuleto tinha função religiosa

  • Análises realizadas por arqueólogos confirmaram que se tratava de um escaravelho cananeu da Idade do Bronze Média.
  • De acordo com textos antigos, Canaã incluía partes do atual Israel, os territórios palestinos, o Líbano, a Síria e a Jordânia.
  • Estes escaravelhos eram usados como amuletos durante o período.
  • Os objetos já foram encontrados em túmulos, prédios públicos e até casas particulares.
  • Às vezes, eles carregam símbolos e mensagens que refletem crenças ou status religiosos.
  • As informações são do Live Science.

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Conexão com o antigo Egito

A descoberta revela a existência de estreitas conexões culturais entre o antigo Egito e Israel. Isso porque os amuletos de escaravelho têm origem entre os antigos egípcios. Além disso, o desenho de besouro presente no objeto descoberto tinha importância para aquele povo.

Amuletos foram criados no Egito antigo e evidenciam relação entre os povos (Imagem: FrentaN/Shutterstock)

Por conta disso, os pesquisadores acreditam que o amuleto foi criado pelos egípcios e depois levado até o Oriente Médio. Como isso teria acontecido, no entanto, continua sendo um mistério. A equipe planeja realizar novas análises no material.

A ideia é que o escaravelho fique disponível para a visitação do público num futuro próximo. Ele ficaria junto com outros artefatos das eras egípcia e cananéia no Campus Nacional Jay e Jeanie Schottenstein para a Arqueologia de Israel, na cidade de Jerusalém.

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Eclipse solar pode ter feito faraó quebrar tradição milenar do Egito Antigo

Uma pesquisa recente sobre as dinastias egípcias antigas sugere que um eclipse solar total, ocorrido em 2471 a.C., pode ter influenciado a construção da tumba do faraó Shepseskaf. O estudo indica que o evento astronômico teria levado a uma mudança temporária na tradição funerária do Egito.

Em poucas palavras:

  • Um eclipse solar total ocorrido há exatos 4.496 anos pode ter influenciado a tumba do faraó Shepseskaf;
  • Diferentemente de seus antecessores, ele construiu uma tumba retangular, não uma pirâmide;
  • Durante o evento, Vênus, Mercúrio e as Plêiades apareceram alinhados ao redor do Sol ocultado pela Lua;
  • Se confirmada, essa teoria reforça que fenômenos astronômicos afetaram a cultura e religião no Egito Antigo.

Durante a Quarta Dinastia, os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos ergueram as icônicas pirâmides de Gizé, associadas ao culto ao deus solar Rá. Segundo as crenças egípcias, Rá havia surgido de um monte piramidal e suas pirâmides simbolizavam os raios solares. O nome de vários faraós dessa dinastia incluía o sufixo “-Ra” em referência à divindade.

No entanto, quando Shepseskaf assumiu o trono, essa tradição foi abruptamente interrompida. Em vez de uma pirâmide, sua tumba foi construída em um formato retangular ao sul de Saqqara, longe de Heliópolis, o principal centro de culto a Rá. Com 99,6 metros de comprimento e 74,4 metros de largura, a estrutura era imponente, mas destoava dos túmulos anteriores.

Mastaba de Shepseskaf, túmulo do último faraó da quarta dinastia egípcia. A tumba é uma estrutura retangular de aproximadamente de 10 fileiras de enormes blocos de calcário, que atualmente estão sujeitos a erosão. Crédito: Isida Project

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Fenômenos astronômicos moldaram crenças e tradições no Egito

O arqueoastrônomo Giulio Magli, professor da Faculdade de Arquitetura Civil do Politécnico de Milão, na Itália, investigou várias hipóteses sobre essa mudança. Algumas teorias sugerem que Shepseskaf não teve tempo ou poder para erguer uma pirâmide, mas a grandiosidade de sua tumba indica o contrário. Outra explicação propõe que ele queria se distanciar das pirâmides por razões políticas ou religiosas.

Magli acredita que um evento astronômico pode ter influenciado essa decisão. Ele analisou os eclipses solares que ocorreram na época e calculou que, em 1º de abril de 2471 a.C., um eclipse total aconteceu na região. Esse fenômeno durou quase sete minutos – um tempo excepcionalmente longo para um eclipse solar total.

Tumba do faraó Shepseskaf, retangular, contrastando com o túmulo tradicional em formato de pirâmide ao fundo da imagem. Crédito: Vincent Brown – Flickr

Durante o evento, Vênus e Mercúrio teriam ficado visíveis, alinhados de forma simétrica ao longo da eclíptica, com o Sol e a Lua no centro. Além disso, as Plêiades, um aglomerado de estrelas também conhecido como “As Sete Irmãs”, poderiam ter sido vistas próximas ao Sol obscurecido. Esse cenário raro pode ter impressionado profundamente os egípcios.

Ainda não se sabe se o eclipse foi interpretado como um bom ou mau presságio. No entanto, Magli sugere que a forma e a localização da tumba de Shepseskaf podem estar diretamente ligadas ao evento. O monumento teria sido construído exatamente dentro da área onde a totalidade do eclipse foi visível.

