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Cérebro de camundongo é mapeado em nível inédito

Um grupo de mais de 100 cientistas alcançou um feito que, há poucas décadas, era tido como inviável: registrar a atividade celular e mapear a estrutura de um milímetro cúbico do cérebro de um camundongo. A região analisada representa menos de 1% do volume total do órgão, mas contém cerca de 200 mil neurônios conectados por mais de 500 milhões de sinapses. A conquista foi publicada na revista Nature e soma 1,6 petabytes de dados, equivalente a 22 anos de vídeo em alta definição sem interrupções.

O projeto faz parte da iniciativa MICrONS (Machine Intelligence from Cortical Networks), financiada pelo governo dos Estados Unidos desde 2016. A pesquisa é liderada por cientistas do Allen Institute for Brain Science, da Universidade de Princeton e do Baylor College of Medicine. O objetivo original era ousado: desvendar as conexões neurais de uma pequena área do cérebro de um camundongo, que recebe sinais visuais e os transforma em imagens.

Uma pequena fração dos neurônios que foram mapeados em um milímetro cúbico do cérebro de um camundongo (Imagem: Allen Institute)

Mapeamento detalhado e reconstrução em 3D

  • O processo exigiu uma combinação de técnicas avançadas de microscopia, inteligência artificial e análise de dados.
  • Após registrar a atividade neuronal enquanto o animal assistia a vídeos com paisagens, o tecido cerebral foi estabilizado com compostos químicos e cortado em 28 mil lâminas ultrafinas.
  • Cada fatia foi fotografada, e algoritmos foram treinados para identificar os contornos celulares e reconstruí-los em três dimensões.
  • O resultado permitiu identificar padrões antes desconhecidos de conexão neural, incluindo tipos específicos de neurônios inibitórios que se ligam apenas a determinadas outras células.
  • “Quando você começa a estudar o cérebro, tudo parece caótico. Mas encontrar regras de conexão é uma vitória”, afirmou Mariela Petkova, biofísica da Universidade de Harvard, que não participou da pesquisa.
  • Para Nuno da Costa, um dos líderes do projeto no Allen Institute, a visualização das células foi impactante: “Esses neurônios são absolutamente impressionantes — dá prazer vê-los se formando na tela”, relatou.
  • Segundo ele, a comparação com uma festa ajuda a ilustrar o avanço: “Imagine estar em um evento com 80 mil pessoas e poder ouvir todas as conversas, mas sem saber quem está falando com quem. Agora imagine que você descobre essas conexões — começa a fazer sentido”.

Próximo passo: o cérebro completo do camundongo

A equipe envolvida no MICrONS agora trabalha para ampliar o escopo e mapear todo o cérebro do camundongo, que possui aproximadamente 500 milímetros cúbicos. Com as técnicas atuais, esse processo pode levar décadas. No entanto, novos avanços já estão em andamento. Forrest Collman, também do Allen Institute, afirmou que o grupo conseguiu desenvolver um método para cortar seções ultrafinas de um cérebro inteiro, o que poderá acelerar o trabalho.

Ainda assim, mapear o cérebro humano permanece fora de alcance. Com volume cerca de mil vezes maior que o de um camundongo, o órgão humano representa um desafio que exige tecnologias ainda inexistentes. “O cérebro humano está, por enquanto, fora do que é possível”, disse Collman.

Cérebro humano ainda está longe de ser mapeado como o do camundongo foi (Imagem: Alexander Supertramp / Shutterstock.com)

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Aplicações futuras e desafios no financiamento

Apesar das limitações atuais, os pesquisadores acreditam que compreender com precisão o cérebro de camundongos pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para transtornos mentais. “Hoje, nossos métodos para manipular o sistema nervoso são grosseiros. Aplicamos uma droga e ela afeta tudo. Mas se pudermos agir diretamente em tipos específicos de células, teremos precisão”, explicou Sebastian Seung, neurocientista de Princeton e integrante do MICrONS.

O avanço ocorre em meio a cortes significativos no financiamento à ciência. O programa BRAIN, que apoia a iniciativa, sofreu uma redução de 40% em 2023 e mais 20% em 2024, após sanção do presidente Donald Trump. Para os especialistas, a continuidade de pesquisas desse porte depende de investimentos de longo prazo. “Precisamos de consistência e previsibilidade nos recursos para alcançar objetivos como esse”, afirmou Davi Bock, neurocientista da Universidade de Vermont.

Mesmo com os obstáculos, o marco estabelecido pelo MICrONS reforça a possibilidade de compreender, em profundidade, os circuitos que tornam possíveis o pensamento, a memória e a percepção — desafios que, por muito tempo, pareciam inalcançáveis.

