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Rinocerontes se tornam radioativos na África do Sul — para o bem deles

Pesquisadores da Universidade de Witwatersrand (África do Sul) estão testando uma maneira um tanto quanto inusitada para tentar salvar rinocerontes de caçadores ilegais. Os animais se tornaram “radioativos” para melhorar seu monitoramento no país.

A intenção do Projeto Rhisotope é utilizar tecnologia nuclear na forma de pequenas quantidades de radioisótopos e inseri-los nos chifres de rinocerontes, que podem ser detectados por monitores de portais de detecção de radiação em fronteiras internacionais, incluindo portos, aeroportos e travessias terrestres. 

Segundo o grupo, os radioisótopos não causam danos aos animais nem ao meio ambiente, criando marcadores de chifres duradouros e detectáveis. Numa fase posterior, o trabalho será expandido para elefantes, pangolins e outras espécies da fauna e flora.

A cada 20 horas, na África do Sul, um rinoceronte morre por causa de seu chifre (Imagem: Reprodução)

A cada 20 horas, na África do Sul, um rinoceronte morre por causa de seu chifre. Esses chifres caçados ilegalmente são traficados para o mundo todo e usados ​​na medicina tradicional ou como símbolos de status. Seu valor é maior do que ouro, platina, diamantes e cocaína, de acordo com os pesquisadores.

“Em última análise, o objetivo é tentar desvalorizar o chifre de rinoceronte aos olhos dos usuários finais, ao mesmo tempo em que torna os chifres mais fáceis de detectar, pois estão sendo contrabandeados através das fronteiras”, afirma o professor James Larkin, da Unidade de Física de Radiação e Saúde.

Trabalho com os rinocerontes têm impacto global

  • O projeto pioneiro é realizado na Reserva da Biosfera de Waterberg, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO);
  • No fim de junho, a equipe sedou 20 rinocerontes e perfurou um pequeno orifício em cada um de seus chifres para inserir os radioisótopos atóxicos;
  • Os rinocerontes foram, então, soltos sob os cuidados de uma equipe altamente qualificada que os monitorará 24 horas por dia durante os próximos seis meses;
  • “Cada inserção foi monitorada de perto por veterinários especialistas, e extremo cuidado foi tomado para evitar qualquer dano aos animais”, diz Larkin;
  • “Ao longo de meses de pesquisa e testes, também garantimos que os radioisótopos inseridos não representam nenhum risco à saúde ou a qualquer outro risco para os animais ou para aqueles que cuidam deles.”

Os cientistas alertam que o mundo já conta com uma segurança nuclear multibilionária, com 11 mil monitores de portal de detecção de radiação instalados em aeroportos, portos e outros portos de entrada. No entanto, o número de agentes treinados para detectar o tráfico de vida selvagem ainda é limitado, segundo o grupo.

Projeto Rhisotope foi criado em 2021 como uma iniciativa de conservação sediada em Wits (Imagem: Reprodução)

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Projeto que envolve a comunidade

O Projeto Rhisotope foi criado em 2021 como uma iniciativa de conservação sediada em Wits (África do Sul). A ideia é tornar o grupo líder global no aproveitamento da tecnologia nuclear para proteger espécies ameaçadas e em perigo de extinção da fauna e da flora.

20 rinocerontes quer receberam radioisótopos atóxicos serão monitorados 24 horas por dia pelos próximos seis meses (Imagem: Reprodução)

A iniciativa também busca oferecer educação e elevação social para empoderar pessoas e comunidades locais. O foco são meninas e mulheres de comunidades rurais, que, segundo os pesquisadores, “são a espinha dorsal” na luta pela defesa dos rinocerontes.

A caça ilegal desses animais atingiu níveis críticos desde 2008, quando cerca de dez mil rinocerontes foram perdidos para a caça ilegal na África do Sul, sendo o tráfico de vida selvagem o terceiro maior crime organizado do mundo.

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Tesouro da Era do Gelo! Ossos de mamutes de 25 mil anos são encontrados 

Uma descoberta fascinante foi feita por pesquisadores da Academia Austríaca de Ciências. Eles localizaram ossos de pelo menos cinco mamutes em um sítio conhecido como Langmannersdorf, no norte da Áustria.

Além dos restos mortais dos animais antigos, foram encontradas ferramentas de pedra no local. Os objetos foram datados em cerca de 25 mil anos e oferecem pistas sobre como era a vida e os hábitos dos caçadores pré-históricos que habitaram a região.

Marfim era trabalhado para a produção de ferramentas

Em comunicado, a equipe de cientistas afirmou que ossos de pelo menos dois mamutes foram encontrados com marcas de corte. Isso indica que os animais eram desmembrados pelos humanos antigos.

Ossos datam de cerca de 25 mil anos (Imagem: Marc Händel/Academia Austríaca de Ciências)

Em uma outra área, restos de pelo menos outros três mamutes, incluindo presas inteiras e em pedaços, foram desenterrados. Eles revelam que o marfim era trabalhado para a produção de ferramentas, como pontas de lança.

Na época em que os animais viveram, o vale do rio Perschling era um local de passagem importante para os animais, além de servir como área de alimentação. Os arqueólogos acreditam que os caçadores pré-históricos tinham um profundo conhecimento do comportamento dos mamutes e usavam essas informações para planejar suas caçadas.

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Presas dos mamutes eram utilizadas para criar ferramentas com marfim (Imagem: Daniel Eskridge/Shutterstock)

Ideia é entender mais sobre os caçadores pré-históricos

  • O trabalho realizado pelos pesquisadores da Academia Austríaca de Ciências faz parte de esforços maiores de investigação de sítios arqueológicos na Polônia, República Tcheca e Áustria.
  • O objetivo é entender como era feita a caça e o aproveitamento de mamutes no passado.
  • Além disso, os estudos podem revelar como as mudanças climáticas entre 35 mil e 25 mil anos atrás impactaram os animais e os humanos antigos.
  • Todos os objetos desenterrados estão sendo analisados no Instituto Arqueológico Austríaco e devem ser expostos no Museu de História Natural de Viena e no Museu de História Local de Perschling, no futuro.

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