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Missão espacial inédita da China envia primeira imagem à Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a China deu um novo passo na exploração espacial ao lançar a sonda Tianwen-2, sua primeira missão para coletar amostras de um asteroide. O lançamento foi no dia 28 de maio, às 14h31 (pelo horário de Brasília), usando um foguete Longa Marcha 3B, que decolou do centro espacial de Xichang.

Na última sexta-feira (6), a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) divulgou a primeira imagem enviada à Terra pela missão, que já está operando bem, a mais de três milhões de quilômetros daqui, de acordo com um comunicado da agência. Até então, só haviam sido disponibilizadas ilustrações digitais. 

Obtido por uma câmera de engenharia a bordo, o registro mostra parte da nave com um de seus painéis solares circulares. Esses painéis se parecem com os que foram instalados na missão Lucy, lançada pela NASA rumo aos asteroides troianos de Júpiter em outubro de 2021.

Um dos painéis solares da sonda Tianwen 2, fotografado por uma câmera de engenharia a bordo da espaçonave em 6 de junho de 2025. Crédito: CNSA

Coletar amostra de asteroide é apenas a primeira etapa da missão

A sonda Tianwen-2 foi enviada para estudar o asteroide 469219 Kamoʻoalewa, que fica a cerca de 16 milhões de quilômetros da Terra. A nave deve chegar até ele em julho de 2026 e entregar amostras para a Terra em novembro de 2027.

Após essa etapa, a missão vai continuar. Usando a força gravitacional do nosso planeta, a espaçonave será redirecionada para o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, onde investigará o cometa 311P/PANSTARRS ao longo de cerca de seis anos.

Imagen do Telescópio Espacial Hubble, da NASA, mostra um conjunto nunca antes visto de seis caudas semelhantes a cometas irradiando de um corpo no cinturão de asteroides denominado P / 2013 P5 ou Cometa 311P / PANSTARRS. Crédito: NASA, ESA e D. Jewitt (UCLA)

Tianwen-2 não será a primeira experiência chinesa com asteroides. Em 2012, a sonda Chang’e 2 sobrevoou o asteroide Toutatis após mapear a Lua. O país também já realizou missões de coleta de amostras: a Chang’e 5 trouxe material do lado visível da Lua, em 2020, e a Chang’e 6 coletou amostras inéditas do lado oculto, em 2024.

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Asteroide a ser investigado pela China pode ser um pedaço da Lua

Esta é a segunda missão planetária da China. A primeira chegou a Marte em 2020 com o orbitador Tianwen-1 e o rover Zhurong, que estão em operação até hoje. O país já planeja a Tianwen-3, que vai tentar trazer amostras do solo marciano em 2028, e a Tianwen-4, prevista para 2030, com destino às luas de Júpiter – com um sobrevoo de Urano incluso.

Representação gráfica da sonda Tianwen-2 examinando o asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

Com a missão Tianwen-2, a China pode se tornar o terceiro país a trazer amostras de asteroides para a Terra, depois do Japão, com as missões Hayabusa, e dos EUA, com a OSIRIS-REx.

O asteroide Kamoʻoalewa, alvo da missão, tem entre 40 e 100 metros de diâmetro. Ele é considerado um “quase-satélite” da Terra porque segue uma trajetória próxima ao nosso planeta. Segundo a NASA, há suspeitas de que ele seja um fragmento da própria Lua.

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Chicxulub

Olhar Espacial: saiba tudo sobre o asteroide que extinguiu os dinossauros

Há 65 milhões de anos, um evento catastrófico mudou para sempre a vida na Terra: o impacto de um asteroide gigantesco que desencadeou a extinção dos dinossauros e de muitas outras espécies. 

Mas como esse evento, conhecido como extinção do Cretáceo-Paleogeno, transformou o nosso planeta? Quais são as evidências que comprovam a ligação entre o impacto e a extinção em massa? E quais foram os efeitos devastadores desse evento na história da vida na Terra?

