HPV

Como vírus HPV pode dar câncer nos ânus?

O papilomavírus humano (HPV) é um dos vírus mais comuns do mundo, conhecido principalmente por causar verrugas genitais e estar associado ao câncer do colo do útero.

No entanto, o HPV também pode levar a outros tipos de câncer, como o câncer anal, que tem ganhado atenção devido ao aumento dos casos nos últimos anos. Esse tipo de câncer, embora menos falado, pode ter consequências graves se não for diagnosticado e tratado precocemente.

O câncer anal ocorre quando células anormais no tecido do ânus sofrem mutações e se multiplicam descontroladamente, formando tumores malignos.

O principal fator de risco para o desenvolvimento dessa doença é a infecção pelo HPV, especialmente pelos tipos oncogênicos, que têm maior potencial de causar alterações celulares. Compreender como o HPV é transmitido e como pode evoluir para o câncer anal é essencial para prevenção e diagnóstico precoce.

HPV: conceito, cepas e transmissão

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele e as mucosas, sendo altamente transmissível. Tanto mulheres quanto homens estão suscetíveis a serem infectados.

O vírus HPV infecta não apenas mulheres, mas homens também (Imagem: Evan Lorne/iStock)

Existem mais de 200 tipos de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar a região anogenital. Alguns tipos de HPV são considerados de baixo risco e causam apenas verrugas, enquanto outros são de alto risco, podendo levar ao desenvolvimento de câncer.

As cepas de alto risco, como o HPV 16 e o HPV 18, são as principais associadas ao câncer anal. Elas têm a capacidade de alterar o DNA das células hospedeiras, favorecendo o crescimento desordenado e a formação de tumores.

A transmissão do vírus ocorre principalmente pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo o contato sexual a principal via de transmissão. Isso inclui relações vaginais, anais e orais, mesmo na ausência de penetração.

Outras formas de transmissão incluem o contato com objetos contaminados e a transmissão vertical, quando a mãe infectada passa o vírus para o bebê durante o parto. O uso de preservativos reduz o risco de transmissão, mas não o elimina completamente, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo.

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Como vírus HPV pode dar câncer anal?

O câncer ocorre quando células sofrem mutações genéticas que fazem com que elas cresçam e se dividam sem controle.

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Vírus dentro do organismo humano (Imagem: Kateryna Kon / Shutterstock.com)

No caso do câncer anal, essas mutações afetam as células que revestem o canal anal e a região perianal. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Quando o HPV infecta a região anal, ele pode permanecer no organismo sem causar sintomas por anos. Em alguns casos, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus antes que ele cause danos.

Manequim usando calça jeans
Ilustração de um bumbum (Reprodução: @saintape/Unsplash)

No entanto, em situações onde a infecção persiste, o vírus pode levar à formação de lesões pré-cancerosas, conhecidas como neoplasia intraepitelial anal (AIN). Se não tratadas, essas lesões podem evoluir para câncer anal.

Os sintomas do câncer anal incluem:

  • Sangramento anal;
  • Dor ou pressão na região anal;
  • Coceira ou secreção incomum;
  • Massa ou caroço no ânus;
  • Alteranção nos hábitos intestinais.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer anal incluem:

  • Infecção pelo HPV de alto risco;
  • Relações sexuais anais desprotegidas;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Tabagismo;
  • Idade avançada.

A prevenção é essencial para reduzir o risco da doença. A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção de infecções pelas cepas mais perigosas do vírus. O exame preventivo, como a anuscopia de alta resolução, pode detectar lesões precoces e evitar a progressão para o câncer.

Diante disso, é fundamental aumentar a conscientização sobre a relação entre HPV e câncer anal para que mais pessoas busquem prevenção e tratamento adequado.

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Uso excessivo de tomografia pode estar por trás de milhares de casos de câncer

Um novo estudo da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) estima que até 5% de todos os casos de câncer diagnosticados anualmente possam estar relacionados à exposição à radiação de tomografias computadorizadas (TC), alertando para o uso excessivo e, muitas vezes, desnecessário desse tipo de exame.

