imagem_2024-10-17_084246538-1024x684

Quais as causas da calvície? Veja por que a queda de cabelo acontece

Conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgadas em 2023, 42 milhões de brasileiros sofrem com a alopecia androgenética, doença que é mais conhecida pelo nome de calvície

Na estimativa, 25% das pessoas que sofrem com o problema são jovens com idade entre 20 e 25 anos. Vale destacar que a alopécia afeta tanto homens quanto mulheres, levando a consequências importantes para a vida emocional e social das pessoas. A seguir, saiba todos os detalhes sobre essa doença. 

Calvície: o que é e quais as causas?

De acordo com o Ministério da Saúde, a calvície é a ausência, redução ou queda, seja em um estágio transitório ou definitivo, dos cabelos ou pelos em uma determinada região ou na cabeça inteira. 

Leia mais:

Segundo o Hospital Albert Einstein, podem existir várias causas para a doença, sejam elas temporárias ou permanentes. Entre as possibilidades estão a utilização de determinados medicamentos, como os quimioterápicos para câncer, o pós-cirúrgico nos primeiros meses também pode acarretar o problema, além de partos. 

Imagem: Freepik

A perda de cabelos também pode ser um efeito de situações emocionais, uso em excesso de produtos químicos, falta de vitaminas, desnutrição e traumas na região capilar. 

O Hospital ainda cita que existe a possibilidade de a calvície ser provocada por uma origem hormonal, imunológica, genética e até ambiental. Há alguns casos que são associados a doenças da tireoide, doenças autoimunes (como vitiligo e lúpus), diabetes, alergias, infecções provocadas por bactérias e fungos. 

Além disso, recentemente, pesquisadores da Austrália e de Cingapura identificaram que as células-tronco do folículo piloso (HFSCs) necessitam da proteína MCL-1 para que o crescimento capilar aconteça. Eles notaram que quando há uma redução da substância, o processo falha. 

Todavia, vale ressaltar que nem toda queda de cabelo é uma calvície. O ideal é procurar um dermatologista apenas em casos nos quais os cabelos estão caindo de forma rápida e em grande volume, ou então que o couro cabeludo esteja vermelho, com coceira ou ardência. Além disso, a caspa e a oleosidade excessiva também são sinais de alerta. 

Tipos de alopécia

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein, existem dois tipos de alopécia que são os mais comuns, a Androgenética e a Alopecia areata, que é mais conhecida como “pelada”.

androgenética é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. O órgão brasileiro afirma que homens e mulheres podem ser afetados pela doença, que tem início na adolescência e passa a ser aparente apenas aos 40 e 50 anos.

Acontece que, na adolescência, a partir do estímulo hormonal, cada ciclo de cabelo passa a vir com os fios mais finos, sendo justamente o principal sintoma do problema. 

Dessa maneira, os cabelos vão ficando ralos e o couro cabeludo mais aberto. Nos homens, o problema fica mais visível nas regiões da coroa e na parte frontal, as famosas “entradas”. Já nas mulheres, o problema costuma afetar mais a região central. Nelas, a doença tem chances de ser associada a obesidade, irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos no corpo. 

O outro tipo, alopecia areata, se caracteriza pela queda de cabelo ou pelos em regiões ovais ou arredondadas do couro cabeludo ou outros locais do corpo, como barba e até as sobrancelhas. Ele pode surgir a qualquer idade e atinge cerca de 1% a 2% da população. Também ocorre em homens e mulheres.

Questões genéticas, estresse e até a presença de micro-organismos podem ser as causas do distúrbio.

Tratamentos

Homem se preparando para o procedimento de implante capilar
Homem se preparando para o procedimento de implante capilar – Imagem: Freepik

Segundo o Dr. Paulo Müller Ramos, dermatologista especialista em tricologia e transplante capilar, coordenador do ambulatório de Alopecias da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) desde 2010, pesquisador e orientador do programa de doutorado da mesma instituição, existem seis formas de tratamento para a calvície. 

A primeira delas é o uso do medicamento minoxidil, uma substância que estimula o nascimento e prolonga o tempo de crescimento dos fios. Ele age de forma direta na raiz do cabelo e deve ser aplicado no couro cabeludo. Além disso, o especialista afirma que os resultados são demorados, levando pelo menos quatro meses para aparecerem. 

Outro tratamento destacado é o uso da finasterida, um comprimido que precisa ser tomado diariamente, se a calvície for em um homem. O remédio Dutasterida também é uma opção, só que, segundo o médico, ele é mais potente. Há ainda os medicamentos Antiandrogênicos (Espironolactona/Ciproterona/Bicalutamida) para o uso em casos de calvície feminina.

O médico ainda cita o MMP Capilar, um tratamento capilar que tem o objetivo de colocar princípios ativos diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento de novos fios e aumentar a espessura dos que já estão no local. Por último, Müller destaca o transplante capilar, procedimento responsável por restaurar as áreas sem cabelo na cabeça da pessoa. 

ATENÇÃO! Para adotar tanto o uso dos medicamentos quanto os procedimentos citados como forma de tratamento, é essencial que você procure um especialista. Não faça uso sem uma consulta médica individualizada e a recomendação do dermatologista.

O post Quais as causas da calvície? Veja por que a queda de cabelo acontece apareceu primeiro em Olhar Digital.

perda-de-cabelo

Esta pode ser a cura para a calvície!

Pesquisadores da Austrália e de Cingapura anunciaram uma descoberta que pode deixar a cura para a calvície mais próxima. Eles descobriram o mecanismo responsável pela interrupção do crescimento do cabelo.

Em um novo estudo, a equipe identificou que as células-tronco do folículo piloso (HFSCs) precisam de uma proteína específica para que o crescimento capilar ocorra. Quando os níveis desta substância estão reduzidos, no entanto, este processo falha.

HSFCs ficam vulneráveis sem a proteína

  • A proteína em questão é a MCL-1.
  • De acordo com os cientistas, o estresse, envelhecimento, medicamentos contra o câncer ou até fatores genéticos podem causar a redução da quantidade destas substâncias no organismo.
  • Quando isso acontece, os HSFCs ficam vulneráveis e sobrecarregados na tentativa de promover o crescimento do cabelo.
  • Em casos extremos, eles também podem morrer, acentuando a calvície.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Communications.
Uma proteína pode ser a responsável pela queda de cabelo (Imagem: New Africa/Shutterstock)

Leia mais

Descobertas podem servir para criar tratamentos mais eficazes contra a calvície

Durante o trabalho, os pesquisadores demonstraram que o mau funcionamento do MCL-1 em camundongos causou a perda de pelos. A equipe ainda observou que os HFSCs ainda ficaram vivos por algum tempo, mas logo ficaram sobrecarregados e morreram.

Até agora, não se sabia que as células-tronco do folículo piloso eram tão frágeis e vulneráveis sem a proteção da proteína. O novo estudo, entretanto, abre novas possibilidades para proteger essas células e, por sua vez, prevenir a queda de cabelo.

Calvície é um problema que atinge milhões de pessoas, especialmente homens (Imagem: Oleg Elkov/Shutterstock)

De acordo com os pesquisadores, o “estudo avança na nossa compreensão de como a sobrevivência das células-tronco e a regeneração dos tecidos são orquestradas”. Isso pode ter implicações importantes no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra a calvície.

O post Esta pode ser a cura para a calvície! apareceu primeiro em Olhar Digital.