Impacto do asteroide acabou com os dinossauros e com 75% da vida no planeta. Crédito: Elenarts – Shutterstock

No Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (6), vamos mergulhar no passado remoto do nosso planeta para investigar os detalhes desse impacto apocalíptico. Além disso, vamos explorar as evidências que revelam a magnitude do evento e suas consequências para a biosfera e discutir a probabilidade de um evento semelhante acontecer novamente em um futuro próximo.

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E para abordar esse tema tão curioso, o programa recebe o paleontólogo Marcelo Adorna Fernandes. Graduado em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com mestrado em Ecologia e Recursos Naturais pela mesma instituição e doutorado em Geologia/Paleontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atualmente é professor associado nível IV no Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da UFSCar e coordenador do Grupo de Pesquisa do CNPq Paleoecologia e Paleoicnologia. 

Fernandes tem vasta experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia Estratigráfica, atuando principalmente nos seguintes temas: paleontologia, paleoicnologia, paleovertebrados, Formação Botucatu, Bacia Bauru e icnofósseis. 

O Programa Olhar Espacial desta semana recebe o paleontólogo Marcelo Adorna Fernandes para um bate-papo sobre o asteroide que matou os dinossauros. Crédito: Arquivo pessoal

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Veja ao vivo um asteroide com o dobro do tamanho do Maracanã passar próximo à Terra

Um imenso asteroide com cerca de 552 metros de diâmetro (o equivalente a dois Maracanãs), designado (424482) 2008 DG5, vai passar em segurança perto da Terra na quinta-feira (5) – e você pode acompanhar em tempo real pela internet.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), a aproximação máxima será às 20h57 (pelo horário de Brasília), quando a rocha espacial estará a 3,48 milhões de km da Terra (o que equivale a cerca de nove vezes a distância entre o planeta e a Lua). Embora pareça muito longe (e de fato é), isso é considerado próximo para os padrões da astronomia.

Dados do asteroide (424482) 2008 DG5 levantados pela ESA. Crédito: ESA

Quem quiser observar o asteroide ao vivo pode acompanhar a transmissão online programada pelo Projeto Telescópio Virtual, da Itália. A exibição será gratuita, no canal do projeto no YouTube, a partir das 19h.

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Asteroide é classificado como potencialmente perigoso

Segundo determinado pela NASA, todo corpo celeste que passe a menos de 7,5 milhões de km de nós é classificado como NEO, sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”. Quando ele tem mais de 150 metros, entra também na categoria de “potencialmente perigoso”. Embora o nome assuste, não indica ameaça imediata. Esses objetos apenas entram em uma lista de monitoramento mais cuidadosa, com cálculos detalhados de suas trajetórias. 

O asteroide 2008 DG5 tem 552 metros, de acordo com as estimativas. Crédito: Marcelo Zurita/Asteroid Day Brasil

Descoberto em 2008, o asteroide 2008 DG5 pertence à classe Apollo – grupo de corpos celestes cuja órbita cruza com a da Terra. Essa rocha, que completa uma volta ao redor do Sol a cada 514 dias, passou pelo planeta pela primeira vez em 1956, segundo a a plataforma de monitoramento Space Reference, e deve retornar em 2032. Depois da aproximação desta semana, está prevista outra para 2184, totalizando 15. 

Contando com a desta semana, o asteroide tem mais 15 aproximações previstas com a Terra. Crédito: Space Reference

Monitore objetos próximos da Terra com ferramenta da NASA

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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China lança missão inédita para coletar amostras de asteroide

Nesta quarta-feira (28), a China deu um novo passo na exploração espacial ao lançar a sonda Tianwen-2, sua primeira missão para coletar amostras de um asteroide

O lançamento foi feito com um foguete Longa Marcha 3B, a partir do centro espacial de Xichang. A decolagem aconteceu às 14h31, no horário de Brasília, e foi considerada um “sucesso completo” pelas autoridades chinesas, segundo um comunicado.

