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Diversos artefatos misteriosos foram desenterrados da região de Hama, no centro da atual Síria. Eles datam do período entre 2.500 e 2.000 a.C. e nunca se soube para qual função exatamente estes objetos serviam.
Agora, um novo estudo publicado na na revista Childhood in the Past indica que estes materiais eram, na verdade, chocalhos usados para bebês. Esta descoberta ajuda a entender mais sobre como era a vida na região no passado.
Objetos eram parecidos com itens do Museu Nacional de Damasco
A conclusão se deu a partir da análise de alguns fragmentos de cerâmica.
A maioria das alças destes objetos era oca, podendo ser decoradas ou não.
Elas geralmente eram cilíndricas.
Os itens decorados apresentava faixas escuras, avermelhadas ou pretas, ou desenhos diagonais e espirais.
A partir de uma comparação feita com outros objetos expostos no Museu Nacional de Damasco, os pesquisadores concluíram que os artefatos eram chocalhos.
Dimensões dos artefatos eram ideias para uso de bebês
Os chocalhos da região do Oriente Médio eram divididos em três tipos: sem alças, zoomórficos e com alças. Os objetos encontrados em Hama são do mesmo tipo dos localizados em Al-Zalaqiyat, Qatna, Tell ‘As e Tell Araq.
Exemplos de objetos encontrados na região (Imagem: Childhood in the Past)
Os chocalhos eram tradicionalmente interpretados como objetos multifuncionais usados para música, rituais e brinquedos. Provavelmente eles também eram usados para acalmar e estimular bebês, o que fica claro nas dimensões dos artefatos.
As alças dos chocalhos Hama eram pequenas, geralmente com apenas 4,5 a 6 cm de comprimento e um diâmetro de apenas 2 cm. Este tamanho é ideal para um bebê ou um irmão mais velho encarregado de entreter um recém-nascido.
Arqueólogos descobriram a mais antiga digital de um Neandertal até o momento. O artefato é um ponto vermelho sobre uma rocha de granito semelhante a um rosto, o que pode indicar a capacidade dos neandertais de fazerem arte e reconhecerem faces em objetos inanimados, segundo a pesquisa.
A rocha estava no abrigo de pedra de San Lázaro, na Espanha, e precisou de três anos de estudo para ser decifrada pelos pesquisadores. “A pedra tinha um formato estranho e um ponto ocre vermelho, o que realmente chamou nossa atenção”, disse o arqueólogo David Álvarez Alonso ao The Guardian.
O objeto tem 20 centímetros de comprimento e data de 43 mil anos atrás. A idade confirma que esse artefato foi depositado antes da chegada dos Homo sapiens à Península Ibérica, revelando que o local era dominado pelo neandertais, segundo a Interesting Engineering.
O abrigo rochoso é menor que uma caverna e se localiza em Segóvia, no centro da Espanha. (Imagem: David Álvarez-Alonso et al 2025)
A equipe analisou a mancha e descobriu que ela é composta de óxidos de ferro e minerais de argila. O estudo revela que a rocha foi retirada do Rio Eresma e “poderia se assemelhar a um rosto humano, com olhos, uma boca e uma crista em forma de nariz”.
“Este objeto contribui para nossa compreensão da capacidade de abstração dos neandertais, sugerindo que ele pode representar uma das primeiras simbolizações faciais humanas na Pré-história”, afirmou o estudo.
A impressão digital oferece uma nova pista sobre a capacidade cognitiva dos neandertais. A equipe sugere que essa espécie, assim como os H. sapiens, poderia vivenciar o fenômeno da Pareidolia: a capacidade de perceber rostos em objetos comuns.
A análise da impressão digital sugere que ela poderia ser de um homem adulto. (Imagem: David Álvarez-Alonso et al 2025)
“O fato de a rocha ter sido selecionada por sua aparência e depois marcada com ocre mostra que havia uma mente humana capaz de simbolizar, imaginar, idealizar e projetar seus pensamentos em um objeto”, escreveram os autores.
O artefato não apresenta marcas de uso como uma ferramenta. Isso reforça a hipótese de que o valor do objeto era simbólico ao invés de prático, explica o artigo.
