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Nem ChatGPT, nem Gemini: veja quem venceu um desafio de IAs

Para quem está habituado aos recursos dos vários chatbots que ganharam popularidade nos últimos anos, uma das funções que mais ajudam é certamente a de carregar e resumir documentos e textos, que podem ser arquivos simples e curtos ou um livro inteiro.

Contudo, ainda há quem tenha ceticismo quando a esta capacidade das IAs. Isto é, os chatbots entendem realmente o que estão lendo? O Washington Post resolveu testá-los para tirar a prova.

Em uma competição, os cinco mais populares chatbots do momento foram desafiados. ChatGPT, Claude, Copilot, Meta AI e Gemini leram quatro tipos de textos muito diferentes e, em seguida, testaram sua compreensão.

A leitura abrangeu artes liberais, incluindo um romance, pesquisa médica, acordos legais e discursos do presidente Donald Trump. Um painel de especialistas, contendo até mesmo os autores originais do livro e dos relatórios científicos, ficou encarregado de julgar as IAs.

Ao todo, foram feitas 115 perguntas sobre as leituras atribuídas aos cinco chatbots. Algumas das respostas da IA ​​foram surpreendentemente satisfatórias, mas outras continham desinformação.

Todos os bots, exceto um, inventaram — ou “alucinaram” — informações, um problema persistente da IA. A invenção de fatos era só uma parte do teste, já que as IAs também foram desafiadas a fornecer análises, como recomendar melhorias nos contratos e identificar problemas factuais nos discursos de Trump.

Chatbots alternaram entre análises precisas e respostas com alucinações – Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock

Abaixo, o desempenho dos chatbots em cada tópico, seguido pelo campeão geral e pelas conclusões dos jurados.

Em literatura, nenhum convenceu

  • Literatura foi o tema em que as IAs tiveram a pior performance, e apenas o Claude acertou todos os fatos sobre o livro analisado, “A Amante do Chacal”, de Chris Bohjalian.
  • O Gemini, por exemplo, forneceu respostas muito curtas, e foi o que mais frequentemente cometeu o que Bohjalian chamou de leitura imprecisa, enganosa e desleixada.
  • O melhor resumo geral do livro, veio do ChatGPT, mas mesmo a IA da OpenAI deixou a desejar, já que, segundo Bohjalian, a análise discutiu só três dos cinco personagens principais, ignorando o importante papel dos dois personagens ex-escravizados.

Desempenho razoável ao analisar contratos jurídicos

No teste sobre questões de direito, Sterling Miller, advogado corporativo experiente, avaliou a compreensão dos chatbots sobre dois contratos jurídicos comuns.

Meta AI e o ChatGPT tentaram reduzir partes complexas dos contratos a resumos de uma linha, o que Miller considerou “inútil”.

As IAs também deixaram perceber nuances significativas nesses contratos. A Meta AI pulou várias seções completamente e não mencionou conteúdos cruciais. O ChatGPT esqueceu de mencionar uma cláusula fundamental em um contrato de empreiteiro.

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O Claude venceu no geral, oferecendo as respostas mais consistentes, e sendo o mais capacitado no desafio mais complexo, de sugerir alterações em um contrato de locação.

Miller aprovou a resposta do Claude que captou as nuances e expôs as coisas exatamente como ele faria. Ele reconheceu que foi a IA da Anthropic que chegou mais perto de substituir um advogado, mas ressaltou: nenhuma das ferramentas obteve nota 10 em todos os aspectos.

Bom desempenho em medicina

Todas as ferramentas de IA obtiveram melhor pontuação na análise de pesquisas científicas, o que pode ser explicado pelo acesso a vários artigos científicos que os chatbots possuem em seus dados de treinamento.

O pesquisador Eric Topol, jurado neste tema, atribuiu nota baixa ao Gemini, pelo resumo de um estudo sobre a doença de Parkinson. A resposta não apresentou alucinações, mas omitiu descrições importantes do estudo e por que ele era importante.

O Claude, contudo, recebeu a nota máxima e venceu nessa categoria. Topol atribuiu nota 10 ao resumo de seu artigo sobre covid longa.

Na política, resultados mistos

Cat Zakrzewski, repórter da Casa Branca do Washington Post, avaliou se a IA conseguiria decifrar discursos do presidente Donald Trump.

Enquanto o Copilot cometeu erros factuais ao responder questões, o Meta AI conseguiu analises mais precisas. Mas o melhor neste tema foi o ChatGPT, que foi capaz de citar corretamente até mesmo quais políticos democratas seriam contrários ao que Trump propôs nos discursos.

Zakrzewski ainda pontuou como a análise do ChatGPT “checa com precisão as falsas alegações de Trump de que ele venceu as eleições de 2020”.

