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Ultimato de Trump: Apple precisa fabricar iPhone nos EUA ou será taxada em 25%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato à Apple nesta sexta-feira (23): se a empresa não começar a fabricar iPhones no país, terá que enfrentar uma taxa de importação de 25%. A declaração foi feita na rede social Truth Social.

Em outras ocasiões, o republicano já havia expressado que gostaria que a Apple transferisse sua cadeia de produção para solo norte-americano, o que ainda não aconteceu. A companhia priorizou a fabricação na Índia, que tem tarifas menores que a China, mas Trump também não gostou nada disso.

Apple precisa produzir nos EUA… ou enfrentar as tarifas

A Apple foi uma das empresas afetadas com o tarifaço de Trump. Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China. A expectativa do presidente americano era que as companhias migrassem para os EUA… mas não foi o que aconteceu.

A Apple optou por priorizar os iPhones da Índia, país que tem tarifas menores que a China. No entanto, na semana passada, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa da maçã, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. O Olhar Digital deu os detalhes aqui.

Trump quer que Apple passe a fabricar nos EUA, ao invés de importar iPhones (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Nesta semana, o republicano deu o ultimato. Em publicação no Truth Social (rede social do próprio Trump), o presidente ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre os produtos importados da Apple… a menos que os iPhones sejam fabricados nos EUA.

Há muito tempo, informei Tim Cook, da Apple, que espero que os seus iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, e não na Índia ou em qualquer outro lugar. Se não for esse o caso, uma tarifa de pelo menos 25% deverá ser paga pela Apple aos EUA.

Donald Trump, na rede social Truth Social

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Nada de China… nem Índia (Imagem: nikkimeel/Shutterstock)

iPhone produzido nos EUA?

  • Depois que o pacote de tarifas de Donald Trump foi anunciado (com taxas altíssimas para a China), a Apple começou a diversificar os locais de produção. A intenção é reduzir a dependência do país e driblar o tarifaço;
  • Nisso, a Índia surgiu como principal nome para a fabricação do iPhone;
  • A empresa também disse que começaria a expandir a produção nos Estados Unidos, com investimento de US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos para a instalação de cadeia produtiva. Mas especialistas acreditam que isso não deve se concretizar – até porque o valor do celular ficaria absurdamente alto;
  • Trump chegou a elogiar a Apple pela decisão, mas a companhia da maçã não parou de ‘caçar’ alternativas. Até o Brasil surgiu como um potencial local de fabricação (saiba mais aqui).

Com a mais nova ameaça de Trump, a Apple se torna mais uma das empresas na mira do governo. Amazon, por exemplo, já é uma das que sofre as consequências da pressão.

Leia mais:

Por enquanto, EUA e China estão em uma trégua de 90 dias, mantendo apenas as tarifas recíprocas para que novos acordos sejam negociados. Essa medida deve dar algum tempo extra à Apple.

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Tarifas de Trump: Apple tem prejuízo bilionário – que pode afetar o iPhone

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (02) novas tarifas para produtos importados. As empresas de tecnologia do país foram algumas das grandes afetadas com a medida. A Apple liderou os prejuízos: nesta quinta-feira (03), a companhia da maçã perdeu mais de US$ 250 bilhões em valor de mercado.

Tesla, Nvidia, Meta e Amazon também sofreram quedas expressivas na bolsa de valores.

O impacto na Apple, especificamente, levanta preocupações sobre um possível aumento no preço final dos produtos (incluindo o iPhone).

Trump se referiu às tarifas como “independência econômica” dos Estados Unidos (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)

Tarifas de Trump x big techs

As tarifas de Trump afetaram todos os países do mundo. A maioria ficou com taxas mínimas de 10% (como o Brasil). Já outros tiveram um aumento expressivo na taxação, como a China (34%), nações europeias (20%), Índia (26%) e Vietnã (46%).

A medida impactou as big techs estadunidenses. Ao final da quarta-feira, as ações já haviam começado a cair, o que se intensificou nesta quinta-feira. Tesla, Nvidia e Meta caíram 6%, enquanto Amazon caiu 7,2%.

A mais afetada foi a Apple, com queda de 8,5% e perda de US$ 250 bilhões em valor de mercado.

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Preço do iPhone pode estar em risco (Imagem: 360b / Shutterstock)

Tarifas vão encarecer o iPhone?

As big techs são dos Estados Unidos, mas não estão isentas de preocupações: boa parte delas depende de produtos importados ou até mesmo produzem seus dispositivos internacionalmente.

É o caso da Apple, que teve a maior queda entre as principais empresas do setor de tecnologia. Isso porque Índia e Vietnã, que mencionamos anteriormente, se tornaram pilares da cadeia de produção do iPhone e outros aparelhos da companhia nos últimos anos – e tiveram suas taxas de importação aumentadas significativamente.

Agora, a empresa da maçã tem duas opções:

  • Absorver os custos das tarifas, o que diminuiria sua margem de lucro;
  • Ou repassá-lo aos consumidores, o que aumentaria o preço dos produtos finais.

iPhone, iPad e Apple Watch estão entre os possíveis afetados.

Índia e Vietnã viraram importantes na cadeia de produção da Apple (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

Índia e Vietnã são pilares da cadeira de produção do iPhone

Desde 2018, quando Trump impôs tarifas à China pela primeira vez, a Apple acelerou a realocação de parte de sua produção. A empresa transferiu linhas de montagem de iPads e AirPods para o Vietnã. E iniciou a fabricação de iPhones na Índia.

Após cinco anos de investimento em treinamento de mão de obra e infraestrutura, a Apple projeta que até 25% dos 200 milhões de iPhones vendidos anualmente sejam produzidos na Índia.

O Vietnã, por sua vez, atraiu investimentos pela proximidade com a China. E se consolidou como polo alternativo após os fechamentos de fábricas chinesas durante a pandemia. Em 2023, mais de 10% dos principais 200 fornecedores da Apple estavam em solo vietnamita.

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Trump elogiou big techs

As novas tarifas impostas por Trump aumentam ainda mais a pressão nos negócios da Apple. A empresa já pagava 20% em produtos vindos da China – onde 90% dos produtos são fabricados. Agora, as taxas do país ficarão em 34%.

Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos elogiou as big techs (a Apple especialmente) por investirem no país. Ele classificou a medida como “uma declaração de independência econômica” em relação ao mundo e destacou o objetivo de alavancar a produção nacional.

Segundo o TechCrunch, analistas da Wedbush Securities avaliaram que as tarifas são “piores do que o pior cenário” para investidores de tecnologia. 

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