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Trend do Studio Ghibli bomba e OpenAI libera gerador de imagens de graça

O CEO da OpenAI, Sam Altman, anunciou na noite de segunda-feira (31) no X (antigo Twitter) que a desenvolvedora liberou o gerador de imagens “4o Image Generator” de graça para todos os usuários. A liberação vem em meio à popularidade da trend do Studio Ghibli, que gera fotos com a estética de anime do estúdio japonês.

A ‘moda’ fez sucesso nas redes sociais, mas levantou polêmicas sobre o uso de imagens protegidas por direitos autorais. Isso não impediu que usuários entrassem na onda, fazendo com que o gerador ganhasse 1 milhão de acessos em apenas uma hora na tarde de segunda-feira.

OpenAI teve sucesso com o gerador 4o Image Gen (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

Gerador de imagens da OpenAI é liberado de graça

O 4o Image Gen é alimentado pelo GPT-4o, o mesmo do ChatGPT e outras ferramentas da OpenAI. O gerador estava disponível apenas para usuários pagantes do chatbot, mas foi disponibilizado gratuitamente para o público na noite de segunda-feira.

Na semana passada, Altman, responsável pelo anúncio da vez, já havia alertado que as máquinas da empresa estavam “derretendo” e que o gerador estaria limitado a três imagens por dia. Não está claro se esse limite se mantém agora.

A ferramenta foi lançada no início da semana passada e fez sucesso com a trend do Studio Ghibli, que transforma fotos em imagens com a estética de animes do estúdio. Apesar das polêmicas (relembraremos adiante), foram tantos acessos que o CEO revelou que as GPUs da OpenAI estavam derretendo. Ou seja, os servidores estavam sobrecarregados.

Na ocasião, Altman impôs o limite, pois a empresa trabalha para tornar o gerador mais eficiente. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

Montagem com ilustrações no estilo Studio Ghibli geradas pelo ChatGPT envolvendo Donald Trump e seu governo
Até a Casa Branca entrou na trend – e gerou polêmicas (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Trend do Studio Ghibli fez sucesso, mas com polêmicas

O sucesso da trend foi tão grande que o gerador de imagens da OpenAI recebeu um milhão de usuários em apenas uma hora na segunda-feira (pelo menos foi o que disse Altman no X). Ele não revelou o número total de acessos desde o lançamento.

No entanto, a trend do Studio Ghibli levantou polêmicas:

  • A primeira é devido ao uso de imagens protegidas por direitos autorais para treinar a inteligência artificial. Além de desvalorizar o trabalho de ilustradores e animadores humanos, não há informações se o Studio Ghibli liberou o uso (é provável que não – e explicaremos adiante);
  • O segundo problema é que autoridades globais entraram na trend, politizando as imagens. Um exemplo foi a própria Casa Branca, que usou a ferramenta para gerar imagens reforçando a ideologia do governo Trump. Segundo a publicação no perfil do X, uma delas mostrava uma “traficante de fentanil e imigrante legal” sendo algemada por um policial;
  • Já de acordo com o TechCrunch, o 4o Image Gen também estaria sendo usado para gerar imagens de notas fiscais realistas, facilitando a falsificação e fraudes. Em contato com a empresa, um porta-voz da OpenAI respondeu que as imagens têm metadados indicando que são artificiais e que está “tomando medidas” em relação às produções que violam diretrizes institucionais.
Studio Ghibli não se pronunciou (Imagem: Studio Ghibli/Reprodução)

Leia mais:

O que o Studio Ghibli pensa sobre o uso de suas imagens?

O estúdio japonês não se pronunciou.

No entanto, internautas rapidamente resgataram um trecho de um documentário de 2016 em que Hayao Miyazaki (um dos fundadores e principais diretores do Studio Ghibli) diz que uma animação feita por IA é “um insulto à vida em si”.

Ou seja, ele provavelmente não ficou nada feliz com a trend.

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OpenAI prepara lançamento de “ChatGPT” aberto

A OpenAI revelou seus planos de lançar um novo modelo de linguagem “aberto” nos próximos meses, após anos sem disponibilizar um modelo aberto desde o lançamento do GPT‑2. A empresa publicou um formulário de feedback em seu site, convidando desenvolvedores, pesquisadores e membros da comunidade em geral para compartilharem suas opiniões sobre o que gostariam de ver neste novo modelo.

