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Mounjaro: conheça o medicamento aprovado pela Anvisa para perda de peso

Concorrente do Ozempic, o Mounjaro já está sendo vendido no Brasil desde maio deste ano. No entanto, o uso do medicamento só era permitido para o tratamento da diabete tipo 2, o que muda a partir de uma nova decisão.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação do uso do produto em tratamentos para a perda de peso. Além disso, divulgou uma série de recomendações de como usar o medicamento.

Anvisa liberou o uso do medicamento para tratamento contra a obesidade (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Medicamento apresenta um efeito maior no organismo

De acordo com a farmacêutica Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, esta é a primeira medicação disponível e aprovada capaz de atuar nos receptores dos dois hormônios que agem no controle do apetite. Por isso, o seu efeito é maior.

Apesar de também ser vendida como uma caneta, há diferenças em relação ao famoso Ozempic. O concorrente têm como base a semaglutida, substância que age no receptor GLP-1 no intestino, promovendo a saciedade e controlando a glicemia.

Mão segurando uma caneta injetável Mounjaro
Enquanto os concorrentes usam como base a semaglutida, o Mounjaro utiliza a tirzepatida (Imagem: MKPhoto12/Shutterstock)

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, substância que atua tanto no GLP-1 quanto no GIP, outro receptor intestinal. Essa combinação proporciona um efeito mais robusto no organismo, especialmente indicado para pacientes com obesidade diagnosticada.

A aprovação da Anvisa permite que o medicamento agora passe a ser indicado para o tratamento contra a obesidade. No entanto, esta recomendação só vale para casos em que a doença esteja relacionada a pelo menos uma comorbidade.

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Canetas e caixa de injeção semaglutida Ozempic. Ambas tem cor azul e logo com partes vermelha e azul.
Ozempic tem preços mais baixos que o Mounjaro (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

Preço é maior do que o dos concorrentes

  • A aplicação do medicamento é injetável e semanal.
  • O remédio estará disponível nas dosagens 2,5 mg e 5 mg.
  • Na primeira versão, uma caixa com quatro canetas pode custar entre R$ 1.400 e R$ 1.900.
  • Já na dosagem maior, o custo varia de R$ 1.750 a R$ 2.400.

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Café “fake” proibido pela Anvisa contém substância tóxica

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a circulação de três marcas de café adulterado. O chamado café “fake” foi considerado fora dos padrões de qualidade da indústria por conter um material impróprio para o consumo, que pode causar contaminação pela substância ocratoxina A (OTA).

De acordo com a Embrapa, a ocratoxina A (OTA) é uma toxina produzida por fungos dos gêneros Aspergillus. Ela é classificada como um metabólito secundário tóxico e está entre as micotoxinas mais preocupantes devido aos seus efeitos nocivos à saúde humana e animal.

Matérias estranhas e impurezas estavam acima do permitido por lei (Imagem: reprodução/Ministério da Agricultura e Pecuária)

Quais são os riscos da substância encontrada no “café fake” para os humanos?

Uma pesquisa de 2016, publicada no PubMed Central (PMC), analisou os riscos da substância para animais e humanos.

  • Estudos indicam que a ocratoxina A causa danos aos rins e tumores renais em diversas espécies animais.
  • Em humanos, os efeitos são menos documentados, mas já há registros de associação entre a exposição à OTA e doenças renais, como nefropatia endêmica e nefropatia intersticial crônica.

Anvisa retira marcas de café de circulação

A Anvisa proibiu três marcas de “café fake” de fabricarem e venderem “pó para preparo de bebida sabor café”. Além disso, proibiu propagandas dos produtos citados.

As marcas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. A decisão foi tomada após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para consumo humano.

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Agora, todos os lotes esses produtos deverão ser recolhidos. E os já adquiridos precisam ser descartados.

As marcas em questão já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no final de março. Além da toxina, os produtos apresentavam matérias estranhas e impurezas acima do permitido pela legislação brasileira.

Anvisa
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ainda foram identificadas irregularidades na rotulagem. As marcas informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grão cru ou até resíduos. Por isso, são conhecidos como “café fake”.

