A montadora chinesa BYD, líder global em veículos elétricos, está reformulando sua estratégia na Europa após enfrentar uma série de erros na entrada inicial no continente, conforme informações exclusivas da Reuters.
A empresa falhou em adaptar seu modelo de negócios ao mercado europeu, subestimando diferenças regionais, negligenciando a contratação de executivos locais experientes e apostando exclusivamente em veículos 100% elétricos, mesmo em países onde ainda há forte demanda por híbridos.
Planos para expansão
Para corrigir o rumo, a BYD vem investindo pesadamente na expansão de sua rede de concessionárias e na contratação de executivos europeus, especialmente da Stellantis.
Entre as contratações está Alfredo Altavilla, ex-Fiat-Chrysler, que agora lidera os esforços de reformulação estratégica da BYD no continente.
Ele foi responsável por convencer a liderança chinesa a incluir modelos híbridos plug-in como parte essencial da linha europeia.
A empresa também substituiu sua liderança regional, colocando Stella Li no comando da operação, com a missão de elevar a presença da marca.
Apesar da meta inicial de conquistar 5% do mercado de veículos elétricos na Europa até 2024, a BYD ficou em 2,8% de participação, com 57 mil unidades vendidas no ano.
Após erros, BYD percebeu sucesso na Europa exige adaptação local, paciência e conhecimento de mercado – Imagem: Shutterstock/Karolis Kavolelis
Abordagem equivocada na Europa
A BYD reconhece que tratou a Europa como um mercado único, como China ou EUA, quando na verdade o continente é composto por dezenas de países com culturas e legislações distintas.
Problemas como comunicação inadequada — como o uso do termo “NEV”, desconhecido pelo público europeu — e uma rede de vendas mal distribuída contribuíram para os resultados abaixo do esperado, especialmente em mercados exigentes como o alemão.
Agora, com uma abordagem mais realista e adaptada, a BYD vê sinais positivos: as vendas na Europa triplicaram no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.
A empresa também continua a inovar em seu país de origem, oferecendo recursos de ponta até mesmo em modelos acessíveis, como a tecnologia de direção assistida gratuita, o que reforça sua capacidade de rápida adaptação às demandas do consumidor.
Especialistas do setor e parceiros europeus reconhecem que a BYD está levando sua expansão a sério, mas alertam que ganhar terreno na Europa exige tempo, paciência e compreensão local — o que os chineses estão apenas começando a aprender.
Gigante chinesa revê planos e adapta oferta de veículos à realidade de cada país europeu – Imagem: Alf Ribeiro/Shutterstock
A Saudi Aramco, a maior companhia petrolífera do mundo, anunciou na última segunda-feira (21) uma parceria com a gigante chinesa dos carros elétricos BYD.
O comunicado deixou muita gente perplexa: como duas empresas que produzem coisas praticamente antagônicas podem fechar um acordo? É isso que o Olhar Digital explica nas linhas a seguir.
Segundo informa a Reuters, esse acordo visa o desenvolvimento de novas tecnologias, com foco na melhora da eficiência dos veículos em conjunto com preocupações ambientais.
É importante destacar que a Aramco é uma empresa estatal, ou seja, que pertence ao governo saudita. E não é segredo para ninguém que o país vem tentando diversificar sua economia.
São empreendimentos com foco no turismo, no entretenimento e no esporte. A Arábia Saudita deve receber, por exemplo, a Copa do Mundo de 2034. E, até lá, o governo planeja apresentar ao mundo as cidades mais tecnológicas que já existiram.
Uma Arábia Saudita ainda mais moderna
Como mostramos aqui no Olhar Digital, a Arábia Saudita tem planos ambiciosos para o futuro – e tem muito dinheiro para executá-los.
O maior projeto de todos é o da cidade futurista de Neom.
O último vídeo de atualização é de maio de 2024 – e mostra um pouco do que podemos esperar.
Todos esses empreendimentos respeitam bastante os conceitos de modernidade e sustentabilidade.
As maquetes mostram muitas áreas verdes e a promessa é de tecnologia de ponta, com uso de energia renovável.
E é aqui que entra a BYD.
A eletrificação dos carros já se estabeleceu como o futuro da mobilidade.