O grupo não chegou a uma conclusão sobre as motivações do pintor neandertal. Porém, os pesquisadores constataram que há evidências para uma capacidade dos neandertais de produzirem símbolos, mas que o debate deverá continuar.
“A questão aqui é que estamos lidando com um objeto incomparável; não há nada semelhante. Não é como na arte, onde, se você descobre uma pintura rupestre, há centenas de outras que você pode usar para contextualizar. Mas nossa afirmação é que os neandertais tinham uma capacidade de pensamento simbólico semelhante à do Homo sapiens e achamos que este objeto reforça essa noção”, concluiu Alonso.
A descoberta de artefatos antigos em uma uma caverna parcialmente alagada na região onde hoje fica o México despertou a curiosidade de cientistas. Também chamou a atenção o bom estado de conservação dos materiais.
Análises revelaram que os objetos foram utilizados em rituais de fertilidade há mais de 500 anos. No entanto, ninguém sabe explicar qual civilização teria sido responsável pela criação deles ou pela realização das celebrações.
No total, 14 artefatos foram localizados na caverna
A caverna fica no estado de Guerrero, a cerca de 2.380 metros acima do nível do mar.
Ela é conhecida como Tlayócoc, que significa “Caverna dos Texugos” na língua indígena Nahuatl.
Durante a exploração do local, os pesquisadores tiveram que atravessar uma verdadeira piscina de 15 centímetros de água.
Isso porque a caverna está parcialmente alagada.
Mesmo com as dificuldades, a equipe encontrou 14 artefatos antigos.
Objetos teriam sido criados por cultura pouca conhecida
Entre os artefatos localizados estavam quatro pulseiras de conchas. Elas foram descobertas enroladas sobre pequenas estalagmites, formações rochosas comuns em cavernas. Os pesquisadores acreditam que isso tenha alguma relação com os rituais de fertilidade que foram realizados no local.
Três dos objetos apresentam decorações incisas. Entre elas, um símbolo em forma de S conhecido como “xonecuilli” e que está associado ao planeta Vênus e à medição do tempo, bem como uma figura semelhante a um humano que pode representar o deus criador Quetzalcoatl.
Pulseiras apresentam decorações misteriosas (Imagem: Miguel Pérez)
De acordo com a equipe, as cavernas eram lugares sagrados associados ao submundo e considerados o útero da Terra pelas culturas pré-hispânicas. Análises feitas revelaram que os artefatos datam do período pós-clássico da história mesoamericana, entre 950 e 1521 d.C. Uma das hipóteses é de que os materiais foram criados por membros de cultura Tlacotepehua que habitava a região.
Arqueólogos acreditam que uma tábua de argila da Suméria possa ser o registro mais antigo de uma assinatura encontrado até hoje. O artefato de 5000 anos contem uma receita de cerveja, bebida que marcou a sociedade dos antigos sumérios.
Pesquisadores a encontraram na cidade de Uruk, na região da antiga Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. A tábua é datada de 3.100 a.C. e faz parte de uma coleção de tabloides de argila manuscritos conhecida como Schøyen Collection.
A raridade do artefato está nos símbolos em seu canto superior esquerdo, traduzidos como “KU” e “SIM”. Os especialistas acreditam que esse seja o primeiro registro de um nome próprio na história da humanidade, pertencendo a um indivíduo chamado “Kushim”.
Ele seria um escriba oficial que criou o registro para fins administrativos. Sua função seria a de registrar a quantidade de grãos e a produção de cerveja, segundo a principal hipótese dos pesquisadores
Jarra de cerveja ao final da receita. (Imagem: Divulgação / Bloomsbury Auctions)
Porém, uma segunda hipótese sugere que “Kushim” poderia ser o nome de um órgão governamental ou o título de um cargo. A mesma nomenclatura aparece em outras 17 tábuas, muitas delas se referem à função de “Sanga”, o administrador do templo.
O historiador Yuval Harari notou em sua obra “Sapiens” que na tábua está escrito: “29.086 medidas de cevada 37 meses”. Essa inscrição foi interpretada como uma espécie de recibo pela compra de cevada, usada na fabricação da bebida alcoólica.
