AVC-cerebral-1024x488

Entenda como um AVC pode levar alguém à morte

O Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como AVC, é uma condição médica grave que pode levar à morte em questão de minutos ou horas, dependendo da gravidade e da rapidez no atendimento.

Ele ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, seja por obstrução ou rompimento de um vaso, o que impede que o tecido cerebral receba oxigênio e nutrientes.

Essa falha pode provocar danos irreversíveis em áreas vitais do cérebro, afetando funções como respiração, batimentos cardíacos e consciência. Mesmo com avanços na medicina, o AVC continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, especialmente entre pessoas com fatores de risco como hipertensão, diabetes e histórico familiar.

Entenda como um AVC pode levar alguém à morte

O Acidente Vascular Cerebral, conhecido pela sigla AVC, é uma das principais causas de morte no mundo.

Oito em cada dez AVCs podem ser evitados com mudanças comportamentais, segundo especialistas (Imagem: peterschreiber.media/Shutterstock)

O termo refere-se a uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo no cérebro, seja por obstrução (AVC isquêmico) ou rompimento de vasos (AVC hemorrágico).

Essa interrupção impede a chegada de oxigênio e nutrientes ao tecido cerebral, o que provoca a morte de células em poucos minutos. Apesar de parecer um evento isolado, o AVC é o resultado de anos de desgaste vascular e está diretamente ligado a fatores como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade e idade avançada.

O risco é especialmente alto em pessoas com mais de 60 anos ou com histórico familiar de doenças cardiovasculares.

A maioria dos casos de AVC é do tipo isquêmico, responsável por cerca de 85% dos episódios. Ele ocorre quando um coágulo ou placa de gordura bloqueia uma artéria cerebral, impedindo a irrigação de uma área do cérebro.

Já o AVC hemorrágico, mais grave e letal, acontece quando um vaso se rompe, provocando sangramento no tecido cerebral e aumento da pressão intracraniana. Em ambos os casos, quanto mais tempo o cérebro fica sem sangue, maiores são os danos.

Quando a lesão atinge regiões críticas, como o tronco encefálico, responsável pela respiração, batimentos cardíacos e consciência, o desfecho pode ser a morte. O AVC também pode provocar edema cerebral, herniação de estruturas e falência múltipla de órgãos em casos graves e sem atendimento imediato.

Leia mais:

A fisiologia de um AVC e seus fatores de risco

A fisiologia do AVC está diretamente ligada ao tempo. Minutos fazem diferença. Cada segundo sem oxigênio leva à perda de milhares de neurônios.

Cérebro humano sobrecarregado
Cérebro humano sobrecarregado (Imagem: SOLDATOOFF/Shutterstock)

Quando o fluxo sanguíneo é interrompido por mais de alguns minutos, o tecido cerebral sofre necrose. No caso de AVC hemorrágico, o sangue que extravasa no cérebro gera compressão direta sobre as estruturas cerebrais, levando a um aumento rápido da pressão intracraniana.

Se essa pressão não é controlada, pode causar a chamada herniação cerebral, uma condição em que partes do cérebro são empurradas para fora de sua posição normal. Isso interrompe a circulação dentro do crânio e leva rapidamente à morte encefálica, considerada irreversível.

Alguns hábitos aumentam significativamente o risco de sofrer um AVC. A hipertensão é o principal fator isolado, mas ela quase sempre está associada a outros comportamentos de risco. A boa notícia é que muitas dessas causas são evitáveis com mudanças no estilo de vida.

Evitar o tabagismo, controlar a pressão arterial e a diabetes, manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos são medidas comprovadamente eficazes.

Estudos recentes destacam oito hábitos que podem diminuir as chances de um AVC, segundo a ciência. Além disso, o reconhecimento rápido dos sinais, como fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar, perda de visão ou dor de cabeça súbita, pode determinar se a pessoa sobrevive ou não.

Pés caminhando em uma esteira
Pessoa correndo numa esteira de academia (Imagem: peampath2812/Shutterstock)

O AVC não afeta apenas idosos ou pessoas com problemas crônicos. Pode ocorrer em pacientes debilitados por outras doenças, como infecções graves, e até mesmo em jovens com predisposição genética ou fatores de risco não diagnosticados.

Em situações em que o organismo já está comprometido, como em casos de infecção sistêmica, a chance de um AVC ser fatal aumenta.

