Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram uma maneira de converter células da pele diretamente em células cerebrais de forma extremamente eficiente. O processo é revolucionário porque não exige a etapa intermediária de convertê-las em células-tronco.
O problema do método mais comum, segundo pesquisadores, é que grande parte das células pode ficar presa nos estágios intermediários, reduzindo a eficiência da técnica. No novo trabalho, entretanto, a eficácia pode chegar a 100%.
Técnica é considerada revolucionária
Durante o trabalho, a equipe do MIT descobriu uma maneira de eliminar o processo intermediário, ignorando a etapa das células-tronco.
Isso quer dizer que as células são convertidas de um tipo para outro.
Segundo os cientistas, a técnica permite que, para cada célula de origem, sejam obtidas 10 ou mais células-alvo.
As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Cell.
Método não depende de células-tronco (Imagem: anusorn nakdee/iStock)
Para o novo estudo, os pesquisadores experimentaram seis fatores de transcrição de trabalhos anteriores, tentando diferentes combinações para encontrar o menor número que ainda poderia ser eficaz. Depois de muitas tentativas e erros, eles identificaram uma combinação de três, conhecida como NGN2, ISL1 e LHX3, que poderia realizar a conversão.
Apenas usar esses três permitiu que todos eles fossem amontoados em um vetor viral, possibilitando que a dosagem certa chegasse a todas as células. Usando um segundo vírus, a equipe entregou dois outros genes que fazem com que as células comecem a proliferar primeiro.
Nova técnica gerou células cerebrais funcionais em camundongos (Imagem: MIT)
A equipe testou a técnica convertendo células da pele de camundongos em neurônios motores. Descobriu-se que eles eram funcionais, sendo capazes de de formar conexões com outras células cerebrais. Agora, os pesquisadores querem aprimorar o método para poder utilizá-lo em humanos.
Já imaginou se o nosso sistema imunológico não tivesse células de memória? É como se todo o esforço em combater uma infecção pela primeira vez fosse apagado, e a cada nova infecção nosso corpo precisasse “aprender a lição” do zero, sem nenhuma vantagem do contato anterior com o mesmo agente infeccioso.
As células de memória são como “soldados veteranos” que patrulham nosso corpo, prontas para agir rapidamente caso o mesmo inimigo (vírus, bactéria, etc.) reapareça. Elas reconhecem o invasor imediatamente e desencadeiam uma resposta imune mais rápida e eficiente do que da primeira vez.
A memória imunológica é fundamental para a nossa saúde e bem-estar. Graças a ela, podemos adquirir imunidade a diversas doenças após tê-las contraído ou por meio da vacinação. As vacinas são uma das maiores conquistas da medicina, pois nos protegem de forma segura e eficaz contra doenças graves e potencialmente fatais.
O que são as células de memória no corpo humano?
Ativação da resposta imune: célula com antígeno ativa linfócitos T (células menores). (Imagem: Juan Gaertner / Shutterstock)
As células de memória são um tipo de glóbulo branco do sistema imunológico, mais especificamente linfócitos, que têm a capacidade de “lembrar” de um contato anterior com um antígeno, como um vírus ou bactéria. Essa memória permite que o sistema imunológico responda de forma mais rápida e eficaz em um segundo encontro com o mesmo antígeno.
Quando o corpo é exposto a um antígeno pela primeira vez, o sistema imunológico entra em ação para combatê-lo. Durante esse processo, são produzidos linfócitos B e T que são específicos para aquele antígeno. Uma parte desses linfócitos se transforma em células de memória, que permanecem no corpo por longos períodos, às vezes por toda a vida.
Se o mesmo antígeno for encontrado novamente, as células de memória o reconhecem rapidamente e desencadeiam uma resposta imune secundária. Essa resposta é mais rápida e intensa do que a resposta primária, o que significa que o corpo pode combater a infecção de forma mais eficaz e, muitas vezes, sem que a pessoa apresente sintomas da doença.
Linfócito, célula imune produtora de anticorpos (Imagem: S. Toey / Shutterstock)
As células de memória são essenciais para a imunidade a longo prazo. Graças a elas, podemos adquirir imunidade a diversas doenças após tê-las contraído ou por meio da vacinação. As vacinas funcionam justamente estimulando a produção de células de memória, o que garante proteção contra determinadas doenças por muitos anos.
Existem dois tipos principais de células de memória:
Linfócitos B de memória: responsáveis pela produção de anticorpos, que são proteínas que neutralizam os antígenos.
Linfócitos T de memória: responsáveis por atacar diretamente as células infectadas por antígenos.
As células de memória podem viver por décadas no corpo humano, o que garante imunidade duradoura contra diversas doenças.
A capacidade de “lembrar” de contatos anteriores com antígenos é uma característica fundamental do sistema imunológico adaptativo, que se desenvolveu ao longo da evolução para proteger os organismos de forma mais eficaz.
O sistema imunológico é uma rede complexa de células, tecidos e órgãos que trabalham juntos para defender o corpo contra invasores nocivos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Ele é como um exército interno, sempre pronto para proteger o organismo de ameaças e manter a saúde em equilíbrio.
(Imagem: New Africa / Shutterstock)
O sistema imunológico possui duas linhas de defesa principais:
Imunidade inata – é a primeira linha de defesa, presente desde o nascimento. Ela age de forma rápida e geral contra qualquer invasor, sem distinção. É como um sistema de alarme que detecta a presença de um corpo estranho e aciona as células de defesa para combatê-lo.
Imunidade adaptativa – é a segunda linha de defesa, que se desenvolve ao longo da vida, à medida que o corpo entra em contato com diferentes invasores. Ela é mais lenta, mas age de forma específica contra cada tipo de invasor, “lembrando” de contatos anteriores para agir mais rápido e eficientemente em futuros encontros. É como um exército especializado, que aprende a lutar contra cada inimigo específico.
O sistema imunológico é composto por diversos componentes que trabalham em conjunto para proteger o organismo. Alguns dos principais são:
Células de defesa;
Glóbulos brancos (leucócitos) como linfócitos, macrófagos e neutrófilos, que combatem os invasores diretamente ou produzem anticorpos;
Órgãos linfoides;
Medula óssea, timo, baço e linfonodos, onde as células de defesa são produzidas, armazenadas e ativadas;
Anticorpos;
Proteínas que neutralizam os invasores, impedindo que causem danos ao organismo;
Citocinas;
Moléculas de sinalização que coordenam a ação das células de defesa.
O sistema imunológico é essencial para a nossa sobrevivência. Ele nos protege contra doenças infecciosas, como gripes, resfriados, pneumonia e outras infecções mais graves. Além disso, ele também desempenha um papel importante na prevenção do câncer e em outras doenças crônicas.
Para que serve o sistema imunológico humano?
O sistema imunológico é o que serve para nos protege de doenças. Ele identifica e destrói agentes infecciosos que entram no nosso corpo, como vírus e bactérias. É por isso que é tão importante manter o sistema imunológico forte e saudável.