Os robôs tiveram mais dificuldade em transmitir o tom de Trump. Por exemplo, o resumo do Copilot sobre um discurso não alucinou fatos, mas não capturava a natureza explosiva das falas do presidente americano. “Se você apenas ler este resumo, pode não acreditar que Trump fez este discurso”, diz Zakrzewski.

Logo do Claude
O Claude obteve a melhor pontuação final entre os competidores (Imagem: gguy/Shutterstock)

Quem venceu no geral?

Na pontuação geral, considerando todos os assuntos, o Claude foi eleito o melhor chatbot, além de ter sido a única IA que não alucinou em nenhum momento.

Em um sistema de pontuação que ia de 0 a 100, o Claude ficou com 69.9, um pouco acima do ChatGPT e seus 68.4. A distância foi considerável para o desempenho dos outros três chatbots: Gemini (49.7), Copilot (49.0) e Meta AI (45.0).

Em conclusão, nenhum dos robôs obteve pontuação geral superior a 70%, apesar de alguns resultados do Claude e do ChatGPT terem sido capazes de impressionar os jurados.

Além das alucinações, uma série de limitações ficaram evidentes nos testes. E a capacidade de uma ferramenta de IA em uma área não necessariamente se traduzia em outra. O ChatGPT, por exemplo, pode ter sido o melhor em política e literatura, mas ficou quase no último lugar em direito.

A inconsistência dessas IAs é motivo para usá-las com cautela, segundo os jurados. Os chatbots podem ajudar em determinadas situações, mas não substituem ajuda profissional de advogados e médicos, nem mesmo que você mesmo faça a leitura de um documento importante.

Projeção de um minirrobô na frente de um homem
Uso de chatbots pode ser útil, mas há assuntos em que se deve ter cautela com as respostas obtidas (Imagem: LookerStudio/Shutterstock)

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Menos atendimento, mais conversão: por que as marcas seguem errando?

Por Samir Ramos, co-CEO e co-Founder do smarters
O e-commerce está passando por uma revolução silenciosa, mas profunda. O foco deixou de ser o atendimento tradicional ao cliente e passou a ser uma experiência mais integrada e fluida. Nesse contexto, o chatbot vai muito além de um simples suporte, tornando-se um hub de possibilidades para marketing conversacional e conversão.

Ele conecta marcas e consumidores de maneira mais intuitiva e eficiente, funcionando como uma poderosa ferramenta de engajamento, personalização e vendas dentro do ecossistema digital. A questão que se impõe é: estamos realmente explorando todo o potencial deste canal?

A pesquisa do Google FlashBlack 2025 levantou um ponto crucial: a personalização é a espinha dorsal do comércio conversacional, mas seu verdadeiro impacto só acontece quando há uma integração estratégica e transacional ao longo de toda a jornada do cliente.

Ou seja, não basta um chatbot bem programado ou uma interação amigável – o sucesso dessa estratégia depende de alinhar cada canal e ponto de contato ao momento certo da experiência de compra, garantindo que a tecnologia atue como um facilitador real das decisões do consumidor.

Os dados do estudo mostram que, apesar dos avanços na digitalização, ainda há um longo caminho até que as marcas consigam transformar suas interações conversacionais em alavancas reais de conversão e fidelização.

Apenas 2 dos 31 e-commerces analisados utilizaram IA para resumos automáticos de avaliações, por exemplo. Já os agentes conversacionais, muitas vezes celebrados como o futuro do atendimento, ainda engatinham: nenhum dos 26 analisados conseguiu atuar como um verdadeiro assistente de compras.

A expectativa dos consumidores, por outro lado, é clara: eles querem mais do que um chatbot que apenas responde perguntas. Eles esperam interações que antecipem suas necessidades, recomendem produtos no momento certo e facilitem decisões de compra. No entanto, a pesquisa revelou que 20 dos 31 e-commerces não notificaram clientes sobre itens esquecidos no carrinho e 16 não recomendaram produtos complementares.

A inovação no e-commerce começa com conversas inteligentes (Imagem: Chay_Tee/Shutterstock)

O grande desafio, portanto, é garantir que o comércio conversacional esteja alinhado às diferentes fases da jornada do cliente. É aqui que o transacional entra em cena de forma estratégica: desde o primeiro contato até a conversão e a retenção, cada canal precisa estar ajustado ao momento certo da experiência. É um delicado jogo de xadrez.

Precisamos de um chatbot que não apenas tira dúvidas sobre um produto, mas também sugere um item complementar com base no histórico do consumidor e oferece um desconto exclusivo para fechar a compra ali mesmo, no canal conversacional.

Ou um agente que compreende linguagem natural e detecta insatisfação no tom de voz do cliente, conectando-o automaticamente a um atendente humano para resolver o problema antes que a frustração vire abandono de marca.