Isso é o que pode ocorrer, por exemplo, quando há uma sobrecarga de agentes infecciosos no organismo, como a infecção polimicrobiana que acometeu o Papa Francisco. O AVC, nessas condições, pode ser o gatilho final para a falência neurológica.

Mesmo com os avanços da medicina, o AVC continua sendo uma das emergências médicas mais perigosas. O tempo entre o início dos sintomas e o atendimento é decisivo para a recuperação ou para a morte.

Em muitos casos, os pacientes chegam ao hospital já em coma ou com lesões cerebrais irreversíveis. Quando não é possível reverter o quadro, a evolução para morte encefálica pode ser rápida, especialmente em AVCs de grande volume ou em áreas profundas do cérebro.

A única forma eficaz de reduzir a mortalidade por AVC é a prevenção combinada com o reconhecimento imediato dos sintomas.

Com informações de Healthline.

O post Entenda como um AVC pode levar alguém à morte apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2481678871

Cérebro pode interpretar o mesmo som de maneiras diferentes, revela estudo

O cérebro humano é um órgão extremamente complexo. Mesmo após décadas de estudos, os cientistas ainda são surpreendidos por revelações sobre como ele funciona. Mas algumas dúvidas sobre as incríveis capacidades cerebrais ainda persistem.

Uma delas diz respeito ao que faz com que regiões quase idênticas em hemisférios opostos do cérebro processem diferentes tipos de informação? Um artigo publicado no The Conversation por Hysell V. Oviedo, professor da Universidade de Washington em St. Louis, nos EUA, pode apresentar a resposta.

Lados diferentes, funções diferentes

  • Algumas das funções cognitivas mais complexas são possíveis porque diferentes lados do cérebro as controlam.
  • O principal deles é a percepção da fala, a capacidade de interpretar a linguagem.
  • Nos seres humanos, este processo é tipicamente dominado pelo hemisfério esquerdo.
  • O processamento sensorial dos sons começa na cóclea, uma parte do ouvido interno onde as frequências sonoras são convertidas em eletricidade e encaminhadas para o córtex auditivo do cérebro.
  • Os cientistas acreditam que a divisão do trabalho entre os hemisférios cerebrais necessária para reconhecer os padrões sonoros começa nessa região.
  • Recentes descobertas apontam que a divisão do processamento de som no cérebro não é uma exclusivamente humana.
  • E esta conclusão foi fundamental para a realização de novas análises sobre o assunto.
Novo estudo aumenta compreensão sobre as capacidades cerebrais (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

Leia mais

Estudo ajuda a ampliar conhecimento sobre o cérebro

Em seu recente trabalho, o professor Hysell V. Oviedo descobriu que o lado esquerdo do cérebro tem conexões mais focadas e especializadas que podem ajudar a detectar características-chave da fala, como distinguir uma palavra de outra. Enquanto isso, o lado direito é mais amplamente conectado, adequado para processar melodias e a entonação da fala.

Rastreamos como os circuitos neurais no córtex auditivo esquerdo e direito se desenvolvem desde o início da vida até a idade adulta. Para fazer isso, registramos sinais elétricos em cérebros de camundongos para observar como o córtex auditivo amadurece e ver como as experiências sonoras moldam sua estrutura. Surpreendentemente, descobrimos que o hemisfério direito superou consistentemente o esquerdo no desenvolvimento, mostrando crescimento e refinamento mais rápidos. Isso sugere que existem janelas críticas de desenvolvimento – breves períodos em que o cérebro é especialmente adaptável e sensível ao som ambiental – específicas para cada hemisfério que ocorrem em momentos diferentes.

Hysell V. Oviedo, professor da Universidade de Washington em St. Louis

Orelha de mulher em vermelho e preto e branco
Som é captado pelo ouvido e interpretado pelo cérebro (Imagem: BLACKDAY/Shutterstock)

Para testar as consequências dessa assincronia, o especialista expôs camundongos jovens a tons específicos durante períodos sensíveis. Na idade adulta, o som que era processado em seus cérebros era permanentemente distorcido. Já os animais que ouviram os tons durante a janela crítica anterior do hemisfério direito tiveram uma super-representação dessas frequências mapeadas no córtex auditivo direito.

Outra descoberta foi que essas janelas críticas variam de acordo com o sexo. A janela crítica do hemisfério direito abre mais cedo em camundongos fêmeas, e a janela do hemisfério esquerdo abre poucos dias depois. Em contraste, os camundongos machos tinham uma janela crítica do hemisfério direito muito sensível, mas nenhuma janela detectável à esquerda. Isso aponta para o papel indescritível que o sexo pode desempenhar na plasticidade cerebral.