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Estes hábitos podem prevenir o declínio cognitivo do seu cérebro

Pequenos ajustes no dia a dia podem ser cruciais para proteger o cérebro e retardar o declínio cognitivo. O jornal The New York Times relata que cientistas acreditam que até 45% dos casos de demência podem ser retardados ou prevenidos com a ajuda de algumas mudanças simples, às vezes surpreendentes, no comportamento.

Confira as 10 dicas essenciais do que podem ajudar a manter seu cérebro saudável:

Use um capacete

  • Proteger sua cabeça durante atividades como ciclismo, esqui ou motociclismo é uma das formas mais eficazes de evitar lesões cerebrais.
  • Traumas na cabeça, como concussões, podem contribuir para o desenvolvimento de encefalopatia traumática crônica (C.T.E.), uma condição que piora a cognição e, em alguns casos, leva à demência.
  • Usar capacete é um simples e eficaz passo para reduzir esses riscos e proteger a saúde cerebral a longo prazo.

Coloque protetores auriculares

  • A perda auditiva está associada a um maior risco de demência, uma vez que a parte do cérebro responsável pela audição está próxima da área que controla a memória.
  • Proteja sua audição utilizando protetores auriculares ao expor-se a sons altos, como ao cortar a grama ou usar ferramentas barulhentas.
  • Além disso, é fundamental realizar exames auditivos regulares, especialmente para pessoas com mais de 50 anos ou que estejam frequentemente expostas a ruídos altos.

Faça um exame de vista

  • A perda de visão está diretamente relacionada ao declínio cognitivo, com estudos mostrando que a maioria dos adultos com deficiência visual grave também apresenta sinais de demência.
  • Realizar exames oftalmológicos periódicos, principalmente após os 50 anos, e corrigir problemas de visão com óculos ou cirurgia pode prevenir o impacto negativo na cognição.
  • A visão desempenha um papel fundamental na saúde cerebral, e tratá-la adequadamente pode reduzir o risco de demência.

Mantenha-se em movimento

  • A atividade física regular é uma das melhores maneiras de manter o cérebro saudável.
  • O exercício aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando a oxigenação e promovendo a regeneração celular.
  • Mesmo caminhar 30 minutos por dia pode trazer benefícios significativos.
  • Além disso, diminuir o tempo em que ficamos sentados também ajuda; levante-se a cada 20 minutos para evitar a inatividade prolongada e engajar o corpo de maneira contínua.
Exercícios físicos, mesmo que leves, além de benefícios ao corpo, ajudam a proteger o cérebro – Imagem: Cameron Prins / Shutterstock

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Controle seu colesterol

  • Manter os níveis de colesterol sob controle é essencial para a saúde do cérebro.
  • O colesterol “ruim”, presente em alimentos como carnes vermelhas, laticínios integrais e bebidas açucaradas, pode endurecer as artérias, limitando o fluxo sanguíneo para o cérebro e aumentando o risco de derrame e declínio cognitivo.
  • Uma dieta balanceada, rica em vegetais, frutas e grãos integrais, junto com exercícios regulares, pode ajudar a controlar o colesterol e prevenir problemas cerebrais.

Use fio dental todos os dias

  • A saúde bucal tem um impacto direto na saúde cerebral. A negligência na higiene dental pode levar a infecções que afetam os seios nasais e, eventualmente, o cérebro.
  • Além disso, estudos mostram que a doença gengival está associada ao aumento do risco de demência.
  • Escovar os dentes, usar fio dental regularmente e visitar o dentista anualmente são hábitos simples que podem prevenir problemas bucais e, por consequência, proteger a saúde cerebral.

Participe de um clube do livro ou grupo social

  • Manter uma vida social ativa é fundamental para preservar a saúde mental e prevenir o isolamento, que está ligado ao aumento do risco de depressão e demência.
  • Participar de clubes do livro, grupos de jardinagem ou até mesmo realizar encontros mensais com amigos e familiares pode manter a mente estimulada e a cognição afiada.
  • Um forte sistema de apoio social pode fazer uma grande diferença na saúde geral e na longevidade mental.