O documento inclui perguntas como, “O que você gostaria de ver em um modelo de peso aberto da OpenAI?” e “Quais modelos abertos você já utilizou no passado?

A OpenAI afirmou que está animada para colaborar com a comunidade e reunir feedbacks, com o objetivo de tornar esse modelo o mais útil possível. A empresa também anunciou que realizará eventos para desenvolvedores, que incluirão sessões para testar protótipos do novo modelo. O primeiro desses eventos ocorrerá em San Francisco nas próximas semanas, seguido por encontros na Europa e na região Ásia-Pacífico.

Vale destacar que, embora o novo modelo da OpenAI tenha algumas semelhanças com o popular ‘ChatGPT’, como a capacidade de realizar tarefas de processamento de linguagem natural, ele não será uma versão do mesmo modelo. Em vez disso, trata-se de um modelo de IA aberto que permitirá que desenvolvedores e organizações usem, adaptem e modifiquem o código conforme necessário.

Pressão da concorrência e a adaptação da OpenAI

A decisão de abrir o modelo vem em meio à crescente pressão da concorrência, especialmente de laboratórios de IA como o DeepSeek, da China, que adotaram uma abordagem “aberta” ao lançar seus modelos. Esses concorrentes oferecem seus modelos à comunidade de IA para experimentação e, em alguns casos, para comercialização, o que se mostrou uma estratégia extremamente bem-sucedida.

DeepSeek pode ter “forçado a mão” da OpenAI para caminhar no terreno dos modelos abertos (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

Um exemplo disso é a Meta, que obteve mais de 1 bilhão de downloads com sua linha de modelos Llama, conforme anunciado em março deste ano. Da mesma forma, o DeepSeek atraiu rapidamente uma grande base de usuários mundial e o interesse de investidores.

OpenAI, que até então vinha se destacando por uma abordagem mais restritiva, enfrenta agora a necessidade de se ajustar à nova dinâmica do mercado. Durante uma sessão de perguntas e respostas no Reddit, o CEO da OpenAI, Sam Altman, admitiu que a empresa esteve “do lado errado da história” em relação à estratégia de código aberto e que a empresa precisa “encontrar uma estratégia diferente para o código aberto”.

Altman também comentou sobre a possibilidade de lançar modelos melhores no futuro, embora reconheça que a OpenAI manterá uma liderança menor em comparação aos anos anteriores.

Leia mais:

O modelo aberto da OpenAI

Altman detalhou ainda mais as expectativas para o novo modelo em uma publicação no X, afirmando que ele terá capacidades de raciocínio, semelhantes ao modelo o3-mini da OpenAI.

“Estamos empolgados em lançar um novo e poderoso modelo de linguagem de peso aberto com capacidade de raciocínio nos próximos meses, e queremos conversar com os desenvolvedores sobre como torná-lo o mais útil possível”, disse Altman. “Estamos planejando lançar nosso primeiro modelo de linguagem de peso aberto desde o GPT-2. Já faz um tempo que estamos pensando nisso, mas outras prioridades tomaram precedência. Agora, sentimos que é importante fazer isso.”

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Sam Altman anunciou o lançamento futuro do modelo em sua conta no X (Imagem: jamesonwu1972 / Shutterstock.com)

Altman também comentou sobre os preparativos para o lançamento, dizendo que o modelo será avaliado de acordo com o framework de prontidão da OpenAI, como qualquer outro modelo da empresa. No entanto, ele ressaltou que será feito um trabalho extra, já que a empresa sabe que o modelo será modificado após o lançamento:

“Antes do lançamento, avaliaremos este modelo de acordo com nosso framework de prontidão, como fazemos com qualquer outro modelo. E faremos um trabalho extra, pois sabemos que este modelo será modificado após o lançamento.”

Sam Altman no X

Além disso, o CEO compartilhou planos para eventos destinados a reunir feedback de desenvolvedores e testar protótipos iniciais do modelo, com o primeiro evento programado para ocorrer em San Francisco nas próximas semanas.

Por fim, Altman expressou seu entusiasmo em ver como os desenvolvedores irão utilizar o modelo, e como grandes empresas e governos farão uso dele, caso prefiram rodá-lo de forma independente.

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ChatGPT ‘derreteu’ mesmo? OpenAI confirma interrupção global

O ChatGPT enfrenta instabilidade e interrupções nesta segunda-feira (31). Usuários ao redor do mundo relatam dificuldades de acesso, lentidão no serviço e mensagens de erro, tanto na versão web quanto nos aplicativos móveis.

