O Brasil não quer ficar de fora da revolução tecnológica impulsionada pela inteligência artificial. Isso significa atrair investimentos estrangeiros, especialmente para garantir a construção de data centers no país.
Pensando nisso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá viajar ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, nesta semana. Segundo a Reuters, ele planeja oferecer incentivos fiscais para atrair investidores em potencial.
Brasil pode se aproveitar de seu potencial energético
A ideia de Haddad é apresentar o Brasil como um centro de infraestrutura sustentável, aproveitando a abundante oferta de energia renovável do país.
Este é justamente um dos gargalos do setor, que dependente de uma grande quantidade de energia para treinar modelos de IA, por exemplo.
O grande trunfo brasileiro neste sentido é ser uma das potências globais de energia verde.
Isso pode interessar, e muito, empresas que querem investir no setor, mas que têm preocupações ambientais.
Esta também pode ser uma forma do Brasil se aproveitar da guerra comercial entre China e Estados Unidos, se apresentando como um destino interessantes para investimentos estrangeiros.
Ministro irá viajar para os EUA (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)
Isenção de impostos pode atrair trilhões em investimentos
Em evento realizado nos últimos dias, Haddad confirmou a viagem e disse que o Brasil poderia alavancar seu potencial de energia limpa para atrair investimentos e construir data centers. Ele ainda destacou que a nova política ajudaria a aumentar a entrada de capital no país.
O Ministério das Finanças estima que a estratégia pode garantir cerca de R$ 2 trilhões em investimentos relacionados ao setor de IA e outras tecnologias na próxima década. A ideia é isentar empresas da cobrança dos principais impostos federais: PIS, Cofins, IPI e taxas de importação.
Brasil quer atrair investidores para criar data centers no país (Imagem: Alexander Limbach/Shutterstock)
Ainda de acordo com a reportagem da Reuters, um novo data center que está sendo planejado pela chinesa ByteDance, controladora do TikTok, também pode ser beneficiada pelo plano. No entanto, será necessário que estes projetos atendam a alguns critérios.
O principal deles diz respeito a sustentabilidade, incluindo o uso de energia 100% renovável nas operações. Também será exigido que uma parcela significativa da capacidade de produção seja destinada para uso doméstico.
Podendo medir impressionantes quase 19 metros de comprimento, o tubarão-baleia é conhecido como o maior tubarão do planeta. Além disso, os exemplares desta espécie são os maiores peixes vivos atualmente.
Apesar de seu tamanho avantajado, esse animal também corre risco de extinção, sendo classificado como “em perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O que torna uma aparição registrada recentemente no Brasil ainda mais especial.
Tubarão foi avistado no litoral de São Paulo
No dia 5 de abril, um casal de biólogos, identificados como Daniel Munhoz e Larissa Uema, flagraram um tubarão-baleia em Ilhabela, no litoral de São Paulo.
O vídeo foi divulgado nas redes sociais e a dupla classificou o animal como “magnífico”.
Eles ainda afirmaram que “mergulhar com esse bicho é a definição de felicidade e admiração”.
E concluíram destacando que “enquanto não colocarmos nosso foco na natureza e na nossa sobrevivência, estaremos fadados à tristeza e a um futuro terrível”.
Posteriormente, em entrevista à CNN, Larissa destacou que o tubarão-baleia é inofensivo para os humanos e que “é um privilégio espetacular poder contemplar a presença desse animal fantástico em águas brasileiras”.
O tubarão-baleia possui uma cabeça larga e achatada, e contam com uma boca grande localizada na parte frontal. Esta é uma das diferenças em relação a maioria dos tubarões, que tem a boca localizada na parte inferior.
O animal utiliza a boca para sugar excesso de água e a filtra por meio de filtros especiais para capturar suas presas de plâncton. Estes tubarões são identificados por sua pele cinza-escura e manchas e listras cinza-claras ou brancas.
Tubarão-baleia está ameaçado de extinção (Imagem: Wanwalee Wongsawan/Shutterstock)
A espécie é altamente migratória e pode habitar todas as águas tropicais e temperadas quentes do mundo, exceto o Mediterrâneo. Ela vive ao longo do litoral e em águas abertas e se deslocam com base na disponibilidade de alimento.
O tubarão consome grandes quantidades de plâncton, pequenos peixes e outros microrganismos, o que limita as populações dessas espécies e ajuda a prevenir condições que levam à escassez de oxigênio na água. Além disso, seus dejetos fornecem nutrientes essenciais, como nitrogênio e fósforo, que por sua vez promovem o crescimento do fitoplâncton, que forma a base da teia alimentar marinha.
O vulcãoCumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na Espanha, entrou em erupção pela última vez em 2021. A explosão liberou grandes quantidades de lava, além de nuvens de fumaça.
Apesar de ficar a noroeste da África, próximo da costa do Marrocos e do Saara Ocidental, este vulcão poderia ameaçar também o Brasil. Isso porque, dependendo da força da explosão, ela teria o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira, mas essa hipótese é muito, muito distante. E, cientificamente, um tanto rejeitada.
Por exemplo: um estudo do pesquisador estadunidense George Parara-Carayannis, presidente da Tsunami Society International, apontou que um colapso dessa magnitude é “extremamente raro e nunca ocorreu na história registrada“.
Parara-Carayannis ainda disse que as pesquisas mais recentes que preveem tsunamis originados por uma erupção do Cumbre Vieja têm base em suposições equivocadas.
“[Uma] atenção e publicidade inapropriadas da mídia a tais resultados probabilísticos têm criado ansiedade desnecessária de que megatsunamis poderiam ser iminentes e devastar populações costeiras em localidades distantes da origem – nos oceanos Atlântico e Pacífico”, continuou.
Vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção pela última vez em 2021 (Imagem: Oscar Garcia-Dils/Shutterstock)
Possibilidade é considerada bastante remota
As projeções indicam que, em um cenário longínquo e catastrófico, ondas gigantes poderiam atingir toda a costa brasileira, de norte a sul.
Outros países banhados pelo Oceano Atlântico também seriam afetados.
Mas, calma, não é preciso entrar em pânico.
Pesquisadores explicam que seria necessário um colapso sem precedentes na história do nosso planeta para que o pior acontecesse.
Ou seja, esta é uma possibilidade considerada bastante remota.
Como mostrou reportagem da VEJA, uma série de pesquisas mostra que a chance de um megatsunami é quase impossível e não se sustenta em evidências científicas. A matéria cita a avaliação do Serviço Geológico dos Estados Unidos de que é “altamente improvável” um cenário do tipo. Provavelmente, levaria centenas de milhares de anos para um deslizamento de terra tão grande.
Apesar de o vulcão ter passado por erupções, nenhuma delas desencadeou um deslizamento de terra massivo — muito menos dessa magnitude. Na pior das hipóteses, uma erupção comum causaria ondas de 2 metros, semelhantes às de uma tempestade.
Falta informação sobre como se proteger de tsunamis, alerta pesquisador brasileiro
Apesar de um tsunami no Brasil ser algo muito distante, alguns especialistas destacam que a população brasileira deveria ser conscientizada. É o que defende o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.
O pesquisador brasileiro aponta a falta de cuidados preventivos na costa do nosso país. E afirma que deveriam existir sistemas de alarme que possibilitassem a evacuação de áreas atingidas por ondas gigantes ou outros desastres relacionados.
Segundo ele, a simples possibilidade de ocorrência deste evento, mesmo que remota, deveria mobilizar as autoridades. Ele conclui destacando que a falta de informação é a principal causadora deste problema, uma vez que muitas pessoas sequer imaginam que um fenômeno dessa magnitude possa acontecer.
“Estudos mais recentes dizem que as chances de ocorrência são remotas e longínquas, no entanto, o estabelecimento de sistemas de alarme que possibilitam a evacuação de áreas é justificável quando se trata de vidas humanas”, afirmou, em estudo.
A possibilidade de ocorrência deste evento por si só deveria ser razão para a prevenção de todos os tipos de danos na costa brasileira, porém até o momento nada foi feito. A falta de informação é a principal causadora deste problema, pois inclusive no meio geológico muitas pessoas não sabem sobre tal fato.
Mauro Gustavo Reese Filho, geólogo da Universidade Federal do Paraná
O Brasil já passou por um tsunami?
Apesar de os pesquisadores apontarem que a chance de esse fenômeno chegar ao Brasil é remota, isso já aconteceu por aqui. Uma pesquisa de 2020, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), liderada pelo professor Francisco Dourado, do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres (Cepedes), diz que, em 1755, o país enfrentou um tsunami.
Só que esse não foi um fenômeno “comum”: ele teria sido causado por um forte terremoto que assolou Lisboa (Portugal) no mesmo ano. Vale lembrar que os países estão separados por um Oceano Atlântico.
Como visto na publicação acima, a Rede Sismográfica Brasileira tratou do tema no X, na qual há um vídeo do professor aposentado do Instituto de Geociências e ex-chefe do Observatório Sismológico da UnB, José Alberto Vivas Veloso, falando sobre o assunto.