E a rica Arábia Saudita não quer ficar para trás, tanto que definiu uma meta sobre o assunto: quer aumentar a frota de EVs dos atuais 1% para 30% em cinco anos.
É claro que esse será um caminho longo e cheio de obstáculos, por exemplo a falta de estações de carregamento e de infraestrutura em geral.
A parceria com a BYD deve ajudar bastante nesse aspecto.
E o que a BYD ganha com o acordo?
O primeiro ponto é o dinheiro saudita.
Pois é, a BYD pode usar a grana do petróleo para realizar novas pesquisas e para o desenvolvimento de tecnologias de carbono zero. Contraditário? Talvez, mas o importante é o resultado final.
A Arábia Saudita quer diversificar suas fontes de renda e, para isso, vai usar o dinheiro do petróleo – Imagem: Hamara/Shutterstock
Outro aspecto é a entrada da empresa no mercado saudita. O comunicado da Aramco ocorre duas semanas depois de a Tesla promover um evento dentro de Riad. Tesla e BYD que travam atualmente uma disputa global sobre quem será a maior companhia de EVs do planeta.
A Tesla já anunciou planos para lançar vendas on-line, lojas pop-up e estações Supercharger em importantes cidades sauditas para dar suporte à sua expansão. E a BYD não quer ficar para trás.
A ver como funcionará de fato essa nova parceria. O Olhar Digital segue acompanhando.
Um dos maiores desafios relacionados ao mercado de carros elétricos diz respeito ao sistema de recarga dos veículos. Mas isso pode mudar a partir de inovações apresentadas pela CATL, a maior fabricante de baterias do mundo.
Em evento realizado recentemente na cidade de Xangai, na China, a empresa apresentou novos produtos que prometem revolucionar o setor.
O objetivo é aumentar a autonomia dos novos modelos e diminuir o tempo necessário para a recarga deles.
CATL lançou uma nova geração de baterias
A primeira novidade apresentada foi uma versão atualizada de sua bateria Shenxing. Segundo a CATL, a bateria pode oferecer um alcance de 520 quilômetros e leva apenas cinco minutos para uma recarga completa.
A empresa chinesa ainda informou que o sistema pode fornecer uma velocidade máxima de carregamento de 1,3 megawatts. Mesmo a uma temperatura de -10 ºC, quando o processo se torna mais lento, a nova bateria permite um carregamento de 5% a 80% em apenas 15 minutos.
Empresa chinesa apresentou novas gerações de baterias (Imagem: NORBERT/Shutterstock)
Uma nova bateria de íons de sódio chamada Naxtra também foi lançada. Ela promete entregar cerca de 200 km de autonomia para veículos híbridos e 500 km para um EV. O sódio é visto por alguns como uma melhoria em relação ao lítio, tanto em termos de disponibilidade quanto de estabilidade e segurança, reduzindo os riscos de incêndios.
Por fim, a CATL revelou uma nova bateria de dupla potência que pode oferecer um alcance máximo de 1.500 km com uma única carga. A empresa comparou a bateria superpotente a uma aeronave bimotora, com uma célula de carregamento rápido regular combinada com um pacote auxiliar separado para melhor desempenho e alcance.
Comprar um veículo elétrico é um sonho para muita gente – inclusive para este que vos escreve agora. A nova tecnologia, porém, custa caro, ainda mais no Brasil, onde existem tributos altos, dificuldades de logística e a chamada cultura do carro caro.
Outros países vivem uma realidade bem diferente, sobretudo aqueles com boa infraestrutura e acúmulo de empresas do setor. A China, por exemplo.
O país asiático lidera o mercado elétrico, tanto em produção como em vendas. No ano passado, os chineses responderam por pouco mais de 50% dos emplacamentos de EVs no mundo.
E a tendência é que esse número continue aumentando.
Essa curva de alta tem uma série de explicações. A começar pelos diversos incentivos do governo, mas não só eles. Podemos listar aqui a aposta em inovação e tecnologia, a mão-de-obra barata e os altos investimentos em Ciência e Educação.
Outro ponto que ajuda a alavancar as vendas são as promoções e campanhas locais – e aqui entra a inveja desse brasileiro. A BYD está prestes a lançar um novo modelo focado para taxistas e profissionais do mercado de transporte.
O BYD e7 tem algumas especificações técnicas mais simples. A empresa, porém, promete compensar no preço.
