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China lança sonda para investigar asteroide que pode ser parte da Lua e cometa

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a China vai lançar sua segunda missão de exploração do espaço profundo, chamada Tianwen-2, nesta quarta-feira (28). O objetivo da espaçonave é visitar dois corpos celestes: um asteroide próximo da Terra e um cometa do chamado cinturão principal, uma região entre Marte e Júpiter cheia de pequenos objetos rochosos.

De acordo com um comunicado, a missão vai decolar no topo de um foguete Long March 3B, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, no sudoeste do país, às 14h30 (pelo horário de Brasília), com janelas alternativas programadas para quinta (29) e sexta (30).

Representação gráfica da sonda Tianwen-2 examinando o asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

O primeiro destino espaçonave da Tianwen-2 será o asteroide 469219 Kamoʻoalewa, que gira próximo da órbita da Terra. A missão tentará pousar, coletar amostras e trazer esse material de volta ao nosso planeta até o final de 2027. Depois disso, a sonda vai usar a força gravitacional da Terra como impulso para seguir viagem até o cometa 311P/PANSTARRS, numa jornada que deve durar cerca de seis anos.

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Asteroide a ser examinado pela China pode ter sido ejetado da Lua

Kamoʻoalewa é um pequeno asteroide, com diâmetro entre 40 e 100 metros, e pode ser um pedaço da Lua lançado ao espaço após um impacto antigo. Os cientistas esperam que o estudo de suas amostras ajude a entender melhor a formação desses corpos celestes e, quem sabe, até oferecer pistas sobre a origem da vida na Terra. Também pode ajudar no desenvolvimento de estratégias de defesa contra possíveis ameaças espaciais.

Para coletar o material, a sonda vai testar três métodos diferentes. Um deles é parecido com o que já foi usado por missões dos EUA e do Japão: um toque rápido na superfície, com um braço robótico que aspira poeira e pedras. Também há a possibilidade de usar garras que perfuram o solo, caso a superfície permita. A escolha vai depender das condições encontradas no asteroide.

Conceito artístico da espaçonave Tianwen-2 próxima ao asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

A expectativa é que a espaçonave colete entre 200 e mil gramas de material. A nave contém painéis solares e sensores sofisticados, incluindo câmeras, radares, espectrômetros (para analisar a composição dos materiais) e detectores de poeira e partículas, além de um analisador de ejeção e um magnetômetro.

O módulo que trará as amostras para a Terra enfrentará um grande desafio ao reentrar na atmosfera, com velocidade altíssima. Depois de entregá-lo, a Tianwen-2 vai aproveitar a gravidade do planeta como impulso para seguir em direção ao cometa 311P/PANSTARRS, que está numa região considerada ideal para estudar objetos que ficam entre o perfil de asteroides e cometas. O estudo desse cometa pode ajudar a entender melhor como esses corpos se comportam e como evoluem ao longo do tempo.

Essa missão faz parte do programa chinês Tianwen, que em português significa “Perguntas ao Céu”. A primeira missão da série foi para Marte, levando um orbitador e um robô que explora a superfície. A China já planeja a Tianwen-3, que vai tentar trazer amostras do solo marciano em 2028, e a Tianwen-4, prevista para 2030, com destino às luas de Júpiter – com um sobrevoo de Urano incluso.

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China tenta impedir transferência da produção de iPhones para Índia

Apesar da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a produção dos iPhones seja levada de volta para o país, a Apple se mantém firme na decisão de levar a fabricação dos dispositivos para a Índia.

Mas engana-se quem acredita que esta medida desagrada apenas ao governo dos EUA. A China, que se beneficiou fortemente deste mercado nos últimos anos, também não está satisfeita com os rumos da produção do principal produto da big tech.

Apple decidiu transferir produção para a Índia

A Apple foi uma das empresas afetadas pelo tarifaço de Trump. Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China. Com as tarifas, o republicano esperava que as empresas decidissem transferir a produção de volta aos EUA, impulsionando a companhia doméstica.

A fabricante do iPhone, entretanto, decidiu fazer diferente. A big tech optou por priorizar a produção em território indiano, país que também foi tarifado pela Casa Branca, mas em um grau menor do que a China.