O objetivo da missão Tianwen-2 é alcançar o asteroide 469219 Kamoʻoalewa, um corpo celeste que fica relativamente perto da Terra, a cerca de 16 milhões de quilômetros. A chegada ao asteroide está prevista para julho de 2026. A espaçonave deve coletar amostras e trazê-las de volta à Terra em uma cápsula que pousará em novembro de 2027.

Cumprida essa etapa, a sonda continuará sua viagem, usando a gravidade da Terra para seguir até o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, onde estudará o cometa 311P/PANSTARRS. Essa parte da jornada deve levar, ao todo, seis anos para ser concluída. 

Ilustração digital da sonda de asteroides e cometas Tianwen-2 voando perto da Terra. Crédito: CNSA

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Asteroide a ser examinado pela China pode ser um pedaço da Lua

Trata-se da segunda grande missão chinesa de exploração do espaço profundo. A primeira foi para Marte, levando um orbitador e um robô que explora a superfície desde 2021. A China já planeja a Tianwen-3, que vai tentar trazer amostras do solo marciano em 2028, e a Tianwen-4, prevista para 2030, com destino às luas de Júpiter – com um sobrevoo de Urano incluso.

Representação gráfica da sonda Tianwen-2 examinando o asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

Com a missão Tianwen-2, a China pode se tornar o terceiro país a trazer amostras de asteroides para a Terra, depois do Japão, com as missões Hayabusa, e dos EUA, com a OSIRIS-REx.

O asteroide Kamoʻoalewa, alvo da missão, tem entre 40 e 100 metros de diâmetro. Ele é considerado um “quase-satélite” da Terra porque segue uma trajetória próxima ao nosso planeta. Segundo a NASA, há suspeitas de que ele seja um fragmento da própria Lua.

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China lança sonda para investigar asteroide que pode ser parte da Lua e cometa

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a China vai lançar sua segunda missão de exploração do espaço profundo, chamada Tianwen-2, nesta quarta-feira (28). O objetivo da espaçonave é visitar dois corpos celestes: um asteroide próximo da Terra e um cometa do chamado cinturão principal, uma região entre Marte e Júpiter cheia de pequenos objetos rochosos.

De acordo com um comunicado, a missão vai decolar no topo de um foguete Long March 3B, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, no sudoeste do país, às 14h30 (pelo horário de Brasília), com janelas alternativas programadas para quinta (29) e sexta (30).

Representação gráfica da sonda Tianwen-2 examinando o asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

O primeiro destino espaçonave da Tianwen-2 será o asteroide 469219 Kamoʻoalewa, que gira próximo da órbita da Terra. A missão tentará pousar, coletar amostras e trazer esse material de volta ao nosso planeta até o final de 2027. Depois disso, a sonda vai usar a força gravitacional da Terra como impulso para seguir viagem até o cometa 311P/PANSTARRS, numa jornada que deve durar cerca de seis anos.

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Asteroide a ser examinado pela China pode ter sido ejetado da Lua

Kamoʻoalewa é um pequeno asteroide, com diâmetro entre 40 e 100 metros, e pode ser um pedaço da Lua lançado ao espaço após um impacto antigo. Os cientistas esperam que o estudo de suas amostras ajude a entender melhor a formação desses corpos celestes e, quem sabe, até oferecer pistas sobre a origem da vida na Terra. Também pode ajudar no desenvolvimento de estratégias de defesa contra possíveis ameaças espaciais.

Para coletar o material, a sonda vai testar três métodos diferentes. Um deles é parecido com o que já foi usado por missões dos EUA e do Japão: um toque rápido na superfície, com um braço robótico que aspira poeira e pedras. Também há a possibilidade de usar garras que perfuram o solo, caso a superfície permita. A escolha vai depender das condições encontradas no asteroide.

Conceito artístico da espaçonave Tianwen-2 próxima ao asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

A expectativa é que a espaçonave colete entre 200 e mil gramas de material. A nave contém painéis solares e sensores sofisticados, incluindo câmeras, radares, espectrômetros (para analisar a composição dos materiais) e detectores de poeira e partículas, além de um analisador de ejeção e um magnetômetro.

