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Você sabe como funcionam as bicicletas elétricas? Entenda tudo sobre o meio de transporte

As bicicletas elétricas, conhecidas popularmente como e-bikes, têm ganhado as ruas das cidades brasileiras e se tornado uma alternativa cada vez mais procurada por quem busca mobilidade urbana eficiente, econômica e sustentável.

Seja para evitar o trânsito, reduzir o impacto ambiental ou simplesmente aproveitar um passeio com mais conforto, a bicicleta elétrica já é uma realidade consolidada no cenário da micromobilidade.

Mas apesar da popularidade crescente, muita gente ainda tem dúvidas sobre o funcionamento dessas bikes tecnológicas: elas pedalam sozinhas? Precisam de habilitação? Como é feita a recarga? Quanto tempo a bateria dura?

Aqui, explicamos de forma simples e direta, como funciona uma bicicleta elétrica, quais são os seus principais componentes, os diferentes tipos disponíveis no mercado e os pontos que você deve considerar antes de investir em uma. Entenda por que esse meio de transporte está revolucionando o modo como nos deslocamos pelas cidades e como ele pode transformar também a sua rotina!

O que é uma bicicleta elétrica?

A bicicleta elétrica é um veículo de duas rodas semelhante a uma bicicleta convencional, mas equipada com um motor elétrico que auxilia no movimento de pedalar.

Essa assistência pode variar em intensidade, dependendo do modelo e da necessidade do ciclista. Com isso, subidas se tornam menos cansativas, longas distâncias são percorridas com mais facilidade e o deslocamento se torna mais eficiente, especialmente em áreas urbanas.

Ao contrário de motocicletas ou scooters elétricas, a bicicleta elétrica ainda exige algum esforço físico. Em geral, o motor só entra em ação quando o ciclista pedala, característica que define o chamado sistema de pedal assistido.

Esse recurso faz com que a bicicleta elétrica continue sendo considerada um veículo de propulsão humana, dispensando habilitação ou emplacamento em muitos países, inclusive no Brasil, desde que respeite os limites legais.

(Imagem: Lime/Reprodução)

Principais componentes de uma bicicleta elétrica

Entender como funciona uma bicicleta elétrica passa por conhecer seus principais componentes. São eles:

Motor elétrico

O motor é o coração da bicicleta elétrica. Ele pode estar localizado no cubo da roda dianteira, traseira ou no centro (conhecido como motor central ou mid-drive). Cada posição oferece vantagens diferentes:

  • Motor no cubo dianteiro: mais fácil de instalar e ideal para terrenos planos.
  • Motor no cubo traseiro: oferece melhor tração, indicado para quem precisa de mais força.
  • Motor central: proporciona melhor equilíbrio e desempenho, ideal para subidas e terrenos variados.

Bateria

Responsável por alimentar o motor, a bateria costuma ser de íon-lítio, com capacidade que varia entre 250 Wh e 750 Wh (watt-hora). Quanto maior a capacidade, maior a autonomia. A maioria das bicicletas elétricas permite a remoção da bateria para facilitar a recarga em casa ou no trabalho.

Controlador

O controlador é o “cérebro” da operação. Ele gerencia a energia fornecida pelo motor de acordo com o nível de assistência escolhido e com a intensidade do pedal do ciclista. É ele quem garante que a transição entre esforço humano e elétrico seja suave.

Sensor de pedalada

Existem dois tipos principais: sensor de cadência e sensor de torque. O primeiro detecta quando o ciclista está pedalando e aciona o motor, enquanto o segundo mede a força aplicada no pedal e ajusta a assistência de forma proporcional. Bicicletas elétricas mais sofisticadas geralmente utilizam sensores de torque.

Painel de controle (display)

Localizado no guidão, exibe informações como velocidade, nível de carga da bateria, modo de assistência e quilometragem. Em alguns modelos, o display é integrado ao smartphone via aplicativo.

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Como funciona o sistema de assistência ao pedal

O sistema de assistência ao pedal é o que diferencia a bicicleta elétrica de um ciclomotor. Ele funciona com base em sensores que identificam o movimento dos pedais e acionam o motor para ajudar o ciclista.