“Os símbolos mostram ao observador todo o processo industrial de fabricação de cerveja: desde uma espiga de cevada ou milho, até um prédio de tijolos com uma chaminé que pode ser a própria cervejaria e, finalmente, a cevada ou o milho dentro de uma jarra que representa a cerveja”, escreveram os especialistas da Bloomsbury Auctions.
Cerveja era fundamental na Suméria
Outras tábuas de registro da antiga Suméria ilustram a importância da cerveja para a cultura local. A bebida era parte fundamental da vida do povo sumério, tendo funções religiosas e econômicas. Uma tábua em específico mostra pessoas bebendo cerveja com longos canudos.
Especialistas acreditam que a bebida alcoólica era usada também para pagar os trabalhadores, segundo a Ancient Origins. O governo recebia grãos como pagamento de imposto nos templos, que eram convertidos em cerveja e pão pelas sacerdotisas e distribuídos como pagamento.
Tabua da Mesopotâmia contem a representação mais antiga de pessoas bebendo cerveja. (Imagem: Armstrong Undergraduate Journal of History)
O tabloide de argila raro ficou em posse da Bloomsbury Auctions, uma casa de leilões em Londres, Reino Unido. Especialistas do local avaliaram o artefato em £ 90.000, cerca de R$ 679.392 na cotação atual.
“Esta ‘tábua administrativa excepcionalmente fina e perfeita’ não é apenas a melhor tábua desse tipo na Coleção Schøyen; mas também afirma ser o registro mais antigo conhecido de qualquer nome pessoal na história”, escreveram os profissionais.
Em 2020, a tábua, que mede 7,6 por 7,6 centímetros, foi vendida em um leilão realizado pela Bloomsbury Auctions. Um colecionar norte-americano adquiriu o artefato por £ 175.000 (R$ 1.321.040,00), cerca de £ 85.000 a mais do que o estimado pelos especialistas.
“Ficamos encantados com o resultado, assim como felizes por fazer parte dessa peça passando de uma coleção importante para outra em sua jornada através dos tempos”, concluiu a casa de leilão.
O misterioso artefato conhecido como Mecanismo de Anticítera tem mais de 2 mil anos e confunde pesquisadores há décadas. Estudos anteriores lançaram a hipótese de que ele seria uma ferramenta de medição celestial. Porém, uma nova pesquisa sobre suas engrenagens com dentes em forma de triângulo revelou um possível propósito diferente para a máquina.
O mecanismo foi encontrado nos restos de um naufrágio em 1901, no Mar Egeu, próximo à ilha grega de Anticítera. Em 1971, pesquisadores utilizaram raios-x para revelar escritos gravados na ferramenta. Ao serem decifrados, eles sugeriram que o instrumento poderia servir para medições astronômicas, como o cálculo do tempo de translação dos planetas.
A parte que sobrou do artefato original é composta por uma manivela, várias engrenagens e indicadores. Hipóteses anteriores sugeriram que o mecanismo poderia realizar diversas tarefas, como indicar a data de acordo com os calendários egípcio e grego, mostrar as posições da Lua, do Sol e dos planetas no zodíaco e prever futuros eclipses.
No entanto, o grau de deterioração do mecanismo dificulta o trabalho dos pesquisadores, o que abre margem para novas suposições e estudos. “Os efeitos de 2.000 anos debaixo d’água provavelmente causaram corrosão que pode ter deformado as engrenagens, enquanto a resolução das tomografias computadorizadas pode não ser suficiente para detectar com precisão as pontas ou vales dos dentes”, escreveram os cientistas.
Cientistas estudam o artefato por mais de um século e ainda restam mistérios (Imagem: Alexandros Michailidis / Shutterstock)
Artefato milenar serviu como brinquedo?
Na nova pesquisa, uma equipe de cientistas argentinos programou uma simulação de computador que replica o possível funcionamento do Mecanismo de Anticítera. A experiência também incorporou erros da fabricação do instrumento, principalmente o fato de que as engrenagens não tinham espaçamento exato entre elas.