Se essa teoria estiver correta, o eclipse pode ter desencadeado uma mudança momentânea no culto ao Sol, levando Shepseskaf a romper com a tradição das pirâmides. Isso reforça a ideia de que fenômenos astronômicos influenciaram a cultura e as crenças do Egito Antigo de maneiras ainda pouco compreendidas.

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Tumba de faraó desconhecido é desenterrada no Egito

Uma equipe formada por arqueólogos egípcios e norte-americanos localizou uma enorme tumba em Abidos, uma das cidades mais antigas do antigo Egito. A construção estava soterrada pela areia e, segundo análises, tem 3.600 anos.

Os pesquisadores explicam que este local serviu como ponto sepultamento para os primeiros faraós, e uma necrópole se desenvolveu na Montanha Anúbis, ao sul da cidade. No entanto, não se sabe quem estava enterrado dentro da tumba recém-descoberta.

Não foram encontrados restos mortais no local

  • A câmara funerária possui uma entrada decorada, várias salas e abóbadas feitas de tijolos de barro.
  • Cenas pintadas em alvenaria mostram a deusa Ísis e sua irmã Néftis.
  • No entanto, não havia restos mortais dentro da tuba.
  • Além disso, a estrutura sofreu grandes danos ao longo dos séculos, dificultando o seu estudo.
  • Por conta disso, os pesquisadores do Museu Penn não sabem dizer qual faraó foi enterrado ali.
  • As informações são do The New York Times.
Tumba foi encontrada soterrada pela areia em uma das cidades mais antigas do antigo Egito (Imagem: Museu Penn)

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Teoria defendida pelos arqueólogos

Apesar da falta de evidências, as semelhanças da tumba recém-descoberta com uma construção localizada em 2014, que pertencia ao faraó Seneb-Kay, chamaram a atenção da equipe. Além disso, elas seriam as primeiras a terem decorações em seu interior.

Isso levou os arqueólogos a levantar a hipótese de que o espaço tenha sido construído para um membro da chamada dinastia Abidos. As principais apostas são Senaiib e Paentjeni, que aparecem em monumentos desenterrados em Abidos.

Tumba de faraó
Construção foi dedicada a um faraó ainda desconhecido (Imagem: Merydolla/Shutterstock)

Outra possibilidade é que esta época tenha sido marcada por faraós guerreiros. De qualquer forma, o achado deve ajudar a ciência a entender mais sobre esta antiga dinastia, que possivelmente comandou apenas algumas regiões em torno da cidade, e não todo o Egito antigo.

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Tumba de 3 mil anos de comandante do faraó Ramsés III é encontrada no Egito

Uma escavação arqueológica realizada em Tell Roud Iskander, no Egito, revelou a tumba de um comandante militar de alto escalão da época do faraó Ramsés III. O túmulo possui uma câmara funerária principal, três salas adjacentes, além de relíquias funerárias e joias.

No local, foram desenterradas também tumbas e valas comuns que datam dos períodos greco-romano e romano tardio. As descobertas revelam a importância militar da região, que no passado abrigou uma série de fortificações e castelos.

Homem teria servido ao faraó Ramsés III

  • Em comunicado, o Conselho Supremo de Antiguidades informou que toda a tumba foi construída com tijolos de barro e revestida internamente com argamassa branca.
  • Dentre os itens identificados no local, destacam-se: pontas de flechas de bronze, vasos de alabastro adornados com inscrições levemente preservadas, um anel de ouro gravado com o cartucho do Rei Ramsés III, contas coloridas, pedras e uma pequena caixa de marfim intrincadamente trabalhada.
  • A presença dessas relíquias, bem como a qualidade dos materiais utilizados no espaço sugerem a alta patente do seu ocupante.
  • Provavelmente, ele desempenhou um cargo militar de bastante distinção e foi influente no país durante boa parte de sua vida.
Tumba teria pertencido a importante comandante militar do Egito antigo (Imagem: Conselho Supremo de Antiguidades)

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Tumba também revelou materiais de outras épocas

Os arqueólogos ainda localizaram um esqueleto humano dentro na tumba do comandante. Mas, diferentemente do que seria comum para os enterros do Novo Império (de 1580 a 525 a.C.), o corpo estava coberto com uma camada de cartonagem.

Esta técnica teria pertencido a um período posterior da cultura egípcia, o que indica a possibilidade do ambiente ter sido reaproveitado em eras subsequentes. Nos arredores da sepultura, a equipe escavou outras valas mais simples, pertencentes aos períodos greco-romano e romano tardio.

Artefatos do Egito antigo também foram desenterrados na região (Imagem: Conselho Supremo de Antiguidades)

Nelas, foram encontrados restos de esqueletos e uma coleção incrível de amuletos, incluindo alguns com representações de divindades, como Bes, protetor das famílias, e Hórus, que simbolizava a cura e bem-estar.

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