Trump quer que a produção dos iPhones seja feita nos EUA (Imagem: Official White House Photo/Shealah Craighead – vfhnb12/Shutterstock – Montagem: Olhar Digital)

No entanto, nos últimos dias, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. Sem um sinal positivo da gigante da tecnologia, o republicano ameaçou aplicar uma nova taxa de 25% sobre a Apple.

Além disso, os chineses estão atuando para tentar evitar perder totalmente este mercado. As informações são da CNBC.

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Pequim quer evitar transferência total da produção para a Índia (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

Pequim tenta prejudicar os indianos

  • Dados divulgados pela Canalys, empresa de análise de mercado de tecnologia, deixam claro que a transferência da produção de iPhones para a Índia está a todo o vapor.
  • As remessas de produtos do território indiano para os EUA dispararam aumentaram 76% em relação ao mesmo período do ano passado.
  • Por outro lado, as exportações provenientes da China caíram os mesmos 76%.
  • Por conta disso, o governo chinês vem tentando dificultar o acesso do país vizinho ao maquinário de alta tecnologia necessário para aumentar a produção.
  • O objetivo é inviabilizar os processos em larga escala, fazendo com que a Índia não consiga atender a demanda de iPhones.
  • Quem sabe assim a Apple decida manter pelo menos parte da produção na China.

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Tratamento para lesão na medula começa a ser testado em humanos

O primeiro tratamento regenerativo para lesões na medula espinhal (LME) entrou em fase de testes em humanos. A terapia com células-tronco de pluripotência induzida (iPSC) foi desenvolvida pela XellSmart, empresa chinesa de biotecnologia, e aprovada nesta semana para ensaios clínicos de Fase I. 

Entenda:

  • O primeiro tratamento do mundo para curar lesões na medula entrou em fase de testes em humanos;
  • A terapia usa células-tronco de pluripotência induzida, substituindo as células neurais danificadas ou mortas;
  • Além de reparar as lesões, o tratamento também deve possibilitar o crescimento de todas as células necessárias para restaurar as funções afetadas;
  • A expectativa é de que a terapia seja disponibilizada em massa ao público em até sete anos.
Tratamento inovador pode reabilitar lesões na medula. (Imagem: Magic mine/Shutterstock)

Como explica a XellSmart em comunicado, a estimativa é de que mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo sofram com LME. As lesões são, geralmente, relacionadas a acidentes de trânsito ou no local de trabalho, quedas graves, traumas esportivos e outros, e podem causar paralisia ou incapacidade grave. Não há uma cura, apenas tratamentos cirúrgicos e de reabilitação para restaurar parcialmente a qualidade de vida do paciente.

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Tratamento pode restaurar as células lesionadas

No novo tratamento, as células-tronco substituem as células neurais danificadas ou mortas em decorrência da lesão na medula. O foco aqui é não só reparar o dano causado pela LME, mas também possibilitar o crescimento de todas as células necessárias para a restauração das funções.

Implante na medula pode reduzir dores nas costas
Tratamento de lesão na medula deve ser disponibilizado em sete anos, aponta empresa. (Imagem: Tumisu/Pixabay)

O tratamento passou por quatro anos de pesquisas pré-clínicas antes de receber a aprovação para os testes em humanos. A expectativa da equipe – que está trabalhando em parceria com a Universidade Nacional Sun Yat-sen, na China – é conseguir uma ampla aplicação para qualquer pessoa com lesão medular, sem a necessidade da coleta de células do paciente.

Próximos passos no tratamento para lesão na medula

A XellSmart explica que a conclusão dos testes em humanos está prevista para o próximo ano. Se os ensaios de Fase I se mostrarem um sucesso, o tratamento será testado em um número maior de pacientes, com a expectativa de que a Fase II comece em 2028. Em até sete anos, o tratamento deve ser disponibilizado em massa para a população.

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O plano da China para vencer os EUA na corrida pela IA

Existe uma clara disputa pela hegemonia tecnológica global. Existem vários exemplos deste confronto entre Estados Unidos e China, mas a busca pelo aperfeiçoamento de ferramentas de inteligência artificial é considerado uma prioridade pelos dois países.

A diferença é a estratégia que vem sendo adotada pelos governos. E, de acordo com analistas ouvidos pelo jornal The Economist, o modelo chinês pode acabar saindo vencedor, colocando Pequim numa posição dominante no futuro.