Use uma máscara para evitar a poluição

  • A poluição do ar tem efeitos negativos comprovados sobre o cérebro, e a exposição prolongada a partículas finas pode contribuir para o declínio cognitivo.
  • Durante dias de alta poluição, como em situações de fumaça de incêndios florestais ou condições climáticas adversas, usar uma máscara N95 ou cirúrgica pode reduzir a exposição a essas partículas prejudiciais.
  • Além disso, usar filtros de ar em casa pode ajudar a minimizar o impacto da poluição interna.
Contato com a poluição de grandes cidades pode ser danoso ao cérebro – Imagem: Anucha Naisuntorn/Shutterstock

Cuidado com o pescoço

  • O pescoço desempenha um papel vital no fornecimento de sangue para o cérebro.
  • Lesões no pescoço podem restringir esse fluxo sanguíneo, prejudicando a oxigenação cerebral e aumentando o risco de coágulos.
  • Para proteger o pescoço, evite movimentos bruscos, como torções repentinas ou massagens de “tecido profundo”.
  • Além disso, sempre use cinto de segurança ao dirigir para proteger sua coluna cervical e garantir um fluxo sanguíneo adequado para o cérebro.

Durma bem

  • O sono de qualidade é fundamental para a saúde do cérebro.
  • O descanso adequado ajuda a consolidar memórias, limpar resíduos celulares e renovar a energia do cérebro.
  • Para melhorar o sono, crie um ambiente propício ao descanso, com cortinas blackout se você trabalha à noite, e considere técnicas como meditação para reduzir a ansiedade.
  • Dormir o suficiente e manter uma rotina regular de sono é essencial para preservar a saúde cognitiva ao longo da vida.

Adotar essas dicas simples no dia a dia pode ter um grande impacto na preservação da saúde cerebral e na prevenção do declínio cognitivo.

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Telepatia? IA transforma ondas cerebrais em texto falado

Pesquisadores da Califórnia criaram um sistema de inteligência artificial que transforma as ondas cerebrais de pessoas com paralisia grave em palavras faladas.

Como descrito em um estudo da Nature Neuroscience, a tecnologia de IA funciona em tempo quase real e reconstrói o som da própria voz do paciente.

Entenda:

  • Uma neuroprótese de IA transforma ondas cerebrais de pacientes com paralisia grave em texto falado;
  • O processo leva apenas um segundo, e reconstrói o som da voz do próprio paciente;
  • O sistema foi treinado com dados de função cerebral combinados a um modelo de conversão de texto em fala;
  • Além de comunicar necessidades e pensamentos, o modelo de IA também pode ajudar a tornar a conexão entre pacientes com paralisia e seus entes queridos mais natural.
IA transforma ondas cerebrais em texto falado. (Imagem: Noah Berger/UC Berkeley Engineering)

De acordo com Gopala Anumanchipalli, co-investigador principal do estudo, a nova tecnologia neuroprostética traz a decodificação rápida de fala vista em dispositivos como a Alexa, da Amazon, e a Siri, da Apple, possibilitando “uma síntese de fala mais naturalista e fluente”.

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Neuroprótese de IA leva só 1 segundo para converter ondas cerebrais em fala

Para treinar o sistema de IA, a equipe usou dados de função cerebral de pacientes com paralisia tentando dizer uma série de palavras exibidas em uma tela. Em seguida, os pesquisadores mapearam a atividade neural diante de cada palavra e combinaram os dados a um modelo de conversão de texto em fala – criado com as vozes dos próprios pacientes antes da paralisia.

Em apenas 1 segundo, IA transforma pensamento em fala. (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

Em um estudo realizado pela equipe em 2023, a neuroprótese levou oito segundos para emitir o texto falado após o paciente tentar dizer as palavras. Na demonstração mais recente (vídeo abaixo), já houve um grande avanço: a pausa diminuiu para apenas um segundo. E a equipe agora trabalha para acelerar ainda mais o processo e melhorar a expressividade da voz.

Ao transformar ondas cerebrais em palavras faladas, a neuroprótese pode não só ajudar os pacientes com paralisia a comunicar suas necessidades e pensamentos, mas também permitir uma conexão com amigos e família de forma mais natural. “É emocionante que os últimos avanços em IA estejam acelerando muito as interfaces cérebro-computador para uso prático no mundo real em um futuro próximo”, diz Edward Chang, co-autor sênior do estudo.

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Sem implantes: teclado usa IA e pode ser controlado pela mente

Uma parceria entre a Allianz Trade e a Inclusive Brains resultou no desenvolvimento de um teclado que pode ser controlado pela mente humana. O dispositivo usa o sistema Prometheus BCI para escrever mensagens a partir dos comandos cerebrais.

Alimentado por inteligência artificial, a tecnologia não é invasiva e não depende da instalação de implantes, por exemplo. O propósito da ferramenta é possibilitar uma maior inclusão de pessoas com deficiência ao mundo digital.

Como funciona o teclado

A interface do teclado é treinada com ondas cerebrais, movimentos e expressões faciais, movimentos oculares e uma variedade de outros sinais fisiológicos. O sistema interpreta todos esses sinais juntos e converte eles em comandos digitais.