O módulo que trará as amostras para a Terra enfrentará um grande desafio ao reentrar na atmosfera, com velocidade altíssima. Depois de entregá-lo, a Tianwen-2 vai aproveitar a gravidade do planeta como impulso para seguir em direção ao cometa 311P/PANSTARRS, que está numa região considerada ideal para estudar objetos que ficam entre o perfil de asteroides e cometas. O estudo desse cometa pode ajudar a entender melhor como esses corpos se comportam e como evoluem ao longo do tempo.

Essa missão faz parte do programa chinês Tianwen, que em português significa “Perguntas ao Céu”. A primeira missão da série foi para Marte, levando um orbitador e um robô que explora a superfície. A China já planeja a Tianwen-3, que vai tentar trazer amostras do solo marciano em 2028, e a Tianwen-4, prevista para 2030, com destino às luas de Júpiter – com um sobrevoo de Urano incluso.

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China anuncia lançamento de missão espacial para explorar asteroide e cometa

A segunda missão de exploração do espaço profundo da China, chamada Tianwen-2, vai decolar do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, no sudoeste do país, na próxima semana. O objetivo é visitar dois corpos celestes: um asteroide próximo da Terra e um cometa do chamado cinturão principal, uma região entre Marte e Júpiter cheia de pequenos objetos rochosos.

De acordo com um comunicado, o lançamento está agendado para quarta-feira (28), às 13h (pelo horário de Brasília), com janelas alternativas programadas para quinta (29) e sexta (30).

O primeiro destino espaçonave da Tianwen-2 será o asteroide 469219 Kamoʻoalewa, que gira próximo da órbita da Terra. A missão tentará pousar, coletar amostras e trazer esse material de volta ao nosso planeta até o final de 2027. Depois disso, a sonda vai usar a força gravitacional da Terra como impulso para seguir viagem até o cometa 311P/PANSTARRS, numa jornada que deve durar cerca de seis anos.

Representação gráfica da sonda Tianwen-2 examinando o asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

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Asteroide a ser examinado pela China pode ser pedaço da Lua

Kamoʻoalewa é um pequeno asteroide, com diâmetro entre 40 e 100 metros, e pode ser um pedaço da Lua lançado ao espaço após um impacto antigo. Os cientistas esperam que o estudo de suas amostras ajude a entender melhor a formação desses corpos celestes e, quem sabe, até oferecer pistas sobre a origem da vida na Terra. Também pode ajudar no desenvolvimento de estratégias de defesa contra possíveis ameaças espaciais.

Para coletar o material, a sonda vai testar três métodos diferentes. Um deles é parecido com o que já foi usado por missões dos EUA e do Japão: um toque rápido na superfície, com um braço robótico que aspira poeira e pedras. Também há a possibilidade de usar garras que perfuram o solo, caso a superfície permita. A escolha vai depender das condições encontradas no asteroide.

Conceito artístico da espaçonave Tianwen-2 próxima ao asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

Embora a China não tenha divulgado todos os detalhes, a expectativa é que a espaçonave colete entre 200 e mil gramas de material. A nave deve ter painéis solares e sensores sofisticados, incluindo câmeras, radares, espectrômetros (para analisar a composição dos materiais) e detectores de poeira e partículas. O módulo que trará as amostras para a Terra enfrentará um grande desafio ao reentrar na atmosfera, com velocidade altíssima.

Depois de deixar as amostras na Terra, a Tianwen-2 seguirá para o cometa 311P/PANSTARRS, que está numa região considerada ideal para estudar objetos que ficam entre o perfil de asteroides e cometas. O estudo desse cometa pode ajudar a entender melhor como esses corpos se comportam e como evoluem ao longo do tempo.

Essa missão faz parte do programa chinês Tianwen, que em português significa “Perguntas ao Céu”. A primeira missão da série foi para Marte, levando um orbitador e um robô que explora a superfície. A China já planeja a Tianwen-3, que vai tentar trazer amostras do solo marciano em 2028, e a Tianwen-4, prevista para 2030, com destino às luas de Júpiter – com um sobrevoo de Urano incluso.