Hysell V. Oviedo, professor da Universidade de Washington em St. Louis

Representação de um cérebro humano pairando sobre um par de mãos
Cérebro pode codificar o mesmo som de maneiras diferentes (Imagem: Anucha Tiemsom/Shutterstock)

Estas conclusões fornecem uma nova maneira de entender como diferentes hemisférios do cérebro processam o som e por que isso pode variar entre pessoas. Elas também fornecem evidências de que o cérebro pode codificar o mesmo som de maneiras diferentes, dependendo de quando ocorre e de qual hemisfério está preparado para recebê-lo.

O post Cérebro pode interpretar o mesmo som de maneiras diferentes, revela estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2385188641

Descubra por que a letra do médico é um mistério científico

Você já se perguntou por que tantas receitas médicas parecem escritas em outro idioma? A resposta vai além da correria do consultório. Neurociência, anatomia, aprendizado motor e até influências culturais estão por trás da caligrafia indecifrável de muitos profissionais da saúde. Entender isso pode revelar muito sobre como o cérebro humano transforma pensamento em traço no papel.

Escrever à mão é uma das tarefas mais complexas que nosso corpo realiza. Ela exige que o cérebro coordene, em tempo real, os olhos, os músculos das mãos e os movimentos finos dos dedos. Tudo isso enquanto organizamos o pensamento em palavras. Fatores como lateralidade (ser destro ou canhoto), postura e até a firmeza da pegada influenciam no resultado final da letra. E sim, isso varia de pessoa para pessoa.

No caso dos médicos, o cenário é ainda mais desafiador. A rotina intensa, o grande volume de pacientes e a necessidade de escrever rápido favorecem a adoção de garranchos e abreviações. Com o tempo, essa escrita apressada vira hábito. Não por acaso, leis em estados brasileiros já exigem que receitas sejam digitadas ou escritas de forma legível, numa tentativa de evitar erros e mal-entendidos na hora de interpretar indicações de remédios.

Entre o cérebro e o papel: por que nem todo mundo escreve bem?

É o que destaca recente matéria da BBC – estudos em neurociência mostram que a escrita à mão envolve regiões cerebrais ligadas à memória motora, à linguagem e à percepção visual. Pequenas variações anatômicas e diferenças no desenvolvimento dessas áreas podem impactar diretamente a caligrafia. Ou seja: sua letra pode ser difícil de ler não porque você “escreve mal”, mas porque seu cérebro organiza os movimentos de forma única.

A caligrafia dos médicos muitas vezes vem da pressão e da rapidez exigidas pela rotina intensa (Imagem: Inside Creative House/Shutterstock)

Além disso, a forma como aprendemos a escrever também conta. A infância é um período-chave, quando imitamos adultos e professores, e cada estilo de ensino influencia o resultado. Em muitos países, inclusive no Brasil, o ensino da caligrafia perdeu espaço para o uso de teclados e telas, o que significa menos tempo de prática e mais dificuldade de desenvolver uma escrita consistente.

Leia mais:

Outro ponto curioso é que a caligrafia também carrega marcas culturais. Em países asiáticos, por exemplo, onde a escrita exige mais precisão visual e gestual, o treino é mais rigoroso e prolongado. Já em países ocidentais, o foco no conteúdo muitas vezes supera a forma. O resultado? Letras menos padronizadas e, em muitos casos, mais difíceis de decifrar.

Letra feia, cérebro afiado

Apesar da fama, a caligrafia não diz muito sobre a capacidade intelectual de alguém. Médicos com letras difíceis de ler são prova disso. O que parece desleixo, muitas vezes, é resultado de um cérebro trabalhando rápido demais para as mãos acompanharem.

Letra de médico.
Letra difícil não indica falta de inteligência; muitas vezes, é um cérebro rápido demais para a mão acompanhar (Imagem: TippaPatt/Shutterstock)

O avanço da tecnologia e a digitalização de prontuários tendem a reduzir os riscos causados por letras ilegíveis, mas a escrita manual ainda é um traço importante da nossa individualidade. Ela carrega história, contexto e até emoção.

No fim das contas, entender por que escrevemos como escrevemos é mais do que uma curiosidade. Trata-se de uma forma de olhar para os caminhos únicos que cada mente percorre entre o pensamento e a palavra escrita.

