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A NASA acaba de divulgar uma boa notícia. De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, a chance do asteroide 2024 YR4 se chocar com a Terra, que já foi de 3,1% há poucos meses, hoje é quase zero.
Com um tamanho estimado de 55 metros (altura do Castelo da Cinderela, no Walt Disney World Flórida, em Orlando, nos EUA – o equivalente a um prédio de 18 andares), a rocha tem potencial destrutivo suficiente para arrasar uma cidade caso viesse a se chocar contra o planeta.
Chances caíram para 0,001%
De acordo com uma nova medição da NASA, não há risco do asteroide atingir a Terra em 2032.
Além disso, dados de monitoramento apontam que a probabilidade de colisão registrou uma queda significativa.
Quando o objeto foi descoberto, o risco de colisão girava em torno de 2%.
Com o passar do tempo, o número subiu para mais de 3%.
Hoje, a chance caiu para 0,001%, o que significa uma possibilidade em 100 mil.
Asteroide tem um tamanho estimado de 55 metros (Imagem: Asteroid Day Brasil)
Colisão de asteroide com a Terra poderia arrasar uma cidade
O monitoramento do asteroide 2024 YR4 está cada vez mais difícil. De acordo com o guia de observação astronômicaEarthSky.org, o brilho do objeto é fraco e está reduzindo cada vez mais. No momento, a rocha está a cerca de 80 milhões de quilômetros de distância, viajando pelo espaço a quase 48 mil km/h.
Caso colidisse com a Terra, o objeto explodiria ao atravessar a atmosfera, liberando cerca de 8 megatons de energia – mais de 500 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima. Apesar de não ter força suficiente para causar um evento global, a destruição seria catastrófica para qualquer grande cidade atingida.
Nesta quarta-feira (12), uma espaçonave lançada pela Agência Espacial Europeia (ESA) rumo ao Cinturão de Asteroides – que fica entre Marte e Júpiter – se aproxima do Planeta Vermelho.
Durante este sobrevoo, a sonda, chamada Hera, está realizando observações a cinco mil quilômetros de Marte e a 300 km de Deimos, a menor das duas luas do planeta.
A passagem da sonda Hera por Marte serve como impulso extra no caminho para o sistema binário de asteroides Didymos. Crédito: ESA-Science Office
O principal objetivo da missão Hera é estudar Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, que foi desviada pela NASA em 2022 por meio da missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo).
Os dados coletados durante o sobrevoo de Marte serão enviados à Terra e apresentados ao público em uma transmissão ao vivo no canal oficial da ESA no YouTube na quinta-feira (13), às 7h50 (pelo horário de Brasília), pela equipe científica da missão Hera a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) da ESA em Darmstadt, na Alemanha.
O esquema gráfico a seguir mostra como deve ser o sobrevoo da sonda Hera em Marte, de quem ela já obteve imagens cerca de 10 dias antes da aproximação máxima, vendo o planeta com 10 pixels de diâmetro.
Arte mostra como será o sobrevoo da sonda Hera em Marte. Crédito: ESA-Science Office
Nota-se que, após chegar a cerca de cinco mil km da superfície de Marte e 300 km de Deimos, à medida que for se afastando, a espaçonave também terá a chance de capturar imagens da outra lua de Marte, Phobos.
Por fim, a velocidade da sonda em relação a Marte permanecerá inalterada, enquanto ela estiver girando em direção a Didymos com eficiência de combustível.
De acordo com um comunicado da agência, três dos 12 instrumentos da espaçonave serão usados durante o sobrevoo de Marte, fotografando Deimos a uma distância mínima de 1000 km:
A câmera de enquadramento de asteroides 1020×1020 em preto e branco, usada para navegação e investigação científica, que adquire imagens na luz visível;
O gerador de imagens hiperespectrais Hyperscout H, que observa em uma variedade de cores além dos limites do olho humano, em 25 bandas espectrais visíveis e infravermelhas próximas, usado para ajudar a caracterizar a composição mineral;
O Termovisor Infravermelho, fornecido pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), que apresenta imagens nos comprimentos de onda do infravermelho médio para mapear a temperatura da superfície, revelando propriedades físicas como rugosidade, distribuição de tamanho de partícula e porosidade.
Os resultados do encontro próximo de Deimos devem ajudar a orientar o planejamento operacional para a missão MMX de exploração das luas marcianas do próximo ano, liderada pela JAXA em colaboração com a NASA, a agência espacial francesa (CNES), o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a ESA.
A nave MMX não apenas coletará medições detalhadas de ambas as luas marcianas, como também pousará em Fobos (a maior delas) para coletar uma amostra e trazê-la à Terra para análise.
Segundo a NASA, a sonda Hera atinge a órbita do sistema Didymos/Dimorphos em 14 de dezembro de 2026.
