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Cidade saudita futurista de trilhões ainda nem existe, mas já tem time de futebol

Você já deve saber que a Arábia Saudita está construindo uma megacidade futurista. Com custo estimado de US$ 500 bilhões (mais de R$ 2,8 trilhões), a Neom (também conhecida como The Line) está prevista para ser inaugurada apenas em 2030.

Projetada de forma linear, com 170 quilômetros de comprimento, 500 metros de altura e 200 metros de largura, ela será enorme estrutura espelhada e poderá abrigar cerca de 9 milhões de habitantes. Uma cidade diferente de qualquer outra, mas que também terá algo bem comum: um time de futebol.

Clube vai jogar a primeira divisão do país

Na verdade, o time foi criado antes mesmo da cidade estar pronta. E o Neom SC já começou a dar orgulho para os futuros habitantes ao garantir o acesso para a elite do futebol saudita nesta semana com uma vitória de 3 a 0 diante do Al-Arabi.

Neom SC, time de futebol da Arábia Saudita (Imagem: divulgação/Neom SC)

Comandado pelo técnico brasileiro Péricles Chamusca e tendo o meia Carlos Júnior, revelado pelo Atlético-MG, no elenco atual, o clube já faz planos para a próxima temporada. No entanto, terá que continuar jogando em uma casa emprestada pelo menos até 2030 (quando a cidade ficará pronta).

Enquanto isso, o Neom SC joga na cidade de Tabuk.

O clube foi fundado em 1965 com o nome de Al-Suqoor e nunca participou da elite saudita. Em 2023, o governo decidiu mudar o nome da equipe e transformá-lo em uma empresa, controlada pela companhia responsável por construir a cidade Neom.

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Cidade futurista da Arábia Saudita terá estádio de futebol (Imagem: divulgação/Neom)

Cidade deve sediar jogos da Copa do Mundo de 2034

  • O projeto de construção da megacidade faz parte dos planos da Arábia Saudita de se tornar um país mais atrativo ao resto do mundo.
  • O governo saudita está buscando a transição de uma economia principalmente baseada no petróleo para a de um destino turístico.
  • E nada melhor do que investir no esporte para melhorar a sua imagem.
  • É por isso, por exemplo, que o país decidiu atrair diversos astros do esporte: o principal deles é o português Cristiano Ronaldo.
  • Os planos incluem sediar a Copa do Mundo de 2034.
  • Inclusive, Neom deve ser uma das cidades que receberão jogos do mundial.

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BYD fecha acordo com… gigante do petróleo? Entenda

A Saudi Aramco, a maior companhia petrolífera do mundo, anunciou na última segunda-feira (21) uma parceria com a gigante chinesa dos carros elétricos BYD.

O comunicado deixou muita gente perplexa: como duas empresas que produzem coisas praticamente antagônicas podem fechar um acordo? É isso que o Olhar Digital explica nas linhas a seguir.

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Segundo informa a Reuters, esse acordo visa o desenvolvimento de novas tecnologias, com foco na melhora da eficiência dos veículos em conjunto com preocupações ambientais.

É importante destacar que a Aramco é uma empresa estatal, ou seja, que pertence ao governo saudita. E não é segredo para ninguém que o país vem tentando diversificar sua economia.

São empreendimentos com foco no turismo, no entretenimento e no esporte. A Arábia Saudita deve receber, por exemplo, a Copa do Mundo de 2034. E, até lá, o governo planeja apresentar ao mundo as cidades mais tecnológicas que já existiram.

Uma Arábia Saudita ainda mais moderna

  • Como mostramos aqui no Olhar Digital, a Arábia Saudita tem planos ambiciosos para o futuro – e tem muito dinheiro para executá-los.
  • O maior projeto de todos é o da cidade futurista de Neom.
  • O último vídeo de atualização é de maio de 2024 – e mostra um pouco do que podemos esperar.
  • Tem ainda o maior arranha-céu do mundo, uma mega marina para iates de luxo, além de uma ilha que parece um pedaço do Paraíso na Terra.
  • Todos esses empreendimentos respeitam bastante os conceitos de modernidade e sustentabilidade.
  • As maquetes mostram muitas áreas verdes e a promessa é de tecnologia de ponta, com uso de energia renovável.
  • E é aqui que entra a BYD.
  • A eletrificação dos carros já se estabeleceu como o futuro da mobilidade.
  • E a rica Arábia Saudita não quer ficar para trás, tanto que definiu uma meta sobre o assunto: quer aumentar a frota de EVs dos atuais 1% para 30% em cinco anos.
  • É claro que esse será um caminho longo e cheio de obstáculos, por exemplo a falta de estações de carregamento e de infraestrutura em geral.
  • A parceria com a BYD deve ajudar bastante nesse aspecto.

