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Canguru gigante pré-histórico foi extinto por ser ‘caseiro’ demais; entenda

Com tamanhos impressionantes e peso de até 170kg, não é à toa que os animais do gênero Protemnodon também sejam chamados de cangurus gigantes.

Eles viveram por volta de 5 milhões a 40 mil anos atrás no continente australiano, e poderiam muito bem se espalhar por amplos territórios com facilidade. Em vez disso, esses cangurus pré-históricos preferiam “relaxar” no conforto de casa – e isso cobraria um preço alto no futuro.

Entenda:

  • Os cangurus gigantes do gênero Protemnodon viveram há cerca de 5 milhões a 40 mil anos no continente australiano;
  • Apesar do tamanho impressionante, esses animais se limitavam a territórios pequenos;
  • O gênero conseguiu se manter estável por milhares de anos, mas, após uma mudança climática, algumas espécies não conseguiram se adaptar, e os cangurus gigantes caminharam pouco a pouco para a extinção.
Canguru gigante viveu no continente australiano. (Imagem: Nobu Tamura/Wikimedia Commons)

Por conta de seu tamanho, era de se esperar que os cangurus Protemnodon fossem bastante expansivos. Entretanto, como apontam os autores de um estudo publicado na Plos One, esses animais eram bem “caseiros” e se restringiam a territórios surpreendentemente pequenos – comportamento que acabou colaborando para a extinção do gênero.

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Grandes cangurus, pequenos territórios

Como explica Chris Laurikainen Gaete, coautor do estudo, ao The Guardian, a distribuição geográfica dos mamíferos herbívoros modernos – como cangurus – costuma ser proporcional aos seus tamanhos. Ou seja, quanto maior a espécie, mais amplo é o território que ela ocupa.

E foi por isso que a equipe ficou tão surpresa ao descobrir, através da análise de fósseis de dentes, que os cangurus gigantes não seguiam essa regra. Na verdade, o gênero pré-histórico viveu e morreu perto das mesmas cavernas em Queensland, onde os restos mortais foram encontrados.

Fóssil de canguru gigante. (Imagem: Paleocolour/Wikimedia Commons)

Estilo de vida tranquilo contribuiu para a extinção do canguru gigante

Cercados por uma floresta tropical abundante, a comunidade de cangurus gigantes conseguiu permanecer estável naquele território limitado por centenas de milhares de anos, alimentando-se da vegetação e protegendo-se de predadores na segurança das cavernas.

Mas, por volta de 280 mil anos atrás, a floresta foi perturbada por uma mudança climática e pela aridez crescente, e a escolha do território limitado impactou diretamente na capacidade de adaptação de algumas espécies dos cangurus Protemnodon – contribuindo, assim, para a extinção do gênero.

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Esta casa tem apenas 9 metros, mas pode abrigar uma família completa

Uma empresa australiana lançou uma casa minúscula com para incentivar um novo estilo de vida. Com nove metros de comprimento divididos em dois quartos, sala de estar, cozinha e banheiro, a Elouera é transportada em um trailer de três eixos e funciona com energia solar.

O design é da Tiny Solar Homes, especializada em construções de alto padrão com estilo minimalista e focado em materiais ecologicamente corretos. O novo modelo “eco-luxo” pretende “redefinir a vida sustentável”.

A cozinha é equipada com fogão, forno, exaustor, lava-louças, armários, sistema de ar condicionado e três bancadas de pedra. No banheiro, há um chuveiro com divisória de vidro, armários, bancada com espaço para máquina de lavar e um gabinete. O vaso sanitário com descarga pode ser substituído por um vaso de compostagem ou incineração.

Vaso com descarga pode ser substituído por vaso de compostagem (Imagem: Tiny Solar Homes/Divulgação)

O modelo compacto não impediu a criação de um espaço confortável de convivência, com uma sala de estar que comporta um sofá de três lugares, alto-falantes integrados, ponto para TV e armários sob a escada.

O quarto principal e o segundo dormitório são equipados com prateleiras, gavetas personalizadas, carpete, persianas e um sistema de luzes reguláveis. Há a opção de adicionar um quarto extra no andar térreo, com janela e porta de entrada que leva ao deck.

