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Asteroides escondidos ao redor de Vênus ameaçam a Terra, diz estudo

Apesar das chances de um asteroide colidir com a Terra serem pequenas, os riscos nunca podem ser desconsiderados. É por isso que cientistas do mundo todo trabalham no monitoramento de objetos espaciais.

De acordo com um novo estudo, existe uma ameaça vinda de asteroides que orbitam Vênus. Os pesquisadores afirmam que estas rochas espaciais podem entrar em rota de colisão com o nosso planeta no futuro.

Imagem conceitual de asteroides próximos da Terra (Imagem: buradaki/Shutterstock)

Ao todo, 20 objetos podem ser considerados ameaças

  • O trabalho foi liderado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e contou com a participação de especialistas da Universidade de Palermo, na Itália.
  • Os cientistas identificaram, ao todo, 20 objetos que podem ser considerados ameaças.
  • No entanto, a própria equipe afirma que podem existir muitos outros.
  • Isso acontece em função das trajetórias caóticas dos asteroides, o que dificulta as previsões.
  • Além disso, muitos objetos são difíceis de se detectar devido à presença do Sol.   
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na plataforma arXiv.

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Objetos estão escondidos próximos de Vênus (Imagem: Fordelse Stock/Shutterstock)

Órbitas dos asteroides são imprevisíveis

De acordo com os pesquisadores, sabe-se que 20 asteroides são coorbitais com Vênus. Essa característica impede que as rochas espaciais se choquem com o planeta, mas não eventuais colisões com a Terra no futuro.

Os cientistas explicam que estas são ameaças em função de suas órbitas imprevisíveis. Isso impede previsões com mais de 150 anos de antecedência. Para tentar solucionar o problema, a equipe criou simulações com 26 asteroides com características diferentes. Os resultados sugerem que alguns deles poderiam representar risco de colisão com o nosso planeta.   

Simulações mostram que alguns asteroides são potencialmente perigosos para o nosso planeta (Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock)

Outra dificuldade é identificar esses objetos, mesmo com o futuro Observatório Vera Rubin, no Chile, equipado com a maior câmera do mundo. Os asteroides seriam visíveis apenas periodicamente, devido à perturbação da luz solar.   

De acordo com a pesquisa, embora estudos como o do Observatório Rubin possam detectar alguns desses asteroides, somente uma missão espacial perto de Vênus poderia mapear e descobrir todos os objetos potencialmente perigosos que ainda permanecem ocultos.

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Veja ao vivo um asteroide com o dobro do tamanho do Maracanã passar próximo à Terra

Um imenso asteroide com cerca de 552 metros de diâmetro (o equivalente a dois Maracanãs), designado (424482) 2008 DG5, vai passar em segurança perto da Terra na quinta-feira (5) – e você pode acompanhar em tempo real pela internet.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), a aproximação máxima será às 20h57 (pelo horário de Brasília), quando a rocha espacial estará a 3,48 milhões de km da Terra (o que equivale a cerca de nove vezes a distância entre o planeta e a Lua). Embora pareça muito longe (e de fato é), isso é considerado próximo para os padrões da astronomia.

Dados do asteroide (424482) 2008 DG5 levantados pela ESA. Crédito: ESA

Quem quiser observar o asteroide ao vivo pode acompanhar a transmissão online programada pelo Projeto Telescópio Virtual, da Itália. A exibição será gratuita, no canal do projeto no YouTube, a partir das 19h.

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Asteroide é classificado como potencialmente perigoso

Segundo determinado pela NASA, todo corpo celeste que passe a menos de 7,5 milhões de km de nós é classificado como NEO, sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”. Quando ele tem mais de 150 metros, entra também na categoria de “potencialmente perigoso”. Embora o nome assuste, não indica ameaça imediata. Esses objetos apenas entram em uma lista de monitoramento mais cuidadosa, com cálculos detalhados de suas trajetórias. 

O asteroide 2008 DG5 tem 552 metros, de acordo com as estimativas. Crédito: Marcelo Zurita/Asteroid Day Brasil

Descoberto em 2008, o asteroide 2008 DG5 pertence à classe Apollo – grupo de corpos celestes cuja órbita cruza com a da Terra. Essa rocha, que completa uma volta ao redor do Sol a cada 514 dias, passou pelo planeta pela primeira vez em 1956, segundo a a plataforma de monitoramento Space Reference, e deve retornar em 2032. Depois da aproximação desta semana, está prevista outra para 2184, totalizando 15. 