As informações do estudo dão conta de que o terremoto de 1755 foi o maior que a Europa já viu, atingindo 8,7 graus na escala Richter. Lisboa foi destruída, bem como grande parte do sul de Espanha e Marrocos. Foi por conta dele que um tsunami atingiu Irlanda e Caribe.
Poucos são os registros, mas estima-se que entre 20 mil e 30 mil pessoas faleceram; contudo, outros dados dão conta de que as mortes chegaram a 100 mil. Como diz a BBC, O ocorrido deu início à era moderna nos estudos sismológicos.
O trabalho de Dourado e sua equipe baseou-se em levantamento histórico do professor Alberto Veloso, que escreveu o livro “Tremeu a Europa e o Brasil também“. Foram estudados 270 quilômetros e 22 praias localizadas entre Rio Grande do Norte e o sul de Pernambuco.
Veloso diz: “No início da tarde de 1º de novembro de 1755, um tsunami atingiu o litoral do Nordeste. Ele penetrou terra adentro, destruiu habitações modestas e desapareceu com duas pessoas. Isso é desconhecido da maioria dos brasileiros.”
Além disso, foram deixadas quatro cartas da época que relatam o fenômeno, escritas pelo arcebispo da Bahia, pelos governadores de Pernambuco e da Parayba e por um militar. Elas estão sob a guarda do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa.
Ocorrência de tsunami no Brasil dependeria de erupção de grande magnitude (Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)
Uma carta de 10 de maio de 1756 retrata o acontecimento, registrado em 1 de novembro de 1755. “As águas transcenderam os seus limites e fizeram fugir os habitantes das praias.”
Outra que também aparece no estudo e foi escrita em 4 de março de 1756, diz que, “em Lucena e Tamandaré, a enchente do terremoto entrou pela terra adentro coisa de uma légua (4 a 5 km) terra adentro e levou algumas casas de palhoça e falta um rapaz e uma mulher”.
Os pesquisadores documentaram evidências de que o tsunami provocado pelo terremoto de Lisboa chegou às costas brasileiras. Análises revelaram microorganismos e elementos químicos em praias brasileiras que só poderiam ter sido transportados por grandes ondas. O estudo começou com simulações matemáticas do possível trajeto do tsunami antes de prosseguir com investigações de campo.
Na praia de Pontinhas (PB), pesquisadores identificaram camada de areia grossa contendo vestígios do fenômeno. Segundo a pesquisa da UERJ, as ondas que atingiram a praia de Lucena (PB) alcançaram entre 1,7 e 1,8 metro de altura, enquanto em Tamandaré (PE), as ondas chegaram a 1,8-1,9 metro, com volume substancial de água.
Estas ondas penetraram significativamente no continente: até quatro quilômetros em áreas próximas a rios e na região da Ilha de Itamaracá (PE), 800 metros em Tamandaré e 300 metros em Lucena.
Em publicação na Revista da USP (2018), o professor Veloso examina a classificação de ondas gigantes registradas no Brasil como possíveis “tsunamis”. Ele observa que tsunamis são raros, mas podem ocorrer em qualquer oceano ou mar, variando em tamanho e impacto.
O artigo questiona: “Já ocorreu, ou poderá acontecer, um tsunami no Brasil?” A resposta não é simples. A explicação tradicional para a ausência de tsunamis no Brasil é a raridade de terremotos submarinos de grande magnitude na região. Contudo, Veloso adverte que a falta de registros históricos não exclui a possibilidade futura, mesmo que remota, de um tsunami significativo.
“O desconhecimento de abalos significativos no passado e o não registro de sismos fortes na atualidade não asseguram situação similar para o futuro.” Veloso analisa cinco casos de “manifestações marinhas incomuns” no litoral brasileiro:
São Vicente (SP), em 1541;
Salvador, em 1666;
Cananeia (SP), em 1789;
Baía de Todos os Santos (BA), em 1919;
Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PE), em 2006.
A maioria destes eventos não foi precedida por atividade sísmica ou vulcânica, descaracterizando-os como tsunamis genuínos. Os incidentes em Cananeia e na Baía de Todos os Santos tiveram origem em terremotos de baixa magnitude.
O estudo identificou um tremor que gerou ondas semelhantes a um pequeno tsunami. Embora modesto, este caso é significativo por representar a validação de um “minitsunami” brasileiro.
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, uma espaçonave lançada pela União Soviética em 1972 está prestes a reentrar na atmosfera terrestre nas próximas semanas – e o Brasil está inteiramente dentro da área de possível impacto.