Todo o sistema é controlado por comandos cerebrais (Imagem: nobeastsofierce/Shutterstock)

De acordo com os pesquisadores responsáveis pela ferramenta, a combinação de ondas cerebrais e movimentos faciais que a IA transforma em comandos são enviados para um computador. Isso permite que o usuário selecione letras para escrever.

Além disso, o sistema permite o preenchimento automático inteligente de palavras, bem como a correção de erros de digitação. Tudo isso funciona a partir da instalação de sensores no couro cabeludo ou na pele junto com uma webcam e um relógio inteligente. As informações são do UOL.

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Tecnologia já foi apresentada em várias partes do mundo (Imagem: reprodução/Inclusive Brains)

Tecnologia será disponibilizada com código aberto

  • O sistema Prometheus BCI ainda não está sendo comercializado.
  • O foco das empresas é realizar novas demonstrações da tecnologia para garantir maiores recursos.
  • Um dos objetivos é expandir as operações, beneficiando não apenas as pessoas com deficiência, mas toda a sociedade.
  • A Allianz Trade e a Inclusive Brains ainda se comprometem com o lançamento do algoritmo em código aberto.

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Estudo: depois de correr longas distâncias, algo ‘bizarro’ acontece com o cérebro

Diversos estudos já confirmaram os benefícios da prática da corrida para a nossa saúde. No entanto, um novo trabalho alerta que percorrer longas distâncias pode acabar trazendo alguns efeitos negativos para o cérebro.

De acordo com uma equipe de cientistas da Universidade do País Basco, na Espanha, os efeitos foram identificados em quem corre uma maratona (mais precisamente 42,195 quilômetros). Estes problemas persistem por um mês após este esforço.

Efeitos foram identificados no cérebro

  • Os pesquisadores identificaram uma ligação entre a realização de uma maratona e a redução acentuada na mielina protetora que envolve as fibras nervosas, os axônios, no cérebro.
  • Essa camada isolante é fundamental para facilitar a transmissão de sinais elétricos no cérebro e na medula espinhal.
  • A perda de mielina ainda é um sinal de muitas condições neurológicas, incluindo acidente vascular cerebral e esclerose múltipla.
  • No entanto, os cientistas destacam que não há evidências de que correr uma maratona seja prejudicial à função cognitiva de curto ou longo prazo.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Metabolism.
Estrutura do cérebro apresentou modificações em corredores de maratonas (Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock)

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Estoque de mielina foi consumido durante a maratona

O experimento foi realizado com 10 corredores, sendo oito homens e duas mulheres, com idades entre 45 e 73 anos. Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram exames de ressonância magnética do cérebro dos participantes antes da corrida e novamente 48 horas após a maratona.

Eles identificaram que em uma dúzia de áreas do cérebro, em regiões associadas à coordenação motora, sentidos e emoções, a mielina havia sido esgotada após o esforço. Os cientistas explicam que, quando as fontes de energia do corpo, como o glicogênio, que é armazenado nos músculos e no fígado, são usadas, inicia-se a queima de gordura.

Níveis de mielina voltaram ao normal após dois meses da corrida (Imagem: Maria Markevich/Shutterstock)

E a mielina é composta de 70 a 80% de lipídios. Em outras palavras, os maratonistas queimam a gordura armazenada até mesmo nos cérebros. Apesar das descobertas, exames adicionais mostraram que a mielina voltou ao nível normal dois meses após a corrida.

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Brain rot: “cérebro podre” está por trás de tática dos jovens para estudar melhor

Em 2024, especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, escolheram “brain rot” como o “termo do ano”. Ao pé da letra, “brain rot” quer dizer “cérebro podre” ou “cérebro apodrecido”, sendo um termo amplamente utilizado nas redes sociais, principalmente pelos jovens – que agora estão usando esse “problema” para irem bem na hora de estudar.

Mas antes de entender melhor do que estamos falando, vamos deixar bem claro o que é “brain rot”. Ficar vários minutos passando pelo feed do Instagram ou assistindo a vídeos do TikTok… então, esses minutos viram horas e, ao se dar conta, a gente sente um vazio existencial. Isso é o “brain rot”.

O Dicionário de Oxford (publicado pela universidade) define esse termo da seguinte maneira: “a suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente quando resultado do consumo excessivo de material (principalmente online) considerado trivial ou pouco desafiador”. Então, como isso poderia ajudar na educação?

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Uma reportagem do G1 traz que os alunos estão transformando textos acadêmicos em narrativas simplificadas acompanhadas de imagens visualmente estimulantes – mas frequentemente sem conexão lógica com o material de fato. Isso oferece um conteúdo semelhante aos que aparecem quando “rolamos o feed” do TikTok.