O post Descubra por que a letra do médico é um mistério científico apareceu primeiro em Olhar Digital.

antisocial

Por que seu cérebro fica antissocial com o passar do tempo

Um novo estudo realizado pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, analisou porque as pessoas tendem a se tornar mais antissociais com o passar do tempo. E a conclusão é que isso não tem nenhuma relação com o comportamento individual de cada um.

De acordo com os pesquisadores, a causa são alterações na conectividade funcional entre áreas cerebrais. Em outras palavras, mudanças estruturais ocorridas no cérebro ao longo da vida são as responsáveis pelo menor interesse nas interações sociais.

Comportamento antissocial pode ter relação com o cérebro (Imagem: fizkes/Shutterstock)

Áreas do cérebro envolvidas no processamento de emoções negativas prevaleceram

Durante o trabalho, os cientistas analisaram 196 participantes com idades entre 20 e 77 anos. Todos passaram por exames e responderam a um questionário sobre traços de personalidade, incluindo um indicador de sociabilidade. Estas respostas definiram a capacidade de se comunicar, manter interações sociais e lidar com emoções nesses contextos.

As conclusões foram que as áreas do cérebro envolvidas no processamento de emoções negativas e da chamada “dor social”, como a exclusão ou a rejeição, apresentaram maior número de conexões com o passar dos anos.

cérebro
Mudanças estruturais ocorridas no cérebro foram verificadas (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

Isso significa que, com a idade, há uma reorganização funcional que pode tornar as pessoas mais sensíveis a interações sociais negativas e menos aptas a interpretar ou responder a situações sociais de forma espontânea.

Leia mais

Pessoas tendem a se tornar mais antissociais com o passar do tempo (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

Resultados do estudo foram contestados por outros cientistas

  • Um dos principais pontos de discussão é a distribuição etária dos participantes.
  • Isso porque a média de idade dos participantes era de cerca de 38 anos, e havia faixas etárias pouco representadas, como os maiores de 70.
  • Outra questão levantada é que o trabalho não acompanhou os pacientes ao longo do tempo.
  • Para os críticos, isso torna impossível afirmar se o cérebro está mudando e provocando o isolamento, ou se ele está apenas refletindo os efeitos prolongados do isolamento já vivido.
  • Por fim, os responsáveis pela pesquisa não investigaram as condições clínicas ou psíquicas dos participantes.
  • Dessa forma, alguns participantes podiam ter depressão, transtornos de ansiedade, ou mesmo estar nos estágios iniciais de quadros demenciais, como Alzheimer.

O post Por que seu cérebro fica antissocial com o passar do tempo apareceu primeiro em Olhar Digital.

chico-buarque-2

Implante no cérebro? Entenda como é a cirurgia de Chico Buarque

O cantor Chico Buarque passou por uma cirurgia no crânio na terça-feira (03) no Hospital Copa Star, em Copacabana. O procedimento foi uma derivação ventrículo peritoneal (ou DVP), que consiste na implantação de uma válvula no cérebro para drenar líquidos em excesso.

A assessoria de imprensa de Buarque publicou nas redes sociais que a cirurgia correu com sucesso e que o artista está bem

Entenda o caso e como funciona a cirurgia no cérebro de Chico Buarque.

Cantor está no quarto, em observação, mas passa bem (Imagem: Instagram/Chico Buarque/Reprodução)

Cirurgia consiste em implante de válvula no cérebro

De acordo com O Globo, a necessidade de cirurgia em Chico Buarque foi detectada durante um check-up de rotina. O exame identificou excesso de líquido no crânio, uma condição chamada de hidrocefalia normobárica (ou de pressão normal).

A produção de líquidos no corpo humano é normal. No entanto, com a idade, há uma redução na absorção, causando acúmulo nos ventrículos cerebrais. O resultado é o aumento da pressão intracraniana (no crânio), que causa desequilíbrios, alterações cognitivas e possíveis distúrbios. A longo prazo, a condição pode afetar os movimentos e até a fala de Chico Buarque.

O procedimento recomendado foi a derivação ventrículo peritoneal, uma cirurgia que drena os líquidos acumulados. Na prática, funciona assim:

  • O procedimento consiste no implante de uma válvula dentro do ventrículo, que fica no centro do cérebro. Isso acontece através de um furo de cerca de 2 centímetros;
  • A válvula é ligada a um cateter, responsável por drenar o líquido para outras partes do corpo, permitindo a eliminação.
  • Informações exclusivas do O Globo revelaram que, no caso do artista, o cateter vai do cérebro até a barriga, por baixo da pele;
  • Então, quando a pressão craniana aumenta, a válvula abre e drena o excesso de líquido até a barriga. De lá, ele vai para a corrente sanguínea e pode ser eliminado através da urina.