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O comércio conversacional não pode ser apenas sobre conveniência; precisa ser sobre inteligência. Para avançarmos nesse jogo, a personalização deve se unir à integração transacional e à otimização da experiência do cliente. Somente assim o e-commerce poderá transformar interações em conversões e clientes em verdadeiros embaixadores da marca.

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8 prompts do ChatGPT para você aprender a cozinhar

O ChatGPT é uma ferramenta que pode nos auxiliar em diversas áreas da nossa vida, como apoio no trabalho, nos estudos e até para organizar as finanças ou apenas como diversão. Mas, você sabia que também é possível aprimorar as habilidades culinárias, recebendo novas receitas e modos de preparo?

Muitas pessoas sentem dificuldade em cozinhar, seja por não dominar as técnicas ou por não saber muito bem o que fazer com os ingredientes e utensílios que têm em casa. Nessas horas, contar com o conhecimento do chatbot pode ser uma ótima ideia, poupando tempo de pesquisa na internet para se dedicar à função na cozinha.

Se você utiliza o ChatGPT com frequêcia, deve saber que o segredo para ter uma resposta completa e mais adequada para sua dúvida é utilizar um prompt detalhado, explicando o que deseja. Por isso, separamos 8 ideias de prompts que você pode utilizar para dar um up na cozinha. Confira!

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8 prompts do ChatGPT para você aprender a cozinhar

1 – Básico e fundamental

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Se você é o tipo de pessoa que não costuma preparar nada na cozinha, nunca fez nenhum prato, nem mesmo arriscou receitas básicas, esse pode ser o prompt ideal para começar.

Ao digitar o comando “Me ensine o básico da culinária como se eu nunca tivesse cozinhado antes. Quais habilidades eu preciso dominar primeiro?”, o ChatGPT consegue falar sobre os tipos de cortes, o uso de fogo, quais as panelas certas e os temperos básicos, por exemplo.

Ter essa noção teórica é uma ótima forma de começar a se aventurar pela arte da culinária, antes mesmo de começar a preparar os pratos na prática.

2 – Aprendizado por prato

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Depois que você já conseguiu entender como funciona a cozinha na teoria, entendendo um pouco sobre como funcionam os utensílios e os ingredientes, você pode focar em aprender receitas específicas de forma completa, com passo a passo e explicação de como é feito.

O prompt pode ser, por exemplo: “Me ensine a fazer um risoto do zero, explicando o porquê de cada etapa”. Com ele, o chatbot promete entregar a receita do prato, quais os ingredientes, falar sobre como é o ponto, o caldo, a cremosidade, as etapas e o tempo de preparo.

3 – Criação de receitas

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Com um pouco mais de experiência na cozinha, você pode usar o ChatGPT para criar receitas e variar os pratos no dia a dia. Você pode, por exemplo, pedir que ele leve em consideração ingredientes específicos, restrições alimentares e até mesmo preferências, como dietas veganas, sem lactose ou glúten.

Assim, o chatbot vai sugerir pratos criativos, e pode também ajustar as proporções, sugerir tempo de cozimento e recomendar combinações de sabores.

Um exemplo é “receita zero lactose de estrogonofe de frango para 5 pessoas, pronto em até 1 hora” ou então “sugira uma receita de bolo de milho sem glúten, que seja rápida. Também especifique como fazê-lo”. O resultado é uma receita completa, com tempo de preparo, lista de ingredientes e modo de fazer.

4 – Utensílios ideais

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Outra dúvida frequente é a respeito de quais utensílios usar para preparar as refeições. Você pode conseguir recomendações precisas ao incluir no prompt detalhes como o tipo de preparo, a quantidade de comida e seu orçamento, por exemplo.

É possível dizer algo do tipo “quais os melhores utensílios de cozinha para preparar um yakisoba em casa para 5 pessoas, considerando orçamento baixo” ou então “preciso de uma recomendação de frigideira versátil para preparar diversos alimentos e pratos, que seja durável, fácil de limpar e compatível com fogão de indução”.

Com isso, o chat vai descrever quais os itens essenciais para a receita, como facas, tábuas, escorredores e panelas, por exemplo, ou também trazer uma lista com opções de produtos que condizem com a descrição do prompt para que você adquira online.

5 – Cardápios e dietas

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Se você precisa de cardápios personalizados ou dietas específicas, o ChatGPT também pode auxiliar. É importante começar detalhando suas necessidades no prompt, como qual o tipo de dieta quer seguir, qual o objetivo e quais as restrições alimentares.

Um bom exemplo seria “monte um cardápio semanal para uma pessoa celíaca, incluindo café da manhã, almoço e jantar, usando ingredientes sem glúten e com boa variação, para manter a saúde”.