Publicado no JAMA Internal Medicine, o estudo analisou dados de 93 milhões de exames de TC realizados em 2023 nos Estados Unidos, envolvendo cerca de 61,5 milhões de pacientes.

A pesquisa prevê que aproximadamente 103 mil casos de câncer poderão ser atribuídos a essa exposição, número de três a quatro vezes maior do que estimativas anteriores.

Embora as tomografias sejam ferramentas essenciais na medicina moderna — usadas para detectar tumores, diagnosticar doenças e orientar tratamentos —, os pesquisadores destacam que a radiação ionizante presente nesses exames é um agente cancerígeno conhecido, e os riscos têm sido subestimados.

Bebês correm o maior risco

  • O estudo mostrou que o risco é maior entre bebês, que têm até 10 vezes mais chances de desenvolver câncer após uma TC em comparação com outras faixas etárias.
  • Crianças e adolescentes também apresentam risco elevado.
  • No entanto, os adultos são os mais expostos, por realizarem a maior parte dos exames. O pico de exames foi registrado entre pessoas de 60 a 69 anos.
Risco oculto: tomografias podem causar 1 em cada 20 casos de câncer – Imagem: Accuray/Unsplash

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Entre os tipos de câncer mais associados à exposição estão pulmão, cólon, mama, bexiga e leucemia em adultos; e tireoide, pulmão e mama em crianças.

Exames de abdômen e pelve são os que mais contribuem para os casos de câncer em adultos, enquanto as tomografias de crânio lideram os riscos entre crianças.

Uso desnecessário da tomografia

A principal autora, Dra. Rebecca Smith-Bindman, alerta que muitos exames são realizados sem real necessidade clínica — por exemplo, para dores de cabeça sem sinais preocupantes ou infecções leves — e que há grande variação nas doses de radiação utilizadas, o que eleva ainda mais o risco de efeitos adversos.

Ela compara o risco da TC a outros fatores já bem estabelecidos, como o consumo de álcool ou o excesso de peso corporal.

Os pesquisadores recomendam que médicos e pacientes discutam com mais clareza os riscos e benefícios da tomografia, optando por exames com doses menores de radiação ou métodos alternativos, sempre que possível.

A coautora Malini Mahendra ressalta a importância de informar melhor as famílias sobre os riscos em exames pediátricos, promovendo decisões mais conscientes.

Novo estudo liga radiação de exames a 103 mil diagnósticos só em 2023; risco é maior em bebês e crianças, mas afeta também adultos – Imagem: kckate16/Shutterstock

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Teste de saliva pode revolucionar diagnóstico do câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor que mais mata homens no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 17 mil pessoas morreram por conta da doença em 2023 no país, uma média de 47 óbitos por dia.

Este cenário preocupa as autoridades de saúde. Mas uma esperança acaba de surgir. Pesquisadores desenvolveram um teste de saliva capaz de analisar o DNA dos pacientes para descobrir quem nasceu com maior risco de desenvolver câncer de próstata.

Rastreio de mutações no DNA

A equipe responsável pelo trabalho explica que o exame de saliva não procura sinais de câncer de próstata dentro do corpo. Em vez disso, ele busca por 130 mutações no DNA dos homens, cada uma das quais pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença.

Câncer de próstata é uma das doenças que mais mata homens no Brasil (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

Participaram do estudo 745 pacientes com idades entre 55 e 69 anos. Destes, 187 foram diagnosticados com câncer de próstata a partir do uso da nova tecnologia.

O exame apontou 103 tumores de alto risco e que precisavam de tratamento.

Os pesquisadores ainda observaram que em 74 destes casos a doença não teria sido descoberta neste estágio sem a análise da saliva. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista New England Journal of Medicine.