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Anvisa determina recolhimento de whey protein da Piracanjuba

Nesta quinta-feira (7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que o lote 23224 do Whey Protein Suplemento Alimentar em Pó, sabor chocolate, da marca Piracanjuba, seja recolhido das prateleiras.

Apenas um lote foi afetado (Imagem: Reprodução)

Segundo a instituição, o lote teve resultado insatisfatório na contagem de Staphylococcus aureus (bactéria que causa inúmeras infecções).

Por que a Anvisa suspendeu o whey da Piracanjuba?

  • A suspensão ocorreu porque testes realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal acusou contagem irregular de Staphylococcus aureus na amostra;
  • O Staphylococcus aureus, quando presente em níveis elevados nos alimentos, é um risco à saúde;
  • Ele pode criar toxinas responsáveis por intoxicação alimentar, causando náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.
Staphylococcus aureus
Staphylococcus aureus pode causar várias infecções (Imagem: imagem: Scientific Animations/Wikimedia Commons)

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E se eu tiver comprado o whey desse lote?

A Anvisa orienta a todos os que compraram especificamente este whey deste lote, que entre em contato com a Piracanjuba para saber como devolvê-lo ou substituí-lo. O número do lote está disponível na embalagem.

O que diz a Piracanjuba

O Olhar Digital entrou em contato com a Piracanjuba, que enviou a seguinte nota:

“Em vista da medida tomada pela Anvisa em relação ao Whey em Pó Piracanjuba, a empresa esclarece que possui laudo atestando a regularidade e a conformidade do produto emitido por laboratórios credenciados pela própria agência sanitária. A companhia informa que tomará as providências cabíveis para a resolução do tema.”

Fachada da Anvisa
Anvisa detectou nível anormal de bactéria no produto (Imagem: Reprodução)

Anvisa proíbe venda de três marcas de ‘café fake’ após encontrar toxina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu três marcas de “café fake” de fabricarem e venderem “pó para preparo de bebida sabor café”. Além disso, proibiu propagandas dos produtos citados.

As marcas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. A decisão foi tomada após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para consumo humano.

Agora, todos os lotes esses produtos deverão ser recolhidos. E os já adquiridos precisam ser descartados.

Toxina encontrada em ‘café fake’ ocorre em grãos mal armazenados ou secos

  • A ocratoxina é uma micotoxina nefrotóxica e nefrocarcinogênica produzida por fungos, especialmente dos gêneros Aspergillus e Penicillium;
  • Ela pode ser encontrada no café, especialmente em grãos mal armazenados ou secos
  • Esta substância danifica os rins, podendo causar até doença renal crônica e deficiência renal;
  • Além disso, pode danificar o fígado, levando à acumulação de gordura e, possivelmente, à cirrose.

Produtos foram chamados de ‘café fake’

As marcas em questão já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no final de março. Além da toxina, os produtos apresentavam matérias estranhas e impurezas acima do permitido pela legislação brasileira.

Ainda foram identificadas irregularidades na rotulagem. As marcas informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grão cru ou até resíduos. Por isso, são conhecidos como “café fake”.

Leia a reportagem completa aqui

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Anvisa proíbe venda de três marcas de ‘café fake’ após encontrar toxina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu três marcas de “café fake” de fabricarem e venderem “pó para preparo de bebida sabor café”. Além disso, proibiu propagandas dos produtos citados.

As marcas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. A decisão foi tomada após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para consumo humano.

Agora, todos os lotes esses produtos deverão ser recolhidos. E os já adquiridos precisam ser descartados.

Toxina encontrada em ‘café fake’ ocorre em grãos mal armazenados ou secos

  • A ocratoxina é uma micotoxina nefrotóxica e nefrocarcinogênica produzida por fungos, especialmente dos gêneros Aspergillus e Penicillium;
  • Ela pode ser encontrada no café, especialmente em grãos mal armazenados ou secos
  • Esta substância danifica os rins, podendo causar até doença renal crônica e deficiência renal;
  • Além disso, pode danificar o fígado, levando à acumulação de gordura e, possivelmente, à cirrose.
Anvisa recomenda descarte de pacotes vendidos por três marcas de ‘café fake’ (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Produtos foram chamados de ‘café fake’

As marcas em questão já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no final de março. Além da toxina, os produtos apresentavam matérias estranhas e impurezas acima do permitido pela legislação brasileira.