Para estudar “rolando o feed”

O processo é simples: plataformas como Coconote, Raena ou PDF to Brain Rot permitem que o aluno envie um arquivo PDF. Em segundos, o sistema gera um vídeo com uma voz robótica lendo o texto enquanto exibe cenas vibrantes de jogos populares, memes ou animações relaxantes.

Essa abordagem atrai justamente pelo apelo visual. Acostumados ao consumo rápido de informações nas redes sociais, os estudantes buscam formas de “gamificar” o aprendizado, liberando dopamina (o hormônio da felicidade) por meio de estímulos visuais constantes. No entanto, especialistas alertam que essa prática pode trazer consequências negativas.

Isso inclui a falsa sensação de aprendizado. Não há garantia de retenção do conteúdo a longo prazo. Atividades como anotar ou resolver exercícios, que ativam regiões cerebrais fundamentais para consolidar conhecimentos, acabam sendo desprezadas. Já a superficialidade elimina nuances importantes, dificultando o desenvolvimento da análise.

Há também uma sobrecarga cognitiva (tendo em vista os inúmeros estímulos visuais que aparecem junto à mensagem principal). A leitura também é afetada, com os alunos perdendo ainda mais o hábito de ler com o passar do tempo.

Aliás, essa dificuldade de análise e outros detalhes relacionados aos impactos cognitivos do “brain rot” foram tema da Coluna Olhar do Amanhã em dezembro do ano passado. Você pode conferir abaixo:

Equilíbrio para não apodrecer o cérebro

Os próprios jovens têm relatado nas redes sociais que utilizam esses vídeos “brain rot” como substitutos à leitura tradicional para estudar. Os especialistas apontam que, enquanto a tecnologia pode ser uma ferramenta útil, seu uso excessivo ou inadequado pode prejudicar o desenvolvimento acadêmico e cognitivo.

Em vez de demonizar as plataformas de inteligência artificial ou ignorá-las completamente, educadores e pais devem abrir espaço para discutir o tema com os alunos. De certo modo, o verdadeiro desafio está em equilibrar inovação tecnológica com métodos de estudo eficazes e sustentáveis.

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Remédio em testes reduz risco de demência por Alzheimer 

Um medicamento ainda em fase de testes pode reduzir o risco de demência relacionada ao Alzheimer em pessoas na faixa dos 30, 40 ou 50 anos. É o que mostra um estudo liderado pela Knight Family Dominantly Inherited Alzheimer Network-Trials Unit (DIAN-TU), com sede na Washington University School of Medicine.

Os resultados do ensaio clínico sugerem que o tratamento precoce remove placas amiloides do cérebro muitos anos antes do surgimento dos sintomas em pessoas com maior chance de desenvolver a doença, atrasando o início da demência de Alzheimer.

O experimento foi feito em escala global e envolveu 73 pessoas com mutações genéticas raras e herdadas que causam a superprodução de amiloide no cérebro. Esse é um dos principais fatores que levam ao Alzheimer na meia-idade, segundo o artigo.

Randall J. Bateman conduziu ensaios clínicos por 8 anos (Imagem: WashU Medicine)

No subgrupo de 22 participantes que não tinham problemas cognitivos no início do estudo e que receberam o medicamento por mais tempo — uma média de oito anos — o risco de desenvolver sintomas caiu de 100% para cerca de 50%.

“Ainda não sabemos por quanto tempo eles permanecerão sem sintomas – talvez alguns anos ou talvez décadas. Para dar a eles a melhor oportunidade de permanecerem cognitivamente normais, continuamos o tratamento com outro anticorpo antiamiloide na esperança de que eles nunca desenvolvam sintomas”, disse o autor sênior, Randall J. Bateman.

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Contratempos

O estudo faz parte do primeiro teste de prevenção de Alzheimer no mundo, conhecido como Knight Family DIAN-TU-001. A pesquisa foi lançada em 2012 para avaliar medicamentos antiamiloides como terapias preventivas para a doença de Alzheimer.

O teste chegou a ser paralisado por causa de resultados divergentes, já que alguns participantes tiveram problemas cognitivos leves, enquanto outros não tiveram nenhum. O laboratório Roche descontinuou a fabricação do gantenerumab em 2022, e os médicos substituíram a medicação pelo lecanemab.

Rorche descontinuou remédio usado na pesquisa global (Imagem: hapabapa/iStock)

O gantenerumabe e outros antiamiloides foram associados a um efeito colateral conhecido como ARIA. As anormalidades são detectáveis ​​em exames cerebrais e representam pequenas manchas de sangue no cérebro ou inchaço localizado do cérebro.