Chamado Kosmos 482, o equipamento fazia parte de uma missão que pretendia explorar Vênus, mas um problema nos motores impediu que a nave deixasse a órbita da Terra. Desde então, ela está presa em uma trajetória elíptica, circulando o planeta por mais de cinco décadas.
Representação artística elaborada com Inteligência Artificial da espaçonave Kosmos 482 caindo na Terra. Crédito: Marcelo Zurita
Na sexta-feira (25), em entrevista ao programa Olhar Digital News, o astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), explicou que, atualmente, a nave perde altitude gradativamente, o que deve levá-la à reentrada em breve.
Pesando cerca de meia tonelada, o objeto foi projetado para resistir às condições extremas de Vênus, o que aumenta suas chances de chegar intacto ao solo.
Kosmos 482 perde altitude e pode cair a qualquer momento
Segundo Zurita, o Kosmos 482 teve falha nos motores que deveriam impulsioná-lo rumo a Vênus, permanecendo preso em uma órbita elíptica da Terra. “A espaçonave estava em uma órbita que variava de aproximadamente 200 km no perigeu a 780 quilômetros no apogeu”, disse o especialista, referindo-se, respectivamente, ao ponto mais próximo e ao mais distante do planeta. “Mesmo nas altitudes mais altas, ainda há gases atmosféricos suficientes para reduzir a velocidade do objeto ao longo do tempo”.
Essa diminuição contínua de velocidade faz com que o módulo perca altitude, acelerando o processo de reentrada. Zurita destaca que “a espaçonave começa a perder bastante altitude e já vai apontar para que momento, seguindo essa sequência, ela vai acabar reentrando na atmosfera”.
Ele também revelou que a perda de altitude é monitorada por agências espaciais e astrônomos amadores. A previsão atual indica que a reentrada ocorra em torno do dia 9 de maio, mas o prazo pode variar alguns dias para mais ou para menos.
Uma réplica de museu da nave de descida soviética Venera, que está em uma órbita decadente ao redor da Terra. Crédito: NASA
Brasil está na rota de possível queda do módulo
O módulo Kosmos 482 se move numa inclinação de cerca de 52 graus em relação à Linha do Equador, o que significa que qualquer local entre as latitudes 52° Norte e 52° Sul está dentro da área de risco. “O Brasil está inteiro dentro dessa área onde essa espaçonave pode cair”, alerta Zurita.
Além do nosso país, grande parte das regiões habitadas do planeta também está sob risco. No entanto, até poucas horas antes da queda, é impossível prever exatamente onde o objeto vai atingir a superfície.
Zurita explica que fatores como a atividade solar influenciam o comportamento da espaçonave. “Quando a gente tem o Sol muito ativo, ele acaba dilatando a nossa atmosfera, o que acelera a perda de altitude do módulo”.
O satélite Kosmos 482 pode cair em qualquer lugar dessa vasta região demarcada do planeta – que cobre todo o Brasil. Crédito: Visual SAT-Flare
Apesar da preocupação, o especialista lembra que dois terços dessa faixa geográfica são compostos por oceanos, e grande parte do restante é formada por desertos ou áreas pouco habitadas, reduzindo significativamente os riscos para populações.
Chance de dano é pequena
Embora exista a possibilidade de o Kosmos 482 atingir alguma área habitada, a probabilidade de causar danos materiais ou vítimas fatais é quase nula. Segundo Zurita, “o risco de que isso possa gerar um prejuízo material maior ou até perda de vidas humanas é um risco muito baixo”.
Isso se deve principalmente à ampla extensão de áreas inabitadas dentro da zona de impacto, como desertos e florestas. Além disso, o módulo deve chegar ao solo com uma velocidade reduzida pela resistência da atmosfera, atingindo algo entre 250 e 300 km/h.
Diagrama de uma espaçonave típica Venera, modelo do Kosmos 482, incluindo o estágio superior, o orbitador e o módulo de pouso (centro inferior). Crédito: Arquivos Históricos da NASA
O especialista também ressalta que, ao contrário de foguetes que se fragmentam em diversas partes, o Kosmos 482 deve permanecer praticamente inteiro até o impacto. “Vai ser só uma peça. Então, o risco é menor do que o de outros objetos espaciais”.
Existe ainda uma possibilidade curiosa: o módulo foi equipado com um paraquedas para sua missão original. Embora seja improvável, se esse dispositivo for acionado durante a reentrada, poderia reduzir ainda mais a velocidade da queda e permitir a recuperação da nave quase intacta.
O monitoramento da reentrada está sendo realizado por especialistas como Marco Langbroek, da Holanda, reconhecido internacionalmente pela precisão em cálculos de órbitas e reentradas. De acordo com Zurita, no entanto, “é muito difícil prever a reentrada de um objeto com antecedência maior que um terço do tempo restante”.