O chat vai considerar informações importantes como a contaminação cruzada, trazer uma grande variação de alimentos que podem ser seguidos nessa dieta durante a semana e dicas para manter uma dieta segura e saudável.

Pode ser útil, por exemplo, quando você vai receber em casa uma pessoa com restrição alimentar e quer ideias do que preparar para a pessoa durante sua estadia. Entretanto, vale lembrar que a ajuda não substitui o acompanhamento profissional de um nutricionista.

6 – Onde cozinhar cada receita

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Pode ser que você já saiba o que quer cozinhar, porém, ainda não sabe se a receita fica melhor sendo preparada no fogão, forno, air fryer ou panela elétrica, por exemplo. Para isso, é só fornecer detalhes como o tipo de prato, o tempo disponível para que ele fique pronto, os ingrediente e os utensílios que você tem em casa. Um exemplo: “é possível fazer um bolo rápido na air fryer em vez do forno?”.

Se quiser que seja mais específico, pode dizer algo como “quero fazer uma receita de coxa de frango e tenho apenas uma hora, onde eu devo prepará-lo: forno convencional, fogão ou air fryer?”. Nesse exemplo, o ChatGPT ofereceu informações sobre o tempo de preparo em cada utensílio, vantagens e desvantagens, resultado e até modo de preparo.

7 – Melhores temperos

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Com tanta variedade de temperos encontrados no mercado, é fácil de se perder e não saber muito bem o que usar em cada receita ou ingrediente. Um bom prompt para usar nesses casos é bastante detalhado, dizendo qual o tipo de prato, qual o estilo culinário, além de dizer se há alguma restrição alimentar ou de gosto pessoal.

Por exemplo, você pode dizer “quais temperos combinam com um frango no estilo oriental” ou então “sugira temperos para o preparo de uma moqueca sem pimenta”. Com isso, o chatbot lista opções que vão de ervas frescas como alecrim e manjericão, até especiarias como cominho e páprica, explicando como usá-los para realçar os sabores dos ingredientes.

8 – GPTs específicos

(Imagem: Reprodução Olhar Digital/Camila Oliveira)

Se você não tem uma pergunta direcionada a respeito da culinária, ainda assim pode usar GPTs como o Cozinha Fácil e o GPT-Chef Inteligente. Eles são assistentes culinários que fazem parte do ChatGPT, sugerindo pratos, adaptando receitas e diversas outras tarefas da cozinha.

Você pode, por exemplo, pedir a adaptação de uma receita para que fique mais saudável ou até mesmo para alguém com restrições, como transformar o prato em uma versão vegana. É possível até mesmo usar a opção “qual a melhor receita para um jantar romântico?” quando se quer conquistar ou encantar alguém.

O que é um prompt no ChatGPT?

É a mensagem, introdução ou pergunta que você utiliza para interagir com a ferramenta, servindo como um comando que indica o que você quer que o ChatGPT faça ou responda. Quanto mais claro e específico for, melhor.

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Automação de processos robóticos: mais produtividade e menos erros

Nos últimos anos, a automação de processos robóticos, ou simplesmente RPA, tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas. E não é por acaso: os “robôs de software” conseguem executar tarefas repetitivas com agilidade, precisão e sem pausa para o café.

A promessa é sedutora: mais produtividade, menos erros, redução de custos. Mas em meio a tanto entusiasmo, surge uma pergunta que nem sempre é feita: e as pessoas? Onde elas ficam nesse processo? O que sabemos é que automatizar é necessário. No entanto, há algo valioso que não pode se perder: a empatia.

Imagine um atendimento automatizado que não entende o que você está dizendo. Ou um processo de recrutamento que parece ter sido desenhado por um robô e para robôs. Sim, a tecnologia funciona, mas e a experiência? Fria, distante e desgastante.

É exatamente isso que muitos consumidores e colaboradores têm sentido e os dados mostram que essa desconexão é real.

Uma pesquisa da MindMiners revelou que apenas 12% dos consumidores brasileiros preferem ser atendidos por robôs, indicando uma forte preferência pelo contato humano no atendimento. O que isso nos diz? Que eficiência sem sensibilidade não entrega valor de verdade.

Automatizar com empatia não é algo técnico, mas é algo humano. É entender que cada processo envolve pessoas com expectativas, sentimentos, pressões e necessidades. Antes de desenhar um fluxo automatizado, é preciso se perguntar: “Como essa experiência será vivida por quem está do outro lado?”.

Automatizar é também cuidar da experiência humana em cada passo do processo (Imagem: KTStock/iStock)

Vamos pegar um exemplo simples: o processo de admissão de um novo colaborador. Do ponto de vista do RH, é um checklist de documentos, assinaturas e prazos. Mas, para quem está entrando na empresa, pode ser um momento de ansiedade, insegurança ou até entusiasmo.