No entanto, não houve eventos adversos com risco de vida e nenhuma morte. No geral, o perfil de segurança do gantenerumabe na extensão foi semelhante ao do ensaio original e em outros ensaios clínicos de gantenerumabe, disseram os pesquisadores.

Agora, a conclusão dos testes depende de financiamento do National Institutes of Health (NIH). Enquanto isso, a universidade está recrutando voluntários para um novo experimento com o medicamento.

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Vitamina B12 e cérebro: estudo alerta para possível impacto na saúde cognitiva

A relação entre os níveis de vitamina B12 e a saúde cognitiva tem sido objeto de investigação em diversos estudos. Uma pesquisa recente, publicada na Annals of Neurology, analisou a presença dessa vitamina no organismo de idosos e sua influência no funcionamento do sistema nervoso central. Os resultados sugerem que os valores atualmente considerados normais podem não ser suficientes para prevenir o declínio cognitivo.

A pesquisa acompanhou adultos saudáveis, com idade média de 71 anos, e revelou que aqueles com níveis mais baixos de B12 apresentaram processamento cognitivo e visual mais lentos. Além disso, houve uma maior incidência de lesões na substância branca do cérebro, condição que pode estar associada a problemas como demência e AVC.

Estudo ofereceu novas perspectivas sobre a influência dos níveis de vitamina B12 em problemas cerebrais e cognitivos (Imagem: Roman Zaiets/Shutterstock)

Apesar da relevância dos achados, especialistas ressaltam que o estudo é observacional, ou seja, não estabelece uma relação de causa e efeito.

Vitamina B12 e a saúde cerebral

  • A vitamina B12 é fundamental para diversas funções do organismo, incluindo a síntese de DNA, a formação dos glóbulos vermelhos e o funcionamento do sistema nervoso.
  • Apesar disso, um novo estudo publicado no Annals of Neurology indica que os limites atualmente considerados saudáveis para essa vitamina podem não ser adequados para garantir a saúde cognitiva.
  • A pesquisa, liderada pela Universidade da Califórnia, analisou os efeitos da vitamina B12 em 231 participantes com idade média de 71 anos.
  • Todos tinham níveis da vitamina acima do mínimo recomendado, mas ainda assim apresentaram relação entre a B12 e a cognição.

Impacto da vitamina B12 na cognição

Os pesquisadores observaram que níveis baixos da forma ativa da vitamina B12 estavam associados a um processamento cognitivo mais lento, especialmente em idosos. O exame de ressonância magnética revelou também que esses indivíduos apresentavam mais danos na substância branca do cérebro, uma região essencial para a comunicação entre neurônios.

Além disso, altos níveis da forma inativa da B12 foram correlacionados com uma maior presença da proteína tau, ligada a doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

A opinião dos especialistas

Para entender melhor a relevância do estudo, consultamos dois médicos especialistas na área de nutrologia.

O Dr. Matheus Azevedo, especialista em nutrologia e medicina anti aging, aponta que o estudo reforça uma discussão sobre os valores de referência da vitamina. “A pesquisa sugere que os níveis considerados normais de vitamina B12 podem não ser suficientes para prevenir o declínio cognitivo. Isso indica a necessidade de revisão dos valores de referência, já que, na prática clínica, buscamos manter os níveis acima de 500 pg/mL”, afirma.

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Níveis ideais de vitamina B12 hoje flutuam entre valores acima de 300 pg/mL e 500 pg/mL (Imagem: CeltStudio / Shutterstock.com)

O Dr. Neto Borghi, nutrólogo integrativo e especialista em emagrecimento, vitaminas e hormônios, destaca que a pesquisa levanta uma questão importante, mas é fundamental interpretá-la com cautela.

“Esse estudo analisou a relação entre os níveis de vitamina B12 e a saúde do sistema nervoso central, encontrando uma associação entre baixos níveis e alterações cerebrais. No entanto, é um estudo observacional, ou seja, ele apenas aponta uma correlação, sem provar que a falta de B12 causa declínio cognitivo”, explica Borghi.

Segundo ele, outros fatores podem influenciar esses resultados. “Pode ser que os idosos com níveis mais altos de B12 tenham uma condição socioeconômica melhor, o que lhes garante uma alimentação mais equilibrada e maior acesso à saúde. Isso por si só poderia explicar a melhor saúde cognitiva”, ressalta o médico. Ele também enfatiza que, para comprovar os efeitos da suplementação de B12 na função cerebral, seriam necessários ensaios clínicos que avaliassem diretamente essa intervenção.