A partir dos testes, o grupo constatou que o mecanismo não era tão útil como se pensava. Ele só poderia ser girado para calcular até cerca de quatro meses no futuro antes de travar ou suas engrenagens se desgastarem.
O usuário teria que reajustar a ferramenta para fazê-la funcionar novamente. Considerando que as marcas no instrumento indicam um ano inteiro, o problema de travamento parecia atrapalhar a função do mecanismo.
Com base nos resultados, a equipe deu a possibilidade de que ele fosse um brinquedo sofisticado. Assim, ele não teria sido pensado para ser preciso, mas viria com um manual de instruções que pediria ao usuário que reiniciasse após algumas voltas.
Porém, devido à complexidade artesanal do instrumento, o grupo classificou essa como uma ideia pouco possível. Principalmente, porque, se ele fosse pensado para ser um brinquedo e não para a precisão de cálculos astronômicos, não haveria motivo para um trabalho de montagem tão complexo.
Reconstrução possível do Mecanismo de Anticítera, modelo da Universidade Aristóteles de Tessalônica. (Imagem: Gts-tg / Wikimedia Commons)
A outra hipótese é de que as medições atuais, feitas por tomografia no artefato, estejam incorretas. As imagens digitalizadas forneceram apenas um certo nível de precisão, que não seria o suficiente, segundo explicou a equipe.
Além disso, dois mil anos de corrosão podem ter deformado os componentes muito além de seu estado original. Isso indica que os criadores do Mecanismo de Anticítera podem ter projetado a ferramenta de forma precisa o suficiente para evitar travamentos e ainda fornecer previsões astronômicas confiáveis.
“Esta análise sugere que devemos ser cautelosos ao presumir que nossas medições dos fragmentos refletem perfeitamente seus valores originais. Em vez disso, destaca-se a necessidade de mais pesquisas e o possível desenvolvimento de técnicas mais refinadas para melhor compreender a verdadeira precisão e funcionalidade do Mecanismo de Anticítera”, concluíram os pesquisadores.
Um tesouro “incomum” de artefatos que foi queimado e depois enterrado foi localizado com o uso de um detector de metais amador no norte da Inglaterra. Segundo pesquisadores, os materiais têm cerca de dois mil anos, datando da Idade do Ferro.
No total, foram mais de 800 objetos localizados, incluindo um caldeirão, uma tigela de mistura de vinho, um equipamento de equitação e pedaços de carroças ou carruagens. Além disso, foram localizadas pontas de lança utilizadas em rituais.
Redes de comércio existiam já naquela época
Pesquisadores da Universidade de Durham, na Inglaterra, afirmam que a descoberta é bastante incomum e interessante. Isso porque sugere a existência de uma rede de comércio entre a ilha e o restante do continente europeu.
Um dos objetos localizados pelos pesquisadores (Imagem: Universidade de Durham)
Por exemplo, a tigela em questão apresenta uma combina os estilos mediterrâneos e britânico da época. Além disso, os objetos podem ter pertencido a um grupo da elite da época, indicando que os habitantes do norte da Grã-Bretanha eram tão poderosos quanto os do sul.
Em comunicado, a equipe explicou que os objetos foram mantidos na universidade para a realização de diversos estudos. No futuro, o Museu de Yorkshire lançará uma campanha de arrecadação de fundos para garantir que o Melsonby Hoard faça parte da sua coleção.
Arqueólogos descobriram bonecos raros de2.400 anos em El Salvador. Evidências mostram que eles podem ter servido para rituais e faziam parte da cultura dos povos da América Central, funcionando como prova do contato dos indígenas salvadorenhos com as populações vizinhas.
No estudo, publicado na revista Antiquity, os pesquisadores analisam cinco figuras de cerâmica, sendo quatro similares a mulheres e uma com aparência masculina. Elas estavam no topo de uma pirâmide.
Uma hipótese inicial foi de que os artefatos seriam parte de uma oferenda funerária. Porém, a equipe não encontrou restos mortais humanos no local, o que afastou essa ideia. A localização no topo da estrutura sugere que os objetos funcionavam para rituais públicos, segundo a equipe.