Impacto da missão DART com o asteroide Dimorphos capturado pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST). Crédito: NASA/JWST
Relembre a missão DART, da NASA:
DART foi a primeira missão da NASA a estudar de perto um sistema binário de asteroides;
O objetivo era assumir uma nova e audaciosa abordagem para defender a Terra de asteroides perigosos;
A pequena espaçonave foi lançada em 24 de novembro de 2021, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, para se chocar contra Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, numa tentativa de alterar sua rota;
Embora nem Dimorphos (de 163 metros de largura) nem seu companheiro maior (medindo 780 metros), Didymos, estivessem em rota de colisão com a Terra, o procedimento foi um teste de defesa planetária de um método que poderá, eventualmente, nos proteger do ataque de outro asteroide que possa oferecer algum risco em potencial.
Asteroide será investigado pelo menor radar já lançado ao espaço
A missão Hera, uma espécie de “segundo ato” da DART, vai conduzir pesquisas detalhadas in loco em Dimorphos e Didymos, com foco especial na cratera deixada pela colisão da missão DART e uma medição precisa da massa do asteroide atingido.
Instrumento JuRa, da missão HERA, projetada pela Agência Espacial Europeia (ESA) para examinar as consequências da deflexão do asteroide Dimorphos pela missão DART, da NASA. Crédito: Equipe JuRA / UGA
Segundo comunicado da ESA, os dados da missão Hera ajudarão a compreender o experimento de deflexão DART, para que a técnica possa ser repetida se um dia for realmente necessário.
Em 26 de fevereiro, foi enviado ao Espaço o primeiro minerador de asteroides do mundo. A missão Odin, da AstroForge, tinha como objetivo pousar um minerador no asteroide 2022 OB5 e coletar dados para uma futura missão chamada Vestri, que pretende pousar, futuramente, no asteroide e explorar seu potencial para mineração, mas, agora, tudo parece estar perdido.
Isso porque, segundo a AstroForge, após a Odin perder contato com a Terra horas após seu lançamento, a startup californiana praticamente jogou a toalha e acha muito difícil recuperar o minerador. “A chance de falar com Odin é mínima, pois, neste ponto, a precisão de sua posição está se tornando um problema“, explicou a empresa, em nota divulgada nesta quinta-feira (6).
Sonda Odin, da AstroForge, a caminho de se tornar o primeiro minerador de asteroide do mundo, em imagem obtida antes da falha de comunicação com a Terra (Imagem: AstroForge)
Odin: minerador de asteroides está perdido de vez?
O equipamento de 120 quilos foi construído pela AstroForge em menos de dez meses e custou US$ 3,5 milhões (R$ 20,11 milhões, na conversão direta) somente;
Na nota da empresa, eles informam que “essa abordagem de iteração rápida incorpora nossa filosofia: aprender rápido, ajustar-se rapidamente e aceitar riscos calculados para ganhar experiência que não pode ser adquirida apenas por meio de simulação ou planejamento”;
A Odin foi lançado no Falcon 9, foguete da SpaceX, mas, horas após, a comunicação com a espaçonave foi perdida e até chegou a ser retomada, chegando a ficar intermitente antes de ser perdida de vez;
A startup já tem algumas teorias sobre o que pode ter acontecido:
“Nossa teoria principal envolve complicações potenciais com a implantação do painel solar. A Odin inicializou em Modo de Segurança Solar — estado de proteção projetado para conservar energia enquanto tenta se reorientar em direção ao Sol”, explicou a empresa.
“Se os painéis não se estendessem e travassem completamente, a Odin operaria com energia severamente limitada, priorizando sistemas essenciais em vez de comunicação, tentando, periodicamente, implantar painéis e estabilizar a posição”, acrescentou.
“Quanto tempo Odin pode permanecer neste modo antes de perder energia e cair depende de quanta energia os painéis são capazes de gerar nesta situação fora do nominal — de 2,5 horas a indefinidamente“, informou.
Ainda, também há a possibilidade de a espaçonave estar caindo pelo Espaço, impedindo que sua antena se fixe na Terra. “Se houver queda, podemos esperar comunicações breves ocasionais quando a antena se alinhar com a Terra — exatamente o padrão que observamos no início da missão“, disse.
Sonda decolou a partir de um foguete Falcon 9 (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)
O que se sabe sobre sua localização?
Dados de rastreamento da Odin mostra que, mesmo sem comunicação com a Terra, o dispositivo segue na trajetória planejada rumo ao asteroide-alvo. A sonda encontra-se a cerca de 435 mil km da Terra, indicando que ela já passou pela Lua.
“Isso coloca nossa espaçonave em território verdadeiramente espacial — uma conquista que poucas empresas privadas podem reivindicar”, comemorou a AstroForge, que comunicou, ainda, que seguirá, de tempos em tempos, tentando comunicação com a Odin.
Contudo, “nosso foco mudou para aplicar esses insights duramente conquistados em nossa próxima missão. Os dados que recebemos, embora limitados, provaram ser inestimáveis para entender os desafios da comunicação no espaço profundo e da operação de espaçonaves”, prosseguindo: “De muitas maneiras, Odin se tornou um pioneiro e um professor — continuando sua missão informando nossos empreendimentos futuros, mesmo em silêncio.”