O site Downdetector, que monitora interrupções em serviços online, registrou um pico significativo de relatos de problemas na manhã de hoje:

Nos Estados Unidos, já são mais de 1160 reclamações envolvendo o ChatGPT. (Imagem: Reprodução/Downdetector)
No Brasil, o pico de reclamações foi menos expressivo. (Imagem: Downdetector/Reprodução)

O que aconteceu com o ChatGPT hoje?

Os usuários relatam mensagens de erro como “algo deu errado” na versão para desktop e “erro de conexão upstream” nos aplicativos móveis. Há também relatos de lentidão no serviço, mesmo quando o acesso é possível.

Vale mencionar que a OpenAI reconheceu publicamente os problemas através de sua página de status, indicando um aumento nas taxas de erro do ChatGPT. A empresa informou que está investigando o problema, que já dura cerca de duas horas, mas não forneceu detalhes sobre a causa da instabilidade.

As interrupções afetam tanto usuários da versão gratuita quanto assinantes do ChatGPT Plus, que pagam por acesso prioritário e recursos adicionais. (Imagem: Reprodução/Downdetector)

Embora a causa exata ainda seja desconhecida, especula-se que a alta demanda de usuários possa estar sobrecarregando os servidores da OpenAI. Há menções nas redes sociais sobre um possível aumento no uso do modelo para gerar imagens inspiradas no Studio Ghibli, o que poderia ter contribuído para a sobrecarga.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, fez publicações recentes em suas redes sociais pedindo para os usuários diminuírem a quantidade de solicitações de imagens, trazendo assim mais força para a tese de sobrecarga por requisição de imagens.

Leia mais:

Recomendações

  • Usuários afetados devem verificar a página de status da OpenAI para atualizações sobre a resolução do problema.
  • Recomenda-se também verificar a conexão com a internet e tentar acessar o ChatGPT em diferentes navegadores ou dispositivos.
  • A situação continua em desenvolvimento, e este artigo será atualizado à medida que novas informações forem disponibilizadas.

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Conheça a história do Studio Ghibli – que, sem querer, derreteu o ChatGPT

Nos últimos dias, uma trend tomou conta das redes sociais: imagens geradas pelo ChatGPT imitando a estética das animações do Studio Ghibli, de animes. A tendência gerou polêmicas, que vão desde os direitos autorais do traço por trás das imagens até a adesão por parte da Casa Branca. O Olhar Digital reportou o caso completo neste link.

Você já deve ter ouvido falar do Studio Ghibli. O estúdio japonês é responsável por filmes famosos, como A Viagem de Chihiro (2001) e o recente O Menino e a Garça (2023), ambos vencedores do Oscar de Melhor Animação.

Conheça a história da produtora (e o que o cofundador Hayao Miyazaki pensa da trend do ChatGPT).

Imagens de cunho político usando estética do Studio Ghibli geraram polêmicas (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Studio Ghibli mudou a forma como animes eram feitos

Os diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata se conheceram em 1974, durante a produção do anime Heide, do estúdio Toei. Naquela época, os animes eram curtos, produzidos com baixo orçamento e nem sempre tinham alta qualidade de animação.

Durante os anos, a dupla se uniu com um desejo em comum: produzir animações em longa-metragem de alta qualidade, de acordo com sua vontade e prazos, sem imposições de outros estúdios.

Em 1984, eles deram o pontapé inicial nessa proposta com o filme Nausicaä do Vale do Vento, feito em parceria com o próprio estúdio Toei e com o produtor Tokuma Shokuten.

A obra foi um sucesso e, em 1985, Hayao Miyazaki e Isao Takahata se uniram a Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma para fundar o Studio Ghibli. O nome foi inspirado no motor italiano de aviões Caproni Ca. 309 Ghibli, já que o pai de Miyazaki trabalhava na construção de aeronaves.

No ano seguinte, eles lançaram seu primeiro filme sob o novo selo, O Castelo no Céu – que também foi um sucesso de crítica e bilheteria. Segundo o site da Academia Brasileira de Arte, foram mais de 775 mil espectadores só no cinema.