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Asteroide maior que a Torre Eiffel passa perto da Terra nesta sexta

Um asteroide do tamanho de um arranha-céu de 100 andares vai passar perto da Terra nesta sexta-feira (24), às 10h37 da manhã (horário de Brasília). A rocha espacial, denominada 387746 (2003 MH4), mede cerca de 335 metros de largura – maior que a Torre Eiffel, na França. Apesar de não representar risco de colisão, o evento está sendo acompanhado de perto pela NASA.

De acordo com o painel de monitoramento do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência, o asteroide viaja a mais de 30 mil quilômetros por hora. A essa velocidade, ele daria uma volta completa na Terra em pouco mais de uma hora. Por cruzar a órbita do nosso planeta e ter grande porte, é classificado como um “asteroide potencialmente perigoso”.

A NASA explicou que esse sobrevoo é apenas um alerta, não uma ameaça imediata. O Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), responsável por monitorar esses corpos celestes, está de olho em milhares de asteroides com trajetórias próximas à Terra.

Órbita do asteroide 2003 MH4 cruzando com a da Terra. Crédito: SSD/JPL/NASA

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NASA monitora asteroides ininterruptamente

O 2003 MH4 pertence ao grupo Apollo, asteroides conhecidos por cruzarem o caminho da Terra. Ele passará a cerca de 6,67 milhões de quilômetros do planeta (o equivalente a 17 vezes a distância daqui até a Lua). Embora pareça longe, qualquer objeto maior que 140 metros e com essa proximidade merece atenção.

Todos os dias, asteroides passam relativamente próximos da Terra. Crédito: mikdam – iStockPhoto

A NASA e outras agências ao redor do mundo monitoram o céu o tempo todo. Além de detectar com antecedência, esses programas estudam formas de desviar ou até destruir um asteroide antes que ele se torne uma ameaça real.

Outro asteroide que chamou a atenção esta semana foi o 2025 KF, que passou muito mais perto da Terra, na quarta-feira (21): a 115 mil km – menos de um terço da distância até a Lua. Com apenas 23 metros de largura, ele certamente seria destruído ao passar pela atmosfera do planeta em caso de colisão.

A passagem desses objetos serve como lembrete: o espaço é cheio de surpresas. Mesmo com todos os avanços na Terra, o Universo continua a nos lembrar que estamos apenas observando – e que precisamos estar sempre preparados.

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Domo de Araguainha: a maior cratera de impacto da América do Sul

Uma imensa cicatriz na superfície terrestre, com 40 quilômetros de diâmetro e área aproximada de 1,3 mil km²superior ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro — marca o local onde, há cerca de 250 milhões de anos, um asteroide colidiu com nosso planeta.

Este é o Domo de Araguainha, reconhecido como a maior cratera de impacto de meteoro na América do Sul e um dos 100 principais sítios geológicos do mundo, segundo a International Union of Geological Sciences (IUGS), entidade vinculada à UNESCO.

O Domo está situado na divisa entre os estados de Goiás e Mato Grosso. Aproximadamente 60% da estrutura encontra-se em território mato-grossense, abrangendo os municípios de Ponte Branca, Araguainha e Alto Araguaia.

Cratera está localizada entre os estados de Goiás e Mato Grosso (Imagem: Idariocafe/Shutterstock)

O restante estende-se pelos municípios goianos de Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia. Atualmente, existe projeto para transformar esta formação geológica em parque geológico nacional.

História da descoberta da cratera

  • Os primeiros indícios de que esta formação resultou do impacto de um asteroide surgiram em 1973, quando os pesquisadores da NASA, Robert Dietz e Bevan French, publicaram nota, em periódico científico, sobre suas características;
  • Contudo, a confirmação definitiva veio apenas em 1978, por meio dos estudos conduzidos pelo professor Álvaro Crósta, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que, há mais de quatro décadas, dedica-se à pesquisa deste fenômeno;
  • Em entrevista ao g1, Crósta explicou que a região onde ocorreu o impacto era, naquela época, um extenso mar de águas rasas;
  • A colisão provocou terremotos e tsunamis que se propagaram por, aproximadamente, 500 quilômetros, afetando toda a vida existente nesse raio.