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Teste de saliva foi testado em estudo (Imagem: Institute of Cancer Research)

Teste ainda precisa ser aperfeiçoado

  • Apesar dos resultados positivos, ainda não foi comprovado que o teste salva vidas.
  • Especialistas dizem que pode levar “anos” até que esses mecanismos possam ser usados rotineiramente.
  • Outra limitação da pesquisa é o fato dela ter se concentrado em pessoas de ascendência europeia.
  • A ideia é ampliar o número de participantes em novos experimentos.
  • Acredita-se que os homens negros, por exemplo, tenham o dobro do risco de câncer de próstata.

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Cientistas criam ‘detector de metais’ para achar tumores

O câncer se tornou um dos maiores causadores de mortes em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, pesquisas apontam que mais de 704 mil novos casos da doença devem ser diagnosticados por ano até 2025. 

Mas um novo dispositivo pode revolucionar o diagnóstico e tratamento contra os tumores. Pesquisadores criaram um algoritmo que atua como uma espécie de “detector de metais” buscando falhas no DNA para localizar o câncer.

Descoberta pode acelerar diagnóstico de câncer

  • A equipe responsável pelo trabalho explicou que os tumores que apresentam DNA defeituoso têm maior probabilidade de serem tratados com sucesso.
  • Por isso, os cientistas resolveram focar neste tipo de câncer.
  • A ideia é que o algoritmo possa ajudar os médicos a descobrir quais pacientes têm maior probabilidade de ter um tratamento bem-sucedido.
  • Isso poderia abrir caminho para planos de tratamento mais personalizados que aumentam as chances de sobrevivência.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Genetics.
Novo método pode facilitar a identificação de tumores (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

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Padrões incomuns de mutações foram localizados

Durante o trabalho, os cientistas procuraram padrões no DNA criados pelas chamadas mutações indel.

Elas são alterações genéticas que consistem na adição ou exclusão de uma ou mais bases do material genético, sendo o segundo tipo de mutação mais comum no genoma humano. 

O resultado foi a localização de padrões incomuns de mutações em cânceres que tinham mecanismos de reparo de DNA defeituosos, conhecidos como “disfunção de reparo pós-replicativo” ou PRRd. Usando essas informações, eles desenvolveram um algoritmo que permite identificar os tumores.

Representação de um DNA
Algoritmo busca falhas no DNA que podem indicar a presença de câncer no organismo (Imagem: Billion Photos/Shutterstock)

Os pesquisadores acreditam que o novo sistema possa atuar como um “detector de metais” para permitir a identificação do câncer em pacientes com maior probabilidade de ter um tratamento bem-sucedido com imunoterapia.

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Apple Watch ajuda paciente a identificar câncer raro no sangue

Um Apple Watch pode ter sido a diferença entre a vida e a morte de uma mulher neozelandesa. O dispositivo foi fundamental para identificar um caso raro de câncer no sangue da usuária, uma condição que pode ser fatal sem o tratamento adequado.

A psiquiatra Amanda Faulkner começou a sentir muito calor e cansaço, mas achou que isso era um efeito da intensa rotina de trabalho. Foram os alertas do relógio, no entanto, que indicaram que algo de errado estava acontecendo.

Relógio identificou um aumento anormal na frequência cardíaca

  • O aplicativo Sinais Vitais (Vitals) do Apple Watch Series 10 enviou uma série de notificações alertando sobre um aumento anormal na frequência cardíaca de Amanda.
  • Isso acontecia mesmo quando ela estava em repouso.
  • Amanda chegou a pensar que o dispositivo estava com algum defeito.
  • No entanto, acabou sendo convencida a procurar atendimento médico com o passar dos dias (e com os alertas cada vez mais frequentes).
Apple Watch conta com uma série de aplicativos que monitora a saúde dos usuários (Imagem: Ringo Chiu/Shutterstock)

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Diagnóstico precoce da doença foi fundamental

Segundo reportagem do NZ Herald, os alertas do Apple Watch podem ter salvado a vida da paciente. A mulher foi diagnosticada com Leucemia Mielóide Aguda e foi transferida já no dia seguinte para um hospital.

Atualmente, ela realiza um tratamento de quimioterapia.

A psiquiatra deverá passar por um transplante de células-tronco em julho deste ano com o objetivo de reparar problemas encontrados em sua medula óssea.