Totoro, do filme Meu Amigo Totoro, se tornou o logotipo da empresa (Crédito: Studio Ghibli, Toho/divulgação)

Metodologia de trabalho era diferenciada

Rapidamente, o Studio Ghibli foi na contramão de outros estúdios de animes da época. Um dos diferenciais é que, logo depois de O Castelo no Céu, Miyazaki e Takahata produziram duas animações separadamente, dando origem a duas das maiores obras do estúdio: Meu Amigo Totoro e O Túmulo dos Vagalumes, respectivamente.

A abordagem ousada deu vasão à criatividade e qualidade dos produtores, refletindo positivamente no desempenho comercial da empresa. Apenas um ano depois, o filme Serviço de Entregas Kiki levou 2,64 milhões de espectadores aos cinemas e se tornou a obra mais vista daquele ano.

Isso levou a uma nova metodologia de trabalho:

  • Até então, o Studio Ghibli tinha uma equipe temporária para cada produção, numa espécie de sistema freelance. Após o sucesso estrondoso, os animadores foram contratados (algo incomum naquele período) e recebiam salários que dobravam todos os anos. Inclusive, homens e mulheres ganhavam o mesmo;
  • O diretor-executivo do estúdio na época, Toru Hara, descreveu a metodologia de trabalho como “3As”: alto custo, alto risco e alto retorno;
  • Basicamente, a empresa trabalhava rapidamente com altos orçamentos (consequentemente, alto risco), mas tinha retorno;
  • Na prática, o Studio Ghibli sempre estava trabalhando. Quando um filme era lançado, outro já estava em produção.
Diretor japonês Hayao Miayzaki
Hayao Miyazaki, cofundador do estúdio, não se pronunciou sobre a trend… mas provavelmente desaprovaria (Foto: Denis Makarenko/Shutterstock)

Sucesso contínuo do Studio Ghibli – e caminhada até o Oscar

O crescimento da empresa levou Miyazaki a abrir uma nova sede, para comportar o tamanho da nova equipe. Apesar de discordâncias internas (que levaram Toru Hara a sair da parceria), isso levou à evolução no faturamento do estúdio, que agora também cuidava da própria distribuição e divulgação dos filmes. Ou seja, o Studio Ghibli trabalhava de ponta a ponta, desde a concepção e produção até a entrega ao espectador.

Esse faturamento se deu apenas com o desempenho dos filmes, sem vender produtos associados, como era comum na época.

O reconhecimento internacional veio em 1997, com Princesa Mononoke, que ganhou distribuição da Disney no Ocidente. Naquele período, a influência do estúdio japonês era tão grande que a produtora americana queria fazer cortes no filme para atrair o público infantil, mas Miyazaki vetou as mudanças… e a Disney aceitou.

Já em 2001, A Viagem de Chihiro, o grande clássico do Studio Ghibli, foi indicado ao Oscar, sendo a primeira animação japonesa a vencer o prêmio de Melhor Animação. Recentemente, O Menino e a Garça, que marcou o retorno da aposentadoria de Hayao Miyazaki, repetiu o feito.

O diretor, inclusive, anunciou a aposentadoria pela primeira vez em 1998, mas voltou a ativa com A Viagem de Chihiro. Depois, em 2013, mas também voltou. Atualmente, apenas ele e Suzuki trabalham ativamente no Studio Ghibli. Takahata faleceu em 2018.

Leia mais:

O que Miyazaki pensa sobre a IA?

A trend do Studio Ghbili viralizou, mas pode ter certeza que Hayao Miyazaki não ficou nada feliz com isso.

Ele não chegou a se pronunciar, mas, conforme as imagens viralizavam, internautas resgataram um trecho de um documentário de 2016, em que ele diz que uma animação feita por IA é “um insulto à vida em si”.

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Studio Ghibli: entenda a polêmica que (literalmente) derreteu o ChatGPT

Imagens geradas pelo ChatGPT no estilo das animações do Studio Ghibli, co-fundado por Hayao Miyazaki, tomaram conta das redes sociais nesta semana. Tanta gente gerou imagens que “nossas GPUs estão derretendo“, postou o CEO da OpenAI, Sam Altman, no X. E a trend despertou polêmicas.

São camadas e camadas de polêmicas. Pipocaram discussões sobre como o uso da IA para imitar o estilo Ghibli viola direitos autorais e desvaloriza o trabalho humano, por exemplo. Até aí, tudo certo.

Quando a página da Casa Branca, no X, entrou na brincadeira, a trend foi politizada. “Mas [a trend] sempre foi [política]”, aponta a repórter Adi Robertson em artigo publicado no The Verge.