Visão sobre a IA é diferente

Para Zhang Yaqin, ex-chefe da Baidu e agora pesquisador na Universidade de Tsinghua, o governo da China entendeu que é preciso focar nas aplicações práticas da IA e em como isso pode melhorar a vida e a experiência dos consumidores. Enquanto isso, os EUA continuam priorizando o modelo da tecnologia.

Enquanto os líderes de tecnologia norte-americanos muitas vezes enquadram a IA com aspirações utópicas, o governo da China parece mais focado em usá-la para resolver problemas concretos como crescimento econômico e modernização industrial.

Karson Elmgren, pesquisador da RAND Corporation

IA é considerada estratégica para os dois países (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

A visão norte-americana da inteligência artificial é muitas vezes abstrata e hiperbólica. Espera-se que os avanços tecnológicos permitam que as ferramentas se aproximem cada vez mais das habilidades cognitivas humanas, o que pode acontecer ainda nos próximos anos.

Barath Harithas, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, explica que a Casa Branca entende que quem atingir este patamar primeiro terá uma vantagem expressiva. É isso o que motiva as sanções aplicadas contra a China: impedir o avanço das tecnologias pelo rival.

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Bandeiras de Estados Unidos e China
EUA e China disputam a hegemonia tecnológica global (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Aposta arriscada

  • Segundo os especialistas ouvidos, a China tenta minar o monopólio que os Estados Unidos possuem sobre a IA avançada, replicando as inovações ocidentais, mas com algumas diferenças.
  • É o caso do DeepSeek e de seu código aberto.
  • A ideia é que os benefícios gerados pela inteligência artificial ficarão com quem aplica a tecnologia e não com quem a desenvolve.
  • Se isso der certo, os chineses conseguirão criar um ecossistema mais robusto e difícil de ser quebrado pelos rivais norte-americanos.
  • É importante destacar, no entanto, que esta é uma aposta arriscada e que os EUA continuam criando medidas para impedir o avanço chinês.
  • O futuro nos mostrará quem será o vencedor desta corrida.

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China anuncia lançamento de missão espacial para explorar asteroide e cometa

A segunda missão de exploração do espaço profundo da China, chamada Tianwen-2, vai decolar do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, no sudoeste do país, na próxima semana. O objetivo é visitar dois corpos celestes: um asteroide próximo da Terra e um cometa do chamado cinturão principal, uma região entre Marte e Júpiter cheia de pequenos objetos rochosos.

De acordo com um comunicado, o lançamento está agendado para quarta-feira (28), às 13h (pelo horário de Brasília), com janelas alternativas programadas para quinta (29) e sexta (30).

O primeiro destino espaçonave da Tianwen-2 será o asteroide 469219 Kamoʻoalewa, que gira próximo da órbita da Terra. A missão tentará pousar, coletar amostras e trazer esse material de volta ao nosso planeta até o final de 2027. Depois disso, a sonda vai usar a força gravitacional da Terra como impulso para seguir viagem até o cometa 311P/PANSTARRS, numa jornada que deve durar cerca de seis anos.

Representação gráfica da sonda Tianwen-2 examinando o asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

Leia mais:

Asteroide a ser examinado pela China pode ser pedaço da Lua

Kamoʻoalewa é um pequeno asteroide, com diâmetro entre 40 e 100 metros, e pode ser um pedaço da Lua lançado ao espaço após um impacto antigo. Os cientistas esperam que o estudo de suas amostras ajude a entender melhor a formação desses corpos celestes e, quem sabe, até oferecer pistas sobre a origem da vida na Terra. Também pode ajudar no desenvolvimento de estratégias de defesa contra possíveis ameaças espaciais.

Para coletar o material, a sonda vai testar três métodos diferentes. Um deles é parecido com o que já foi usado por missões dos EUA e do Japão: um toque rápido na superfície, com um braço robótico que aspira poeira e pedras. Também há a possibilidade de usar garras que perfuram o solo, caso a superfície permita. A escolha vai depender das condições encontradas no asteroide.

Conceito artístico da espaçonave Tianwen-2 próxima ao asteroide Kamoʻoalewa, primeiro alvo da missão. Crédito: CNSA

Embora a China não tenha divulgado todos os detalhes, a expectativa é que a espaçonave colete entre 200 e mil gramas de material. A nave deve ter painéis solares e sensores sofisticados, incluindo câmeras, radares, espectrômetros (para analisar a composição dos materiais) e detectores de poeira e partículas. O módulo que trará as amostras para a Terra enfrentará um grande desafio ao reentrar na atmosfera, com velocidade altíssima.