Como o problema foi detectado logo no início, o procedimento pode ser agendado, sem urgência, evitando sequelas. A cirurgia é considerada de pequeno porte.

Tomografia computadorizada de um cérebro humano
Cirurgia é considerada pequena e com alta taxa de sucesso (Imagem: Triff/Shutterstock)

Procedimento foi simples e Chico Buarque passa bem

Nas redes sociais, a assessoria de Chico Buarque publicou uma nota explicando a condição do artista e afirmando que a cirurgia correu sem complicações.

Buarque ficou em observação no hospital durante o pós-operatório e tem previsão de alta nas 24 horas seguintes ao procedimento.

Nota da assessoria de Chico Buarque no Instagram do cantor (Imagem: Instagram/Chico Buarque/Reprodução)

O Hospital Copa Star também emitiu boletim médico, afirmando que a cirurgia conduzida pelo Dr. Paulo Niemeyer Filho transcorreu sem intercorrências.

O post Implante no cérebro? Entenda como é a cirurgia de Chico Buarque apareceu primeiro em Olhar Digital.

cropped-Capa-Creatina

Creatina engorda? Entenda os mitos do suplemento

A creatina é uma substância usada, sobretudo, para melhorar a capacidade física. Contudo, ela já foi associada a problemas de saúde, como câncer, hipertensão e distúrbios renais. Também há quem diga que ela engorda. Mas, afinal, o que é mito e o que é verdade sobre a creatina?

Creatina e doenças

Um estudo publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition aponta que não existe relação entre doses controladas de creatina e algumas doenças. A substância, segundo a pesquisa, não altera os rins e não causa câncer, hipertensão ou calvície.

Ainda assim, os pesquisadores levantam dúvidas, pois existem questões sobre suas propriedades terapêuticas e uso durante a gestação.

Substância tem benefícios comprovados por estudos (Imagem: Gleb Usovich/Shutterstock)

Segundo Charlene Monteiro, nutricionista especializada em Nutrição Clínica e Saúde da Mulher, a substância é utilizada, especialmente, como recurso ergogênico para aumento e recuperação de massa muscular e melhora do desempenho físico.

Funcionamento da substância   

Por sua vez, ao Jornal da USP, Hamilton Roschel, professor da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP), diz que “a creatina é um composto produzido no nosso próprio organismo, em particular nos rins e fígado, a partir de três aminoácidos: a arginina, a glicina e a metionina“.

  • A creatina é armazenada principalmente nos músculos, onde facilita a produção rápida de energia;
  • Por isso, sua suplementação é amplamente utilizada para melhorar o desempenho esportivo, com potencial também em aplicações terapêuticas, como Monteiro explica ao Olhar Digital:
    • “Estudos recentes indicam o uso da creatina como recurso terapêutico na melhora das funções cognitivas, como memória, foco e concentração, bem como em outras doenças, auxiliando no tratamento de doenças neurodegenerativas e doenças metabólicas”;
  • Além dos músculos, a creatina atua na produção de energia em outros tecidos. Estudos investigam seus efeitos em diferentes contextos, como saúde óssea e cognição, evidenciando sua versatilidade.

Roschel também indicou não haver ligação entre hipertensão e a creatina. “Uma vez que se trata de uma substância que causa retenção de fluido intracelular, há uma preocupação infundada de que isso poderia afetar tanto a função renal quanto a pressão arterial”, diz.

Ainda, o estudo garante que a creatina não leva à produção de células cancerígenas, mas, sim, é capaz de auxiliar na recuperação de massa muscular de pacientes que têm a doença.

O professor da USP e coautor do artigo, Bruno Gualano, pontua que “existe, na literatura, uma evidência muito grande de que o suplemento é seguro, tanto na função renal, quanto para a saúde hepática, que não causa câimbras, nem calvície, ou inflama, ou causa hipertensão arterial”.

Creatina cista de cima
Creatina também ajuda pessoas sob condição de estresse (Imagem: Savvapanf Photo/Shutterstock)

Leia mais:

E obesidade, a creatina pode causá-la?