Geração de imagens estilo Ghibli no ChatGPT e postura do governo Trump compartilham mentalidade, diz repórter

Primeiro, a página postou fotos de uma detenta chorando. Segundo a postagem, ela era traficante de fentanil e imigrante legal. Depois, acrescentou uma imagem no estilo Ghibli – muito provavelmente gerada no ChatGPT – na qual um policial carrancudo algemava a mulher aos prantos.

Postagem da página da Casa Branca aproveitando a trend da geração de imagens no estilo do Studio Ghibli no ChatGPT (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Ambos [filtro Ghibli e postura da Casa Branca nas redes] são, por mais contraintuitivo que pareça, produto de uma mentalidade que trata decência básica como fraqueza e a insensibilidade como a prerrogativa do poder“, argumenta a repórter do Verge.

Para ela, “IA Ghibli e Trump se encaixam de maneira bizarra”. No geral, mídia gerada por IA é a estética principal do movimento Maga (sigla em inglês de “Make America Great Again“), capitaneado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Questões culturais à parte, essa estética é produto dos vínculos entre Trump e a indústria de IA, segundo Robertson. Por exemplo, o bilionário Elon Musk, grande conselheiro de Trump, tem uma empresa de IA (a xAI). Além disso, o presidente nomeou David Sacks como “czar da IA” e canetou um projetaço para o setor (o Stargate, do qual a OpenAI faz parte).

Filtro Ghibli e a indiferença da era Trump

Captura de tela de postagem no X com imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli de memes famosos
Trend das imagens estilo Studio Ghibli geradas pelo ChatGPT é fofa, mas tem camadas sombrias (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

A repórter aponta algo mais sombrio. “Em sua essência, [o filtro Ghibli] é um eco menor da total indiferença da era Trump para com os outros seres humanos.”

Para começar, o cineasta Hayao Miyazaki é um dos artistas mais notoriamente anti-IA do mundo. Conforme o Ghibli-verso gerado por ChatGPT viralizava, não demorou para resgatarem um trecho de um documentário de 2016. Nele, o artista chama uma animação feita por IA de “insulto à vida em si”.

Leia mais:

Usar o trabalho do Studio Ghibli para publicidade é um movimento de poder, explica Brian Merchant em sua newsletter Blood in the Machine. Isso diz aos artistas cujas criações fazem o ChatGPT funcionar: “Nós pegamos o que queremos, e vamos contar a todos que estamos fazendo isso. Você consente? Não nos importamos.”

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ChatGPT cria Studio Ghibli-verso, mas será que deveria?

A arte de Hayao Miyazaki, co-fundador do Studio Ghibli, leva tempo para vir ao mundo. São anos de trabalho para suas animações chegarem às telas. Já o estilo do artista… bom, isso você emula em segundos no ChatGPT. Milhares de pessoas tentaram. E os resultados são assustadoramente coerentes.

Após a OpenAI atualizar a geração de imagens na sua plataforma de inteligência artificial (IA), uma espécie de Studio Ghibli-verso tomou conta das redes sociais. A trend começou fofa. Logo depois, ficou sombria.

Como costuma acontecer em redes sociais, muitas discussões começaram a pipocar. Enquanto uns se divertiam ao criar versões Ghibli de fotos (pessoais, históricas), outros apontavam questões preocupantes (violação de direitos autorais, desrespeito ao trabalho artesanal humano, “lixo de IA” etc).

Trend do Studio Ghibli-verso criado pelo ChatGPT começou fofa, aí ficou sombria

Na parte “do bem” da trend, imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Ghibli eram memes, selfies e fotos de família, de pets. Confira abaixo alguns exemplos:

(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
Captura de tela de postagem no X com imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli de memes famosos
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
Captura de tela de postagem no X com imagem gerada pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli de cena de filme
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Até o CEO da OpenAI, Sam Altman, entrou na brincadeira. Após trocar sua foto de perfil no X para uma imagem no estilo Miyazaki de desenhar, Altman postou: “mudei minha foto de perfil mas talvez alguém faça uma melhor para mim” (em tradução livre e respeitando o jeito como ele escreveu).

Montagem com imagem de perfil do CEO da OpenAI, Sam Altman, feita no ChatGPT no estilo Studio Ghibli ao lado de postagem dele sobre isso
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Então, a brincadeira ficou sombria. Começaram a circular imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli das Torres Gêmeas no 11 de setembro, do assassinato de JFK, do testemunho de Altman no Congresso. Até o perfil da Casa Branca no X entrou na trend.