Como identificar uma deficiência de B12

Os exames laboratoriais são a forma mais precisa de avaliar os níveis de vitamina B12 no organismo. Segundo o Dr. Neto Borghi, o valor de referência pode variar entre laboratórios, mas o ideal é que fique acima de 300 pg/mL. “Alguns estudos indicam que níveis acima de 400 ou 500 podem ser mais adequados à saúde do sistema nervoso central”, comenta.

Sinais como cansaço, fraqueza sem motivo aparente, formigamento nas mãos e nos pés, perda de memória, alterações de humor e anemia podem indicar uma deficiência da vitamina. Dr. Azevedo acrescenta que sintomas gastrointestinais, como perda de apetite e constipação, também podem estar associados à baixa de B12.

A identificação de níveis saudáveis de vitamina B12 e sinais de alerta envolve a realização de exames laboratoriais. Os níveis sanguíneos de referência podem variar, mas geralmente, níveis abaixo de 200 pg/mL são considerados deficientes.

Dr. Matheus Azevedo, especialista em nutrologia e medicina anti aging

Apesar desta recomendação, ele destaca que, na prática clínica, busca-se manter níveis de vitamina B12 superiores a 500 pg/mL.

A importância da vitamina B12 para a saúde

A vitamina B12 é essencial para diversas funções vitais do organismo. Ela participa da formação dos glóbulos vermelhos, prevenindo a anemia megaloblástica, que pode causar cansaço e fraqueza. Além disso, tem papel crucial na manutenção da mielina, a substância que reveste os nervos e garante a transmissão adequada dos impulsos nervosos.

Borghi explica que uma deficiência prolongada pode levar a danos neurológicos irreversíveis. “Quando os níveis de B12 estão muito baixos, o paciente pode apresentar sintomas como formigamento nas extremidades, dificuldade de memória e até alterações no equilíbrio”, esclarece.

A principal fonte de vitamina B12 são os alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Por isso, vegetarianos e veganos devem ter uma atenção especial e, muitas vezes, necessitam de suplementação.

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Alimentos ricos em vitamina B12 incluem – entre outros – carnes, peixes, ovos e laticínios (Imagem: Tatjana Baibakova / Shutterstock.com)

Estudo não é conclusivo, mas deixa alerta

Embora o estudo publicado na Annals of Neurology traga informações relevantes sobre a vitamina B12 e sua influência na saúde cognitiva, especialistas reforçam que ele não é conclusivo. A relação entre os níveis da vitamina e a saúde do sistema nervoso ainda precisa de mais investigações, especialmente através de ensaios clínicos.

Enquanto isso, manter uma alimentação equilibrada e monitorar os níveis de B12 é essencial para a prevenção de doenças neurológicas e anemia.

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Microsoft quer criar IA capaz de simular raciocínio do cérebro

Um novo modelo de inteligência artificial capaz de simular os poderes de raciocínio dos cérebros de mamíferos. Este é o objetivo de uma nova parceria firmada entre a Microsoft e a inait, uma startup suíça de IA.

A iniciativa visa aproveitas as duas décadas de pesquisa em neurociência digital para espelhar a inteligência biológica e melhorar as capacidades da tecnologia. A ideia é que a ferramenta aprenda com experiências do mundo real, em vez de se basear na identificação de correlações em dados preexistentes.

Criação de uma réplica do cérebro humano

  • O acordo faz parte dos esforços para criar uma IA inovadora a partir da ideia que o nosso cérebro é a única forma comprovada de inteligência.
  • No setor financeiro, a parceria se concentrará em fornecer algoritmos de negociação avançados, ferramentas de gestão de risco e aconselhamento personalizado.
  • Já na robótica, ajudará a desenvolver máquinas para manufatura industrial que sejam mais adaptáveis a ambientes complexos e dinâmicos.
  • Apesar dos potenciais, a abordagem enfrenta vários obstáculos.
  • Entre eles está a complexidade e a intensividade de recursos para construir uma réplica do cérebro humano.
Ferramenta teria a capacidade de aprender com experiências do mundo real (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

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Ferramenta revolucionaria o setor de IA

Segundo cientistas, modelos de IA baseados em simulações cerebrais têm o potencial de consumir menos energia e aprender muito mais rápido do que os modelos de reforço profundo existentes, continuando a fazê-lo uma vez implementados para um cliente.

A tecnologia de simulação desenvolvida durante o projeto da startup suíça está sendo disponibilizada por meio de uma combinação de produtos gratuitos e por assinatura do Open Brain Institute. Essa poderia ser a porta de entrada para simulações personalizadas que permitam aos cientistas investigar e entender melhor condições neurológicas, como o autismo.