O e7 deve ser uma das principais atrações da BYD no próximo Salão de Xangai – Imagem: Divulgação/BYD
O que sabemos sobre o carro
O veículo é 100% elétrico, mas ele tem a aparência de um carro de alguns anos atrás.
Isso não é necessariamente um problema, ainda mais para aqueles que precisam do veículo para trabalhar.
O sedã faz parte da linha e-Series, uma família de carros acessíveis da BYD voltada, principalmente, para o mercado profissional.
As maçanetas são convencionais em vez de embutidas ou retráteis – e isso ajuda a baratear o custo.
O motor também não é dos mais potentes: 100 kW (135 cv), e a velocidade máxima é limitada a 150 km/h.
A bateria, por outro lado, é boa: do tipo LFP (lítio-ferro-fosfato), mais resistente e ideal para quem usa bastante, como os taxistas.
Sobre o tamanho, o e7 tem 4,78 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,51 m de altura e 2,82 m de entre-eixos.
Não há informações sobre a autonomia.
A BYD se consolidou como uma das marcas que mais vendem carros em todo o mundo – Imagem: LewisTsePuiLung/iStock
E o preço?
Apesar da campanha forte – e da promessa de preço acessível -, a companhia ainda não divulgou essa informação. Alguns sites gringos, porém, falam em algo na casa dos US$ 15 mil.
O valor oficial deve sair nas próximas semanas. O e7 deve ser uma das principais atrações da BYD no Salão de Xangai, evento que ocorre entre os dias 23 de abril e 2 de maio.
O modelo foi confirmado apenas para o mercado chinês, com foco em pessoas que trabalham no mercado de transporte individual. Ainda não há nada a chegada do modelo a outros mercados.
A China dá, assim, mais um exemplo para o mundo. Não só em relação à renovação da frota, mas também na questão ambiental. Atualizar os carros para modelos elétricos parece ser um ponto importante nos projetos governamentais de sustentabilidade. E, nesse aspecto, a China sai na frente. De novo.
A BYD chegou ao posto de terceira marca a mais vender carros no mundo em 2024, superando gigantes como Honda, Ford, Hyundai, Nissan e Chevrolet. Isso representa 4,5 % da participação mundial, um aumento de mais de 40% em relação ao ano anterior, 2023.
Um dos modelos de maior sucesso, o mais vendido no Brasil em 2024 é o BYD Dolphin Mini, mas além dele, quais outros modelos que fazem da BYD uma marca com potencial para continuar crescendo nos próximos anos? É o que vamos tentar responder nessa lista de cinco carros da BYD que você precisa conhecer.
Conheça top 5 carros da BYD
BYD Dolphin Mini
O destaque para esse modelo é a facilidade para recarga, em qualquer tomada de 127 ou 220 V, o que facilita para seu proprietário recarregá-lo em casa ou em alguma estação de recarregamento pública.
BYD Dolphin Mini Preto Polar Night. (Imagem: BYD / Divulgação)
Potência: 75 cv, gerados por seu motor elétrico, com velocidade máxima de 130 km/h;
Porta-malas: 230 litros, podendo chegar a 930 litros com o banco traseiro rebatido;
Tecnologia: Cruise control, monitoramento da pressão dos pneus, ampla conectividade, comandos de voz em português, compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay;
Autonomia: 280 km;
Preço: R$ 118.800,00.
BYD U9
Mudando da água para o vinho, não há como deixar de fora o supercarro da marca chinesa o BYD Yangwang U9, um verdadeiro carro digno de James Bond. Lembra em muito uma McLaren Senna, aliás, a marca foi até criticada por isso.
O supercarro da BYD tem “só” 1.324 cv de potência (Imagem: Divulgação/BYD)
Ele possui motores elétricos em suas rodas que o permite “saltar” e girar no próprio eixo, produzindo manobras inusitadas, isso permite uma agilidade e controle nunca vistos.
Velocidade: faz de 0 a 100km/h em apenas 2,36 segundos;
Potência: 1.324 cv, gerados por seu motor elétrico, com velocidade máxima de 309 km/h;
Porta-malas: 500 litros (o que é incrível para um carro esportivo);
Preço: entre R$ 400.000,00 e R$ 700.000,00.