Captura de tela de postagem da Casa Branca no X de imagem gerada pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli de foto de pessoa sendo deportada
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Questões por trás do Studio Ghibli-verso criado pelo ChatGPT

Conforme plataformas de IA evoluem, cada vez mais pessoas de áreas criativas expressam frustrações e preocupações. Entram aqui, por exemplo: escritores, atores, músicos, artistas visuais.

Ilustração de inteligência artificial filtrando informações
Pessoas que trabalham com criatividade se preocupam com avanço de IAs que geram imagens (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Um grupo com mais de 10 mil atores e músicos assinou uma carta aberta, em 2024, na qual criticava o “uso não licenciado de obras criativas” para treinar modelos de IA, como o ChatGPT. Entre os membros deste grupo, estão incluindo o músico Thom Yorke (Radiohead), a atriz Julianne Moore (Hannibal) e escritor Kazuo Ishiguro.

O que a OpenAI disse

“Nossa meta é oferecer aos usuários a maior liberdade criativa possível”, disse Taya Christianson, porta-voz da OpenAI, em declaração enviada à imprensa (via The Verge).

“Continuamos a impedir gerações [de imagens] no estilo de artistas individuais vivos, mas permitimos estilos de estúdios mais amplos — que as pessoas usaram para gerar e compartilhar algumas criações originais de fãs verdadeiramente encantadoras e inspiradas.”

Leia mais:

O que Hayao Miyazaki disse

Não demorou para resgatarem um trecho de um documentário produzido em 2016. Nele, um estagiário de produção mostra ao artista um take criado por meio de um modelo de aprendizagem profunda.

Estou completamente enojado. Se você realmente quer criar coisas assustadoras, pode fazer isso. Mas eu nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida.

Hayao Miyazaki, artista, cineasta e co-fundador do Studio Ghibli, em documentário de 2016

Seria a trend do Studio Ghibli no ChatGPT um insulto ao trabalho de Miyazaki? As discussões continuam. Talvez, para sempre.

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Softbank lidera investimento recorde na OpenAI e afasta Microsoft

A OpenAI está perto de finalizar rodada de financiamento de US$ 40 bilhões (R$ 229 bilhões, na conversão direta) liderada pelo Softbank. Outros grupos de private equity também participam das negociações; são elas: Magnetar Capital, Coatue Management e Alitmeter Capital, segundo a Bloomberg.

Inicialmente, o grupo japonês investiria US$ 25 bilhões (R$ 143 bilhões) na startup, tornando-se a maior apoiadora da controladora do ChatGPT depois da Microsoft. O CEO, da instituição, Masayoshi Son, já vinha sinalizando estratégias agressivas para impulsionar o setor de inteligência artificial (IA).

Financiamento será pago em até 24 meses (Imagem: Sundry Photography/iStock)

A nova injeção de capital vai elevar o valor da OpenAI para US$ 300 bilhões (R$ 1,7 trilhões), como informou a CNBC no mês passado. Naquele momento, a companhia japonesa informou que pagaria o financiamento ao longo dos próximos 12 a 24 meses.

Em outubro do ano passado, a empresa liderada por Sam Altman foi avaliada em US$ 157 bilhões (R$ 900 bilhões) por investidores privados.

Leia mais:

Planos da OpenAI para o futuro

  • A expectativa é que parte do dinheiro seja usada para os planos da startup com o Projeto Stargate, joint venture entre SoftBank, OpenAI e Oracle anunciada pelo presidente Donald Trump no início do ano;
  • A iniciativa vai movimentar US$ 500 bilhões (R$ 2,8 trilhões) para construir infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos;
  • Na prática, serão mais data centers para aumentar o acesso da OpenAI ao poder de computação, melhorando o desempenho de grandes modelos de linguagem (LLMs).

Nesta semana, a startup atualizou seu modelo GPT-4o para adicionar geração de imagem. “Esses recursos facilitam a criação exata da imagem que você imagina, ajudando você a se comunicar de forma mais eficaz por meio de recursos visuais”, explicou a empresa.