Depois de deixar as amostras na Terra, a Tianwen-2 seguirá para o cometa 311P/PANSTARRS, que está numa região considerada ideal para estudar objetos que ficam entre o perfil de asteroides e cometas. O estudo desse cometa pode ajudar a entender melhor como esses corpos se comportam e como evoluem ao longo do tempo.

Essa missão faz parte do programa chinês Tianwen, que em português significa “Perguntas ao Céu”. A primeira missão da série foi para Marte, levando um orbitador e um robô que explora a superfície. A China já planeja a Tianwen-3, que vai tentar trazer amostras do solo marciano em 2028, e a Tianwen-4, prevista para 2030, com destino às luas de Júpiter – com um sobrevoo de Urano incluso.

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Assista: robôs humanoides trocam socos em ringue de boxe na China

Uma competição esportiva peculiar está chegando na China: robôs humanoides vão se enfrentar em um ringue de boxe no próximo domingo (25) em Hangzhou, capital da província de Zhejiang.

O evento faz parte de uma série de competições de robôs patrocinadas pelo China Media Group e outras instituições chinesas. Os ‘lutadores’ serão dois humanoides desenvolvidos pela startup Unitree Robotics, sediada em Hangzhou. Segundo a agência CGTN, eles estão passando por um treinamento rigoroso para se preparar para a competição.

E eles já começaram a praticar. A dupla trocou socos em uma sessão de treinamento de boxe na terça-feira (20). Veja como foi:

Os robôs humanoides já fazem de tudo um pouco, desde trabalhar em fábricas até dançar, pular e ajudar nas tarefas de casa. A China, inclusive, está financiando o desenvolvimento de máquinas, com expectativa de colocá-las para trabalhar em colaboração com os humanos. Saiba mais sobre isso aqui.

No caso dos torneios de boxe, os robôs são mais resistentes aos golpes, já que os lutadores humanos costumam levar socos fortes e gastam muita energia.

China está financiando desenvolvimento de robôs, inclusive para ajudar humanos nas fábricas (Imagem gerada com IA via DALL-E/Olhar Digital)

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Conferência e Olimpíadas de robôs se aproximam

Os avanços da robótica não serão postos à prova apenas no ringue de boxe neste final de semana. A China se prepara para receber outros dois eventos:

  • A Conferência Mundial de Robôs de 2025 está marcada para acontecer entre 8 e 12 de agosto deste ano, em Pequim;
  • São esperadas mais de 200 empresas, incluindo quase 50 fabricantes de robôs humanoides;
  • A expectativa é que cerca de 100 novos produtos sejam revelados durante a programação, que também vai discutir colaborações internacionais e como se dará o uso das máquinas nas indústrias;
  • Já entre os dias 15 e 17 de agosto, Pequim receberá os Jogos Mundiais de Robôs Humanoides, mais um evento para demonstrar o aperfeiçoamento destas tecnologias. 

Saiba mais sobre os dois eventos aqui.

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China cria hospital virtual para treinar agentes médicos de IA

A China criou um hospital virtual usando inteligência artificial para aprimorar as habilidades de agentes médicos. A iniciativa é do Instituto de Pesquisa da Indústria de IA (AIR) da Universidade Tsinghua em parceria com o Departamento de Ciência da Computação e Tecnologia da mesma instituição.

No “Agent Hospital”, todos os pacientes, enfermeiros e médicos são representados por agentes autônomos, alimentados por grandes modelos (GPT-3.5 e GPT 4.0), que simulam cenários típicos: início da doença, triagem, registro, consulta, exame, diagnóstico, prescrição, reabilitação e acompanhamento.

“O objetivo é permitir que agentes inteligentes acumulem conhecimento médico de forma autônoma durante o diagnóstico, tratamento e processo de aprendizagem, assim como médicos humanos, e alcancem a evolução contínua das capacidades médicas”, diz o artigo.

Informações do personagem virtual (Imagem: AIR/Divulgação)

Como funciona?