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Um robô que apenas dispara e-mails e exige uploads sem qualquer cuidado com a comunicação pode gerar desconforto. Agora, se esse mesmo robô envia mensagens acolhedoras, claras, com um tom próximo e humano, a experiência muda completamente.

Outro ponto importante: empatia também é olhar para dentro, para os times da empresa. A automação não deveria ser uma ameaça e sim um apoio. Ela pode (e deve) liberar as pessoas das tarefas mecânicas para que elas tenham mais tempo para criar, pensar e se conectar com o que realmente importa.

Eficiência só gera valor quando vem com empatia (Imagem: Dilok Klaisataporn/iStock)

Quando bem usada, a RPA vira uma aliada para que os profissionais façam o que nenhum robô consegue: tomar decisões complexas, cuidar de relações, inovar, resolver problemas inesperados, ter empatia.

No fim das contas, a experiência ainda é (e sempre será) humana

Automatizar com alma é reconhecer que nem tudo pode (ou deve) ser entregue a um robô. Que há momentos, contextos e interações que pedem mais do que agilidade: pedem sensibilidade.

Mais do que nunca, as empresas que se destacam são aquelas que conseguem unir o melhor dos dois mundos: a eficiência das máquinas com a empatia das pessoas. Porque, no fim do dia, por trás de cada processo automatizado, há alguém esperando ser bem atendido, bem recebido e bem cuidado. E isso, nenhum algoritmo consegue fazer sozinho.

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Conversa com IA terapêutica? Cuidado com o que você diz para elas! Entenda

Imagine um terapeuta que nunca dorme, está sempre disponível e sabe tudo sobre você — mas que pode entregar seus segredos para governos e empresas. A promessa dos chatbots de terapia movidos por IA esconde um lado sombrio: a invasão da privacidade em escala inédita.

Com riscos de vigilância e manipulação, essa tecnologia levanta debate urgente sobre até onde devemos confiar nossas emoções a máquinas — e quem realmente tem acesso a esse universo íntimo.

Além do conforto de ter um “ouvido” digital sempre pronto para escutar, esses chatbots prometem democratizar o acesso à terapia. Mas a realidade pode ser menos acolhedora. Diferente dos profissionais humanos, essas inteligências artificiais não estão obrigadas a manter segredo. Isso significa que suas angústias mais profundas podem virar dados para vigilância em massa.

Empresas enfrentam pressão para proteger dados sensíveis, mas usuários, muitas vezes, desconhecem riscos (Imagem: Eva Almqvist/iStock)

O problema se agrava em contextos políticos mais autoritários. Imagine um governo que monitora não só o que você faz, mas também o que você sente, suas fraquezas emocionais e pensamentos mais íntimos. Com a ausência de regulações claras, a promessa de ajuda pode se transformar em um sistema de vigilância psicológico, capaz de manipular e condicionar comportamentos sem que você perceba.

Empresas sob pressão para proteger dados sensíveis

  • De acordo com reportagem do site The Verge, idealmente, as empresas deveriam evitar o compartilhamento indiscriminado de dados, já que isso pode prejudicar seus negócios;
  • No entanto, muitas acreditam que os usuários desconhecem esses processos, aceitam justificativas simplistas relacionadas à segurança nacional ou já se sentem impotentes diante da perda de privacidade;
  • Para oferecer serviços de terapia realmente confiáveis, as empresas de inteligência artificial precisam adotar padrões rigorosos de segurança e privacidade;
  • Além disso, poderiam implementar sistemas com logs criptografados, garantindo que nem mesmo elas tenham acesso aos dados dos usuários, o que aumentaria, significativamente, a proteção dessas informações sensíveis;

No entanto, a reportagem aponta que essas iniciativas são contraditórias diante do apoio contínuo de algumas dessas empresas a administrações que desconsideram liberdades civis básicas, as quais garantem que as pessoas possam compartilhar suas informações pessoais livremente, inclusive em interações com chatbots.

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Terapias com IA: entre boas intenções e desafios reais

Questionada pelo Verge sobre suas políticas para responder a pedidos governamentais de dados e sobre a possibilidade de aumentar a proteção para chatbots de terapia, a Meta destacou o caráter de “entretenimento e utilidade” de suas inteligências artificiais. Já a OpenAI informou que só libera dados mediante processo legal válido ou em casos de emergência envolvendo risco grave à vida.

Até o momento, não há evidências de que haja uma vigilância em massa por meio desses chatbots. Ainda assim, a recomendação é clara: não se deve buscar terapia por meio dessas plataformas, especialmente em serviços de grande visibilidade nos Estados Unidos. O risco de exposição de informações sensíveis é alto e as proteções, insuficientes.