Ainda foram identificadas irregularidades na rotulagem. As marcas informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grão cru ou até resíduos. Por isso, são conhecidos como “café fake”.

Matérias estranhas e impurezas estavam acima do permitido por lei (Imagem: reprodução/Ministério da Agricultura e Pecuária)

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, os itens das três marcas não tinham café em sua composição e eram feitos de “lixo da lavoura”.

Nenhuma das marcas citadas se pronunciou oficialmente sobre a decisão da Anvisa até o momento.

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Anvisa suspende venda de suplementos para sono e dor muscular

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou para a falta de avaliação de segurança para o uso sublingual dos ingredientes presentes em suplementos alimentares da marca Alwaysfit. Por isso, determinou a suspensão dos produtos.

A medida foi publicada no Diário Oficial e estabelece a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de diversos lotes dos suplementos. Ainda orienta que os consumidores que têm esses produtos em casa devem suspender o uso imediatamente.

Absorção dos suplementos pode não ser segura

Segundo a Anvisa, substâncias administradas por via sublingual são metabolizadas de forma diferente daquelas que são ingeridas e absorvidas pelo intestino. A agência ainda destaca que os limites mínimos e máximos para nutrientes e substâncias bioativas foram estabelecidos para produtos de ingestão oral.

Em outras palavras, as regras não são apropriadas para suplementos com indicação de uso sublingual. Por conta disso, a forma como esses produtos são absorvidos não teve sua segurança comprovada, o que pode gerar riscos à saúde dos consumidores.

Anvisa determinou o recolhimento dos produtos (Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda afirma que a empresa responsável pelos produtos não solicitou a atualização das listas da IN nº 28/2018. Além disso, não apresentou a documentação exigida para a regularização de constituintes destinados ao uso sublingual.

Os suplementos eram vendidos com a promessa de melhorar o sono, o trato urinário e até aliviar dores. Segundo a Anvisa, no entanto, eles não são remédios e não podem ser usados para estas finalidades. A AlwaysFit ainda não se manifestou sobre a decisão.

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Suplementos eram vendidos com a promessa de melhorar o sono, o trato urinário e até aliviar dores (Imagem: reprodução/AlwaysFit)

Confira os produtos suspensos:

  • Suplemento alimentar líquido de melatonina da marca AlwaysFit.
  • Suplemento alimentar líquido de melatonina spray da marca AlwaysFit.
  • Suplemento alimentar líquido de óleo de semente de abóbora da marca AlwaysFit.
  • Suplemento alimentar líquido da marca Curcumais/AlwaysFit.
  • Suplemento alimentar em gotas de metil B9-B12 da marca AlwaysFit.

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Anvisa proíbe mais duas marcas de azeite; veja quais

A Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (26), a proibição de mais duas marcas de azeites. A medida atinge todos os lotes das seguintes marcas, que devem ser apreendidas pelas autoridades locais.

Nos dois casos, os produtos foram proibidos por que os CNPJs informados em suas rotulagens estão suspensos por inconsistência cadastral na Receita Federal. Na prática, isso significa que os produtos têm origem desconhecida.

Proibição engloba desde venda até propaganda dos azeites (Imagem: DUSAN ZIDAR/Shutterstock)

Quais são as marcas afetadas?

  • Azeite de oliva da marca LA VENTOSA, que contenha em sua rotulagem, como embaladora, a empresa Caxias Comércio de Gêneros Alimentícios;
  • Azeite de oliva grego da marca SANTORINI, que contenha em sua rotulagem, como embaladora, a empresa Intralogística Distribuidora Concept

A proibição atinge a comercialização, a distribuição, a fabricação, a importação, a propaganda e o uso desses azeites. Os consumidores não devem utilizar esses produtos. 

Como se trata de alimentos com origem desconhecida, não é possível ter nenhuma garantia da qualidade e da própria composição dos produtos, segundo a Anvisa.

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Fachada do prédio da Anvisa
Medidas atendem ações de fiscalização do Ministério da Agricultura (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Outros azeites proibidos

A Anvisa tem publicado uma série de ações de fiscalização relacionadas a azeites. A ação é resultado da identificação de produtos clandestinos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), responsável pela classificação e pelo cadastro de empresas produtoras de óleos vegetais.