  • Em um dos cenários, o personagem agente paciente Kenneth Morgan fica doente e vai ao hospital para pedir ajuda;
  • Depois de analisar os sintomas de Morgan, a enfermeira de triagem Katherine Li o encaminha para um departamento específico para tratamento;
  • Morgan concluirá o registro, a consulta e o exame médico de acordo com as instruções do médico;
  • O Dr. Robert lhe dará o diagnóstico final e o plano de tratamento;
  • Morgan irá para casa descansar de acordo com as instruções do médico e informará o hospital sobre sua recuperação até que ele precise ir ao hospital novamente quando estiver doente.

A equipe construiu registros médicos de dezenas de milhares de pacientes virtuais diagnosticados com oito doenças respiratórias, incluindo influenza A, influenza B e COVID-19. 

“Supondo que um médico humano trate cerca de 100 pacientes por semana, um médico humano pode levar dois anos para diagnosticar 10.000 pacientes, mas um médico inteligente pode concluir a tarefa em apenas alguns dias”, diz o artigo.

Exemplos das principais etapas de diagnóstico e tratamento (Imagem: AIR/Divulgação)

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Ganhando tempo e habilidade

Segundo os pesquisadores, a maioria dos métodos tradicionais de treinamento de modelos médicos requer uma grande quantidade de dados e informações aplicadas manualmente. Mas eles acreditam que o processo de melhoria das capacidades médicas não deveria depender de dados tão grandes.

Por isso, a equipe projetou um algoritmo de autoevolução de agentes inteligentes chamado “MedAgent-Zero”. O modelo usa duas abordagens: aprendizado (ou seja, leitura de literatura médica) e prática (ou seja, interação com pacientes virtuais e tomada de decisões de diagnóstico e tratamento).

Assim, o agente médico pode interagir com pacientes virtuais de acordo com o processo de diagnóstico e tratamento, acumulando experiência, enquanto conduz o aprendizado autônomo, simulando o processo de aprendizagem de documentos médicos com base em questões geradas pelo LLM.

Apesar dos resultados promissores, o trabalho de pesquisa ainda apresenta certas limitações. Agora, os pesquisadores pretendem otimizar os tipos de doenças cobertas, o nível de detalhes do ambiente de simulação e a seleção e otimização da base do modelo.

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Existe uma cidade desconhecida maior que Nova York e com mais gente que o Canadá

Enquanto muitos imaginam Nova York como a maior cidade do mundo, seja em área ou população, a realidade é surpreendente: existe uma metrópole colossal, localizada na China, que supera todas as outras em ambos os quesitos, e seu nome é Chongqing.

Com uma área que se equipara ao tamanho da Irlanda ou da Áustria, abrangendo mais de 82.400 quilômetros quadrados, e abrigando uma população superior a 32 milhões de habitantes, Chongqing reina como a maior e mais populosa cidade do planeta, embora permaneça relativamente desconhecida para muitos fora da Ásia.

Paisagem urbana que desafia a lógica

Situada na confluência dos rios Jialing e Yangtze, no coração da China, Chongqing impressiona não apenas por suas dimensões geográficas, mas também por sua paisagem urbana única e complexa. O crítico de arquitetura Oliver Wainwright descreve a cidade como um lugar onde “bairros se agarram a penhascos, conectados por vias elevadas a 20 andares de altura”.

Apesar de sua vasta área incluir extensas zonas rurais, a área urbana de Chongqing concentra a maior parte de sua população, representando mais de 70% do total. (Imagem: why2husky / Shutterstock)

A infraestrutura da cidade desafia a lógica convencional, com linhas de metrô emergindo de túneis montanhosos para mergulharem diretamente no meio de arranha-céus residenciais, que por sua vez brotam das encostas íngremes. A navegação pela cidade se torna uma experiência labiríntica, envolvendo escadas íngremes, escadas rolantes subterrâneas, passarelas elevadas e elevadores que serpenteiam pelas encostas.

A experiência de explorar Chongqing é descrita por Wainwright como “ser lançado em uma mistura entre o filme A Origem e um jogo de cobras e escadas”.(Imagem: nlinnlin / Shutterstock)

Mais de 3.000 anos de história

Apesar de sua vasta área incluir extensas zonas rurais, a área urbana de Chongqing concentra a maior parte de sua população, representando mais de 70% do total. A história da cidade remonta a mais de 3.000 anos, tendo sido uma capital nacional, um importante porto fluvial e um centro de transporte crucial por séculos.