Isso significa que, se a previsão apontar reentrada em três horas, a margem de erro será de cerca de uma hora para mais ou para menos. Contudo, conforme a hora da reentrada se aproxima, os cálculos se tornam mais precisos. “A partir de três a cinco horas antes da reentrada, os cálculos conseguem uma precisão muito alta, com erros de poucos minutos”, explica o astrônomo. Isso permitirá alertas mais confiáveis sobre a hora e a região aproximada da queda.
Por enquanto, a orientação é acompanhar os boletins das agências espaciais e dos grupos de observadores. A depender da trajetória, a reentrada poderá ser visível no céu como um clarão, semelhante a uma bola de fogo atravessando a atmosfera, como um meteoro.
O Spotify planeja anunciar um novo reajuste nos preços de todos os planos de assinatura aqui no Brasil. Este aumento nos valores seria geral e impactaria usuários da plataforma em toda a América Latina e Europa.
O único grande mercado que deve ficar de fora do anúncio é o dos Estados Unidos. Isso porque o gigante do streaming musical elevou os preços dos planos para os usuários norte-americanos ainda no ano passado.
Novos valores devem entrar em vigor ainda neste ano
De acordo com informações de bastidores obtidas pelo jornal Financial Times, o aumento nos preços será de cerca de um euro, o que corresponde a R$ 6,46, na cotação atual. A previsão é de que os novos valores comecem a ser cobrados no mês de junho deste ano.
Em alguns países europeus, como Países Baixos (Holanda) e Luxemburgo, o reajuste já aconteceu. Nestes locais, os planos aumentaram de preço nas últimas semanas.
Usuários brasileiros serão impactados pelo aumento do preço do Spotify (Imagem: nikkimeel/Shutterstock)
Executivos da indústria da música têm pressionado as plataformas de streaming para aumentar seus preços. Eles destacam que os reajustes ficaram abaixo da inflação e que o serviço é barato em comparação com assinaturas de streaming de vídeo como a Netflix.
O novo aumento nos planos do Spotify também aconteceria em um momento de busca por melhores resultados financeiros. As ações da empresa mais do que dobraram no ano passado, um efeito direto do crescimento de assinantes, o que agora pode ser acompanhado por uma elevação nos lucros.
Uma imensa cicatriz na superfície terrestre, com 40 quilômetros de diâmetro e área aproximada de 1,3 mil km² — superior ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro — marca o local onde, há cerca de 250 milhões de anos, um asteroide colidiu com nosso planeta.
Este é o Domo de Araguainha, reconhecido como a maior cratera de impacto de meteoro na América do Sul e um dos 100 principais sítios geológicos do mundo, segundo a International Union of Geological Sciences (IUGS), entidade vinculada à UNESCO.
O Domo está situado na divisa entre os estados de Goiás e Mato Grosso. Aproximadamente 60% da estrutura encontra-se em território mato-grossense, abrangendo os municípios de Ponte Branca, Araguainha e Alto Araguaia.
Cratera está localizada entre os estados de Goiás e Mato Grosso (Imagem: Idariocafe/Shutterstock)
O restante estende-se pelos municípios goianos de Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia. Atualmente, existe projeto para transformar esta formação geológica em parque geológico nacional.
História da descoberta da cratera
Os primeiros indícios de que esta formação resultou do impacto de um asteroide surgiram em 1973, quando os pesquisadores da NASA, Robert Dietz e Bevan French, publicaram nota, em periódico científico, sobre suas características;
Contudo, a confirmação definitiva veio apenas em 1978, por meio dos estudos conduzidos pelo professor Álvaro Crósta, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que, há mais de quatro décadas, dedica-se à pesquisa deste fenômeno;
Em entrevista ao g1, Crósta explicou que a região onde ocorreu o impacto era, naquela época, um extenso mar de águas rasas;
A colisão provocou terremotos e tsunamis que se propagaram por, aproximadamente, 500 quilômetros, afetando toda a vida existente nesse raio.
“Não conhecemos todas as características do objeto, pois não restou material para análise, mas sabemos que era uma esfera com, aproximadamente, quatro quilômetros de diâmetro, viajando a velocidade entre 14 e 16 quilômetros por segundo ao atingir a Terra”, explicou o pesquisador.
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Características geológicas únicas
O que torna o Domo de Araguainha particularmente relevante para a ciência é a presença de minerais transformados por fenômeno exclusivo, conhecido como “metamorfismo de choque“, resultado da aplicação simultânea de altíssima pressão e temperatura sobre as rochas.