A publicação da Anvisa também é uma orientação para que as Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios realizem a fiscalização e a retirada dos azeites do comércio. Isso porque a comercialização desses produtos configura uma infração sanitária.

Na semana passada, os azeites das marcas Almazara, Escarpas das Oliveiras, Alonso e Quintas D’Oliveira também foram retirados de circulação após denúncias do Mapa.

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Especialistas propõem dezenas de alterações às regras de uso medicinal da cannabis à Anvisa

Um grupo de especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) elaborou documento com quase 30 mudanças na regulamentação vigente sobre o uso medicinal da cannabis no Brasil. O material será enviado nas próximas semanas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como resposta à consulta pública aberta pela agência.

Entre as principais propostas estão:

  • Inclusão da definição da cannabis como produto magistral (manipulado);
  • Ampliação do número de categorias profissionais autorizadas a prescrever a medicação, que, hoje, é prerrogativa exclusiva de médicos;
  • Expansão da possibilidade de manipulação de canabinoides para além do CBD (canabidiol);
  • Elevação do limite máximo de THC (tetrahidrocanabinol) em prescrições com receita especial de 0,2% para 0,3%.

O THC, responsável pelos efeitos psicoativos da planta, atualmente, só pode superar 0,2% em produtos destinados a pacientes em cuidados paliativos exclusivos ou em situações clínicas irreversíveis ou terminais. O documento defende o aumento na dosagem e a ampliação do universo de pacientes para o qual o medicamento pode ser ministrado.

São mais de 30 alterações solicitadas à agência (Imagem: Thaís Pimenta)

Ideia é expandir o uso de cannabis medicinal

O encontro que originou as propostas foi realizado em 8 de maio, na Unicamp, e reuniu cientistas, pesquisadores, profissionais de saúde, representantes de associações de pacientes, cuidadores, advogados e membros da sociedade civil. A iniciativa foi promovida em parceria com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).

“A primeira coisa que é preciso dizer é que o THC é super demonizado”, declarou a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, Priscila Mazzola, uma das organizadoras do evento, ao Jornal da Unicamp.

“Ainda existe um mito em torno do THC. É quase como se houvesse uma molécula boa, que é o CBD, e uma molécula má, que é o THC. Mas sabemos que o THC tem muito potencial terapêutico também. Há casos em que a prescrição do THC ou de uma terapia combinada seria o ideal”, afirmou.

No documento, o grupo também manifesta apoio à proposta da Anvisa de regulamentar definitivamente a manipulação de preparações magistrais contendo canabidiol (CBD).

Atualmente, algumas farmácias só atuam mediante autorizações provisórias obtidas por via judicial. A regulamentação definitiva, segundo os especialistas, é essencial para ampliar o acesso, reduzir custos para os pacientes e permitir maior personalização do tratamento.

Sobre a prescrição, os especialistas sugerem, por exemplo, incluir cirurgiões-dentistas, que também trabalham com dor e inflamação, entre os profissionais habilitados. O grupo espera que, a depender do enquadramento dos medicamentos, possa ser aconselhável expandir a prerrogativa também para outros profissionais.

A ampliação da manipulação de canabinoides vai além do CBD e do THC. “Há CBG, CBN e uma lista enorme de canabinoides na planta, com potencial terapêutico, que devem ser estudados. Na verdade, eles estão sendo pesquisados no Brasil e em outros países exatamente porque possuem funções terapêuticas importantes”, argumenta a professora. Ela lembra ainda que a planta “contém terpenos, flavonoides, uma série de compostos que também têm potencial terapêutico importante”.

Os especialistas debateram também a inclusão de derivados de cannabis em suplementos alimentares e cosméticos, o papel das ações judiciais e das associações de pacientes no acesso aos produtos e sugeriram investigar combinações de canabinoides com substâncias sintéticas já aprovadas. Caso estudos comprovem eficácia e segurança, essas evidências poderiam embasar futuras alterações regulatórias.