Tecnologia: além da parafernália tecnológica já oferecida nos carros da marca, o destaque é o chamado Dispositivo de Controle de Movimento Vertical, que dá ao piloto um controle absurdo do carro. Mais um controle com 12 modos dos kits de aerodinâmica passiva e ativa. Há bolsas laterais que controlam o movimento da coluna dos passageiros.
BYD Seal
Esse modelo chegou ao Brasil em 2023 e logo se destacou por entregar tecnologia e emoção com “preço baixo”, concorrendo com modelos das marcas BMW, Audi e Porsche. Logo se tornou um dos sedans médios mais vendidos do país.
BYD Seal um modelo recheado de atrações e com arrancada esportiva (Foto: Marcelo Valladão/Olhar Digital)
Com um arrancada impressionante que o leva de 0 a 100 km/h em 3,8s, é um carro confortável, macio e eficiente. São dois motores elétricos, um em cada eixo, que fazem o carro chegar a 531 cv.
O veículo pode ser operado sem chave por meio do aplicativo no celular e possui diversos sistemas de segurança, como a Frenagem Preditiva de Emergência (PCW) e a Frenagem Automática de Emergência (AEB), que atuam para evitar colisões com alertas sonoros e, em casos extremos, intervenção do sistema de freios autônomos.
O modelo ainda possui funções preventivas para atuar freando o veículo caso outro carro cruze a via à frente.
Outra ferramenta interessante é o Sistema de Reconhecimento de Sinalização de Trânsito (TSR) que identifica, por exemplo, o limite de velocidade da via, por leitura das placas, enviando mensagens de alarme ao condutor quando a velocidade do veículo excede o limite detectado. O Seal também tem o controle inteligente de limite de velocidade, comum em carros automáticos.
A Fang Cheng Bao (FCB) é uma submarca da BYD que caracteriza os modelos off-road da gigante chinesa. O Bao 3 é um modelo elétrico que ainda não chegou ao Brasil e, caso chegue, poderá ser lançado sob a responsabilidade de uma outra submarca, a Denza.
Modelo se destaca por ter local para drone (Imagem: Divulgação/BYD)
O modelo tem o diferencial de vir com um drone da DJI (empresa também chinesa desse segmento), em parceria com a BYD. No teto, há um compartimento especialmente projetado para abrigar o dispositivo. Vai de 0 a 100 km/h em 4,6s. São dois motores que entregam 148 cv (dianteiro) e 268 cv (traseiro).
Velocidade máxima: não divulgada;
Autonomia: 500 km;
Preço: R$ 164.000,00 (estimados).
BYD King
O BYD King ilustra sua página no site oficial da BYD do Brasil com imagens do Rei Pelé, isso não é à toa: o modelo é o líder entre os híbridos mais eficientes e econômicos no país. Os outros dois são seus irmãos: BYD Song Pro e BYD Song Plus.
O híbrido campeão de vendas no Brasil (Imagem: Divulgação/BYD)
A BYD divulga 235 cavalos de potência combinada. Possui sistema híbrido de 197 cavalos e 18,3 kWh de bateria, isso dá 120 km de alcance no modo elétrico e 0 a 100 km/h em 7,3 segundos. Já a média de consumo é de 21 km/l, com anunciados 1.200 km de autonomia.
A Yangwang voltou a chamar a atenção do mercado agora em março com a apresentação de um novo modelo: o U7, o primeiro sedã de luxo da marca – e que promete ser um verdadeiro marco da indústria.
A começar pelo sistema de suspensão DiSus-Z, que substitui amortecedores hidráulicos por motores magnéticos. Isso, segundo a companhia, permite ajustes automáticos com base em dados de câmeras e sensores, tornando a sua direção mais leve e fluida.
A propaganda oficial da BYD é até um pouco exagerada ao mostrar essa tecnologia:
É claro que as pessoas não vão simular isso na vida real para saber se é verdade. A BYD, no entanto, garante que esse sistema garante algumas boas vantagens cotidianas. O DiSus-Z, por exemplo, é capaz de levantar uma roda com pneu furado, permitindo que o carro continue rodando a até 80 km/h por 30 quilômetros até um mecânico.
Especialistas afirmam que o DiSus-Z é superior até mesmo a alguns dos sistemas de suspensão adaptativa mais avançados do mercado, como a suspensão a ar preditiva da Audi ou o E-Active Body Control da Mercedes.