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Nova IA seria ainda mais eficiente do que os modelos atuais (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Os pesquisadores esperam construir sobre o conhecimento de projetos como o mapa do cérebro de uma mosca da fruta adulta revelado no ano passado. Estas iniciativas visam estabelecer um atlas de “conectomas”, um conjunto de caminhos para o fluxo de informações entre as células neuronais que compõem o cérebro e as sinapses que as ligam.

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Veja o que acontece com seu cérebro quando você tira uma pausa das redes sociais

Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram parte essencial da rotina de milhões de pessoas. Checar notificações, rolar o feed e interagir com postagens já se tornaram hábitos automáticos, muitas vezes feitos sem perceber.

No entanto, o uso excessivo dessas plataformas pode impactar negativamente a saúde mental e o funcionamento do cérebro, levando a sintomas como ansiedade, estresse e até dificuldades de concentração.

Mas o que acontece quando tiramos uma pausa das redes sociais? Estudos indicam que reduzir o tempo de uso dessas plataformas pode trazer benefícios significativos para o bem-estar, ajudando a melhorar a cognição, o humor e até a qualidade do sono. Confira a seguir algumas das mudanças que ocorrem no seu cérebro quando você se desconecta por um tempo.

O que acontece com seu cérebro quando você dá uma pausa das redes sociais?

Menos ansiedade e estresse

As redes sociais podem ser uma fonte constante de estímulos estressantes. Comparação com outras pessoas, notícias negativas e a necessidade de manter uma presença digital ativa podem aumentar a ansiedade e o estresse.

Imagem: NDAB Creativity/Shutterstock

Quando você reduz o tempo nas redes, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, tendem a diminuir, ajudando seu cérebro a entrar em um estado de maior relaxamento e equilíbrio emocional.

Melhora na concentração e produtividade

O uso excessivo das redes sociais afeta diretamente a capacidade de concentração. As notificações constantes e o hábito de alternar entre aplicativos reduzem a atenção sustentada, tornando mais difícil focar em tarefas importantes.

Ao tirar uma pausa, seu cérebro recupera a capacidade de manter o foco por períodos mais longos, aumentando a produtividade e melhorando a eficiência no trabalho ou nos estudos.

Aumento da criatividade

(Imagem: Vitória Gomez via DALL-E/Olhar Digital)

O excesso de informações consumidas diariamente nas redes pode sobrecarregar o cérebro, reduzindo o espaço mental necessário para a criatividade. Quando você se afasta das redes sociais, o cérebro tem mais tempo para processar ideias de forma livre, favorecendo a criatividade e o pensamento original.

Muitas pessoas relatam que, após um tempo offline, conseguem desenvolver novas perspectivas e insights inovadores.

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Melhora na qualidade do sono

O uso das redes sociais antes de dormir pode prejudicar a qualidade do sono, pois a luz azul das telas interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável por regular o ciclo do sono.

Além disso, o estímulo constante pode deixar o cérebro em estado de alerta, dificultando o relaxamento. Ao reduzir o uso das redes, especialmente à noite, é possível dormir melhor e acordar mais descansado.

Maior conexão com o mundo real

Pessoa de pé com braços abertos em plantação de girassóis durante pôr-do-sol
(Imagem: denis_333/Adobe Stock)

O tempo gasto nas redes sociais muitas vezes substitui interações presenciais e momentos de lazer fora das telas. Quando você se desconecta, passa a dar mais atenção às pessoas ao seu redor, fortalecendo relações interpessoais e melhorando a sensação de pertencimento.

Além disso, dedicar mais tempo a atividades físicas, leituras ou hobbies pode contribuir para um maior equilíbrio emocional.

Redução da necessidade de validação externa

O sistema de curtidas, comentários e compartilhamentos nas redes sociais ativa os centros de recompensa do cérebro, estimulando a liberação de dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer. Com o tempo, isso pode criar uma dependência emocional da aprovação digital.

Ao tirar uma pausa, o cérebro se reajusta, permitindo que você encontre satisfação em atividades que não dependem da validação externa.

Autopercepção mais saudável

O consumo excessivo de conteúdos nas redes pode levar a uma percepção distorcida da realidade, aumentando sentimentos de inadequação e insatisfação pessoal. Quando você reduz o uso dessas plataformas, diminui a exposição a padrões irreais e começa a desenvolver uma visão mais equilibrada sobre si mesmo e sobre a vida.

Fazer uma pausa das redes sociais pode ser desafiador no início, mas os benefícios para o cérebro e para o bem-estar geral compensam a experiência. Seja reduzindo o tempo de uso ou desconectando-se completamente por alguns dias, dar um respiro digital pode trazer mais equilíbrio, clareza mental e qualidade de vida.

Com informações de Harvard Summer School.

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