Segundo Monteiro, isso é mito. “A creatina não engorda e é uma substância naturalmente produzida pelo organismo. O que ocorre é que a creatina quando é absorvida, carrega água para dentro da célula, ou seja, a retenção de água ocorre dentro das células musculares. Além disso, ela auxilia no aumento da síntese muscular. Então, esses fatores podem ser confundidos com ganho de peso“, explica.

E ela vai além, indicando que pessoas com sobrepeso podem utilizar a substância sem problemas. “[Pessoas com sobrepeso] devem usar, já que a creatina influencia na recuperação e ganho de massa muscular por meio do fornecimento de energia (ATP) ao nível celular, podendo proporcionar aumento de força muscular e intensidade dos treinos. Esses fatores podem aumentar o volume de treinos e o gasto calórico, podendo gerar perda de peso“, salienta.

Benefícios ao cérebro

Outro estudo, publicado na Scientific Reports, aponta que a creatina também tem efeitos no cérebro. Ela traz melhoras cognitivas, especialmente nas situações de privação de sono. Entenda mais:

  • Durante a pesquisa, 15 pacientes foram monitorados pelos pesquisadores;
  • Eles permaneceram acordados durante a noite realizando uma série de testes cognitivos;
  • Parte do grupo recebeu dose única de 20 gramas do suplemento;
  • Estas pessoas apresentaram pico de melhora no desempenho cognitivo após quatro horas da ingestão;
  • Os efeitos positivos se mantiveram por cerca de nove horas.

Segundo os pesquisadores, o corpo reabastece a creatina nos músculos esqueléticos de forma natural, contudo, uma pequena quantidade também se armazena no cérebro. Sua suplementação auxilia na manutenção do estoque.

Scoop de creatina
Pesquisadores pedem que as pessoas passem por especialistas antes de inserir substância na rotina diária (Imagem: Gleb Usovich/Shutterstock)

Os cientistas descobriram que, em casos de estresse, como a privação de sono, o cérebro começa a captar mais creatina, podendo, assim, mitigar os efeitos negativos dessa condição.

Mas os autores da pesquisa alertam: consumir 20 gramas da substância — considerado alto em um dia somente — pode causar efeitos colaterais, como desconforto gastrointestinal (incluindo náuseas e diarreia); inchaço, cãibras e possibilidade de desidratação; além de sobrecarga potencial dos rins e do fígado.

Esses pesquisadores defendem, portanto, a necessidade de mais estudos para ratificar os benefícios apontados no artigo, bem como orientam que as pessoas recebam auxílio profissional antes de incluir a substância em seu dia a dia.

O post Creatina engorda? Entenda os mitos do suplemento apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-10-2-1024x654

Tatuagem eletrônica monitora o cérebro e pode prever burnout

Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, EUA, criaram uma tatuagem eletrônica facial que pode monitorar o cérebro e prever casos de burnout. A e-tattoo temporária e sem fio foi detalhada recentemente em um artigo publicado na revista Device

Entenda:

  • Uma nova tatuagem eletrônica pode prever burnout;
  • O dispositivo – sem fio e temporário – usa eletrodos descartáveis para analisar as ondas cerebrais e medir os níveis de sobrecarga e exaustão do cérebro;
  • Os criadores apontam que a e-tattoo é mais precisa e acessível do que os dispositivos de eletroencefalograma (EGG).
Tatuagem eletrônica prevê casos de burnout. (Imagem: Huh et al./Device)

A equipe aponta que, ao analisar as ondas cerebrais do usuário e seus níveis de sobrecarga e exaustão, a tatuagem eletrônica pode ser uma aliada para alcançar o equilíbrio na produtividade, concentração e saúde em empregos nos quais o usuário está sob constante e elevada pressão.

Leia mais:

E-tattoo também mede o movimento dos olhos

Em comunicado, Nanshu Lu, coautora sênior do estudo, explica que a tatuagem temporária soluciona um desafio encontrado nos dispositivos de eletroencefalograma (EEG): “Esses capacetes, embora tenham mais sensores para diferentes regiões do cérebro, nunca recebem um sinal perfeito porque o formato da cabeça de cada um é diferente.” Por outro lado, a e-tattoo feita sob medida para o usuário “garante que os sensores estejam sempre no local correto e recebendo os sinais.”

A tecnologia consiste em um eletrodo descartável sem fio que vai da testa às maçãs do rosto, e outra e-tattoo fixada atrás de uma das orelhas do paciente. Além de quatro canais de EEG na testa, o dispositivo também conta com dois canais de eletro-oculograma (EOG) para medir os movimentos dos olhos.