Mais tecnologia de ponta
Citamos acima as câmeras e sensores do novo veículo.
A BYD chama esse sistema de “God’s Eye” – ou Olho de Deus (nada modesto).
Ele conta com 3 sensores LiDAR de longo alcance, 5 radares de ondas milimétricas, 13 câmeras de alta definição e 12 sensores ultrassônicos.
O conjunto permite que o veículo alcance um nível de automação L2+, sem depender de mapas de alta precisão.
Não há previsão para a vinda desse modelo para o Brasil – Imagem: Divulgação/BYD
O modelo em si é bem grande, uma verdadeira “barca” com 5,26m de comprimento, 1,99m de largura e 1,51m de altura na versão 100% elétrica.
Já o PHEV é um pouquinho maior e, mesmo assim, ambos alcançam velocidades elevadas.
O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e atinge uma velocidade máxima de 270 km/h.
Na versão EV, a bateria BYD Blade de 135,5 kWh proporciona autonomia de 720 km no ciclo CLTC e suporta recarga rápida de 30% a 80% em 20 minutos.
A potência total é de 960 kW (1.287 cv) e torque de 1.680 Nm.
Já a versão PHEV do Yangwang U7 combina os quatro motores elétricos com um motor 2.0 turbo de combustão interna.
Essa configuração oferece uma autonomia elétrica de 200 km e um alcance total de 1.000 km, graças à bateria de 52,4 kWh e ao tanque de 60 litros.
Mais detalhes e o preço
Na parte interna, todo o interior tem acabamento em couro Nappa, fibra de carbono e madeira.
O painel central tem uma tela OLED curva de 12,8 polegadas, rodando o sistema DiLink 150 com chip de 4 nanômetros e assistente de IA. O sistema de som é da Dynaudio, com 23 alto-falantes.
Outros destaques incluem também uma tela de entretenimento para o passageiro dianteiro de 6 polegadas, painel de instrumentos de 23,6 polegadas, AR-HUD, espelho retrovisor digital, câmeras de monitoramento do motorista e do cockpit, e duas telas traseiras de 12,8 polegadas.
O acabamento interno também merece destaque: muita tecnologia e couro – Imagem: Divulgação/BYD
Os bancos dianteiros têm ainda ajuste elétrico em 20 direções, ventilação, aquecimento e função de massagem. Na versão de quatro lugares, os assentos traseiros oferecem apoio para as pernas ajustável eletricamente.
Os preços variam entre 628.000 e 708.000 yuans, o equivalente a aproximadamente R$ 497.000 a R$ 561.000 (isso só fazendo a conversão, sem contar as taxas e impostos).
Como já dissemos, o modelo está disponível em versões totalmente elétrica (EV) e híbrida plug-in (PHEV), com opções para quatro ou cinco ocupantes.
Por enquanto, a BYD disponibilizou o seu novo Yangwang U7 apenas para o mercado chinês.
Segundo informações do Auto Esporte, a BYD registrou, no Brasil, novo SUV elétrico. O desenho do Bao 3, modelo aventureiro da marca, foi divulgado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e indica os planos da fabricante chinesa para o veículo.
O veículo ganhou notoriedade por incluir plataforma diferenciada para drones no teto, recurso também evidenciado nas patentes registradas no Brasil.
Ainda não se sabe se o SUV será comercializado no Brasil (Imagem: Divulgação/BYD)
O novo utilitário esportivo faz parte da linha Fang Cheng Bao, segmento de modelos aventureiros da BYD. Caso seja comercializado no Brasil, o Bao 3 terá nome diferente: B3, além de ser lançado sob a gestão da Denza, seguindo a mesma estratégia adotada com o Bao 5, que já está disponível no mercado nacional.
Características do SUV “futurista” da BYD
Com dimensões similares ao Song Plus, o B3 tem pneus de uso misto, com rodas de 18 ou 19 polegadas e design diferenciado;
Em vez do estepe convencional na tampa do porta-malas, o modelo traz amplo compartimento para objetos;
O SUV tem 4,61 m de comprimento, 2,75 m de entre-eixos, 1,88 m de largura e 1,72 m. E, detalhe: o elétrico pode chegar a 1,92 m de altura quando o drone estiver instalado no teto;
O aparelho é fornecido pela DJI por meio de parceria. A empresa chinesa é uma das maiores do mercado de drones.