Esse auxílio pode ser configurado em diferentes níveis, que vão do modo econômico, com pouca assistência e mais autonomia, ao modo turbo, ideal para terrenos íngremes ou deslocamentos rápidos, mas com consumo maior da bateria.

Em algumas bicicletas elétricas, existe também o modo acelerador, em que o ciclista pode acionar o motor sem pedalar, como se fosse uma moto elétrica. No entanto, esse tipo de funcionamento pode mudar a categoria legal do veículo, exigindo registro e habilitação, dependendo da legislação local.

Autonomia e velocidade

A autonomia de uma bicicleta elétrica depende de vários fatores: capacidade da bateria, peso do ciclista, tipo de terreno, modo de assistência e até o vento contra. Em média, os modelos urbanos oferecem de 25 a 70 quilômetros de autonomia com uma única carga. Bicicletas de alta performance podem ultrapassar os 100 km.

A velocidade máxima permitida por lei no Brasil para bicicletas elétricas sem necessidade de habilitação é de 25 km/h com assistência de pedal. Alguns modelos esportivos ou de uso off-road podem alcançar velocidades maiores, mas são classificados de forma diferente e exigem atenção às normas do Contran.

Como é feita a recarga da bateria

A recarga da bateria da bicicleta elétrica é simples: basta conectá-la a uma tomada comum, como a de um notebook. O tempo de carregamento varia entre 3 a 6 horas, dependendo da capacidade da bateria e do carregador utilizado. É recomendável recarregar sempre que possível, para manter a bateria entre 20% e 80%, o que prolonga sua vida útil.

Além disso, algumas bicicletas contam com sistemas regenerativos, que aproveitam a energia da frenagem para recarregar parcialmente a bateria, uma tecnologia ainda mais comum em modelos premium.

Tipos de bicicletas elétricas

O mercado de bicicletas elétricas está cada vez mais diversificado. Veja os principais tipos disponíveis:

  • Urbana (ou city bike): ideal para deslocamentos diários na cidade. Confortável, prática e com motor de média potência.
  • Mountain bike elétrica (e-MTB): indicada para trilhas e terrenos acidentados, com motor potente e suspensão reforçada.
  • Dobrável elétrica: perfeita para quem tem pouco espaço em casa ou quer combinar a bike com transporte público.
  • Speed elétrica (e-Road): versão esportiva para ciclistas de estrada, com foco em leveza e velocidade.
  • Cargo elétrica: projetada para transportar cargas, crianças ou fazer entregas, muito usada em serviços urbanos.

Vantagens de ter uma bicicleta elétrica

Optar por uma bicicleta elétrica pode trazer diversos benefícios. Confira alguns:

  • Reduz emissão de gases poluentes.
  • Baixo custo de manutenção e zero gasto com combustível.
  • Evita congestionamentos e facilita o deslocamento em grandes centros urbanos.
  • Incentiva a atividade física com menor esforço.
  • Ajuda pessoas com mobilidade reduzida ou idosos a se locomoverem com mais autonomia.
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Imagem: Divulgação/Engwe Bikes

O que considerar antes de comprar uma?

Antes de investir em uma bicicleta elétrica, analise os seguintes pontos:

  • Autonomia da bateria: verifique se ela atende à sua rotina de deslocamento.
  • Peso da bicicleta: modelos com motor e bateria podem ser mais pesados.
  • Assistência técnica e garantia: prefira marcas com suporte no Brasil.
  • Preço: os valores variam entre R$ 4.000 e R$ 25.000, dependendo das especificações.
  • Estilo de uso: cidade, trilhas, transporte de carga? Cada modelo atende a uma necessidade.

A bicicleta elétrica é muito mais do que uma tendência passageira, ela representa uma mudança de paradigma na mobilidade urbana. Entender como funciona uma bicicleta elétrica é o primeiro passo para adotar uma nova mentalidade de transporte mais limpa, eficiente e saudável.

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Assento de bicicleta diferentão fica mais confortável com novo design

Falamos aqui pela primeira vez sobre o vabsRider em 2024. Criado pelo engenheiro australiano Robin Macan – que começou a trabalhar no modelo em 2016 –, o assento de bicicleta conta com design diferentão e um objetivo que vai interessar a todos os ciclistas: acabar com aquela dor chata no bumbum ao pedalar por muito tempo.