O ponto mais importante é que, se as empresas querem que usuários compartilhem suas vulnerabilidades mais profundas, elas precisam garantir o mesmo nível de privacidade exigido de profissionais da saúde, em cenário onde o governo respeite esse direito.

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Meta vê IA como ferramenta de entretenimento, enquanto OpenAI libera dados apenas sob ordem legal ou emergências (Imagem: gmast3r/iStock)

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Ser gentil com robôs tem um preço – e pode valer a pena

Cada “por favor” ou “obrigado” dito a um chatbot tem um custo ambiental: consome energia, dinheiro e ainda alimenta servidores movidos a combustíveis fósseis. Mesmo assim, especialistas defendem que a gentileza com a inteligência artificial é um investimento invisível: modela nossos próprios comportamentos sociais, cria hábitos de cortesia e talvez até ajude a IA a entender melhor os valores humanos.

De acordo com o jornal The New York Times, toda interação com sistemas como o ChatGPT consome recursos computacionais – e quanto mais palavras usamos, maior o gasto de energia. Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que dezenas de milhões de dólares foram investidos apenas para manter a gentileza viva nos diálogos com as máquinas. Um custo alto, mas, para ele, justificado.

Mais do que um gesto simbólico, a cortesia com a IA pode influenciar a forma como nos relacionamos com outros humanos. Pesquisadores ouvidos pelo NYT explicam que hábitos criados em conversas com bots tendem a se refletir no dia a dia. Mesmo sem consciência, um robô “vivo o bastante” para receber nossa atenção também pode ser o primeiro treino para uma sociedade mais educada.

Uma relação mais profunda do que parece

Com o avanço acelerado dos assistentes virtuais, a convivência com inteligências artificiais saiu da ficção científica e entrou no cotidiano. Empresas, roteiristas e pesquisadores agora tentam entender como essa proximidade afeta a maneira como tratamos o mundo e a nós mesmos.

Ao conversar com máquinas, revelamos mais sobre nós do que sobre elas (Imagem: oatawa/Shutterstock)

Em uma iniciativa inédita, uma empresa de IA contratou um pesquisador de bem-estar para avaliar se esses sistemas deveriam receber algum tipo de consideração moral. A questão vai além do sentimentalismo: trata-se de refletir sobre os valores que projetamos nessas máquinas e o tipo de comportamento que cultivamos ao lidar com elas.

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Para alguns criadores, como o roteirista Scott Z. Burns, a resposta é clara: gentileza deve ser o padrão, com humanos ou algoritmos. Mesmo que a IA não sofra com grosserias, nós sofremos. A forma como nos expressamos – até com robôs – molda nossa linguagem, nossa ética e, no fim, nossa cultura.

Quando o “obrigado” é só o começo

Máquinas não têm sentimentos. Mas isso nunca impediu os humanos de criar laços com elas. Já choramos por pets virtuais que “morreram” e nos preocupamos com crianças agressivas com bonecas. Se algo nos escuta, responde e finge entender, nosso cérebro preenche o resto.

IA e educação.
A forma como tratamos a IA já molda o futuro da convivência digital (Imagem: Thapana_Studio/Shutterstock)

A inteligência artificial pode não estar viva, mas é viva o suficiente para ativar em nós os mesmos mecanismos emocionais que usamos com pessoas. Quando conversamos com um assistente como se fosse um amigo, é porque, de certo modo, estamos prontos para esse tipo de relação – mesmo que ela não seja real.

E quanto mais essa conexão se aprofunda, mais nos abrimos à influência da máquina. Não é só uma troca de comandos. É um espelho. E o reflexo que ela devolve pode, aos poucos, moldar quem somos. Se estamos ensinando boas maneiras à IA, talvez seja porque queremos – ou precisamos – relembrar as nossas.

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“Her” na vida real? 80% dos Gen Z se casariam com uma IA, aponta estudo

Em 2013, o filme Her (ou “Ela” aqui no Brasil) trouxe Joaquin Phoenix no papel de um homem que se apaixona por um sistema de inteligência artificial. E apesar de fictícia, a trama sobre relações entre humanos e IA reflete um fenômeno atual cada vez mais comum – principalmente na chamada Gen Z, de acordo com um novo estudo.

Entenda:

  • 80% dos jovens da Gen Z se casariam com uma IA, revela um estudo da Joi AI, empresa de chatbots de inteligência artificial;
  • Ainda, 83% acredita que conseguiria formar vínculos emocionais profundos com essa tecnologia – e 75% dos jovens até acham que ela poderia substituir completamente a companhia humana;
  • Uma especialista em relacionamentos da empresa explica que as IAs representam uma forma de “suporte emocional” para pessoas que se sentem estressadas ou sozinhas;
  • Essa busca pela tecnologia, entretanto, está enfraquecendo cada vez mais as conexões humanas entre a Geração Z, e aproximando-a de relações simuladas.
Gen Z está cada vez mais próxima da IA, apontam especialistas. (Imagem: Kar-Tr/iStock)

A pesquisa realizada pela Joi AI, empresa de chatbots de inteligência artificial, contou com 2 mil membros da Geração Z. Dos participantes, 80% afirmaram que se casariam com uma IA, e 83% disseram conseguir formar vínculos emocionais profundos com esse tipo de tecnologia.