“Não conhecemos todas as características do objeto, pois não restou material para análise, mas sabemos que era uma esfera com, aproximadamente, quatro quilômetros de diâmetro, viajando a velocidade entre 14 e 16 quilômetros por segundo ao atingir a Terra”, explicou o pesquisador.

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Características geológicas únicas

O que torna o Domo de Araguainha particularmente relevante para a ciência é a presença de minerais transformados por fenômeno exclusivo, conhecido como “metamorfismo de choque“, resultado da aplicação simultânea de altíssima pressão e temperatura sobre as rochas.

“Até o momento, não identificamos minerais formados pelo choque, apenas minerais que foram transformados. Encontramos em rochas que estavam em maior profundidade durante o impacto elementos, como o zircão, que apresentam considerável deformação“, detalhou Crósta.

Esta cratera integra o grupo das cinco maiores estruturas de impacto em toda a América do Sul, sendo que oito destas formações estão localizadas em território brasileiro.

Datação e impacto ambiental

Estudos baseados em análise de isótopos — átomos de um mesmo elemento químico com mesmo número de prótons, fundamentais para determinar a idade de artefatos — indicam que o impacto ocorreu há, aproximadamente, 254 milhões de anos, durante a primeira fase da era Mesozoica, período anterior às fases Jurássica e Cretácea, conhecidas como “idade dos dinossauros“.

Na verdade, quando o impacto ocorreu, os dinossauros ainda não existiam, surgindo milhões de anos depois, ainda durante o mesmo período geológico.

Quanto aos efeitos do impacto na biosfera, Crósta afirma que houve destruição significativa da vida em escala regional, afetando, principalmente, répteis e anfíbios. Entretanto, devido às dimensões do asteroide, o evento não causou extinção em escala planetária.

Pedaços de zircão
Foram encontradas, em rochas, que estavam em maior profundidade durante o impacto, elementos, como o zircão, que apresentam considerável deformação (Imagem: Reprodução)

Não acredito que tenha provocado destruição em toda a Terra. Certamente, houve destruição de vida numa escala regional, até mesmo continental, mas ele não teria o tamanho e as características suficientes para produzir uma extinção em massa no planeta”, esclareceu o especialista.

Atualmente, o Domo de Araguainha recebe visitas regulares de estudantes, pesquisadores e entusiastas interessados em conhecer este extraordinário sítio geológico, testemunha de um dos eventos cósmicos mais significativos já registrados no continente sul-americano.

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Sonda da NASA encontra seu segundo asteroide — e ele é único

A sonda espacial Lucy, da NASA, captou imagens do asteroide Donaldjohanson, que se formou há cerca de 150 milhões de anos. Os registros foram feitos em 20 de abril, quando a sonda voava a 1,1 mil km do asteroide; a distância mais próxima entre os dois foi de 960 km.

A imagem mostra um formato único do objeto espacial: dois lóbulos, unidos por um cilindro mais fino, como uma barra com pesos muito grandes. A superfície é lisa, na cor cinza-claro, com crateras de bordas suaves.

Simulação da aproximação da sonda com o asteroide (Imagem: Divulgação/NASA)

NASA está aprendendo com Donaldjohanson

  • A sonda já havia observado variações de brilho do asteroide por um período de dez dias, dando pistas para os pesquisadores da NASA;
  • A equipe suspeitava se tratar de um binário de contato alongado, ou seja, um objeto formado pela colisão de dois corpos menores;
  • No entanto, os cientistas ficaram surpresos com o formato peculiar do pescoço estreito que conecta os dois lóbulos;
  • Além disso, o asteroide parece ser maior do que o estimado originalmente, com cerca de 8 km de comprimento e 3,5 km de largura em seu ponto mais largo. 

