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Citibank sofre nova instabilidade em menos de quatro meses nos EUA

Com 200 milhões de estadunidenses correntistas, o Citibank foi, novamente, atingido por uma interrupção nesta terça-feira (29), nos EUA. A falha afetou serviços em grandes cidades, como Nova York, Chicago, Dallas e Los Angeles.

Os primeiros relatos do problema começaram a ser divulgados no site Downdetector por volta das 10h (horário do leste dos EUA, 11h no horário de Brasília). Os clientes não conseguiam usar seus cartões de crédito ou recursos do aplicativo móvel do banco.

Banco informou que um “problema de tecnologia” afetou conjunto limitado de usuários de cartão de crédito (Imagem: JHVEPhoto/iStock)

No X, um usuário escreveu: “Citibank, por favor me ajude… acabei de passar mais de 2 horas no telefone sendo transferido sem solução; as informações do meu cartão de crédito desapareceram do meu aplicativo e ninguém consegue recuperá-las!”.

O que fez o Citibank?

  • Inicialmente, o site do banco mostrou uma mensagem de erro: “Encontramos um problema e estamos trabalhando para corrigi-lo“;
  • Nenhum outro detalhe foi fornecido, exceto que os clientes deveriam retornar ao site de dez a 15 minutos depois;
  • Por volta das 14h (horário do leste dos EUA, 15h no horário de Brasília), um porta-voz do Citibank disse ao DailyMail: “Um subconjunto limitado de usuários de cartão de crédito foi brevemente afetado por um problema de tecnologia que já foi resolvido.”

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Problema não é inédito

No início do ano, clientes do Citibank relataram o recebimento de alertas de fraude e dificuldades para acessar suas contas. Centenas de usuários registraram reclamações no Downdetector entre 9h e 12h daquele 16 de janeiro.

Banco tem 200 milhões de correntistas americanos (Imagem: tupungato/iStock)

Naquele momento, um porta-voz do banco esclareceu à NBC que a empresa estava “enfrentando alguns problemas técnicos com o aplicativo móvel do Citi” e que os clientes poderiam acessar informações no Citi.com “ou ligar para o número no verso do cartão ou no extrato mensal”.

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Cibercriminosos criam vírus que clona cartão via celular

A empresa de cibersegurança Cleafy identificou na Itália um vírus considerado “sofisticado” que clona dados do cartão de crédito remotamente pelo celular. O malware é chamado SuperCard X e tem sido distribuído em canais do Telegram e WhatsApp para dispositivos Android.

De acordo com a investigação, o esquema de fraude é operado no idioma chinês e se baseia no código do malware NGate, conhecido desde o ano passado. O relatório cita as técnicas “inovadoras” da plataforma:

  • Vetores de Ataque Combinados: Emprega uma abordagem de vários estágios combinando engenharia social (por meio de smishing e chamadas telefônicas), instalação de aplicativos maliciosos e interceptação de dados NFC para fraudes altamente eficazes;
  • Baixa taxa de detecção: SuperCard X atualmente apresenta uma baixa taxa de detecção entre as soluções antivírus devido à sua funcionalidade focada e modelo de permissão minimalista;
  • Amplo escopo de alvo: O esquema de fraude tem como alvo clientes de instituições bancárias e emissores de cartões, com o objetivo de comprometer dados de cartões de pagamento.
Cibercriminosos criaram um vírus que clona cartões remotamente. (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital)

Como funciona?

O ataque normalmente começa com mensagens enganosas, frequentemente enviadas por SMS ou WhatsApp, projetadas para incutir um senso de urgência ou alarme no destinatário. Essas mensagens geralmente se passam por alertas de segurança bancária, notificando os usuários sobre um pagamento suspeito.

A mensagem solicita que as vítimas em potencial liguem para um número específico para contestar a transação. Esse contato inicial estabelece um cenário de “Ataque Orientado por Telefone” (TOAD), em que assistentes de atendimento manipulam seus alvos.

Durante a ligação telefônica, eles empregam táticas persuasivas para guiar as vítimas da seguinte maneira:

  • Obtenção de PIN : Explorando a potencial ansiedade da vítima em relação à transação fraudulenta, os assistentes de segurança a convencem a “redefinir” ou “verificar” seu cartão. Como as vítimas geralmente não se lembram do PIN imediatamente, os invasores as guiam pelo aplicativo de mobile banking para recuperar essas informações confidenciais;
  • Remoção do Limite do Cartão: Após conquistar a confiança da vítima e, potencialmente, o acesso ao aplicativo bancário, os assistentes instruem a vítima a acessar as configurações do cartão no aplicativo bancário e remover quaisquer limites de gastos existentes no cartão de débito ou crédito. Isso maximiza o potencial de saque fraudulento;
  • Instalação de Aplicativo Malicioso: Depois, eles convencem a vítima a instalar um aplicativo aparentemente inofensivo. Um link para esse aplicativo malicioso, muitas vezes disfarçado de ferramenta de segurança ou utilitário de verificação, é enviado por SMS ou WhatsApp. Sem o conhecimento da vítima, esse aplicativo oculta o malware SuperCard X, incorporando a funcionalidade de retransmissão NFC;
  • Captura de Dados NFC: Na etapa final, instruem a vítima a aproximar seu cartão de débito ou crédito físico do dispositivo móvel infectado. O malware SuperCard X captura silenciosamente os detalhes do cartão transmitidos via NFC. Esses dados são interceptados em tempo real e retransmitidos para um segundo dispositivo Android controlado pelo invasor;
  • Saque fraudulento: Após a transmissão bem-sucedida dos dados do cartão da vítima, os assistentes pessoais utilizam seu segundo dispositivo para realizar transações não autorizadas. Isso normalmente envolve pagamentos por aproximação em em pontos de venda ou saques por aproximação em caixas eletrônicos.
Representação do esquema para clonagem de dados do cartão (Imagem: Cleafy/Reprodução)