Leia mais:

Hoje, no Brasil, o acesso a medicamentos à base de cannabis ocorre de quatro formas, todas com prescrição médica:

  • Autocultivo, que exige curso, certificação e medida judicial (habeas corpus);
  • Importação, via sistema consolidado da Anvisa;
  • Compra em drogarias com registros oficiais;
  • Cultivo associativo, no qual associações de pacientes obtêm, via judicial, o direito de cultivar e distribuir a própria produção.

Segundo o “Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil 2024”, divulgado em novembro de 2024 pela Kaya Mind, o País conta com 672 mil pacientes em tratamento à base de cannabis.

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Grupo quer que cannabis medicinal seja expandida para mais pacientes (Imagem: Anuta23/Shutterstock)

A seguir, veja dez mudanças pedidas pelos especialistas à Anvisa:

  • Inclusão da definição de produto magistral de cannabis;
  • Alteração das restrições sobre uso de substâncias sintéticas e semissintéticas;
  • Ampliação das vias de administração permitidas;
  • Exclusão da proibição a formulações de liberação modificada, nanotecnológicas e peguilhadas;
  • Ampliação dos profissionais prescritores autorizados;
  • Alteração do limite de THC de 0,2% para 0,3% em prescrições com receita especial;
  • Substituição da Notificação de Receita “A” por “B” para produtos com mais de 0,3% de THC;
  • Inclusão de dispositivo sobre dispensação por associações;
  • Ampliação da possibilidade de manipulação de canabinoides além do CBD;
  • Discussão sobre regulamentação de cannabis como suplemento e cosmético.

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Bebê peludo? Anvisa faz importante alerta sobre medicamento

Não sei se vocês já viram, mas bebês cabeludos estão entre as coisas mais fofas do mundo. A velocidade de crescimento do fio muda de criança para criança, e depende bastante de condições genéticas.

O que não é normal é o crescimento de pelos em áreas do corpo onde isso não deveria acontecer. A hipertricose é uma condição que ficou popularmente conhecida como “síndrome do Lobisomem“.

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Especialistas estimam que ela atinge cerca de 1 pessoa a cada 1 bilhão de nascimentos. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, porém, esses casos vêm aumentando – e a culpa seria de um remédio. Ou melhor, do uso sem cuidado de um medicamento.

Em alerta emitido nesta semana, a Anvisa relata um crescimento acima da média das ocorrências em países da Europa. O motivo? A exposição de crianças ao Minoxidil.

Se você não ligou o nome ao produto, ele é o fármaco utilizado no tratamento de queda de cabelo ou da chamada alopecia androgênica. Sim, a famosa calvície hereditária.

O que estaria acontecendo?

  • Num primeiro momento, a principal dúvida foi: por que houve esse boom de hipertricose em bebês?
  • Seria uma onda de mutações genéticas?
  • Seriam famílias querendo ter bebês cabeludos?
  • Ao investigar o caso a fundo, os especialistas perceberam que os episódios ocorriam sempre em casas onde os pais utilizam o Minoxidil.
  • Uso por uma questão de vaidade – e aqui não julgo ninguém, pois também sou vaidoso.
Explosão de casos na Europa tem relação com o uso do Minoxidil por pais – Imagem: ANDRANIK HAKOBYAN/Shutterstock
  • O problema é a manipulação descuidada do medicamento.
  • Por ser extremamente potente, o simples contato com a pele pode levar ao crescimento de pelos.
  • Daí nasceu o alerta da Anvisa.
  • Se o pai aplica o remédio no couro cabeludo e não lava a mão direito depois, ele pode passar o medicamento no bebê.
  • Ou ainda: o pai aplica o Minoxidil e pega o bebê no colo – a criança, então passa a mão na cabeça do pai e depois no próprio corpo.
  • Como estamos falando de organismos extremamente delicados, o remédio tem um efeito quase imediato – e poderoso.

O que fazer em casos como esse

De acordo com a Anvisa, pacientes que utilizam Minoxidil e têm contato frequente com crianças devem procurar um médico imediatamente caso percebam um crescimento excessivo de pelos nos bebês. Na Europa, o crescimento dos pelos se normalizou após alguns meses da suspensão do contato com o medicamento.

Em caso de eventos adversos, a orientação é notificar o chamado VigiMed, um sistema que concentra dados de efeitos secundários de remédios. Dados que podem ser compartilhados depois com outros países (como aconteceu nesse episódio europeu).