Neozelandesa foi avisada do problema de saúde pelo relógio inteligente (Imagem: arquivo pessoal/Amanda Faulkner)

O perigo ainda não foi totalmente superado, mas a neozelandesa conta que graças ao dispositivo da Apple teve uma chance de lutar pela sobrevivência. Este é mais um caso de como a tecnologia pode ajudar na identificação de problemas de saúde.

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Estudo cria abordagem mais potente contra câncer no sangue

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma versão aprimorada da terapia com células CAR-T, que é utilizada no tratamento de linfoma não Hodgkin e leucemia linfoblástica aguda, como mostra um artigo da Agência FAPESP.

Atualmente, metade dos pacientes com esses dois tipos de câncer, que afetam células do sangue, não responde adequadamente a esse tratamento, que envolve modificar as células de defesa do paciente para atacar as células tumorais.

Descobertas do estudo

  • O estudo, realizado no A.C. Camargo Cancer Center e publicado na revista Cancer Research, identificou uma droga promissora que melhora a eficácia das células CAR-T ao inibir alterações epigenéticas que reduzem sua eficácia.
  • A pesquisa, liderada por Maria Letícia Rodrigues Carvalho, testou diversas drogas nas células CAR-T e encontrou um inibidor do complexo PRC2, que bloqueia a expressão de genes que dificultam a ação das células de defesa.
  • Nos testes realizados em células tumorais e camundongos, as células CAR-T modificadas com o inibidor eliminaram os tumores de maneira mais rápida e eficaz do que as convencionais.
Pesquisadores obtiveram sucesso na melhoria das células CAR-T, tornando-as mais eficazes no tratamento de tipos refratários de linfoma e leucemia – Imagem: crystal light/Shutterstock

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Os pesquisadores agora buscam avaliar a segurança da terapia em camundongos antes de considerar ensaios clínicos em humanos.

A modificação das células CAR-T pode melhorar a resposta imunológica e permitir tratamentos mais eficazes, mantendo os riscos de toxicidade sob controle.

Se os testes futuros forem positivos, a inibição do PRC2 poderá ser incorporada à produção de células CAR-T, ampliando as possibilidades terapêuticas para pacientes com câncer hematológico refratário.

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Estudo ainda testará segurança da terapia em camundongos antes de realizar ensaios com humanos (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

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Anvisa proíbe lâmpadas fluorescentes usadas em bronzeamento artificial

Uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência utilizadas em equipamentos de bronzeamento artificial. A determinação foi anunciada nesta semana.

A medida busca coibir a fabricação e manutenção de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos. Estes espaços são proibidos no Brasil desde 2009, mas continuam sendo utilizados de maneira irregular.

Decisão da Anvisa cita risco de câncer

De acordo com a Resolução – RE nº 1.260/2025, fica proibido o armazenamento, a comercialização, a distribuição, a fabricação, a importação, a propaganda e uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência utilizadas em equipamentos de bronzeamento artificial.

Uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência em câmaras de bronzeamento artificial podem causar câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

A determinação se baseia em um estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O trabalho concluiu que o uso de câmaras de bronzeamento artificial pode causar câncer em humanos.

Apesar dos riscos serem conhecidos, a Anvisa alerta que Assembleias Legislativas Estaduais e Municipais estão aprovando, de forma irregular, o uso de câmaras de bronzeamento artificial. Por conta disso, a entidade garante que “providenciará as devidas medidas legais visando resguardar e proteger a saúde da população”.

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Fachada da Anvisa
Determinação da Anvisa foi anunciada nesta quarta-feira (2) (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

Problemas de saúde causados pelas câmaras de bronzeamento artificial:

  • Câncer de pele;
  • Envelhecimento da pele;
  • Queimaduras;
  • Ferimentos cutâneos;
  • Cicatrizes;
  • Rugas;
  • Perda de elasticidade cutânea;
  • Lesões oculares como fotoqueratite;
  • Inflamação da córnea e da íris;
  • Fotoconjuntivite;
  • Catarata precoce;
  • Pterigium (excrescência opaca, branca ou leitosa, fixada na córnea);
  • Carcinoma epidérmico da conjuntiva.