“Até o momento, não identificamos minerais formados pelo choque, apenas minerais que foram transformados. Encontramos em rochas que estavam em maior profundidade durante o impacto elementos, como o zircão, que apresentam considerável deformação“, detalhou Crósta.
Esta cratera integra o grupo das cinco maiores estruturas de impacto em toda a América do Sul, sendo que oito destas formações estão localizadas em território brasileiro.
Datação e impacto ambiental
Estudos baseados em análise de isótopos — átomos de um mesmo elemento químico com mesmo número de prótons, fundamentais para determinar a idade de artefatos — indicam que o impacto ocorreu há, aproximadamente, 254 milhões de anos, durante a primeira fase da era Mesozoica, período anterior às fases Jurássica e Cretácea, conhecidas como “idade dos dinossauros“.
Na verdade, quando o impacto ocorreu, os dinossauros ainda não existiam, surgindo milhões de anos depois, ainda durante o mesmo período geológico.
Quanto aos efeitos do impacto na biosfera, Crósta afirma que houve destruição significativa da vida em escala regional, afetando, principalmente, répteis e anfíbios. Entretanto, devido às dimensões do asteroide, o evento não causou extinção em escala planetária.
Foram encontradas, em rochas, que estavam em maior profundidade durante o impacto, elementos, como o zircão, que apresentam considerável deformação (Imagem: Reprodução)
“Não acredito que tenha provocado destruição em toda a Terra. Certamente, houve destruição de vida numa escala regional, até mesmo continental, mas ele não teria o tamanho e as características suficientes para produzir uma extinção em massa no planeta”, esclareceu o especialista.
Atualmente, o Domo de Araguainha recebe visitas regulares de estudantes, pesquisadores e entusiastas interessados em conhecer este extraordinário sítio geológico, testemunha de um dos eventos cósmicos mais significativos já registrados no continente sul-americano.
Segundo informações divulgadas pela Reuters, a ByteDance, dona do TikTok, está planejando investir em um data center no Brasil. O projeto aproveitaria a vasta quantidade de energia eólica na costa nordeste brasileira.
Para tanto, a empresa chinesa estaria negociando parceria com a geradora de energia renovável Casa dos Ventos visando a construção de instalação no complexo portuário do Pecém, localizado no Ceará.
A proposta da ByteDance vem em momento no qual o Brasil quer se consolidar como centro global de data centers. Isso pode ser visto no plano da Scala Data Center, que consiste em construir verdadeira “cidade data center” no sul do País.
Empresa chinesa pode transformar Brasil em seu pilar de suas operações no Hemisfério Ocidental (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Características do possível data center brasileiro do TikTok
Segundo a agência de notícias, as negociações iniciais visam um data center de 300 MW, podendo ser expandido para 900 MW em uma eventual segunda fase;
Contudo, a demanda total do projeto poderá chegar a quase 1 GW;
Caso isso se concretize, o Brasil será um pilar das operações da ByteDance no Hemisfério Ocidental;
E não é só o País que está na mira da chinesa: em fevereiro, ela anunciou que deve investir US$ 8,8 bilhões (R$ 50,01 bilhões, na conversão direta) em data centers na Tailândia durante cinco anos.
Pecém é um ponto estratégico para data centers, pois é onde existem estações de aterrissagem de cabos submarinos próximas e possui concentração de energia renovável.
A Casa dos Ventos tem parceria, desde 2022, com a TotalEnergies. A geradora de energia renovável já solicitou conexão à rede para criação de projeto de data center justamente em Pecém.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a princípio, não aceitou o pedido por preocupações com a estabilidade da rede, pois as instalações da região demandam muita energia.
Dessa forma, o Ministério de Minas e Energia (MME) estaria avaliando aumentar a capacidade de rede para projetos de data center em Pecém e em outras áreas.
O que dizem os citados
Nem MME, nem TikTok responderam aos pedidos de contato da Reuters. A agência de notícias não conseguiu contato com a ByteDance. Contudo, a Casa dos Ventos enviou um comunicado oficial, se esquivando de sua suposta relação com a ByteDance, afirmando apenas que está “comprometida em transformar o porto do Pecém em um polo de inovação tecnológica e transição energética“.
Projeto da controladora do TikTok pode consolidar o Brasil como polo de data centers (Imagem: Nomad_Soul/Shutterstock)
“A empresa está desenvolvendo o maior data center e projeto de hidrogênio verde do país, que será alimentado por energia renovável de seu portfólio. No desenvolvimento de ambos os projetos, está avaliando oportunidades de parceria com empresas que possam apoiar sua implementação”, concluiu.