E o que a BYD ganha com o acordo?

O primeiro ponto é o dinheiro saudita.

Pois é, a BYD pode usar a grana do petróleo para realizar novas pesquisas e para o desenvolvimento de tecnologias de carbono zero. Contraditário? Talvez, mas o importante é o resultado final.

A Arábia Saudita quer diversificar suas fontes de renda e, para isso, vai usar o dinheiro do petróleo – Imagem: Hamara/Shutterstock

Outro aspecto é a entrada da empresa no mercado saudita. O comunicado da Aramco ocorre duas semanas depois de a Tesla promover um evento dentro de Riad. Tesla e BYD que travam atualmente uma disputa global sobre quem será a maior companhia de EVs do planeta.

A Tesla já anunciou planos para lançar vendas on-line, lojas pop-up e estações Supercharger em importantes cidades sauditas para dar suporte à sua expansão. E a BYD não quer ficar para trás.

A ver como funcionará de fato essa nova parceria. O Olhar Digital segue acompanhando.

As informações são da Reuters.

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Projeto quer criar um “Jardim do Paraíso” na Arábia Saudita

Os ambiciosos planos da Arábia Saudita em tornar o país um dos principais destinos turísticos do mundo continuam a todo vapor. Com dinheiro do petróleo, o governo atrai empresas privadas que fazem brotar cidades tecnológicas no meio do deserto, levantam arranha-céus suntuosos e plantam verdadeiras florestas onde antes havia apenas areia.

Um novo empreendimento promete tornar todo esse pacote ainda mais atraente.

E o nome dele não é nada modesto: “Jardim Eterno”, em alusão ao Éden, o Paraíso, segundo os religiosos.

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O projeto leva a assinatura da famosa empresa britânica Foster + Partners, que trabalha em parceria com a gigante Red Sea Global. Eles pegaram a pequena ilha de Laheq, no oeste do país, e a redesenharam como uma espécie de resort de luxo.

Laheq faz parte de um arquipélago de 90 ilhas e tem uma área estimada de 400 hectares. Alguns hotéis já foram entregues. A previsão, porém, é que o projeto seja concluído apenas em 2028.

Como ficará a ilha

  • As imagens mostram uma infraestrutura absurda.
  • É possível ver casas e hotéis de luxo cercados por muitas árvores.
Será possível alugar todas essas casas de madeira luxuosas (por uma pequena fortuna, é claro…) – Imagem: Reprodução/Red Sea Global
  • Ao todo, serão dois resorts de luxo, um focado em bem-estar e o outro oferecendo um estilo de vida mais… baladeiro.
  • Haverá ainda um grande centro comercial, além de áreas de entretenimento, restaurantes, um campo de golfe e uma marina com 115 vagas.
  • Outra atração serão os esportes aquáticos, sobretudo o mergulho.
  • A biodiversidade marinha é bastante rica, com mais de 2 mil espécies de peixes, muitas delas exclusivas da região.
  • E tudo isso com uma paisagem paradisíaca, com praias de areia branca e mar azul.
  • E as águas são bastante tranquilas – as autoridades sauditas afirmam ter a quarta maior barreira de corais do mundo, o que garante aquele mar que parece uma piscina.
  • A construtora Red Sea Global promete, por fim, que tudo funcionará com 100% de energia renovável até 2030.
  • Também afirma que vai preservar grandes áreas naturais de manguezais, além de trabalhar pela regeneração do litoral.
Não precisa nem saber jogar golfe; basta gostar de belas paisagens – Imagem: Reprodução/Red Sea Global

Outros empreendimentos

Os projetos sauditas são impressionantes e o mais importante deles atende pelo nome de Neom. Será uma região completa, construída na fronteira do país com a Jordânia e o Egito. A capital dessa zona será a impressionante cidade The Line, uma metrópole futurista em linha reta – e que ganhou novos detalhes recentemente.

