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Robô que faz café pode revolucionar máquinas de IA

O caminho para uma nova geração de máquinas de inteligência artificial pode estar em uma simples xícara de café, sugerem pesquisadores da Universidade de Edimburgo. A equipe criou um novo robô de IA que faz café e interage com o ambiente de formas mais humanas do que nunca, como descrito em um estudo publicado na Nature Machine Intelligence.

Entenda:

  • Um novo robô que faz café promete revolucionar as máquinas de inteligência artificial;
  • Usando IA de ponta, habilidades motoras refinadas e sensores sensíveis, pesquisadores criaram uma tecnologia para permitir que robôs realizem tarefas em lugares que exigem respostas a obstáculos em tempo real;
  • Ao receber instruções verbais para preparar café, o robô consegue procurar uma caneca em armários e gavetas, misturar os grãos à água e se adaptar a possíveis imprevistos durante o processo com rapidez.
Robô de IA prepara café e se adapta a imprevistos em tempo real. (Imagem: Ruaridh Mon-Williams/University of Edinburgh)

Combinando IA de ponta, habilidades motoras refinadas e sensores sensíveis, a tecnologia permite que robôs realizem tarefas em lugares dinâmicos que, por exigirem respostas rápidas a obstáculos em tempo real, só podiam ser realizadas por seres humanos – como preparar uma xícara de café em uma cozinha movimentada. 

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Robô de IA faz café e reage a imprevistos em tempo real

Formado por um braço robótico com sete articulações móveis, o novo dispositivo funciona assim: com base em instruções verbais previamente recebidas, o robô analisa o ambiente em que se encontra para, então, começar a elaborar a tarefa – no caso, preparar uma xícara de café.

Grãos de café
Robô de IA usa tecnologia de ponta para preparar café. (Imagem: Ilja Generalov/Shutterstock)

Ele sai em busca de uma caneca, usando mecanismos de abertura para procurar dentro de gavetas e armários. Em seguida, prepara o café com uma medida definida de grãos e água aquecida em uma chaleira. Caso alguém esbarre na caneca enquanto a bebida está sendo preparada, por exemplo, o robô consegue se adaptar rapidamente graças à tecnologia da equipe de Edimburgo.

“Estamos vislumbrando um futuro em que robôs com inteligência cada vez mais avançada se tornam comuns. A inteligência humana deriva da integração de raciocínio, movimento e percepção, mas a IA e a robótica frequentemente avançaram separadamente. Nosso trabalho demonstra o poder de combinar essas abordagens e ressalta a crescente necessidade de discutir suas implicações sociais”, diz Ruaridh Mon-Williams, líder da pesquisa, em comunicado.

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Homem com paralisia move braço robótico pelo pensamento

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, EUA, desenvolveram um braço robótico que pode ser controlado através de sinais emitidos pelo cérebro para um computador. O experimento foi realizado com um homem paralisado que conseguiu agarrar, mover e soltar objetos apenas imaginando-se realizando essas ações.

O dispositivo marca um recorde no mundo da robótica por ter funcionado em um período de sete meses sem precisar de ajustes. Até então, equipamentos do tipo só tinham operado por um ou dois dias, de acordo com o artigo publicado na revista científica Cell.

Conhecido como interface cérebro-computador (BCI), o braço robótico se baseia em um modelo de IA que aprende determinados movimentos a partir da repetição — e isso também vale para ações imaginadas.

Pesquisadores vão testar braço robótico no ambiente doméstico (Imagem: UCSF/Divulgação)

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Como foi feito o experimento?

Os pesquisadores implantaram sensores na superfície do cérebro de um homem que ficou paralisado por consequências de um derrame. Toda a atividade cerebral foi captada quando ele imaginava se mover em uma tentativa de criar padrões cerebrais.

O BCI, então, registrou as representações desses movimentos e os dados foram usados para treinar o modelo de IA por duas semanas. Após vários testes, o homem conseguiu que o braço virtual fizesse o que ele queria que fizesse.

Representação da interface cérebro-computador (Imagem: UCSF/Divulgação)

O dispositivo consegue pegar blocos, girá-los e movê-los para novos locais. Ele pode até mesmo abrir um armário, tirar um copo e segurá-lo em frente a um filtro de água — o que seria uma mudança de vida para pessoas com paralisia.

Agora, a equipe está refinando os modelos de IA para fazer o braço robótico se mover mais rápido e suavemente. Também há a expectativa de testar o BCI em um ambiente doméstico para, quem sabe, torná-lo acessível na vida real.

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