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Por que carregadores piratas são perigosos? Veja como proteger o celular e outros dispositivos

Em um mundo cada vez mais conectado, manter nossos dispositivos eletrônicos carregados é essencial. No entanto, a busca por alternativas mais baratas aos acessórios originais, como os carregadores de celular, tem levado muitos consumidores a optarem por produtos piratas.

Embora esses carregadores possam parecer uma pechincha à primeira vista, eles escondem riscos significativos à segurança dos usuários e à integridade dos dispositivos.

Carregadores piratas são frequentemente produzidos sem seguir os padrões de qualidade e segurança estabelecidos pelos fabricantes originais. Essa negligência pode resultar em superaquecimento, curtos-circuitos, choques elétricos e até incêndios. Além disso, o uso contínuo desses acessórios pode danificar a bateria do aparelho, reduzindo sua vida útil e desempenho.

Entenda os perigos associados ao uso de carregadores piratas, como casos reais de acidentes, estudos que comprovam sua insegurança e orientações para identificar e evitar esses produtos. A segurança deve sempre ser prioridade, e entender os riscos é o primeiro passo para fazer escolhas informadas e proteger tanto seus dispositivos quanto a sua saúde.

O que são carregadores piratas?

Carregadores piratas são acessórios não originais, produzidos por fabricantes não autorizados e vendidos como alternativas mais baratas aos carregadores oficiais de marcas como Apple, Samsung, Motorola, entre outras.

Esses produtos geralmente não passam por testes de qualidade e segurança rigorosos, o que os torna potencialmente perigosos para os usuários e seus dispositivos.

Carregador falso – Imagem: Mateus Andre/Freepik

Por que são mais baratos?

A principal razão para o preço reduzido dos carregadores piratas é a economia nos processos de fabricação. Eles utilizam materiais de baixa qualidade, não seguem padrões de segurança e muitas vezes não possuem certificações necessárias. Essa redução de custos compromete a segurança e a eficiência do produto, tornando-o um risco para o consumidor.

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Riscos à segurança pessoal

Choques elétricos e queimaduras

O uso de carregadores piratas pode resultar em choques elétricos e queimaduras. Em um caso nos Estados Unidos, uma jovem de 19 anos sofreu queimaduras de segundo grau no pescoço devido a um carregador pirata de iPhone. O acessório sofreu um curto-circuito e eletrocutou a usuária, que teve sorte: não são raros os casos de mortes causadas em situação similar.

Incêndios e explosões

Carregadores piratas podem causar incêndios e explosões. Em 2017, um bebê de sete meses morreu eletrocutado em Teresina (PI) por ter colocado na boca um cabo de celular conectado a um carregador pirata. Casos como esse reacendem a discussão sobre a segurança de celulares e carregadores que chegam às mãos dos consumidores.

Adaptador de carregador de smartphone pegando fogo na tomada, com fundo preto. / Crédito: Thichaa (Shutterstock/reprodução)

Danos ao dispositivo

Bateria e desempenho

Carregadores piratas podem danificar a bateria do celular, reduzindo sua vida útil e desempenho. Eles podem continuar enviando energia mesmo após a bateria estar totalmente carregada, causando superaquecimento e desgaste prematuro. Além disso, a réplica interfere na potência da energia entregue, tornando o carregamento mais lento.

Circuitos internos

O uso de carregadores piratas pode danificar circuitos internos do aparelho. Por exemplo, um carregador pirata pode danificar uma placa lógica chamada de Chip U2 IC, responsável por controlar a porta da bateria, o botão de bloqueio e a porta USB. Isso pode resultar em falhas no carregamento e no funcionamento geral do dispositivo.

Cabo carregador de iPhone 7 quebrado. / Crédito: KOKTARO (Shutterstock/reprodução)

Como identificar um carregador pirata

  • Verifique a embalagem: carregadores originais geralmente vêm em embalagens de qualidade, com informações claras sobre o fabricante e certificações.
  • Observe o acabamento: produtos piratas podem ter acabamento inferior, com materiais mais frágeis e imperfeições visíveis.
  • Cheque as certificações: no Brasil, a Anatel certifica produtos eletrônicos. Verifique se o carregador possui o selo da Anatel.
  • Compare com o original: se possível, compare o carregador com um original para identificar diferenças em tamanho, peso e qualidade.