O Olhar Digital entrou em contato com a Pasta, com a rede social, com sua controladora e com a Casa dos Ventos e aguarda retorno.
A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, começou a vender a versão portátil de sua antena no Brasil.
O modelo é chamado de Starlink Mini e é menor que a versão padrão, voltado para aqueles que buscam internet veloz durante viagens e/ou em lugares remotos, onde a tecnologia, geralmente, não chega.
Modelo é bem mais leve, mas cobre menos área (Imagem: Reprodução)
Quanto custa a Starlink Mini?
O valor à vista do modelo é de R$ 1.799, podendo ser parcelado em até 12x de R$ 150 sem juros;
Vale ressaltar que a versão Mini vem com todos os recursos oferecidos pelo modelo comum; o que muda mesmo são seu peso, dimensões e alcance;
A Starlink comum pesa 4,2 kg e tem dimensões de 50 x 30 x 24 cm, ante incríveis 900 gramas e dimensões de 30 x 25 x 3,8 cm da nova antena;
Porém, o novo modelo cobre menos área: são 112 m² contra 297 m² da versão normal;
É importante dizer que, para usar a antena mini da Starlink, é preciso contratar um dos planos de internet oferecidos;
Um deles é chamado de Plano Viagem, que custa R$ 315/mês e oferta franquia de 50 GB.
Como comprar a versão menor?
A Starlink Mini pode ser comprado no site da empresa. Na tela principal, basta selecionar entre as opções “Residencial” ou “Viagem“, inserir o endereço de uso e clicar em “Pedir agora“.
O kit completo tem, entre seus itens, roteador embutido com menor consumo de energia, entrada de alimentação energética DC e suporte para velocidade de internet de mais de 100 Mbps.
Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou a Starlink para expandir sua cobertura no Brasil, de 4,4 mil para até 11,9 mil satélites de órbita baixa.
Uma das primeiras medidas da companhia de Musk foi oferecer serviços gratuitos a seus usuários. Contudo, a decisão não foi bem aceita por certos setores, tanto no campo político, como no técnico.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), por exemplo, protocolou pedido formal que pede a revogação da autorização, entendendo que não houve rigor técnico e jurídico.
A alegação é de que, com a expansão da empresa, o País sofrerá com riscos à sua soberania, à segurança dos dados dos usuários e à concorrência no setor de telecomunicações, dadas as recentes relações conturbadas entre Musk e o governo brasileiro.
Houve reações contrárias à autorização de expansão das operações da empresa no Brasil concedida pela Anatel (Imagem: ssi77/Shutterstock)
Além disso, a Polícia Federal (PF)apreendeu, em fevereiro, antenas Starlink ilegais utilizadas por garimpeiros em terras indígenas.
Com essa e outras apreensões no passado, é preciso ficar alerta para futuras fiscalizações e impactos que a expansão da operadora de internet em terras brasileiras trará nessas regiões, uma vez que a tendência é que as vendas da Starlink aumentem significativamente após a autorização da Anatel.
A Realme, gigante chinesa do mercado de smartphones, acaba de anunciar a inauguração de sua primeira fábrica em solo brasileiro. O importante passo foi anunciado esta semana em evento realizado em São Paulo.
Localizada estrategicamente na Zona Franca de Manaus, a nova unidade fabril da Realme chega com a promessa de gerar cerca de 500 empregos diretos e indiretos na região. Um impulso significativo para a economia local e um sinal claro do compromisso da marca com o mercado brasileiro.
Boa notícia para o bolso do consumidor
As ambições da Realme incluem ainda uma produção 100% nacional dentro de um prazo de até três anos. O objetivo principal dessa iniciativa é ambicioso, mas bem-vindo: reduzir os custos de produção e, consequentemente, tornar seus smartphones mais acessíveis para o consumidor brasileiro. Uma ótima notícia em tempos de preços cada vez mais salgados.
Realme planeja produção totalmente nacional dentro de até três anos. (Imagem: Framesira/Shutterstock)
O Brasil se torna o quarto país a abrigar uma fábrica da Realme, juntando-se à China, Índia e Indonésia. Essa expansão global da marca acontece em um momento estratégico, coincidindo com o lançamento de seus mais recentes modelos intermediários no mercado nacional.
Realme 14 5G e 14 Pro+ lançados no Brasil
Aproveitando o evento, a Realme apresentou ao público brasileiro seus novos integrantes da linha 14 Series: o Realme 14 5G e o Realme 14 Pro+. Ambos os aparelhos chegam com foco em durabilidade e recursos de Inteligência Artificial (IA), mas mirando em públicos distintos.