Internamente, o novo SUV mantém a identidade visual da BYD, a já mais do que conhecida gigantesca central multimídia flutuante e giratória (similar às dos Teslas). O painel digital, o acabamento em couro e os grandes botões físicos no console central dão ainda mais personalidade ao veículo.
Drone compatível com elétrico chinês é da DJI (Imagem: Divulgação/BYD)
Na China, o B3 será equipado com dois motores elétricos, cada um instalado em cada eixo para garantir a tração integral, e alimentados por bateria de íons de lítio de 78,7 kWh.
O motor dianteiro entrega 148 cv e, o traseiro, 268 cv, embora a potência total combinada ainda não tenha sido divulgada. O veículo promete autonomia de 500 km segundo o ciclo chinês – melhor medida se comparada ao padrão brasileiro – e, segundo a BYD, acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos.
O B3 tem características voltadas para off-road, mas é construído sobre estrutura monobloco. Para melhorar seu desempenho em terrenos mais desafiadores, a BYD implementou sistema de gerenciamento ativo de suspensão e controle de torque e tecnologia semiautônoma de condução, conhecida como God’s Eye.
Preço e (possível) disponibilidade
Embora o B3 ainda não tenha sido lançado na China, é possível reservar o modelo por 200 mil yuan (R$ 164 mil, na conversão direta). Caso venha mesmo para o Brasil, ele deverá ser lançado como modelo da Denza, como mencionamos no começo desta reportagem, e há a possibilidade de algumas essas possíveis unidades permanecerem apenas em exibição, assim como o Yangwang U8, visto em São Paulo (SP) e Brasília (DF).
Traseira não possui tradicional estepe, substituído por porta-objetos (Imagem: Divulgação/BYD)
A divulgação recente da escala da fábrica da BYD em Zhengzhou, na China, levantou debates sobre a magnitude da instalação e a veracidade das alegações de que ela seria “maior que São Francisco”.
A afirmação, impulsionada por vídeos virais e reportagens que descrevem a fábrica como uma “cidade dentro de uma cidade”, levanta questões sobre a transparência da informação e os critérios de comparação utilizados.
O que os números revelam sobre a gigafábrica da BYD
Vídeos de drones capturaram a vasta extensão da fábrica, revelando não apenas as instalações de produção, mas também áreas residenciais, espaços de lazer e projetos de expansão em andamento. A força de trabalho, estimada em 60 mil funcionários, com previsão de aumento para 80 mil em 2025, reforça a imagem de um complexo autossuficiente, com infraestrutura própria.
No entanto, a alegação de que a fábrica abrange uma área superior a 121 km², equivalente ao tamanho de São Francisco, carece de confirmação oficial.
Vídeos de drones capturaram a vasta extensão da fábrica, revelando instalações de produção, áreas residenciais, espaços de lazer e projetos de expansão. (Imagem: Reddit/Reprodução)
A BYD não se pronunciou sobre o tamanho exato da instalação, o que levanta dúvidas sobre a precisão da informação. Além disso, a comparação direta com a área total de uma cidade como São Francisco, que inclui parques, áreas residenciais e outros espaços urbanos, pode ser considerada inadequada.
A comparação com a gigafábrica da Tesla, que a BYD alega ser dez vezes menor, também gera controvérsia. Embora a área total da fábrica da BYD possa ser maior, é preciso considerar as diferenças nos objetivos de produção e no design das instalações. A Tesla concentra sua produção em veículos elétricos e baterias, enquanto a BYD abrange uma gama mais ampla de produtos e serviços.
Apesar da falta de dados oficiais e da imprecisão das comparações, a escala da Gigafábrica da BYD é inegável. Os vídeos e relatos disponíveis demonstram um investimento massivo na produção de veículos elétricos e baterias, com potencial para impactar significativamente o mercado global.
A BYD já é um dos principais expoentes do mercado mundial de carros elétricos. E os últimos resultados financeiros divulgados pela montadora chinesa confirmam o tamanho que a empresa atingiu globalmente.