O país também prepara as obras do prédio mais alto do mundo, com o dobro do tamanho do Burj Khalifa.

O aranha-céu terá 2 quilômetros de altura e fará parte de um distrito comercial próximo ao aeroporto da capital Riad.

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The Line será uma das cidades mais ricas, futuristas e luxuosas do mundo – Imagem: Divulgação/Neom

O projeto turístico conta ainda com outras ilhas paradisíacas, como Sindalah, e até uma Disneylândia própria.

Vale destacar que todas as imagens são projeções. A previsão é que as obras terminem apenas no final dessa década.

As informações são do New Atlas.

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Cavernas na Arábia Saudita podem revelar segredo da migração humana

Pesquisadores examinaram rochas em cavernas da Arábia Saudita para revelar o passado do deserto Saharo-Árabe no decorrer de 8 milhões de anos e descobriram que o local já foi úmido e verde. Com esse clima, mamíferos, incluindo os hominídeos, poderiam ter ocupado a região, segundo a pesquisa.

Estudar esse período da história natural pode ser a chave para a comunidade cientifica compreender como e quando a humanidade se dispersou para fora da África e chegou a outros continentes.

“A Arábia tem sido tradicionalmente negligenciada nas dispersões entre a África e a Eurásia, mas estudos como o nosso revelam cada vez mais seu lugar central nas migrações de mamíferos e hominídeos”, disse Faisal al-Jibrin, arqueólogo saudita participante do estudo, em um comunicado.

Vista do deserto do Saara em Takarkori.
(Imagem: Archaeological Mission in the Sahara / Sapienza University of Rome)

Fósseis indicam períodos de “Arábia Verde”

Estudos anteriores sugeriram que a região foi árida por 11 milhões de anos, o que fazia das dispersões pela Península Arábica um grande desafio. No entanto, sempre houve questionamento por parte da comunidade científica acerca disso, principalmente pelos fósseis encontrados no local.

“Evidências fósseis do final do Mioceno e do Pleistoceno sugerem a presença episódica no interior do deserto saariano-árabe de fauna dependente de água (por exemplo, crocodilos, equídeos, hipopotâmides e proboscídeos) sustentada por rios e lagos que estão em grande parte ausentes da paisagem árida atual”, escreveram os pesquisadores.

Os restos mortais denotam a presença de animais e reforçam a hipótese dos períodos de uma “Arábia Verde”. Esses seriam momentos quando o clima da região era mais úmido e a vegetação se destacava, podendo prover comida e água para os seres vivos.

Um pedaço de estalagmite analisado pelos pesquisadores
Um pedaço de estalagmite analisado pelos pesquisadores. (Imagem: Dra. Monika Markowska)

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Cavernas no deserto contam história

Para investigar as hipóteses, uma equipe internacional de pesquisadores examinou minerais em cavernas da Arábia Saudita. O foco do grupo foi em estalagmites, que se formam quando a água escorre e cai no chão da caverna.

Ao analisar as rochas, o grupo encontrou evidências de intervalos úmidos e secos na história natural do lugar. Nesses momentos, animais e plantas puderam viver na região. Segundo a equipe, essa umidade era resultado das chuvas tropicais que chegavam mais ao norte nas estações de verão.

Com um clima agradável, seres humanos e outros animais puderam transitar pela região e chegar a outros locais. “Essas condições mais úmidas provavelmente facilitaram essas dispersões de mamíferos entre a África e a Eurásia, com a Arábia atuando como uma encruzilha importante para trocas biogeográficas em escala continental”, concluiu o professor Michael Petraglia, coautor da pesquisa.

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Novo prédio mais alto do mundo terá o dobro do tamanho do Burj Khalifa

A Arábia Saudita está prestes a confirmar seu mais novo plano para quebrar o recorde de edifício mais alto do planeta. O arranha-céu terá 2 quilômetros de altura e fará parte de um distrito comercial próximo a Riad, chamado Polo Norte, segundo o site MEED, de Dubai.

O projeto é do estúdio britânico Foster + Partners, que responde por diversas obras no país. O portfólio inclui a Al Faisaliah Tower, edifício mais alto da região no ano de sua inauguração, em 2000, além de estações de trem de alta velocidade e um resort de luxo na costa do Mar Vermelho.