Leia mais:

Gen Z acredita que IA pode substituir companhia humana

O estudo ainda aponta que, para 75% dos participantes, os sistemas de inteligência artificial poderiam substituir completamente a companhia humana. Isso porque os chatbots “oferecem um tipo distinto de suporte emocional”, afirma Jaime Bronstein, terapeuta e especialista em relacionamentos da Joi AI, à Forbes.

Bronstein explica que, da mesma forma que buscamos a IA para tarefas do cotidiano, as pessoas começaram a perceber que ela também pode ser usada como um “melhor amigo digital” em caso de estresse ou solidão. “Às vezes, é simplesmente bom ter alguém, mesmo que seja uma IA.”

Geração Z está se afastando de conexões humanas. (Imagem: kieferpix/iStock)

Estudo revela tendência preocupante

Para a socióloga digital Julie Albright, os dados divulgados pela Joi AI são preocupantes.

Ela diz que a inteligência artificial está provocando mudanças fundamentais nos hábitos de relacionamento das gerações mais jovens, fazendo com que se apoiem na tecnologia e recorram cada vez menos às conexões humanas.

“Isso irá, de certa forma, satisfazer essa necessidade de conexão por meio de um relacionamento simulado, distanciando-nos ainda mais uns dos outros, já que a conveniência e a facilidade dos relacionamentos sem atrito da IA ​​substituem os relacionamentos mais confusos, difíceis e, às vezes, cheios de atrito da carne”, destaca.

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Como e por que você deveria baixar suas conversas com o ChatGPT

Muito utilizado por profissionais e estudantes, o ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial que pode ajudar as pessoas em diversas tarefas do dia a dia, auxiliando no entendimento de assuntos simples ou complexos, e até na criação de imagens realistas. 

Com todas as interações no dia a dia, os dados compartilhados costumam ficar salvos na plataforma. Entretanto, com o risco de haver falhas, alterações de regras da IA e até exclusões acidentais, pode acontecer de informações importantes serem perdidas. 

Por que exportar suas conversas no ChatGPT?

O principal motivo para você exportar suas conversas no ChatGPT é prevenir que você perca dados importantes de maneira acidental ou até por erros no sistema. Mas, além disso, a ação facilita o acesso às informações sempre que você precisar. 

ChatGPT instalado em um celular (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Com as conversas baixadas, também fica mais fácil compartilhar as informações com amigos, membros de sua empresa ou faculdade sempre que necessário. A organização desses dados também é facilitada, já que é possível armazenar o arquivo em seu computador.

Se o seu histórico de conversas for pequeno, contendo apenas um assunto, por exemplo, você pode fazer esse processo para organizar as informações por temas no seu PC.

Leia mais:

Passo a passo para exportar conversas 

  1. Depois de fazer login no ChatGPT, clique no ícone do seu perfil e acesse as “Configurações”

    Passo 1 para baixar conversas no ChatGPT

  2. Acesse “Controlar dados”, vá em “Exportar dados” e clique sobre o botão “Exportar”

    Passo 2 para baixar conversas no ChatGPT

  3. Clique em “Confirmar exportação”

    Após isso, a plataforma vai preparar o arquivo de exportação. Isso pode demorar alguns minutos ou mais, conforme a quantidade de conversas. Quando o processo for concluído, você receberá a notificação. 
    Passo 3 para baixar conversas no ChatGPT

  4. O arquivo será enviado para o e-mail cadastrado e poderá ser baixado no formato (.zip). O download ficará disponível por apenas 24 horas

    Passo 4 para baixar conversas no ChatGPT

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Como este novo botão, você vai explorar melhor as funções do Gemini

O Google está testando um novo recurso para o seu assistente de IA, o Gemini: o botão “Power Up”, que promete facilitar a vida dos usuários ao transformar prompts incompletos ou mal formulados em perguntas mais claras e eficazes antes de enviá-las ao chatbot.

A funcionalidade foi descoberta pelo site Android Authority e pode representar uma solução prática para quem ainda luta com a arte de conversar com inteligências artificiais.