Representação de síndrome do burnout
Tatuagem eletrônica promove equilíbrio entre produtividade e saúde. (Imagem:REDPIXEL.PL/Shutterstock)

Tatuagem eletrônica é acessível, aponta equipe

Testada em seis participantes em um exercício de treinamento cognitivo, a tatuagem eletrônica detectou e previu sobrecarga do cérebro com base nas potências das ondas delta, teta, alfa, beta e gama, relacionadas a diferentes estados de consciência do indivíduo.

Em comparação aos aparelhos tradicionais de EEG, o dispositivo é acessível: cada tatuagem descartável custaria menos de US$ 20, com os chips de computador e a bateria estimados em US$ 200 pela equipe. “Um dos meus desejos é transformar a e-tattoo em um produto que possamos usar em casa”, diz Luis Sentis, autor correspondente da pesquisa.

O post Tatuagem eletrônica monitora o cérebro e pode prever burnout apareceu primeiro em Olhar Digital.

tedio-1024x683

Sentir tédio pode fazer bem para o seu cérebro

Geralmente definido como a dificuldade em manter a atenção ou o interesse em uma atividade, o tédio é visto como algo negativo, que devemos tentar evitar. Mas isso pode ser uma coisa positiva para o cérebro.

Cientistas explicam que ficar entediado é uma arma do nosso organismo para minimizar os efeitos do estresse. Isso serve para evitar a superestimulação do nosso sistema nervoso, o que pode aumentar nosso risco de ansiedade.

Tentativa de relaxar o sistema nervoso

A rede cerebral é um sistema de redes interconectadas que trabalham juntas para suportar diferentes funções. A rede de atenção, por exemplo, prioriza estímulos relevantes enquanto trabalha para filtrar as distrações. No entanto, à medida que nossa atenção diminui, esta atividade diminui, refletindo nossa capacidade reduzida de manter o foco em algum conteúdo. Da mesma forma, a diminuição da atividade ocorre na rede de controle frontoparietal.

Simultaneamente, a rede de modo padrão é ativada, mudando nossa atenção para pensamentos internos e autorreflexão. Esta é uma função central da rede de modo padrão, conhecida como introspecção e sugestiva de uma estratégia para lidar com o tédio. Essa complexa interação de redes envolve várias regiões-chave do cérebro “trabalhando juntas” durante o estado de tédio. A ínsula é um centro fundamental para o processamento sensorial e emocional. Essa região mostra maior atividade ao detectar sinais internos do corpo, como pensamentos relacionados ao tédio.

Não é preciso lutar contra o tédio (Imagem: songsak chalardpongpun/iStock)

O que os cientistas descobriram é que todo este processo é vantajoso para diminuir o estresse. Algo fundamental em um mundo onde vivemos constantemente agitados e praticamente sem tempo livre, como explica um artigo publicado no portal The Conversation escrito pelos pesquisadores Michelle Kennedy e Daniel Hermens, da Universidade da Costa do Sol, na Austrália.

Em pequenas doses, o tédio é o contrapeso necessário ao mundo superestimulado em que vivemos. Pode oferecer benefícios únicos para o nosso sistema nervoso e nossa saúde mental. Isso se opõe a longos períodos de tédio, onde o aumento da atividade da rede no modo padrão pode estar associado à depressão.

Artigo publicado no The Conversation

Leia mais

Se sentir entediado faz bem para o sistema nervoso (Imagem: Shutterstock/Kampan)

Os benefícios do tédio

  • Melhora a criatividade, permitindo um melhor “fluxo” em nossos pensamentos.
  • Desenvolve a independência no pensamento e nos incentiva a encontrar outros interesses, em vez de depender de informações externas constantes.
  • Bom para a autoestima e a regulação emocional, ajudando a lidar com nossos sentimentos e a controlar a ansiedade.
  • Reequilibra o sistema nervoso.

O post Sentir tédio pode fazer bem para o seu cérebro apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-1919623946-1024x612

Sensação do déjà vu é causada por “falha” no cérebro não muito desvendada

Aquela estranha sensação de já ter vivido uma situação nova — mesmo sabendo que é impossível — é chamada de déjà vu. Apesar de ainda ser um mistério, a ciência tem algumas explicações sobre esse fenômeno intrigante, como explica o Popular Science.