Logo do ChatGPT e da OpenAI
Parte do montante será usado para infraestrutura de IA (Imagem: Mamun sheikh K/Shutterstock)

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O ChatGPT está derretendo – literalmente

O CEO da OpenAI, Sam Altman, anunciou nesta quinta-feira (27), que o uso incessante da nova geração de imagens do ChatGPT, introduzida no início desta semana, está sobrecarregando os servidores da empresa.

Embora seja “superdivertido ver as pessoas amarem imagens” no ChatGPT, “nossas GPUs estão derretendo”, Altman postou em seu perfil do X (Twitter), acrescentando que a empresa limitará temporariamente o uso do recurso, pois trabalha para torná-lo mais eficiente.

Altman, contudo, não deixou claro qual é exatamente o limite temporário que será imposto.

Leia mais:

O ChatGPT está com problemas para atender a demanda alta do recurso de geração de imagens (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)

Recurso chegou ao ChatGPT nesta semana

  • O recurso de geração de imagens começou a ser implementado para usuários do ChatGPT Plus, Pro e Team na última terça-feira, bem como usuários do nível gratuito do chatbot quando usam o modelo 4o da OpenAI.
  • Usuários do ChatGPT Enterprise e Edu receberão acesso na próxima semana, de acordo com a OpenAI.
  • Imagens de renderizações ao estilo de animes de fotos enviadas por usuários têm se tornado virais no X e em outros aplicativos de mídia social desde o lançamento do recurso.
  • Altman, por exemplo, mudou sua foto de perfil do X para uma imagem gerada pela nova ferramenta.

Um dos primeiros produtos de sucesso da empresa foi o modelo Dall-E lançado em 2021. Esse foi um dos primeiros geradores de imagens de inteligência artificial e foi integrado ao ChatGPT em 2023.

Usuários do nível gratuito do ChatGPT em breve também poderão usar o recurso, com capacidade de gerar três imagens por dia, afirmou Altman.

ChatGPT 4o e um smartphone
Recurso para gerar imagens foi lançado apenas aos assinantes das versões pagas do chatbot; função ainda será lançada na versão gratuita (Imagem: mundissima/Shutterstock)

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OpenAI adia gerador de imagens do ChatGPT para usuários gratuitos

A OpenAI vai adiar a chegada do gerador de imagens integrado ao ChatGPT para usuários da versão gratuita. A notícia foi divulgada pelo próprio CEO da empresa, Sam Altman, e reverberou na comunidade online, ecoando a frustração daqueles que aguardavam para experimentar a nova ferramenta.

A demanda acabou superando as expectativas da OpenAI e resultou em um acúmulo de requisições que sobrecarregou o sistema. Altman, em postagem publicada no X, expressou surpresa diante da adesão em massa, admitindo o “atraso temporário” no lançamento para a camada gratuita.

Criação de imagens direto no ChatGPT

  • A nova ferramenta permite a criação de imagens diretamente no ChatGPT impulsionada pelo modelo de raciocínio GPT-4o e conquistou os holofotes desde seu lançamento exclusivo para assinantes dos planos Plus, Pro e Team.
  • O GPT-4o, com suas melhorias na renderização de texto e a adoção de uma “abordagem autorregressiva” para a geração de imagens, demonstra um avanço significativo.
  • A capacidade de construir imagens da esquerda para a direita e de cima para baixo, em vez de simultaneamente, por exemplo, representa um marco na precisão e detalhamento.
  • A possibilidade de gerar imagens no estilo do Studio Ghibli também gerou uma onda de compartilhamentos nas redes sociais, com o próprio Altman participando da tendência.
Demanda superou as expectativas da OpenAI e resultou em um acúmulo de requisições que sobrecarregou o sistema. (Imagem: One Artist/Shutterstock)

Apesar do entusiasmo inicial, a infraestrutura da OpenAI, sobrecarregada pela demanda, não suportou a promessa de acesso gratuito imediato. A empresa, agora, se dedica a expandir sua capacidade, buscando uma solução para cumprir sua promessa de democratizar a criação de imagens por IA.

Leia mais:

O adiamento, embora frustrante, sinaliza o potencial da ferramenta. A capacidade de gerar imagens complexas e estilizadas agora se aproxima do alcance do público. A expectativa, agora, reside na capacidade da OpenAI em superar os desafios técnicos e honrar seu compromisso.

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OpenAI integra Sora ao ChatGPT e melhora geração de imagens

A OpenAI anunciou nesta terça-feira (25) a integração do Sora ao ChatGPT, permitindo que os usuários gerem imagens diretamente na plataforma. Antes, o acesso ao Sora era limitado a um site separado, mas agora essa funcionalidade passa a estar disponível dentro do ChatGPT sob o nome de “Imagens no ChatGPT”.

