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Para monitorar a saúde da população, essa cidade aposta em smartwatches

Moradores da cidade de Ahmedabad, na Índia, estão usando smartwatches para um estudo inédito: descobrir como o calor afeta comunidades vulneráveis ​​ao redor do mundo. Pelo menos 204 pessoas serão monitoradas ao longo de um ano.

Os relógios medem a frequência cardíaca e o pulso, e monitoram o sono. Os participantes também fazem aferições semanais da pressão arterial, de acordo com reportagem da Associated Press.

A pesquisa ainda vai avaliar se tintas refletivas nos telhados podem ajudar a reduzir o calor interno das residências em comparação com casas sem os chamados telhados frios. Futuramente, a resposta poderá ajudar famílias pobres a lidar com verões escaldantes.

Ondas de calor têm sido cada vez mais comuns na Índia (Imagem: anil_shakya19/iStock)

Calor extremo virou problema de saúde

Em 2010, Ahmedabad registrou quase 1.300 mortes a mais do que o esperado — um cenário que foi associado às altas temperaturas, segundo a reportagem. O país sempre viveu verões quentes, mas a exposição ao sol tem se tornado cada vez mais fatal.

A situação levou a cidade a criar um plano de ação para alertar os cidadãos quando o calor estiver em níveis perigosos e preparar os hospitais municipais para responder rapidamente a doenças relacionadas ao calor, de acordo com a AP.

Se a temperatura média global continuar a subir para pouco menos de 2 graus Celsius, haverá um aumento de 370% nas mortes relacionadas ao calor em todo o mundo, e a maioria ocorrerá no sul e sudeste da Ásia e na África, de acordo com um estudo de 2023.

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Quase um oitavo da população mundial vive em áreas vulneráveis às altas temperaturas (Imagem: Sumit Saraswat/iStock)

Pesquisa é realizada globalmente

O projeto que examina como o calor está afetando comunidades pobres e vulneráveis é liderado por Aditi Bunker, pesquisadora de saúde ambiental associada à Universidade de Auckland, Nova Zelândia, e à Universidade de Heidelberg, Alemanha.

Pesquisadores também estão medindo os impactos do calor usando smartwatches e outros dispositivos em Burkina Faso, na África, na ilha de Niue, no Pacífico, perto da Nova Zelândia, e na região do deserto de Sonora, no México.

De acordo com a iniciativa, mais de 1,1 bilhão de pessoas — cerca de um oitavo da população mundial — vivem em assentamentos informais e bairros pobres que são particularmente vulneráveis aos efeitos das altas temperaturas.

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Corais estão mudando ao redor da Terra – e cientistas fazem alerta

Há um ano, cientistas alertaram sobre um grande evento de branqueamento de corais ao redor da Terra. Mas o fenômeno, descrito como “sem precedentes” em um novo comunicado, parece ser mais sério do que imaginávamos: já atingiu 84% dos recifes do mundo e, nesse ritmo, pode trazer consequências desastrosas.

Entenda:

  • Um evento de branqueamento “sem precedentes” está afetando os corais ao redor da Terra;
  • O relatório mais recente estima que 84% dos recifes já foram atingidos;
  • O branqueamento acontece quando os corais enfrentam fatores ambientais estressantes – como o excesso de calor da queima de combustíveis fósseis;
  • Os recifes expelem algas responsáveis por dar cor e produzir energia, e, além de ficarem brancos, também são expostos à doenças e correm risco de morte;
  • Além de benefícios à vida marinha, os recifes de corais são aliados dos seres humanos, fornecendo alimentos, empregos e proteção.
Branqueamento de corais é o mais grave já registrado. (Imagem: Ethan Daniels/Shutterstock)

A Iniciativa Internacional para os Recifes de Coral (ICRI), que publicou a declaração na quarta-feira (23), explica que os eventos de branqueamento são provocados, principalmente, por altas temperaturas no mar – tendo em vista que 90% do excesso de calor liberado na queima de combustíveis fósseis é armazenado pelos oceanos.

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O que é o branqueamento de corais?

O fenômeno de branqueamento acontece quando os corais são expostos a fatores ambientais estressantes – neste caso, o calor extremo.

Diante dessas situações, os recifes expelem algas que fornecem cor e produzem energia, e, além de ficarem brancos, também são expostos a doenças e podem acabar morrendo.

Além de sustentarem cerca de um terço de toda a vida marinha, os recifes de corais também trazem benefícios aos seres humanos que, como apontam pesquisadores, equivalem a US$ 10 trilhões e vão desde alimentos a empregos e proteção.

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Calor gerado pela queima de combustíveis fósseis é principal causa do branqueamento de corais. (Imagem: Lane V. Erickson/Shutterstock)

Branqueamento de corais já aconteceu outras vezes

Ainda que este seja o mais preocupante, outros casos de branqueamento dos corais já aconteceram ao longo da história. O primeiro deles foi registrado no início da década de 1980, e outros dois se passaram por volta de 2010 e 2016.

“Os recifes de corais são o sinal da humanidade para muito mais do que apenas as mudanças climáticas. O que escolhermos fazer para salvá-los, tanto das mudanças climáticas quanto do consumo excessivo em nossas economias, determinará seu futuro e afetará toda a vida na Terra e a qualidade de vida de todos até o final deste século e além”, destaca David Obura, fundador da CORDIO East Africa, no comunicado da ICRI.

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Fim do calor extremo? Nova frente fria chega ao Brasil

Após um longo período de calor extremo que assola o Brasil desde o final de fevereiro, uma nova frente fria avança pelo país, trazendo alívio e marcando o fim das altas temperaturas.

Segundo o Climatempo, o sistema terá impacto mais significativo nas regiões Sul e Sudeste, com previsão de queda nas temperaturas e aumento nas chances de chuva.

Frente fria aumenta risco de temporais

A frente fria avança ao longo do final de semana em direção ao Sudeste, chegando à região na segunda-feira (10). A chegada do sistema climático é acompanhada de chuva, aumentando o risco de temporais devido ao contraste térmico entre a massa de ar quente que predominava no Brasil e o ar frio que avança do sul.

Esse choque térmico favorece a formação de nuvens carregadas, com potencial para rajadas de vento e trovoadas.

Chegada da frente fria encerra o período de calor intenso que predominava desde fevereiro. (Imagem: Climatempo)

Enquanto o Sul do país experimenta uma queda mais expressiva nas temperaturas, com máximas que podem diminuir até 6°C em relação aos últimos dias, o impacto em outras regiões será variável. Em Santa Catarina e no Paraná, a redução nas máximas diurnas será moderada, entre 3°C e 5°C.

no Sudeste, incluindo São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, o impacto será menor, com variações de temperatura pouco significativas.

Alívio para o Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul, um dos estados mais castigados pelo calor intenso, será primeiro a sentir os efeitos da frente fria. No domingo (09), as temperaturas máximas em cidades não ultrapassaram os 28°C em algumas cidades – um contraste com os dias anteriores, quando os termômetros ultrapassaram os 40°C.

Além da queda nas máximas, as madrugadas também se tornaram mais frias, com mínimas abaixo de 15°C.

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Mudança no padrão atmosférico

  • A chegada da frente fria marca uma mudança no padrão atmosférico do Brasil, encerrando o período de calor intenso que predominava desde fevereiro.
  • Nos próximos dias, as temperaturas permanecerão mais amenas, com máximas que não devem atingir os picos de calor recentes.
  • Essa mudança trará um cenário mais confortável e equilibrado, especialmente para os estados do Sul, que enfrentaram semanas de calor excessivo.

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