Contando com a desta semana, o asteroide tem mais 15 aproximações previstas com a Terra. Crédito: Space Reference

Monitore objetos próximos da Terra com ferramenta da NASA

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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Asteroide maior que a Torre Eiffel passa perto da Terra nesta sexta

Um asteroide do tamanho de um arranha-céu de 100 andares vai passar perto da Terra nesta sexta-feira (24), às 10h37 da manhã (horário de Brasília). A rocha espacial, denominada 387746 (2003 MH4), mede cerca de 335 metros de largura – maior que a Torre Eiffel, na França. Apesar de não representar risco de colisão, o evento está sendo acompanhado de perto pela NASA.

De acordo com o painel de monitoramento do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência, o asteroide viaja a mais de 30 mil quilômetros por hora. A essa velocidade, ele daria uma volta completa na Terra em pouco mais de uma hora. Por cruzar a órbita do nosso planeta e ter grande porte, é classificado como um “asteroide potencialmente perigoso”.

A NASA explicou que esse sobrevoo é apenas um alerta, não uma ameaça imediata. O Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), responsável por monitorar esses corpos celestes, está de olho em milhares de asteroides com trajetórias próximas à Terra.

Órbita do asteroide 2003 MH4 cruzando com a da Terra. Crédito: SSD/JPL/NASA

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NASA monitora asteroides ininterruptamente

O 2003 MH4 pertence ao grupo Apollo, asteroides conhecidos por cruzarem o caminho da Terra. Ele passará a cerca de 6,67 milhões de quilômetros do planeta (o equivalente a 17 vezes a distância daqui até a Lua). Embora pareça longe, qualquer objeto maior que 140 metros e com essa proximidade merece atenção.

Todos os dias, asteroides passam relativamente próximos da Terra. Crédito: mikdam – iStockPhoto

A NASA e outras agências ao redor do mundo monitoram o céu o tempo todo. Além de detectar com antecedência, esses programas estudam formas de desviar ou até destruir um asteroide antes que ele se torne uma ameaça real.

Outro asteroide que chamou a atenção esta semana foi o 2025 KF, que passou muito mais perto da Terra, na quarta-feira (21): a 115 mil km – menos de um terço da distância até a Lua. Com apenas 23 metros de largura, ele certamente seria destruído ao passar pela atmosfera do planeta em caso de colisão.

A passagem desses objetos serve como lembrete: o espaço é cheio de surpresas. Mesmo com todos os avanços na Terra, o Universo continua a nos lembrar que estamos apenas observando – e que precisamos estar sempre preparados.

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Asteroide com o triplo do tamanho do Cristo Redentor passa perto da Terra

Uma enorme rocha espacial mais ou menos do tamanho de um prédio de 37 andares (ou quase três vezes a altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro) está passando “perto” da Terra nesta quarta-feira (16). Com cerca de 120 metros de diâmetro, o asteroide 2011 VG9 viaja pelo espaço a mais de 85 mil km/h.

No momento de maior aproximação, às 9h24 (pelo horário de Brasília), ele chegou a 4,6 milhões de km do planeta. Embora pareça muito (e de fato é), essa distância está dentro do limite de 7,5 milhões de km usado pela NASA para classificar corpos como “objetos próximos da Terra” (NEOs).

Imagem conceitual de um asteroide próximo à Terra. Crédito: Lukasz Pawel Szczepanski – Shutterstock

Apesar do tamanho e da velocidade, o 2011 VG9 não é classificado como um asteroide potencialmente perigoso. Para entrar nessa categoria, ele precisaria ter pelo menos 140 metros de largura.

Esse asteroide pertence ao grupo Apollo, que é formado por corpos celestes que cruzam a órbita da Terra. Eles são monitorados de perto, já que podem se aproximar demais do planeta. Mesmo que nem todos representem ameaça, o número elevado e suas órbitas variáveis deixam os cientistas em alerta constante.

O asteroide 2011 VG9 tem 120 metros, de acordo com as estimativas. Crédito: Marcelo Zurita/Asteroid Day Brasil

E se este asteroide atingisse a Terra?