Dicas para evitar riscos

  • Compre em lojas confiáveis: evite adquirir carregadores de vendedores desconhecidos ou em locais sem reputação estabelecida.
  • Evite usar o celular enquanto carrega: especialmente com carregadores não originais, o uso do aparelho durante o carregamento pode aumentar os riscos de acidentes.
  • Não deixe o celular carregando durante a noite: carregar o celular enquanto dorme pode ser perigoso, principalmente se o carregador estiver sob o travesseiro ou cobertores.
  • Desconecte o carregador da tomada quando não estiver em uso: isso evita o risco de curtos-circuitos e economiza energia.

O uso de carregadores piratas representa riscos significativos à segurança dos usuários e à integridade dos dispositivos. Embora possam parecer uma opção econômica, os perigos associados a esses acessórios não compensam a economia inicial. Optar por carregadores originais ou certificados é a melhor maneira de garantir a segurança e o bom funcionamento dos seus aparelhos eletrônicos.

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Apple: iPhone sem entrada para carregador pode virar realidade… na Europa

Um dos próximos lançamentos da Apple será o iPhone 17 Air, o smartphone mais fino da empresa até agora. Boatos indicam que o dispositivo será tão fino quanto a própria entrada do carregador – e a empresa até cogitou removê-la. O que a impediu foi a legislação da União Europeia, que estabelece que os aparelhos vendidos por lá precisam vir com porta USB-C.

No entanto, o site 9to5Mac, que esteve em contato com a Comissão Europeia, confirmou que, sim, a Apple pode remover a entrada, tornando o iPhone com carregamento sem fio mais próximo de virar realidade.

União Europeia impediu Apple de vender iPhones com entrada Lightning (Crédito editorial: charnsitr / Shutterstock.com)

União Europeia padronizou seus carregadores

Um relatório acessado pelo site sugeriu que o iPhone 17 Air poderia ser o primeiro smartphone da Apple sem entrada para carregador. A empresa desistiu disso porque temia conflitos com a União Europeia.

Vamos explicar o motivo disso:

  • A UE queria diminuir o desperdício de energia desnecessário causado por dispositivos eletrônicos usando diferentes tipos de entrada de carregamento. Quando isso era realidade, os usuários acabavam usando vários adaptadores e carregadores diferentes;
  • Para combater isso, o bloco exigiu que todos os aparelhos vendidos por lá precisariam vir com a porta de carregamento em comum, o USB-C (a mais popular no momento que a legislação foi aprovada);
  • A Apple já usava entrada USB-C nos Macs e iPads, mas o iPhone ainda tinha entrada Lightning;
  • O prazo para que a companhia parasse de vender dispositivos com o carregador Lightning acabou em janeiro de 2025. Os últimos dois modelos com essa entrada eram o iPhone SE e 14, que tiveram suas vendas encerradas antes do prazo;
  • Agora, todos os celulares vendidos na União Europeia vêm com carregador USB-C.
Carregador MagSafe do iPhone (Imagem: divulgação/Apple)
Carregador MagSafe do iPhone já é vendido… e pode ficar ainda mais popular (Imagem: divulgação/Apple)

iPhone pode vir sem porta de carregador

O colunista da Bloomberg especialista na Apple, Mark Gurman, relatou que a empresa considerou tirar a entrada de carregamento do iPhone 17 Air. A ideia era apostar no carregamento sem fio e na sincronização de dados com a nuvem. Ele também revelou que a Apple teria decidido não concretizar a mudança devido à legislação da União Europeia.

Mas não é bem assim. O 9to5Mac entrou em contato com a assessoria de imprensa da Comissão Europeia e confirmou que a legislação padroniza as entradas de carregador para dispositivos eletrônicos, mas não inclui nada sobre a ausência de entradas.

Veja o que a assessora de imprensa da Comissão, Federica Miccoli, respondeu ao site:

Como tais equipamentos de rádio não podem ser recarregados via carregamento com fio, eles não precisam incorporar a solução de carregamento harmonizada (com fio).

– Federica Miccoli, assessora de imprensa da Comissão Europeia para mercado interno e estratégia industrial

Basicamente, se tiver entrada para carregador, precisa ser USB-C. Mas se não houver nenhuma entrada… não há lei sobre isso.

Leia mais:

A assessora também afirmou que a Comissão Europeia irá padronizar o carregamento sem fio, para evitar o mesmo problema de desperdício de energia, no futuro.

Ou seja, a Apple ganhou o aval que precisava para começar a produzir o iPhone sem carregador na União Europeia, como desejava. Porém, isso não deve acontecer com o 17 Air, que provavelmente já está a caminho.

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