Segundo o psicólogo Akira O’Connor, da Universidade de St. Andrews, o déjà vu ocorre quando áreas do cérebro associadas à familiaridade disparam sinais incorretos, criando um conflito entre o que sentimos e o que sabemos ser real.

Essa breve “falha” é, na verdade, um sinal de que os lobos frontais — responsáveis por verificar memórias — estão funcionando bem.

Uma “falha” no cérebro

  • O fenômeno pode ser desencadeado quando o cérebro reconhece padrões espaciais parecidos com experiências passadas, mesmo que não haja uma lembrança consciente.
  • Estudos com realidade virtual mostram que cenas semelhantes, mas não idênticas, são capazes de gerar essa sensação de reconhecimento enganoso.
  • Curiosamente, pessoas com disfunções neurológicas, como demência, podem ter episódios de déjà vu com mais frequência, pois seu cérebro falha ao distinguir entre memórias reais e falsas.
Pesquisadores acreditam que a familiaridade sem lembrança concreta é fruto de um conflito cerebral (Reprodução: Naeblys/ iStock)

Leia mais:

Razão para ocorrer não é completamente conhecida

Embora ainda não se saiba exatamente por que o déjà vu acontece, a principal hipótese é que se trata de uma falha no processo de recuperação de memórias.

No fundo, como explica O’Connor, isso mostra que nosso cérebro está sempre tentando dar sentido ao mundo — mesmo quando ele próprio é o responsável pela confusão.

Mulher olhando para cima; há um desenho representando um cérebro na região da cabeça dela
Fenômeno é mais comum em cérebros saudáveis e revela como tentamos dar sentido a experiências novas com base em padrões reconhecíveis (Imagem: Pavlova Yuliia/Shutterstock)

O post Sensação do déjà vu é causada por “falha” no cérebro não muito desvendada apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2284126663-1

Empresas estariam vendendo dados cerebrais de usuários; entenda

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos recebeu uma denúncia de que empresas estariam coletando e vendendo dados cerebrais. Estas informações são consideradas privadas e extremamente sensíveis.

Três senadores democratas pediram que a entidade inicie uma investigação sobre o caso. Eles ainda defendem a criação de regras mais rígidas sobre o compartilhamento de dados por companhias do setor de neurotecnologia.

Dados podem ser coletados facilmente por alguns dispositivos

  • Segundo a carta enviada pelos senadores, ao contrário de outras informações pessoais, os dados neurais podem revelar condições de saúde mental, estados emocionais e padrões cognitivos.
  • Por conta disso, eles devem ser protegidos a todo o custo.
  • É importante destacar que estas informações podem ser coletadas sem a necessidade de implantes cerebrais ou outros dispositivos invasivos instalados no cérebro dos pacientes.
  • Atualmente, existem produtos como fones de ouvido e aplicativos de realidade virtual que podem usar dados neurológicos dos usuários.
  • O problema é que eles não são categorizados como dispositivos médicos, o que não impede que as empresas compartilhem ou vendam essas informações, segundo a The Verge.
Dados cerebrais estariam sendo coletados e vendidos por empresas (Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

Leia mais

Relatório aponta que empresas não protegem dados cerebrais dos usuários

A denúncia feita pelos senadores democratas usou como base um relatório de 2024 da Neurorights Foundation. Este documento aponta que a maioria das empresas de neurotecnologia não protege os dados do usuário e ainda compartilha estas informações confidenciais com terceiros.

Este trabalho analisou as políticas de dados de 30 empresas dos EUA e descobriu que todas, exceto uma, “parecem ter acesso” aos dados neurais dos usuários “e não fornecem limitações significativas a esse acesso”. Foram incluídas apenas empresas cujos produtos estão disponíveis para os consumidores sem a ajuda de um profissional médico. Implantes como os feitos pela Neuralink não estavam entre eles.

Representação de um cérebro humano pairando sobre um par de mãos
Senadores defendem que informações sejam sigilosas (Imagem: Anucha Tiemsom/Shutterstock)

A conclusão do relatório é que estas empresas permitem a venda dos dados neurais sem maiores dificuldades. Além disso, menos da metade destas companhias possibilita que os consumidores revoguem o consentimento para o processamento de dados e solicitem a exclusão deles.

Por conta disso, os parlamentares pedem que sejam criadas normas que obriguem as empresas a relatar o tratamento de dados, práticas comerciais e o acesso deles por terceiros, além de esclarecer como os padrões de privacidade existentes se aplicam aos dados neurais.

O post Empresas estariam vendendo dados cerebrais de usuários; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.