Se um objeto como o asteroide 2011 VG9 colidisse com a Terra, o impacto seria devastador. A energia liberada seria comparável à de dezenas de bombas atômicas, abrindo uma grande cratera, levantando poeira, gerando incêndios e causando destruição em larga escala.

Para termos uma noção, podemos pegar como exemplo o asteroide que caiu em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Embora tivesse menos de 20 metros de diâmetro, foi capaz de ferir mais de 1.500 pessoas. Ou seja, um objeto seis vezes maior causaria danos muito mais sérios.

Apesar de não haver risco de colisão com a Terra, eventos como esse mostram a importância da defesa planetária. Um simples deslize nos cálculos ou uma alteração sutil na trajetória do objeto pode causar um desastre. Por isso, o monitoramento constante é essencial para a nossa segurança.

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Veja objetos próximos da Terra em tempo real

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra. Nele, há uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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8 asteroides monitorados pela NASA e seus riscos de colisão com a Terra

NASA classifica como objetos potencialmente perigosos os asteroides com mais de 140 metros de diâmetro que se aproximam até cerca de 7,5 milhões de quilômetros da Terra. Nessa classificação existem alguns corpos celestes que se enquadram. 

Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz uma lista com 8 asteroides que podem ser um risco para a Terra e algumas de suas características. Continue a leitura e confira!

Conheça os 8 asteroides monitorados pela Nasa

Apesar do pequeno risco de realmente em algum momento ocorrer uma colisão com a Terra, a agência espacial NASA faz o monitoramento dos objetos abaixo com o objetivo de tomar as medidas necessárias caso realmente possa ser iminente o choque de um asteroide com o planeta. 

Em 2022, por exemplo, Lindley Johnson, gerente do programa de defesa planetária da NASA, afirmou que não havia nenhuma ameaça significativa de impacto de asteroide na Terra, mas que é importante realizar o monitoramento.

“Nosso objetivo é detectar qualquer possível impacto com anos ou décadas de antecedência, para que ele possa ser desviado com uma capacidade que utilize a tecnologia que já possuímos, como o DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo)”, afirmou Johnson. Veja a lista abaixo!

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8 – 2023 DW

Descoberto em 2023, este asteroide tem uma chance bem pequena de atingir a Terra daqui a 23 anos, em 2046, especificamente no Dia dos Namorados, em 14 de fevereiro. 

O corpo celeste possui 50 metros de diâmetro, o que equivale ao tamanho de uma piscina olímpica, podendo destruir uma cidade inteira e liberar uma energia comparável à do meteoro de Chelyabinsk, que explodiu no ar sobre a cidade russa Chelyabinsk, em 15 de fevereiro de 2013, deixando várias pessoas feridas, uma grande trilha de fumaça no céu e outros estragos. Ele era menor, tinha cerca de 17 metros. 

7 – Apophis

(Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital)

O asteroide Apophis, assim que descoberto, em 2002, foi tido como um grande risco para a vida na Terra. Após passar um longo período acompanhando o corpo celeste, hoje a NASA acredita que não há grandes riscos de ele colidir com a Terra por pelo menos 100 anos. Apesar disso, a agência segue monitorando. 

Com 379 metros de diâmetro, o objeto tem quase 10 vezes o tamanho do Cristo Redentor e em caso de colisão com a Terra pode gerar uma catástrofe global. A força de impacto equivaleria a 1.150 megatons de TNT, causando terremotos, tsunamis e incêndios de grandes proporções. 

6 – 2011 UL21

Este asteroide tem nada mais nada menos que o apelido de “assassino de planetas”. Ele passou relativamente “perto” de nosso planeta em junho de 2024, em uma distância de 6,6 milhões de quilômetros. O corpo celeste possui 2,3 km de diâmetro, sendo bem parecido com o tamanho do Monte Everest.

O 2011 UL21 tem uma capacidade de destruição em escala planetária e foi descoberto em 2011 pelo Catalina Sky Survey, instituto que possui o financiamento da NASA, em Tucson, Arizona. A agência espacial continua de olho no corpo celeste. 

5 – 2024 YR4

Com a possibilidade de 1,2% de colidir com a Terra no ano de 2032, o asteroide 2024 YR4 foi descoberto em dezembro de 2024. A probabilidade foi aumentada para 2,3%, o que despertou ainda mais atenção dos especialistas. A chance ainda chegou a ser maior, mas após muito estudo e observação, acredita-se que o risco de uma colisão é praticamente nula.