Para os amantes de jogos mobile, o Realme 14 5G se apresenta como o “intermediário mais poderoso para games” do mercado nacional. A combinação da super velocidade da conexão 5G com o potente chip Snapdragon 6 Gen 4 da Qualcomm promete uma experiência de jogo fluida e imersiva. Os preços para este modelo variam entre R$ 2.799 e R$ 3.799.
Já o Realme 14 Pro+ busca um público que anseia por um toque mais premium na categoria intermediária. Seu grande destaque é a carcaça que muda de cor conforme a temperatura. Além do design diferenciado, o Realme 14 Pro+ promete câmera digna de um top de linha, com um zoom de até 120x.
A inteligência artificial embarcada também promete fotos com edição aprimorada. Para ter essa experiência, o consumidor desembolsará entre R$ 4.299 e R$ 4.799.
A nostalgia bate forte quando lembramos do lançamento do primeiro iPhone, em 2007. Uma revolução tecnológica que cabia na palma da mão, mas que, para os brasileiros daquela época, já não era das opções mais acessíveis.
Mas e se ele fosse lançado hoje no Brasil, quanto o aparelho da Apple custaria?
Quando o primeiro iPhone chegou no Brasil e quanto custava
Apesar do burburinho global em 2007, o telefone da Maçã desembarcou oficialmente no Brasil somente em 2008, pelas mãos das operadoras de telefonia. A Vivo foi uma das primeiras a comercializar o cobiçado aparelho, com preços que variavam dependendo do plano atrelado à compra.
O iPhone de 8GB podia ser encontrado com valores a partir de R$ 899, enquanto a versão com 16GB de armazenamento, partia de R$ 1.199 (preços praticados pela Vivo).
Esses valores já demonstravam que o sonho de ter um iPhone no Brasil não era para todos os bolsos, mesmo em seu lançamento oficial por aqui. Em 2008, o salário mínimo no Brasil era de R$ 415,00.
Na época do lançamento nos Estados Unidos, o iPhone de 4GB custava US$ 499 e o de 8GB, US$ 599. (Imagem: Apple)
Quanto custaria o primeiro iPhone hoje?
Para responder a essa pergunta, utilizamos o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação no Brasil. Aplicando essa correção aos preços originais do primeiro iPhone no Brasil, teríamos:
O iPhone de entrada com 8 GB custaria quase R$ 2.400.
Enquanto a versão com 16 GB sairia por praticamente R$ 3.200
Para efeito de comparação, o iPhone mais barato atualmente vendido oficialmente pela Apple no Brasil é o iPhone 16e.
No site oficial da empresa, o modelo 16e está listado a partir de R$ 5.799 — 2,4 vezes mais caro que o primeiro iPhone de 8 GB e quase 2 vezes mais caro que a versão original de 16 GB, porém muito mais potente e moderno.
Apesar do preço considerado elevado para a época, o primeiro iPhone causou filas enormes e um frenesi global. (Imagem: Apple)
É importante ressaltar que esses valores são uma estimativa baseada somente na inflação acumulada. O preço real de um produto eletrônico no Brasil também envolve outros fatores, como impostos de importação, taxas de câmbio atuais, custos de logística e a margem de lucro das empresas.
Apesar do preço considerado elevado para a época, o primeiro iPhone causou um frenesi global. Sua tela sensível ao toque, design inovador e a combinação de iPod, telefone e acesso à internet em um único aparelho revolucionaram a indústria da telefonia móvel.
Ficha técnica
A lista de especificações do primeiro iPhone era a seguinte:
Tela LCD TFT touchscreen capacitiva
Tamanho: 3.5 polegadas
Resolução: 320 x 480 pixels (163 ppi)
CPU: Single-core ARM 11 de 412 MHz
GPU: PowerVR MBX Lite
RAM: 128 MB
Armazenamento: 4 GB, 8 GB ou 16 GB (sem slot para cartão de memória)
Câmera apenas traseira de 2 megapixels (sem flash e sem gravação de vídeo)
Sistema iPhone OS 1.0 (atualizável até a versão 3.1.3)
Acelerômetro
Sensor de proximidade
Sensor de luz ambiente
Tela multi-touch
Alto-falante único
Microfone
Jack de fone de ouvido de 3.5 m
Corpo em alumínio e plástico
(Imagem: Apple)
Para os padrões atuais, essas especificações são bastante modestas. No entanto, em 2007, o primeiro iPhone representou um grande salto tecnológico e revolucionou a indústria dos telefones celulares com sua interface inovadora.