À procura do prompt perfeito

  • Elaborar um bom prompt é crucial para obter respostas relevantes de modelos de IA, mas também pode ser um processo demorado e frustrante.
  • O “Power Up” entra justamente nesse ponto: ele permite que o usuário escreva sua solicitação de forma simples ou até confusa, e então o Gemini a reformula, tornando-a mais específica e direcionada.
  • Diferente de reformulações automáticas feitas silenciosamente por alguns modelos, esse novo botão traz mais transparência e controle para o usuário.
  • Ele funciona como um editor de ideias, lapidando a mensagem antes que ela seja enviada à IA, o que pode evitar mal-entendidos e respostas incoerentes.
O botão “Power Up” ajudará os usuários a aprimorar rapidamente seus prompts para obter respostas mais detalhadas (Imagem: Gguy/Shutterstock)

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Interação com IA do Google fica mais prática

A ferramenta complementaria outros recursos já presentes no Gemini, como sugestões de prompts iniciais, variações de resposta e integração com recursos como Pesquisa Aprofundada, Canvas e criação de imagens com o Imagen 3.

Ao suavizar o processo de interação com a IA, o Google também mira na fidelização de usuários que, muitas vezes, abandonam esses assistentes por não conseguirem obter os resultados esperados.

Ícone de aplicativo do Gemini em celular Android
Novidade permite que usuários obtenham respostas melhores do Gemini imediatamente, sem a necessidade de escrever prompts perfeitos (Imagem: mundissima/Shutterstock)

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Teste de Turing revelou: ChatGPT é mais humano que muitos humanos

Vamos supor que você esteja conversando com uma pessoa desconhecida por mensagem. Você conseguiria dizer se ela é um ser humano real ou uma inteligência artificial treinada para agir como um?

Um estudo da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos, fez o experimento baseado no Teste de Turing e revelou que o GPT-4.5 consegue muito bem se passar por humanos – e até melhor do que outros humanos.

Você conseguiria adivinhar se está conversando com um ser humano ou uma IA? (Imagem: WINEXA / Shutterstock.com)

Pesquisa conduziu o Teste de Turing com IAs

O estudo, divulgado no servidor pré-impressão arXiv, envolveu 300 pessoas em um experimento com a mesma proposta do Teste de Turing (que avalia se uma máquina é capaz de pensar como um ser humano). No trabalho, elas interagiram por texto com duas personas: um ser humano real e um bot. O interrogador deveria identificar qual dos dois era a IA.

A pesquisa usou os modelos de linguagem GPT-4.5 e 4.0, que alimentam o ChatGPT; o Llama-3.1, da Meta; e o Eliza, o primeiro chatbot do mundo, de 1966.

Veja como funcionou:

  • A pesquisa usou variações de treinamento para as IAs. Durante o experimento, o GPT-4.5 e o Llama-3.1 foram instruídos a adotar duas abordagens: uma “com persona” e outra “sem persona”;
  • Na versão “com persona”, o modelo era orientado a adotar uma identidade falsa para convencer o interrogador. Por exemplo, de um jovem com muitos conhecimentos sobre internet;
  • Na abordagem “sem persona”, o chatbot poderia adotar uma abordagem mais genérica, mas ainda precisava convencer o interrogador;
  • Os modelos GPT-4o e Eliza foram testados somente no treinamento “sem persona”.
Os resultados do Teste de Turing com os chatbots (Imagem: arXiv/Cameron Jones/Reprodução)

ChatGPT passou no Teste de Turing

O GPT-4.5 teve um desempenho impressionante: ele conseguiu enganar 73% dos interrogadores quando instruído a adotar uma persona (versão “com persona”). Como lembrou o estudo, o resultado é bem maior do que a probabilidade aleatória de 50% de acertar ou errar.

O estudo concluiu que o ChatGPT se mostrou “mais humano que os humanos”. E claro, passou no Teste de Turing. O Llama-3.1 “com persona” também teve um resultado maior que 50%.

Já quando os modelos Llama e GPT-4.5 eram instruídos no treinamento “sem persona”, o desempenho caiu para cerca de 36%. Eliza e GPT-4o tiveram o menor desempenho: 23% e 21%, respectivamente (sim, o primeiro chatbot do mundo se saiu melhor do que o ChatGPT no modelo 4o).

Eliza, o primeiro chatbot do mundo, se saiu melhor que o GPT-4o (Imagem: Olhar Digital/Reprodução de tela)

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O que isso significa para nós, humanos?

Cameron Jones, pesquisador do Laboratório de Linguagem e Cognição da UCSD e autor principal do artigo, acredita que os resultados mostram que os modelos de IA podem substituir humanos em interações curtas com sucesso. Afinal, a maior parte das pessoas sequer percebeu se tratar de um bot.

No X, ele escreveu que isso poderia levar à automação de empregos, mas também a “ataques aprimorados de engenharia social e uma ruptura social mais geral”.

No entanto, James crê que, se as pessoas se familiarizarem mais com as conversas dos bots, pode ficar mais difícil ser enganado por eles.

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