Conforme imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, o corpo celeste deve passar de forma segura pelo nosso planeta em dezembro de 2032.

Asteróide 2024 YR4 passando pela Terra e se dirigindo para um potencial impacto com a Lua. Crédito: NOIRLab/NSF/AURA/R. Proctor

O objeto tem 60 metros de diâmetro, o que equivale a um prédio de aproximadamente 20 andares. Além disso, ele tem um formato achatado, aparecido com um disco de hóquei. Apesar de os especialistas terem quase certeza de que ele não atinge a Terra, o asteroide segue sendo monitorado, pois existe uma chance pequena, de 2%, de ele colidir com a Lua. 

4 – 1950 DA

Um dos asteroides que menos geram preocupação, pois tem uma chance muito baixa de explodir na Terra, em 2880, o 1950 DA está em observação porque possui capacidade para acabar com a vida humana. 

O impacto calculado de uma possível colisão é de 44.800 megatoneladas de TNT, o que geraria uma grande explosão e tsunamis. Além disso, a poeira poderia alterar o clima do planeta e extinguir os seres humanos. O objeto possui 1,3 km de diâmetro. 

3 – 2007 FT3

O asteroide 2007 FT3 era apontado como um potencial risco à Terra, com a chance de 1 em 11,5 milhões para atingir o planeta em 2024. Porém, felizmente isso não aconteceu. No entanto, como sua órbita o traz de forma periódica próximo ao nosso planeta, ele segue sendo monitorado pela NASA.

O corpo celeste tem 314 metros e em caso de um impacto poderia gerar uma energia equivalente a 2,6 bilhões de toneladas de TNT, dando grandes prejuízos em nosso mundo. 

2 – 1979 XB

Com um diâmetro estipulado em 700 metros e massa de 390 milhões de toneladas, o 1979 XB foi descoberto em dezembro de 1979, na Austrália, e foi constatado que ele tinha uma pequena chance, 0.000055%, ou 1 em 1,8 milhão, de se chocar com a Terra em 2113. 

O resultado seria uma energia de 30 bilhões de toneladas de TNT liberadas e várias avarias no planeta e humanidade. 

1 – Bennu

O asteroide Bennu tem 490 metros de diâmetro e massa de 67 milhões de toneladas. Ele foi descoberto em 1999 e tem chance de colisão de 0,037%, ou de uma em 2,7 mil. 

Este asteroide tem capacidade para liberar o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de TNT, o que poderia destruir significativamente o local da colisão, mas não iria gerar estragos no mundo inteiro.

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Asteroide já temido tem formato bizarro e origem incomum

Um artigo disponível no servidor de pré-impressão arXiv, aceito para publicação pelo periódico The Astrophysical Journal Letters, revela a história surpreendente por trás do asteroide 2024 YR4 – uma rocha espacial que chegou a ser cogitada como ameaça à Terra.

Descoberto no fim de 2024, o objeto chamou atenção logo nos primeiros dias. Cálculos iniciais apontavam uma chance de 1,2% de colisão com a Terra em sete anos. Embora esse número pareça baixo, foi considerado relevante para justificar observações contínuas ao longo das semanas. 

Com isso, o 2024 YR4 liderou temporariamente as listas de objetos com maior risco de impacto, mantidas pela NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). O alerta mobilizou astrônomos em vários países, que passaram a observar intensamente o asteroide para obter dados mais precisos.

A probabilidade de colisão chegou a triplicar, mas, aos poucos, foi sendo descartada. No mês passado, as observações mostraram que o risco era praticamente nulo. Imagens capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, confirmaram que o asteroide passará em segurança pela Terra em dezembro de 2032.

O asteroide 2024 YR4 visto pelo telescópio Gemini do Sul em 7 de fevereiro de 2025. Crédito: Catalina Sky Survey/ LPL/Dr. Wierzchos/ Bryce Bolin

Terra escapa, mas Lua pode ser alvo de asteroide

Com cerca de 60 metros de diâmetro (equivalente a um prédio com cerca de 20 andares), o 2024 YR4 mantém uma chance pequena, de 2%, de atingir a Lua. Por isso, continua sob monitoramento.