O Sora foi inicialmente apresentado como um gerador de vídeos por inteligência artificial, mas, nesta primeira fase de integração, estará focado apenas na criação de imagens. A funcionalidade será acessível para usuários dos planos ChatGPT Plus, Pro, Team e Free.

No caso dos assinantes do plano gratuito, o limite de uso será o mesmo do DALL-E, embora a OpenAI não tenha divulgado um número exato. A porta-voz da empresa, Taya Christianson, afirmou ao The Verge que esse limite pode mudar ao longo do tempo conforme a demanda.

OpenAI integra seu gerador de imagens Sora a seu chatbot, o ChatGPT (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

Avanços técnicos na geração de imagens no ChatGPT

  • De acordo com Gabriel Goh, líder de pesquisa da OpenAI, o novo sistema utiliza o modelo GPT-4o como base.
  • Ele destaca avanços significativos na precisão dos detalhes das imagens, especialmente na capacidade de manter relações corretas entre atributos e objetos.
  • Esse conceito, chamado de “binding”, permite ao modelo gerar imagens com mais precisão quando solicitados múltiplos elementos, como cores e formas diferentes, sem erros.
  • Outro aprimoramento é a renderização de textos dentro das imagens. Ferramentas de IA frequentemente apresentam erros ao tentar inserir palavras legíveis nas criações visuais, mas a OpenAI aprimorou essa capacidade para tornar os textos gerados mais coerentes e utilizáveis.
  • Segundo Goh, essa melhoria exigiu meses de refinamento, mas a qualidade agora é consistente, com falhas ocorrendo apenas em textos muito pequenos.
  • A abordagem adotada pela OpenAI para a geração de imagens também difere dos modelos tradicionais.
  • Enquanto o DALL-E e outras ferramentas usam um método baseado em difusão, o Sora emprega um processo autoregressivo, criando a imagem sequencialmente, da esquerda para a direita e de cima para baixo.
  • Esse método pode ser responsável pelos avanços na precisão dos elementos visuais e textuais.

Aplicações e demonstrações

Antes do lançamento da nova funcionalidade, a OpenAI realizou demonstrações para mostrar o potencial do Sora. Entre os exemplos apresentados, estavam diagramas científicos como o experimento do prisma de Newton, histórias em quadrinhos com personagens e balões de diálogo consistentes, além de pôsteres informativos com textos precisos. A ferramenta também se mostrou útil na criação de imagens com fundo transparente para adesivos, cardápios de restaurantes e logotipos.

Para Jackie Shannon, líder de produto multimodal da OpenAI, a IA por trás do ChatGPT traz consigo um diferencial: o conhecimento de mundo. Isso significa que um usuário não precisa fornecer detalhes extensivos sobre um conceito científico, por exemplo, para obter uma imagem precisa.

Apesar dos avanços, a nova tecnologia leva mais tempo para gerar imagens em comparação com versões anteriores. No entanto, a OpenAI considera essa troca vantajosa. Segundo Shannon, a qualidade e a capacidade de geração de imagens com alto nível de detalhe compensam os segundos adicionais de espera.

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Apesar de ser mais conhecido por criar vídeos a partir de texto, o Sora chega ao ChatGPT inicialmente apenas como criador de imagens (Imagem: FilipArtLab/Shutterstock)

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Salvaguardas e segurança

Diante de preocupações com o uso indevido de imagens geradas por IA, como deepfakes e remoção de marcas d’água, a OpenAI reforçou seus mecanismos de segurança com a chegada do Sora ao ChatGPT. Shannon afirmou que o sistema bloqueia a geração de deepfakes sexuais e a remoção de marcas d’água e impede a criação de conteúdo ilegal.

Embora as imagens geradas pelo Sora não possuam marcas visíveis indicando sua origem, todas incluirão metadados C2PA, um padrão adotado para identificar imagens criadas por IA. A OpenAI também desenvolverá ferramentas internas para rastrear a proveniência das imagens.

A empresa enfatiza que os usuários têm a propriedade das imagens geradas e podem utilizá-las conforme as políticas da OpenAI permitem. “Nenhum sistema é perfeito, mas estamos constantemente aprimorando nossas salvaguardas”, concluiu Shannon.

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