“O asteroide Donaldjohanson tem geologia extremamente complexa”, afirma Hal Levison, pesquisador principal de Lucy no Southwest Research Institute, em Boulder, Colorado (EUA). “À medida que estudamos as estruturas complexas em detalhes, elas revelarão informações importantes sobre os blocos de construção e os processos de colisão que formaram os planetas do nosso Sistema Solar.”

Ainda não foi possível visualizar o asteroide completo, pois o objeto espacial é maior do que o campo de visão do gerador de imagens da sonda. O restante dos dados será processado em até uma semana, segundo a NASA, dando dimensão mais próxima da realidade.

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Destino final da missão é o asteroide troiano de Júpiter, Eurybates (Imagem: NASA/Divulgação)

Missão da sonda Lucy

Esse foi o segundo asteroide observado pela sonda: o primeiro foi Dinkinesh, alvo escolhido como teste para a missão original de Lucy. Com o Donaldjohanson, a agência foi capaz de realizar “ensaio completo”, conduzindo observações densas para maximizar a coleta de dados.

“Estas primeiras imagens de Donaldjohanson demonstram, mais uma vez, a tremenda capacidade da sonda Lucy como motor de descoberta”, disse Tom Statler, cientista do programa da missão Lucy na sede da NASA, em Washington (EUA). “O potencial para abrir nova janela para a história do nosso Sistema Solar quando Lucy chegar aos asteroides troianos é imenso.”

A sonda Lucy passará a maior parte do restante de 2025 viajando pelo cinturão principal de asteroides. Ela encontrará o primeiro alvo principal da missão, o asteroide troiano de Júpiter, Eurybates, em agosto de 2027.

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Asteroide com o triplo do tamanho do Cristo Redentor passa perto da Terra

Uma enorme rocha espacial mais ou menos do tamanho de um prédio de 37 andares (ou quase três vezes a altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro) está passando “perto” da Terra nesta quarta-feira (16). Com cerca de 120 metros de diâmetro, o asteroide 2011 VG9 viaja pelo espaço a mais de 85 mil km/h.

No momento de maior aproximação, às 9h24 (pelo horário de Brasília), ele chegou a 4,6 milhões de km do planeta. Embora pareça muito (e de fato é), essa distância está dentro do limite de 7,5 milhões de km usado pela NASA para classificar corpos como “objetos próximos da Terra” (NEOs).

Imagem conceitual de um asteroide próximo à Terra. Crédito: Lukasz Pawel Szczepanski – Shutterstock

Apesar do tamanho e da velocidade, o 2011 VG9 não é classificado como um asteroide potencialmente perigoso. Para entrar nessa categoria, ele precisaria ter pelo menos 140 metros de largura.

Esse asteroide pertence ao grupo Apollo, que é formado por corpos celestes que cruzam a órbita da Terra. Eles são monitorados de perto, já que podem se aproximar demais do planeta. Mesmo que nem todos representem ameaça, o número elevado e suas órbitas variáveis deixam os cientistas em alerta constante.

O asteroide 2011 VG9 tem 120 metros, de acordo com as estimativas. Crédito: Marcelo Zurita/Asteroid Day Brasil

E se este asteroide atingisse a Terra?

Se um objeto como o asteroide 2011 VG9 colidisse com a Terra, o impacto seria devastador. A energia liberada seria comparável à de dezenas de bombas atômicas, abrindo uma grande cratera, levantando poeira, gerando incêndios e causando destruição em larga escala.

Para termos uma noção, podemos pegar como exemplo o asteroide que caiu em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Embora tivesse menos de 20 metros de diâmetro, foi capaz de ferir mais de 1.500 pessoas. Ou seja, um objeto seis vezes maior causaria danos muito mais sérios.

Apesar de não haver risco de colisão com a Terra, eventos como esse mostram a importância da defesa planetária. Um simples deslize nos cálculos ou uma alteração sutil na trajetória do objeto pode causar um desastre. Por isso, o monitoramento constante é essencial para a nossa segurança.

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Veja objetos próximos da Terra em tempo real

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra. Nele, há uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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