No novo estudo, cientistas descobriram que o asteroide veio do centro do cinturão principal de asteroides, localizado entre Marte e Júpiter – um setor que raramente produz rochas com órbitas que cruzam a Terra.

“Estamos um pouco surpresos com sua origem no cinturão central de asteroides principal, que é um local do qual não pensávamos que muitos asteroides que cruzam a Terra pudessem se originar”, afirmou Bryce Bolin, autor principal do estudo, em comunicado.

A explicação pode estar em um detalhe curioso: a rotação do 2024 YR4 é retrógrada. Isso significa que ele gira no sentido contrário ao da sua órbita ao redor do Sol. Esse tipo de rotação acentua um fenômeno chamado efeito Yarkovsky.

Esse efeito acontece quando a luz solar aquece o asteroide e ele libera o calor de forma desigual, criando uma leve força de propulsão. Com o tempo, isso pode mudar sua trajetória, empurrando-o para órbitas internas, mais próximas da Terra.

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Velocidade de giro da rocha espacial surpreende

Observações recentes feitas pelos telescópios Gemini do Sul, no Chile, e Keck, no Havaí, também revelaram que a rocha gira rapidamente, completando uma volta a cada 20 minutos (uma velocidade incomum para um objeto desse tipo).

Os pesquisadores também descobriram a forma do 2024 YR4: achatada, parecida com um disco de hóquei. Isso é um tanto inusitado, considerando que a maioria dos asteroides tem formatos mais irregulares, como batatas ou piões.

Bolin e sua equipe acreditam que essa rocha pode ser um fragmento de um asteroide maior, do tipo conhecido como “pilha de escombros”, formado por blocos soltos que se mantêm unidos pela gravidade. “O nosso estudo fornece um excelente caso de teste sobre o tipo de observações de resposta rápida que são necessárias para caracterizar uma ameaça potencial como este objeto”, destacou.

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Veja ao vivo um asteroide maior que o Pão de Açúcar passar “perto” da Terra

Um asteroide com tamanho estimado entre 360 e 800 metros – maior que o Morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro – vai passar relativamente perto da Terra neste sábado (5). 

Batizado de 2025 BC10, o objeto espacial vai cruzar o céu a cerca de 3,7 milhões de quilômetros da Terra. Isso equivale a 9,6 vezes a distância entre a Terra e a Lua, considerada próxima para os padrões da astronomia.

De acordo com a NASA, todo corpo celeste que passe a menos de 7,5 milhões de quilômetros de nós é classificado como NEO, sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”. Quando ele tem mais de 150 metros, entra também na categoria de “potencialmente perigoso”.

Embora o nome assuste, não indica ameaça imediata. Esses objetos apenas entram em uma lista de monitoramento mais cuidadosa, com cálculos detalhados de suas trajetórias. No caso do 2025 BC10, ele está completamente fora de rota de colisão.

A aproximação máxima será às 7h12 da manhã (pelo horário de Brasília). Mesmo a essa distância, o evento é uma boa oportunidade para observação astronômica e será acompanhado por telescópios ao redor do mundo.

Quem quiser ver o asteroide em tempo real pode acompanhar a transmissão online programada pelo Projeto Telescópio Virtual, da Itália. A exibição será ao vivo e gratuita, no canal do projeto no YouTube, a partir das 17h, pelo horário de Brasília (quando o objeto já estiver se afastando).

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Asteroide foi descoberto em 2025

Asteroides são remanescentes rochosos do início do Sistema Solar. A maioria orbita no chamado cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Outros, como o 2025 BC10, seguem órbitas que se aproximam da Terra.

Esse asteroide foi descoberto recentemente, em 28 de janeiro. No último domingo (30), um dos telescópios do projeto italiano fez uma foto do objeto, que aparece como um ponto de luz, em contraste com as estrelas ao fundo, vistas com leves rastros.

Asteróide 2025 BC10 movendo-se pelo céu em 30 de março de 2025. Crédito: Gianluca Masi, The Virtual Telescope Project

A NASA já calculou a trajetória de todos os asteroides potencialmente perigosos conhecidos e garante que nenhum deles apresenta risco de colisão com a Terra nos próximos 100 anos. A passagem do 2025 BC10, portanto, é apenas uma chance segura e interessante de observar um visitante espacial de grande porte.