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Esse alimento comum parece prevenir câncer de intestino

O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso e no reto, sendo também conhecido como câncer de cólon e reto. 

Este é um dos tipos mais comuns de tumor e os casos têm aumentando em todo o mundo nos últimos anos.

Segundo um novo estudo, no entanto, um alimento pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da doença.

Pesquisadores afirmam que o consumo regular de iogurte pode modificar o microbioma intestinal, as bactérias naturais que vivem no intestino.

Efeitos benéficos para o organismo

  • Os cientistas explicam que o microbioma intestinal desempenha um papel crucial na saúde geral, influenciando a digestão, a função imunológica e até o risco de câncer.
  • As bactérias intestinais podem viver dentro do próprio câncer e, em geral, acredita-se que um equilíbrio saudável delas seja essencial para manter um sistema imunológico forte e prevenir a inflamação.
  • O iogurte contém culturas vivas de bactérias benéficas, como lactobacillus bulgaricus e streptococcus thermophilus, que podem ajudar a manter esse equilíbrio.
  • Além disso, o alimento pode exercer efeitos anti-inflamatórios nas células do revestimento do cólon, chamadas de mucosa, o que pode ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Gut Microbes.
Iogurte pode ser um aliado no combate ao câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

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Redução do risco de desenvolvimento de câncer

Segundo os pesquisadores, consumir duas ou mais porções de iogurte por semana diminui o risco de desenvolvimento de um tipo específico de câncer colorretal agressivo. Ele ocorre no lado direito do cólon e pode ser mais mortal.

O estudo analisou dados de mais de 150 mil participantes acompanhados por várias décadas, indicando que o consumo do alimento a longo prazo pode alterar o microbioma intestinal de maneiras benéficas para o organismo.

Estudo revelou benefícios do iogurte para a saúde (Imagem: nikkytok/Shutterstock)

As conclusões foram baseadas na medição da quantidade de Bifidobacterium, um tipo de bactéria encontrada no iogurte, no tecido tumoral de 3.079 participantes do experimento que foram diagnosticados com câncer colorretal.

Os cientistas ainda destacam que é importante escolher com sabedoria qual iogurte consumir. O mais benéfico é o puro e sem sabor. Isso porque a adição de açúcares presentes em alguns tipos do produto podem causar ganho de peso, um fator de risco para obesidade e câncer.

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Iogurte contra o câncer? Veja o que a ciência sabe

Iogurte no combate ao câncer? Uma nova pesquisa aponta que o alimento queridinho do café da manhã pode ter um superpoder: proteger o intestino contra formas agressivas de câncer colorretal. Enquanto os casos da doença disparam entre adultos com menos de 55 anos, cientistas agora miram no microbioma. Esse conjunto de bactérias que vive no nosso intestino pode ser a chave para frear a ameaça.

O número de novos casos de câncer colorretal praticamente dobrou entre os mais jovens nas últimas décadas. Só recentemente, o aumento nos diagnósticos foi de quase 20%. Diante desse cenário, cresce a curiosidade sobre o que pode ser feito para reduzir o risco — e a resposta pode estar na geladeira.

As estrelas desse possível efeito protetor são bactérias como Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus. Presentes em iogurtes naturais, essas culturas vivas ajudam a manter o microbioma saudável. E isso faz toda a diferença: um intestino com bactérias equilibradas é menos propenso a produzir substâncias nocivas e mais eficiente na defesa contra doenças.

Microrganismos do bem e proteção silenciosa

A explicação para esse efeito está na interação entre os microrganismos do iogurte e o ambiente intestinal. Segundo pesquisadores, esses microrganismos atuam como guardiões invisíveis, ajudando a modular a resposta do organismo a ameaças internas. Eles mantêm o equilíbrio da microbiota e dificultam a proliferação de bactérias associadas ao desenvolvimento do câncer.