A companhia com sede em Shenzhen registrou uma receita de US$ 107 bilhões (mais de R$ 615 bilhões) em 2024. Isso representa um aumento de 29% em relação ao ano anterior, e supera a marca dos US$ 97,7 bilhões (cerca de R$ 561 bilhões) da Tesla, de Elon Musk.
Diferencial da BYD: carros híbridos impulsionaram resultados
Segundo analistas, os bons resultados dos carros híbridos impulsionaram a receita da BYD.
Foram comercializados 4,3 milhões de veículos globalmente no ano passado.
Esta marca representa um novo recorde para a empresa chinesa.
Já em relação aos modelos elétricos, foram 1,76 milhão de unidades emplacadas, ficando um pouco atrás da rival Tesla, que vendeu 1,79 milhão.
Tesla e BYD lutam pelo domínio do segmente dos carros elétricos (Imagem: ssi77/Shutterstock)
Nos últimos dias, a BYD anunciou um novo veículo que irá concorrer com o Model 3 da Tesla, que é o veículo elétrico mais vendido na China. O modelo Qin L terá um preço inicial na China de 119.800 yuans, enquanto uma versão básica do carro de Musk custa 235.500 yuans.
A ideia é aumentar ainda mais a participação da empresa no mercado doméstico, ainda mais em um momento em que as montadoras chinesas sofrem com as tarifas impostas por países ocidentais, especialmente os EUA.
Montadora tem apresentado novidades para seguir crescendo (Imagem: Karolis Kavolelis/Shutterstock)
Na semana passada, o fundador da BYD, Wang Chuanfu, também anunciou uma nova tecnologia de carregamento de bateria que poderia carregar um EV em cinco minutos. Isso seria muito mais rápido do que os 15 minutos necessários para carregar um Tesla usando o sistema de supercharger.
Um estudo realizado pela Rho Motion, um instituto inglês de pesquisas e investimentos no setor de tecnologia, revelou que o Brasil é o país com mais carros chineses eletrificados rodando pelas ruas. Conforme as informações fornecidas pela companhia, o país tem 82% dos veículos desse segmento vendidos aqui.
Vale destacar que, quando falamos de carros eletrificados, estamos nos referindo a automóveis 100% elétricos (BEV, Battery Electric Vehicles, na sigla em inglês) e os híbridos (HEV, Hybrid Electric Vehicles). Quer conhecer algumas das opções chinesas disponíveis no Brasil? Continue a leitura e confira!
Confira 5 modelos de carros chineses que são eletrificados e podem ser comprados no Brasil
A seguir, você vai conhecer veículos da famosa BYD, além da GWM, JAC e Neta. Veja quais são os modelos e os detalhes sobre cada um.
1 – Neta X
Este SUV elétrico chinês chega como o mais barato do Brasil, mas tem como desvantagem o fato de ainda não ser muito conhecido no país. O veículo possui três versões: o modelo 400, de R$ 194.900; o modelo 500, de R$ 204.900; e o 500 Luxury, de R$ 214.900.
Neta X em exposição – Crédito editorial: hendra yuwana / Shutterstock.com
A bateria da versão 400 é de 52,5 kWh, já as das duas versões 500 possuem 64,1 kWh. No quesito design, o carro tem faróis full-led dividido em pares. As lanternas traseiras são interligadas. O emblema da marca Neta fica logo abaixo do vidro. As rodas são de 18”.
Na parte interior, o emblema X (que vem do nome Neta X) pode ser preto ou marrom com costuras vermelhas, além de se destacar com um acabamento de excelente qualidade em materiais almofadados e emborrachados, além de camurça nas portas.
A central multimídia é de 15,6”, com somente o Apple CarPlay nativo, e via cabo. No Brasil, há o sistema de conexão chamado Autokit para Apple CarPlay e Android Auto sem fio. O carro conta com um motor elétrico dianteiro, presente nas três versões, que entrega 163 cv de potência e 21,4 kgfm de torque, permitindo que o SUV alcance 100 km/h em apenas 9,2 segundos.
2 – Song Plus DM-i
No segmento de híbridos plug-in, o Song Plus DM-i, também da BYD, apresenta-se como uma excelente opção. De acordo com a marca, ele é o SUV com maior autonomia.
Foto do carro Song Plus DM-i – Crédito editorial: Freer / Shutterstock.com
O veículo é capaz de fazer de 0 a 100 km em apenas 8.3 segundos, tem a tecnologia DM-i, flexibilidade para carregamento direto na tomada, 235 cv de potência combinada e 68 km de autonomia elétrica.