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James Webb redefine tamanho de asteroide que ameaçou a Terra e pode atingir a Lua

Em dezembro de 2024, astrônomos identificaram um asteroide com chances de colidir com a Terra em 2032. Com tamanho estimado em 55 metros (o equivalente a um prédio de 18 andares), o objeto, denominado 2024 YR4, passou a ser constantemente monitorado por telescópios em solo ao redor do globo, na expectativa de redução da probabilidade de impacto.

Isso de fato aconteceu: de 1,2%, as chances de colisão chegaram a triplicar, mas, felizmente, foram eliminadas há duas semanas. De qualquer modo, o monitoramento continua e, para isso, os cientistas contam com a ajuda do mais moderno observatório já enviado ao espaço – o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA.

Imagem do asteroide 2024 YR4 obtida pelo Very Large Telescope do ESO (VLT). Crédito: ESO/O. Hainaut

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, foi concedido tempo emergencial de uso do equipamento para uma análise mais profunda da situação. E a primeira observação do objeto acaba de ser concluída, revelando que ele pode ser maior do que se pensava.

Embora qualquer risco de colisão com a Terra tenha sido descartado, a possibilidade de impacto com a Lua ainda existe, mesmo que pequena. Uma nova observação pelo JWST deve acontecer no mês que vem. Depois disso, a próxima oportunidade para estudá-lo será apenas em 2028.

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Como foi feita a análise do telescópio James Webb 

O JWST usou seus sensores infravermelhos para medir diretamente o calor emitido pelo asteroide, ajudando a determinar seu tamanho e composição. Como os telescópios terrestres dependem da luz refletida pelo Sol, isso pode gerar imprecisões.

A primeira observação do Webb aconteceu na quarta-feira, 26 de março. Durante cinco horas, o telescópio registrou o asteroide completando uma rotação a cada 20 minutos. Com isso, os pesquisadores converteram os dados em comprimentos de onda infravermelhos e calcularam seu tamanho real. 

Segundo eles, o 2024 YR4 tem cerca de 60 metros de diâmetro, sendo um pouco maior do que previam as estimativas iniciais. Além disso, sua temperatura é mais baixa do que o esperado, sugerindo ainda que seja mais rochoso do que se imaginava.

O asteroide 2024 YR4 visto pelo telescópio Gemini do Sul em 7 de fevereiro de 2025. Crédito: Catalina Sky Survey/ LPL/Dr. Wierzchos/ Bryce Bolin

Asteroide pode colidir com a Lua

Apesar de não oferecer risco para a Terra, o asteroide 2024 YR4 ainda pode colidir com a Lua, conforme noticiado pelo Olhar Digital. Em declaração ao site New Scientist, Andrew Rivkin, astrônomo da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, revelou que a chance de impacto é de cerca de 2%.

A Lua já é constantemente atingida por pequenos meteoros, e suas crateras provam que sobreviveu a impactos muito maiores. Mas acompanhar um asteroide conhecido criando uma nova cratera em tempo real seria uma oportunidade única para os cientistas estudarem esse fenômeno.

Possível impacto do asteroide 2024 YR4 com a Lua em 2032 pode ser observável da Terra. Crédito: Muratart – Shutterstock

“Estamos torcendo por um impacto lunar”, afirmou Alan Fitzsimmons, professor da Queen’s University de Belfast, na Irlanda do Norte. “Não teria efeitos na Terra, mas nos permitiria estudar a formação de uma cratera por um asteroide conhecido pela primeira vez”.

A próxima observação do JWST, prevista para maio, ajudará a refinar os cálculos e entender melhor o destino do asteroide.

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Estes cinco asteroides se aproximam da Terra, segundo a NASA

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra

É necessário ressaltar que esse “perto” é em proporções astronômicas. De acordo com a agência, é classificado como NEO (sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”) qualquer corpo espacial que passe dentro de 7,5 milhões de km de distância de nós – o que representa 19,5 vezes a distância do planeta até a Lua. Se, além disso, ele for maior que cerca de 150 metros, é considerado um asteroide potencialmente perigoso (PHA) ou objeto potencialmente perigoso (PHO).