Quarto principal fica no segundo andar da casa (Imagem: Tiny Solar Homes/Divulgação)

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Uma casa funcional

Abastecida por painéis solares de 3,5 kWh fixados no telhado, a Elouera tem 10,2 kWh de armazenamento de bateria com a opção de adicionar 5,1 kWh adicionais. O inversor de 6 kW alimenta vários aparelhos simultaneamente, segundo a empresa.

Estrutura é feita em alumínio para evitar ferrugem (Imagem: Tiny Solar Homes/Divulgação)

O reboque construído em alumínio, assim como o revestimento da parede, garante uma casa livre de ferrugem, reduzindo manutenções ou pinturas. As 10 pernas dobráveis ​​de alta resistência ajudam a nivelar a casa sem a necessidade de pilares.

Interessados podem agendar um tour ou obter uma cotação online. Os valores não foram informados pela empresa.

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Navio petroleiro e sonares: como será nova busca pelo avião da Malaysia Airlines

A empresa responsável pelas buscas do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014, terá novas ferramentas à disposição em mais uma tentativa de localizar os destroços do avião.

O governo da Malásia fechou acordo com a Ocean Infinity neste mês, como relatado pelo Olhar Digital. O Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes quando desapareceu na rota de Kuala Lumpur, capital malaia, para Pequim (China).

Na nova missão, a companhia de exploração do fundo do mar vai retornar ao sul do Oceano Índico, a 1,5 mil quilômetros a oeste de Perth (Austrália). A área de busca se aproxima do tamanho da área metropolitana de Sydney.

Destroços encontrados na costa da África foram atribuídos à aeronave (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)

O raio de buscas foi definido a partir de análises de dados meteorológicos e de satélite, além da localização de destroços atribuídos à aeronave que foram levados pela costa da África e ilhas no Oceano Índico.

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Alta tecnologia para achar o avião

A Ocean Infinity usará novo navio de apoio offshore de 78 metros, o Armada 7806, construído pela empresa norueguesa Vard, em 2023. A embarcação terá frota de veículos subaquáticos autônomos fabricados pela também norueguesa Kongsberg, como informado pelo professor de robótica marinha Stefan B. Williams em artigo no The Conversation.

Cada um desses veículos de 6,2 m de comprimento serão capazes de operar de forma independente em profundidades de até seis mil metros por até 100 horas por vez. Todos são equipados com tecnologia avançada de sonar, usados para detectar objetos no fundo do mar a partir de pulsos acústicos e que terão as seguintes funções:

  • Sonar de varredura lateral: capta imagens de alta resolução do fundo do mar enviando pulsos de som e detectando objetos que refletem os pulsos sonoros de volta;
  • Sonar de abertura sintética: técnica usada para tornar o scanner maior e mais potente, permitindo enxergar mais longe e produzir imagens mais detalhadas;
  • Sonar multifeixe: usado para mapear a topografia do fundo do mar emitindo múltiplos feixes de sonar em padrão.

A empresa tem histórico de buscas bem sucedidas, incluindo a retirada de um submarino desaparecido da Marinha Argentina a quase mil metros de profundidade no Oceano Atlântico em 2018.

Para a nova missão, que pode durar 18 meses, as condições climáticas deverão ser mais favoráveis ​​entre janeiro e abril. A recompensa paga pelo governo será de US$ 70 milhões (R$ 401,77, na conversão direta) — para as famílias, poderá ser o momento tão aguardado de um desfecho da tragédia.

Imagem de sinais de radares coletados no dia do acidente (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)

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Fóssil de peixe inédito tem 15 milhões de anos; veja!

Na Austrália, pesquisadores encontraram o fóssil de uma espécie inédita de peixe de água doce com conteúdo estomacal preservado. Com idade estimada em 15 milhões de anos, o exemplar recebeu o nome de Ferruaspis brocksi e foi detalhado em um artigo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology.

Entenda:

  • O fóssil de uma espécie inédita de peixe de água doce foi descoberto na Austrália;
  • O exemplar de 15 milhões de anos recebeu o nome de Ferruaspis brocksi, e é a primeira evidência desse tipo encontrada no país;
  • O conteúdo estomacal do peixe estava preservado, e apontou uma dieta rica em invertebrados com destaque para larvas de mosquitos;
  • Graças a uma técnica que jamais havia sido usada em peixes antes, também foi possível determinar a cor do fóssil, que tinha a barriga mais clara e duas listras laterais no corpo. 
Fóssil de peixe descoberto na Austrália pertencia a espécie inédita. (Imagem: Laura Martin/University of New South Wales)

O F. brocksi é o primeiro fóssil de eperlano (pequeno peixe da família Osmeridae) de água doce descoberto na Austrália. Até então, não havia nenhuma evidência concreta que permitisse compreender a chegada da família ao país e se ela havia evoluído com o passar dos anos. 