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A Anvisa emitiu o alerta na última semana, após uma alta de casos na Europa – Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock

No mais, a agência solicitou aos detentores do registro desses medicamentos que incluam nas bulas o risco de hipertricose em bebês após exposição tópica acidental ao Minoxidil.

Além disso, a Anvisa recomenda aos profissionais de saúde que eles devem orientar os pacientes a evitar que crianças tenham contato com as áreas onde o medicamento foi aplicado. E a ordem sempre é lavar bem as mãos após a aplicação.

Você pode ler o alerta da Anvisa na íntegra no site da própria agência.

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Ozempic: Anvisa agora vai exigir que a receita fique retida nas farmácias

A Anvisa decidiu tornar obrigatória a retenção da receita médica para a compra de medicamentos como Ozempic, Saxenda e Wegovy, conhecidos como canetas emagrecedoras, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira (16).

A nova regra vale imediatamente e foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da agência. Antes, a apresentação da receita era suficiente para comprar os remédios. Agora, a farmácia deve reter o documento no momento da venda.

A medida busca conter o uso indiscriminado desses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, mas que se tornaram populares para controle de peso.

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Com venda sob retenção de receita, agência quer evitar uso inadequado e proteger pacientes – Imagem: rafastockbr/Shutterstock

Medida protege a saúde pública

  • Segundo a Anvisa, a decisão visa proteger a saúde pública e garantir o uso racional dos fármacos.
  • Entidades médicas, como as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes, já defendiam essa exigência.
  • Elas alertam que o uso sem orientação pode causar efeitos colaterais como náusea, constipação, diarreia e impactar negativamente a saúde mental, especialmente em pessoas com transtornos alimentares.

A obesidade é considerada um desafio global. No Brasil, mais da metade da população adulta vive com sobrepeso ou obesidade, e o acesso equilibrado a tratamentos eficazes é uma preocupação crescente entre especialistas.

Ozempic pode causar efeitos colaterais

Entre os estudos que avaliam os riscos que o uso de canetas emagrecedoras como o Ozempic pode representar, uma pesquisa recente fez uma descoberta alarmante.

Pesquisadores da Universidade de Utah identificaram que pacientes com problemas de visão, como danos ao nervo óptico, compartilhavam o uso desses medicamentos. Leia mais aqui.

Receitas de Ozempic, Wegovy e similares precisarão ser retidas pelas farmácias – Imagem: Natalia Varlei/Shutterstock

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Anvisa aprova primeira vacina contra a Chikungunya

Uma vacina recombinante atenuada contra a Chikungunya, desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Este é o primeiro imunizante autorizado para uso contra a doença no Brasil.

Aplicada em dose única, a vacina poderá ser utilizada em pessoas com 18 anos ou mais, que estejam em risco aumentado de exposição ao vírus. 

Por outro lado, ela é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.  

Butantan será responsável pela produção da vacina

A vacina IXCHIQ induziu uma produção robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya em estudos clínicos que avaliaram adultos e adolescentes dos EUA e do Brasil. O público-alvo recebeu uma dose do imunizante durante os experimentos.

Anvisa considerou imunizante eficaz e seguro (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De acordo com a Anvisa, a vacina contra o vírus demonstrou ser segura. A fabricação do imunizante será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH. Já aqui no Brasil, o Instituto Butantan será o responsável pela produção no futuro.

Lembrando que a IXCHIQ já havia sido aprovada por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a prevenção da Chikungunya. 

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Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue (Imagem: khlungcenter/Shutterstock)

Vírus já está presente em todas as regiões brasileiras

  • A Chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
  • O vírus chegou ao continente americano em 2013 e provocou uma epidemia em países da América Central e ilhas do Caribe.
  • Com o tempo, avançou também para o território brasileiro.
  • No segundo semestre de 2014, por exemplo, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia.
  • Atualmente, todos os estados registram transmissão do vírus.
  • De acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde, foram identificados cerca de 66 mil casos de Chikungunya no país neste ano.
  • Ainda foram confirmadas 56 mortes pela doença e outras 53 estão sob investigação das autoridades.

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