A sua bateria blade é uma grande inovação no mercado e entrega maior segurança. Ela foi fabricada com lâminas que desempenham uma função estrutural, o que proporciona até 50% mais células no mesmo espaço e, assim, eleva a densidade energética dela.
Internamente, o Song Plus DM-i entrega muito conforto. São 5 lugares, nos quais os bancos traseiros possuem ajuste elétrico, aquecimento e ventilação. Há também o carregamento por indução para os celulares. O acabamento do painel e portas é totalmente premium. Além disso, o ar condicionado é digital.
Por ser híbrido, ele vem equipado com o modo de direção EV, elétrico, e também o HEV (híbrido), além de fornecer diversas tecnologias para melhor dirigibilidade. O automóvel pode ser adquirido por R$ 244.800,00.
3 – Haval H6 PHEV19
O Haval H6 PHEV19, da empresa chinesa GWM, chegou ao Brasil em junho de 2024. Ele possui uma tração apenas na região dianteira. Como é híbrido, vem com o motor 1.5 turbo e bateria de 19 kWh, as quais juntas somam 326 cv de potência e entregam um torque de 54 mkgf, sendo capaz de fazer de 0 a 100 km/h em apenas 7.6 segundos.
Foto do Haval H6 PHEV19 – Imagem: Divulgação/GWM Motors
Suas rodas são de 19” e o interior conta com detalhes em branco e cobre. Além disso, o espaço interno é um de seus pontos mais fortes, sendo que o porta-malas possui 560 litros de capacidade. Uma pequena desvantagem, no entanto, é que apesar de ter um belíssimo acabamento, boa parte ainda é de plástico, o que deixa a arquitetura mais sensível.
No quadro de instrumentos, o veículo da GWM, tem autonomia de gasolina maior do que 520 km, mesmo na cidade. De acordo com o Inmetro, o consumo é de 11,7 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada. Ele está sendo vendido por R$ 244.000,00.
Da marca chinesa JAC Motors, o modelo JAC E-JS1 é outra alternativa de carro elétrico disponível no Brasil. Ele pode ser adquirido por R$ 126.900. Ele é equipado com baterias de fosfato de ferro-lítio e apresenta uma excelente economia, pois consome apenas 10 kWh a cada 100 km.
JAC E-JS1 (Imagem: divulgação/Jac Motors)
Além disso, o motor de 15,3 kgfm de torque proporciona um desempenho ideal para um modelo urbano. O carro conta com 62 cv de potência e atinge 100 km em apenas 10,7 segundos.
Outro ponto de destaque do veículo é que ele não emite ruído e vibração, entregando uma ótima dirigibilidade. Uma desvantagem em relação aos outros modelos pode ser a sua simplicidade, já que é menos luxuoso do que outros carros dessa lista, como o Song Plus DM-i, por exemplo.
5 – BYD Dolphin Mini
Este é o carro elétrico mais vendido do Brasil. Em outubro de 2024, por exemplo, ele teve 2.808 unidades comercializadas.
BYD Dolphin Mini (Reprodução: aappp/Shutterstock)
O veículo é uma versão menor do BYD Dolphin e um pouco mais simples, mas se destaca por ser uma opção com excelente custo-benefício. O modelo de 2025 sai pelo valor de R$ 118.800,00.
O automóvel junta eficiência energética, tecnologia de alto nível e segurança de última geração. Todo o seu aparato tecnológico torna a condução elétrica mais acessível e atrativa. Ele conta com autonomia de 280 km, conforme padrões do Inmetro.
A bateria dele é a LFP (Lítio-Ferro-Fosfato) de 38 kWh com tecnologia Blade da BYD e recarrega de 30 a 80% em apenas 30 minutos. Além disso, o carro conta com 4 portas, 6 airbags, freios a disco nas 4 rodas e uma estrutura feita 60% de aço.
No interior dele, o condutor pode aproveitar de uma tela giratória de 10.1” para maior interação. Também há a câmera de ré.
Destaque ainda para a sua tração FWD, potência de 75 cv, torque máximo de 135 Nm, aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 14,9 segundos e velocidade máxima de 100 km/h