O orçamento deve ficar em torno de US$ 5 bilhões, custeado pelo Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita.

A proposta supera o plano da empresa responsável pelo Jeddah Tower (ou Torre de Jedah), que terá 1,7 quilômetros de extensão, mas chegou a ficar paralisado por causa de problemas com a família do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman.

Nova torre será construída perto do aeroporto internacional de Riad (Imagem: Boarding1Now/iStock)

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Novas perspectivas

A nova torre terá o dobro da altura do Burj Khalifa de Dubai, que é o edifício mais alto do mundo atualmente, com 828 metros, e cerca de 3,5 vezes a altura do maior prédio dos Estados Unidos, o One World Trade Center, com 541 metros.

Na capital saudita, o edifício mais alto é a PIF Tower, de 385 metros, localizada no King Abdullah Financial District da cidade. A obra foi projetada pela HOK e pela empresa local de arquitetura e engenharia Omrania.

Burj Khalifa é o prédio mais alto do mundo, com 828 metros (Imagem: SHansche/iStock)

O empreendimento também seria quatro vezes maior do que o atual projeto mais alto de Fosters: a sede mundial do banco JPMorgan Chase, com 423 metros de altura, em Nova York, que está quase concluída.

A empresa também está supervisionando a expansão do Aeroporto Internacional Rei Khalid, renomeado como Aeroporto Internacional Rei Salman. O terminal vai acomodar 120 milhões de passageiros até 2030 e 185 milhões até 2050, tornando-se um dos maiores do mundo.

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Há algo de errado com a cidade futurista da Arábia Saudita, segundo jornal

Construir uma cidade do zero é por si só uma ideia ambiciosa. Agora, implantar uma obra futurista no meio do deserto com conceitos nunca antes tirados do papel pode soar impraticável. Mas essa palavra talvez não esteja no vocabulário saudita.

O Olhar Digital vem atualizando o andamento do projeto Neom, que pretende inaugurar um novo jeito de viver — para pessoas ricas, é claro. A visão é do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman Al Saud, que parece não ter limites para tornar seu sonho, realidade.

Um relatório elaborado pelo jornal The Wall Street Journal mostra que os gastos da Arábia Saudita com a cidade futurista estão bem acima do que era esperado. No ano passado, a Bloomberg já havia sinalizado que os custos estavam saindo do controle.

Se concluído, o Line poderá abrigar 9 milhões de pessoas (Imagem: Neom/Divulgação)

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Quantias astronômicas

A principal preocupação é com a cidade arranha-céu de 170 km de extensão, o Line. Apenas a primeira fase do projeto deve custar US$ 370 bilhões (R$ 2,1 trilhões), enquanto a data de conclusão final ficou para 2080, com gasto total de US$ 8,8 trilhões (R$ 46,5 trilhões). Isso é cerca de 25 anos do orçamento anual atual da Arábia Saudita.

Em Trojena, o resort de esqui de luxo na província de Tabuk, os gastos aumentaram em mais de US$ 10 bilhões (R$ 58,1 bilhões) após uma revisão do plano de 2023. Com isso, a taxa do “glamping” teve de ser reajustada para US$ 704 por noite (R$ 4 mil), acima dos US$ 216 (R$ 1,2 mil) iniciais. Um quarto de “hotel boutique para caminhadas” foi fixado em US$ 1.866 (R$ 10,8 mil) por noite, acima dos US$ 489 (R$ 2,8 mil).

Hidden Marina é o nome da primeira fase do projeto Line (Imagem: Neom/Divulgação)

O jornal alega que os executivos do Neom falsificaram os números para esconder as verdadeiras cifras dos investimentos. Um porta-voz do projeto rebateu e afirmou que o WSJ interpretou os dados de forma incorreta para deturpá-los. 

Os caprichos do príncipe que não abre mão de suas preferências explicariam os gastos acima do orçamento, de acordo com a reportagem. O Line seria menos custoso, por exemplo, se a torre fosse um pouco menos alta. Sem contar o edifício de vidro pendurado de cabeça para baixo em uma ponte de aço — projetado por um designer de filmes da Marvel.

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