Iogurte pode turbinar o microbioma intestinal e ajudar na prevenção de doenças silenciosas (Imagem: FOTOGRIN/Shutterstock)

É o que destaca a Medical Xpress, ao citar um estudo com mais de 150 mil participantes. A pesquisa observou que pessoas que consumiam iogurte duas vezes por semana tinham até 20% menos incidência de câncer colorretal associado a uma bactéria específica: a Bifidobacterium, presente no cólon proximal.

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Ainda que o iogurte não seja uma cura ou solução milagrosa, os especialistas reforçam que pequenos hábitos fazem diferença. Integrar o alimento à dieta, preferindo versões naturais e com culturas vivas, pode ser um passo simples e eficaz. Quando aliado a outros cuidados — como alimentação rica em fibras, prática regular de exercícios e exames preventivos — o iogurte se torna mais do que um lanche saudável: é um aliado na prevenção.

Mais do que prevenção: um aliado da saúde diária

Além do potencial protetor contra o câncer, o iogurte traz uma série de outros benefícios à saúde. Assim como o leite, ele é rico em cálcio, essencial para manter a densidade óssea e afastar o risco de osteoporose, especialmente com o avanço da idade.

Alimentação saudável protege seu intestino e ajuda a fortalecer os ossos (Imagem: Josep Suria/Shutterstock)

O iogurte também pode fazer bem ao coração. Há evidências de que seu consumo frequente contribui para a redução da pressão arterial e melhora a saúde cardiovascular como um todo. Além disso, ele pode ter um papel importante na regulação dos níveis de açúcar no sangue, ajudando a prevenir a diabetes tipo 2 e outras doenças metabólicas.

Mas é preciso atenção na escolha. Para aproveitar todos esses benefícios, o ideal é optar por versões naturais e sem adição de açúcar. Iogurtes adoçados ou com sabores artificiais podem anular os efeitos positivos — favorecendo o ganho de peso e aumentando, por tabela, o risco de obesidade e câncer.

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Câncer colorretal tem crescido entre jovens; tratamento precoce é crucial

O câncer colorretal, o terceiro mais comum nos EUA, tem aumentado entre os jovens nas últimas duas décadas. Na realidade, ele envolve dois tipos: o câncer de cólon, que se origina no intestino grosso, e o câncer retal, que começa no reto, última parte do intestino grosso.

O Dr. Derek Ebner, gastroenterologista da Mayo Clinic, aponta ao Medical Xpress que a incidência do câncer colorretal em adultos abaixo de 50 anos tem crescido, especialmente o retal. Ele enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta e procurar tratamento médico rapidamente.

Embora o câncer colorretal fosse historicamente dividido igualmente entre cólon e reto, as taxas de câncer retal têm aumentado em pessoas com menos de 50 anos, especialmente entre os mais jovens.

Sinais de alerta e sintomas de câncer colorretal

  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Presença de sangue nas evacuações;
  • Anemia por deficiência de ferro.

O Dr. Ebner ressalta que a perda de sangue, mesmo sem ser visivelmente aparente, pode levar a baixos níveis de ferro, algo que pode ser identificado por exames de sangue.

Sintomas, como anemia por deficiência de ferro e sangue nas fezes, podem ser os sinais de alerta para a doença (Imagem: iStock/peterschreiber.media)

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Reduzindo os riscos

Embora não seja possível prevenir completamente a doença, é possível reduzir os riscos com estilo de vida saudável. O Dr. Ebner recomenda adotar hábitos que ajudem na prevenção e atenção aos sintomas. Além disso, o rastreamento regular é fundamental.

O ideal, conforme aconselha o Dr. Ebner, é estar em contato com profissionais de saúde sobre o rastreamento do câncer colorretal, além de manter hábitos saudáveis, como a prática de, ao menos, 30 minutos de exercícios, manter dieta com o consumo frutas e vegetais, controlar o peso, evitar fumar e limitar o consumo de álcool.

Hábitos saudáveis são essenciais para se proteger contra a doença (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

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