E, recentemente, o assento passou por mudanças para deixá-lo ainda mais confortável.

Entenda:

  • Anunciado em 2024, o vabsRider – assento de bicicleta diferentão – ganhou um novo design;
  • O banco é dividido em duas partes que funcionam no ritmo do movimento do usuário, distribuindo a carga e tornando as pedaladas menos dolorosas;
  • A nova versão não conta mais com costuras expostas, que causaram desconforto em testes com ciclistas;
  • Além disso, o novo modelo é mais aerodinâmico e conta com um acabamento mais suave;
  • As reservas do vabsRider começam em 1º de maio no Kickstarter.
Primeiro modelo do assento tinha costura exposta. (Imagem: ataraxyBSC)

O vabsRider é dividido em duas partes que funcionam no ritmo da pedalada do usuário, permitindo o movimento individual das pernas e transferindo a pressão dos ísquios para os fêmures. Assim, de acordo com o site oficial, o assento permite a distribuição da carga de um jeito mais uniforme – e, acima de tudo, menos doloroso.

Leia mais:

Confira o novo design do assento de bicicleta vabsRider

Após ter a ideia para o vabsRider, Robin Macan se uniu ao designer industrial Philippe Guichard, que o ajudou a tirar a novidade do papel. Depois, para torná-la comercializável, o engenheiro firmou uma parceria com o Whistle Design Group, empresa australiana de design industrial.

Nova versão do assento vabsRider promete ser mais confortável. (Imagem: ataraxyBSC)

O produto passou por uma série de testes com ciclistas e, com base em seus feedbacks, vieram alguns ajustes no design. Foi apontado, por exemplo, que as costuras expostas do assento causavam certo desconforto. O problema foi corrigido na nova versão – que também é mais aerodinâmica e conta com um acabamento mais suave.

Quando a nova versão do vabsRider chega ao mercado?

O vabsRider será lançado no dia 1º de maio de 2025, com reservas diretamente no Kickstarter. A comercialização do assento de bicicleta é feita pela ataraxyBSC, startup de Macan.

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Atenção, ciclistas: estudo alerta para ‘falhas ocultas’ em bicicletas

Uma pesquisa da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), da Austrália, revelou que ciclistas sofreram acidentes causados por falhas estruturais não detectadas em suas bicicletas.

O estudo, com 298 ciclistas que pedalam semanalmente, mostrou que 11,4% dos entrevistados relataram acidentes ligados a problemas ocultos, especialmente em componentes de fibra de carbono e alumínio. A pesquisa está publicada no jornal Injury Prevention.

As falhas mais comuns ocorreram no quadro, pedais, guidão e manivela, com mais da metade dos casos resultando em ferimentos e quase metade acarretando grandes prejuízos.

Leia mais:

Pesquisa revelou ocorrência de acidentes evitáveis devido a problemas mecânicos ocultos (Imagem: LovetheLifeyouLive/Shutterstock)

Fatores que mais causam acidentes

  • A fadiga de materiais, falhas de fabricação e erros de projeto foram os principais fatores identificados.
  • Um dado alarmante é que muitos ciclistas não submetem suas bicicletas a verificações estruturais após acidentes ou ao adquirir modelos usados.
  • Apenas 5% dos entrevistados utilizaram ensaios não destrutivos (END), como ultrassom ou raios-X, capazes de detectar falhas invisíveis a olho nu. Além disso, mais de 50% desconhecem completamente o que é END.

Controle de qualidade precisa melhorar

Os pesquisadores alertam que, embora a manutenção padrão seja importante, ela nem sempre é suficiente para detectar problemas sérios. Eles defendem maior conscientização entre os ciclistas e pedem que a indústria adote testes de qualidade mais rigorosos.

Isso se torna ainda mais urgente com o aumento da popularidade das bicicletas elétricas, que atingem velocidades maiores e exigem mais da estrutura dos equipamentos. A pesquisa pretende não alarmar, mas incentivar decisões mais seguras e responsáveis no uso e manutenção das bicicletas.

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Especialistas pedem testes mais avançados e maior conscientização sobre segurança – Imagem: VGstockstudio/Shutterstock

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