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Alerta para o sistema bancário

Na avaliação da empresa, a ameaça não se enquadra mais no paradigma tradicional de fraude, em que os alvos eram clientes de um banco específico. Agora, o ataque é realizado independente da instituição financeira envolvida.

Além disso, o relatório alerta para a velocidade da fraude, que se assemelha a um “pagamento instantâneo” — diferentemente de transferências eletrônicas, que podem levar até dois dias úteis para serem processadas, permitindo tempo para detecção e intervenção.

“Isso cria um benefício duplo para o fraudador: a rápida movimentação dos fundos roubados e a usabilidade imediata da transação fraudulenta”, diz o documento.

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Apesar da inflação, gastos com cartões continuam em alta, aponta pesquisa

O aumento do preço do ovo virou o símbolo da inflação no Brasil. Dados do IBGE apontam para essa direção há algum tempo. O IPCA, no entanto, leva em conta tantas coisas que muita gente não percebia direito essa tendência de alta.

Explico: se as passagens aéreas dispararam, isso vai pesar no orçamento de quem costuma pegar avião e não de quem só viaja de ônibus – ou nem viaja. O ovo, porém, é diferente: ele é quase universal. Faz parte da dieta do pobre e do rico (principalmente daqueles que praticam musculação).

O ovo também sempre foi considerado uma alternativa barata de proteína. Hoje, no entanto, o preço da dúzia ultrapassa até mesmo o valor de alguns cortes de carne bovina.

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Sim, o ovo está caro, assim como outros alimentos. E você ouve reclamação aqui e ali, onde quer que vá. Apesar disso, os gastos com cartões continuam crescendo no Brasil. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela empresa de tecnologia de pagamentos Elo.

Você pode até argumentar que as pessoas estão usando mais o cartão para comprar comida – e às vezes até parcelar essa compra. O levantamento, porém, indica que as coisas não são bem assim – e que o brasileiro, em geral, continua gastando bastante (mesmo com o ovo caro).

De acordo com o IBGE, o ovo de galinha ficou 15,4% mais caro em fevereiro – Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock

Consumo em alta

  • De acordo com o relatório Hábitos de Consumo, os gastos com cartões tiveram uma alta de 8% no último trimestre do ano passado na comparação com o mesmo período do ano anterior.
  • Essa é uma boa época para medir o comportamento do consumidor, principalmente por causa da Black Friday e do Natal.
  • De acordo com a pesquisa, esse aumento foi impulsionado por dois grupos principais: o público de alta renda e as compras digitais.
  • Os ricos gastaram cerca de 9% a mais com seus cartões de crédito.
  • Já as compras digitais responderam com um avanço de 15% no período.
  • Os segmentos que registraram as maiores altas mostram que o brasileiro continua gastando dinheiro em lazer, apesar da crise.
  • Os gastos de cartões em bares e restaurantes subiram 13%.
  • Destaque também para o uso de aplicativos de transporte: aumento de 14%.
  • No setor de serviços de estética e salões de cabeleireiros, o crescimento ficou em 17%.
  • Já o item higiene pessoal e cosméticos registrou um avanço de 12%.
dia do consumidor
Apesar da inflação alta, essa pesquisa mostrou que o brasileiro continua consumindo bastante – Imagem: Kamil Macniak/Shutterstock

Uma característica quase cultural

Esses dados da Elo demonstram que o brasileiro médio continua gastando bastante, mesmo com a inflação. E o uso excessivo do cartão reforça essa característica forte de consumo da nossa sociedade. E que tem grandes chances de se tornar endividamento.

Uma pesquisa de 2023 do Instituto Locomotiva e da MFM Tecnologia apontou que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas – e um terço delas possuem dívidas em atraso.

A falta de planejamento financeiro é uma realidade no nosso país. E aqui não estou “culpando a vítima”. Isso não anula o fato de a inflação estar altíssima.

O brasileiro tem uma das taxas de endividamento mais altas do mundo – Imagem: Kmpzzz/Shutterstock

O IBGE, aliás, acaba de divulgar os dados sobre os preços em fevereiro. E o resultado foi o pior em 22 anos, desde 2003. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ficou em 1,31% no mês passado, um avanço expressivo sobre os 0,16% de janeiro e os 0,83% de fevereiro do ano passado.

Os maiores vilões para essa alta foram os alimentos e a energia elétrica. A conta de luz disparou e ficou 16,8% mais cara. Isso foi resultado de um desconto concedido pelo governo nas contas de luz de janeiro. A compensação veio agora e pesou bastante no bolso do brasileiro.

No acumulado em 12 meses, a inflação já ultrapassa a casa dos 5%. Especialistas estimam que o índice deste ano deve ser o pior em muito tempo.

As informações são da Agência Brasil.

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