Asteroides que passam a pelo menos 7,5 milhões de km da Terra são considerados objetos próximos. Crédito: Mikael Damkier – Shutterstock

O painel exibe o nome do objeto, a data da maior aproximação, o diâmetro aproximado, tamanho relativo e distância da Terra para cada encontro. É possível visualizar os dados em metros/pés e quilômetros/milhas, bastando clicar sobre a opção desejada. Ao clicar no nome do objeto, é aberta uma página com detalhes sobre ele.

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Lista das cinco próximas aproximações de asteroides

De acordo com a NASA, os cinco próximos asteroides a passar a menos de 7,5 milhões de km da Terra – portanto, relativamente perto – são:

1 – 2025 FQ7

  • Data: 31 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 13 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de quatro andares
  • Distância estimada: 2,86 milhões de km

2 – 2025 FZ3

  • Data: 31 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 17 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 3,23 milhões de km

3 – 2025 FS11

  • Data: 31 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 34 metros
  • Tamanho relativo: avião presidencial do Brasil
  • Distância estimada: 6,93 milhões de km

4 – 2025 FC6

  • Data: 1 de abril de 2025
  • Diâmetro aproximado: 20 metros
  • Tamanho relativo: um jatinho ou um prédio de seis andares
  • Distância estimada: 4,5 milhões de km

5 – 2025 FL7

  • Data: 1 de abril de 2025
  • Diâmetro aproximado: 20 metros
  • Tamanho relativo: um jatinho ou um prédio de seis andares
  • Distância estimada: 4,85 milhões de km
Se o asteroide próximo à Terra tiver mais de 150 metros de diâmetro, ele é considerado um objeto potencialmente perigoso para o planeta. Crédito: Luca9257 – Shutterstock

Nenhum desses objetos oferece risco para a Terra. A NASA estimou as trajetórias de todos os PHAs até depois do fim deste século, descobrindo que não há qualquer risco de colisão apocalíptica com o planeta pelo menos nos próximos 100 anos.

Veja objetos próximos da Terra em tempo real

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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Cinco asteroides se aproximam da Terra nesta sexta – planeta corre perigo?

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra

É necessário ressaltar que esse “perto” é em proporções astronômicas. De acordo com a agência, é classificado como NEO (sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”) qualquer corpo espacial que passe dentro de 7,5 milhões de km de distância de nós – o que representa 19,5 vezes a distância do planeta até a Lua. Se, além disso, ele for maior que cerca de 150 metros, é considerado um asteroide potencialmente perigoso (PHA) ou objeto potencialmente perigoso (PHO).

Asteroides que passam a pelo menos 7,5 milhões de km da Terra são considerados objetos próximos. Crédito: Mikael Damkier – Shutterstock

O painel exibe o nome do objeto, a data da maior aproximação, o diâmetro aproximado, tamanho relativo e distância da Terra para cada encontro. É possível visualizar os dados em metros/pés e quilômetros/milhas, bastando clicar sobre a opção desejada. Ao clicar no nome do objeto, é aberta uma página com detalhes sobre ele.

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Lista das cinco próximas aproximações de asteroides

De acordo com a NASA, os cinco próximos asteroides a passar a menos de 7,5 milhões de km da Terra – portanto, relativamente perto – são:

1 – 2025 FB8

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 7 metros
  • Tamanho relativo: um micro-ônibus
  • Distância estimada: 119 mil km

2 – 2025 AF7

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 17 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 399 mil km

3 – 2025 FG6

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 7 metros
  • Tamanho relativo: um micro-ônibus
  • Distância estimada: 1,13 milhão de km

4 – 2025 FS7

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 18 metros
  • Tamanho relativo: um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 6,12 milhões de km

5 – 2025 FM6

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 43 metros
  • Tamanho relativo: um avião ou um prédio de 14 andares
  • Distância estimada: 6,36 milhões de km
Se o asteroide próximo à Terra tiver mais de 150 metros de diâmetro, ele é considerado um objeto potencialmente perigoso para o planeta. Crédito: Luca9257 – Shutterstock

Nenhum desses objetos oferece risco para a Terra. A NASA estimou as trajetórias de todos os PHAs até depois do fim deste século, descobrindo que não há qualquer risco de colisão apocalíptica com o planeta pelo menos nos próximos 100 anos.

Veja objetos próximos da Terra em tempo real

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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