Bonecos têm expressões faciais e detalhes
“Uma das características mais marcantes dos bonecos é a sua expressão facial dramática, que muda dependendo do ângulo de onde os olhamos”, disse o principal autor do estudo, Jan Szymański, arqueólogo da Universidade de Varsóvia, na Polônia.
Ao nível dos olhos, os bonecos parecem zangados; de cima, aparentam estar sorrindo; de baixo, parecem assustados. Essa diversidade de expressões faciais denota a complexidade dos artefatos.
Três têm cerca de 30 centímetros, enquanto os outros medem 18cm e 10cm. As três estatuetas maiores são retratadas nuas e não têm cabelo ou joias, mas as duas menores são feitas com mechas de cabelo na testa e alargadores de orelha nos lóbulos, segundo descrevem os pesquisadores.
Encaixe permitindo a articulação da cabeça visto nas três grandes estatuetas. (Imagem: J. Przedwojewska-Szymańska/PASI; Antiquity Publications Ltd)
Os bonecos maiores têm cabeças móveis e bocas que se abrem. A equipe propõe que eles poderiam ter servido para cenas teatrais como meio de se contar histórias e passar mensagens. Para o grupo, não está claro se as figuras representam pessoas reais. “Este é um design consciente, talvez destinado a melhorar a gama de performances rituais nas quais os fantoches poderiam ter sido usados”, disse Szymański.
Além dos cinco artefatos intactos, os arqueólogos encontraram fragmentos de outros bonecos em outras partes da escavação. A parte superior da figura menor cabe em uma estatueta oca de torso. A partir disso, equipe especula que poderiam ser elementos de uma cena que representa o nascimento.
A menor estatueta cabe dentro da barriga oca de outra estatueta encontrada em outro lugar da escavação.
(Imagem: J. Przedwojewska-Szymańska/PASI; Antiquity Publications Ltd)
As misteriosas estatuetas de Bolinas
Essa não é a primeira vez que exploradores encontram bonecos de cerâmica na América Central. As figuras pertencem a um estilo de artefatos chamados de estatuetas de Bolinas e foram descobertas inicialmente em 2012 por outro grupo de pesquisadores.
Na época, a equipe encontrou seis figuras femininas em um cemitério nas terras altas da Guatemala. As estatuetas de Bolinas de Tak’alik Ab’aj, como ficaram conhecidas, têm decorações como saias e penteados gravados na argila. Uma delas até usa um brinco de jade colocado no lóbulo da orelha.
Cabeça da estatueta masculina com largura de 55 mm. (Imagem: J. Przedwojewska-Szymańska/PASI; Antiquity Publications Ltd)
Esses paralelos fazem Szymański e outros arqueólogos pensarem que os bonecos encontrados em San Isidro podem ter usado roupas feitas de tecido ou palha, joias em miniatura e até perucas.
Os artefatos descobertos recentemente são de cerca de 400 a.C. Essa datação sugere que podem ter servido para rituais durante os períodos Pré-clássico (2.000 a.C. a 200 d.C.) e Clássico (200 a 900 d.C.) na América Central.
Os povos mesoamericanos compartilhavam culturas
Por volta de 400 a 500 d.C, muitos artefatos salvadorenhos foram perdidos ou enterrados pelas cinzas da erupção do vulcão Ilopango. Por causa da devastação e da dificuldade em se pesquisar no país, principalmente pela elevada densidade populacional, pouco se sabe sobre a história dos antigos povos de El Salvador.
A falta de evidências levou pesquisadores a acreditarem que o local poderia ter sido isolado e não compartilhar a cultura política e social com os povos vizinhos. Porém, a descoberta das estatuetas sugere que os povos tinham sim ligação entre si.
“Esta descoberta contradiz a noção predominante sobre o atraso ou isolamento cultural de El Salvador nos tempos antigos”, disse Szymański. “Isso revela a existência de comunidades vibrantes e de longo alcance, capazes de trocar ideias com lugares notavelmente distantes”.
O grupo pretende ir mais afundo para entender os rituais e fantoches dos povos da região. A equipe de Szymański continuará escavando a pirâmide e desenvolvendo novas pesquisas.