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Conteúdo estomacal revelou detalhes sobre fóssil de peixe

Graças à preservação do conteúdo estomacal do fóssil, a equipe foi capaz de mergulhar fundo nos hábitos alimentares da espécie – que, como descobriram, consistia em uma variedade de invertebrados (principalmente pequenas larvas de mosquitos).

Conteúdo estomacal preservado revelou hábitos alimentares de peixe. (Imagem: Australian Museum)

Além disso, os pesquisadores também puderam identificar a cor do fóssil de F. brocksi. “O peixe era mais escuro na superfície dorsal, mais claro na barriga e tinha duas listras laterais ao longo do corpo. Usando um microscópio poderoso, conseguimos ver pequenas estruturas produtoras de cor conhecidas como melanossomos”, explicou Michael Frese, participante da pesquisa.

Frese completou dizendo que os melanossomos fossilizados já eram usados como uma forma de reconstruir a cor de penas, mas, até então, a técnica nunca havia sido aplicada no caso de peixes.

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Cratera de impacto mais antiga do mundo é descoberta na Austrália

Um artigo publicado nesta quinta-feira (6) na revista Nature Communications revela a descoberta da cratera de impacto mais antiga já encontrada na Terra. Localizada na região de Pilbara, no noroeste da Austrália, a cavidade tem cerca de 3,5 bilhões de anos, um período em que colisões de meteoritos eram frequentes no planeta.

A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Curtin e do Serviço Geológico da Austrália Ocidental. Embora a cratera não tenha uma forma clássica visível, sua presença foi confirmada por características geológicas chamadas “cones de estilhaço”. Essas formações só surgem quando rochas são expostas a pressões extremas, como as causadas por impactos de meteoritos ou explosões nucleares subterrâneas.

Segundo o estudo, a cratera tem pelo menos 100 km de largura, o que indica que o meteorito que a formou viajava a mais de 36 mil km/h no momento da colisão. O impacto teria sido tão poderoso que causou destruição em nível global, alterando significativamente a superfície da Terra.

Formações chamadas “cones de estilhaço”, que só se formam sob intensa pressão de impactos de meteoritos, são visíveis em seções de rocha no noroeste da Austrália. Crédito: Chris Kirkland

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Cratera recordista anterior também fica na Austrália

Esse achado redefine o recorde anterior, já que a cratera mais antiga conhecida até então, a de Yarrabubba, também na Austrália, tinha “apenas” 2,2 bilhões de anos.

Nos primeiros bilhões de anos da Terra, o planeta foi bombardeado por grandes rochas espaciais. Uma dessas colisões, há cerca de 4,5 bilhões de anos, envolveu um corpo do tamanho de Marte e deu origem à Lua. No entanto, poucas crateras dessa época foram preservadas, pois a atividade geológica da Terra, incluindo o movimento das placas tectônicas e a erosão, apagou muitos vestígios.

A Lua, por sua vez, ainda guarda marcas desse passado violento, pois sua superfície é menos ativa. “Sabemos que impactos gigantes foram comuns no início do Sistema Solar ao observarmos a Lua”, explicou Tim Johnson, coautor do estudo, em um comunicado. “Até agora, a falta de crateras antigas conhecidas na Terra fazia com que esses eventos fossem pouco considerados pelos geólogos”.

A pesquisa sugere que impactos dessa magnitude podem ter influenciado a evolução do planeta. Segundo o professor Chris Kirkland, também autor do estudo, a energia liberada pela colisão pode ter ajudado a moldar a crosta terrestre primitiva, forçando o magma a subir do manto para a superfície. Esse processo pode ter sido crucial para a formação dos crátons, grandes blocos estáveis de rocha que deram origem aos continentes.

A descoberta reforça a importância de buscar vestígios de crateras antigas, pois elas podem revelar mais detalhes sobre o passado turbulento da Terra. Os pesquisadores acreditam que muitas outras crateras desse período podem estar escondidas e que futuras investigações ajudarão a preencher lacunas na história do nosso planeta.

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