No entanto, seu crescimento exponencial é um fenômeno relativamente recente, impulsionado pelas reformas econômicas e a abertura da China ao mundo a partir de 1978.

O crescimento populacional de Chongqing foi meteórico: de cerca de 2,3 milhões de habitantes em 1968, saltou para 6,3 milhões em 1979, 13,9 milhões em 1983 e quase 28,8 milhões em 1997, até ultrapassar os 32 milhões atualmente. Esse crescimento reflete a rápida urbanização da China e o foco do governo no desenvolvimento de cidades estratégicas como Chongqing.

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Embora a taxa de urbanização da China deva continuar crescendo nas próximas décadas, com a população urbana projetada para quase dobrar até 2050, o crescimento populacional geral do país está desacelerando.

Resta saber se cidades como Chongqing já atingiram seu pico de crescimento, mas mesmo que esse seja o caso, sua escala atual — uma metrópole do tamanho de vários países europeus — é um feito notável e uma prova da rápida transformação urbana da China nas últimas décadas. Chongqing, portanto, emerge como um gigante urbano desconhecido para muitos, mas um exemplo impressionante da magnitude e da complexidade das megacidades modernas.

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Astronautas chineses voltam para a Terra após seis meses no espaço

Chegou ao fim a missão Shenzhou-19, que levou três astronautas chineses – também chamados de taikonautas – à estação espacial Tiangong. Eles passaram seis meses no espaço e retornaram à Terra na madrugada desta quarta-feira (30), com pouso na região de Dongfeng, no norte da China.

A cápsula com os tripulantes Cai Xuzhe, Song Lingdong e Wang Haoze se desacoplou da estação na terça-feira (29), às 17h (horário de Brasília). A viagem de volta durou cerca de nove horas. De acordo com um comunicado, o pouso foi adiado em um dia por causa do mau tempo.

Os taikonautas Wang Haoze, Cai Xuzhe e Song Lingdong, membros da missão espacial tripulada Shenzhou-19. Crédito: Xinhua

Os astronautas foram lançados em 29 de outubro de 2024 rumo à estação Tiangong. Durante a missão, bateram recordes, realizaram experimentos e ajudaram a preparar o local para futuras operações.

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Dupla de astronautas realizou a caminhada espacial mais longa da China

Entre os feitos, Cai e Song fizeram uma caminhada espacial de mais de nove horas, a mais longa já feita por chineses. Durante a atividade, instalaram um escudo para proteger a estação contra detritos espaciais. A dupla ainda realizou outras duas caminhadas, em janeiro e março deste ano. Nessas saídas, fizeram inspeções e instalaram novas proteções nos sistemas externos da estação.

Ao todo, a equipe da Shenzhou-19 conduziu 86 experimentos científicos. Um deles testou um “tijolo lunar”, feito com material que simula o solo da Lua, para ver como ele se comporta no espaço. Esses estudos são parte dos planos da China para construir uma base na Lua, em parceria com outros países, por volta de 2030. 

A cápsula de retorno da missão Shenzhou-19, da China, descendo pela atmosfera da Terra com a ajuda de um paraquedas. Crédito: CCTV/CMSA

A missão também teve importância simbólica e histórica. Cai fez seu segundo voo espacial; já Song e Wang viajaram ao espaço pela primeira vez. Aos 48 anos, Cai era o mais velho do time. Song e Wang nasceram em 1990. Juntos, formaram a tripulação mais jovem da história da China.

Antes de voltar, o grupo recebeu os astronautas da missão Shenzhou-20, passando a eles o comando da estação. A Tiangong foi concluída em 2022 e já recebeu oito missões tripuladas. 

Atualmente, a China negocia com o Paquistão o envio do primeiro astronauta estrangeiro para seu laboratório em órbita. O objetivo é tornar Tiangong um centro internacional de pesquisa no espaço, com participação de outros países e empresas.

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China usa ‘estilingue gravitacional’ para resgatar satélites presos na órbita errada

Na noite de 15 de março, a China lançou dois satélites usando um foguete Long March-2C. No entanto, uma falha técnica impediu que eles chegassem à órbita correta. Sem energia suficiente, os equipamentos ficaram girando fora de controle e corriam risco de serem destruídos ao reentrar na atmosfera.

Durante quatro meses, engenheiros chineses tentaram resgatá-los. A solução veio com uma manobra conhecida como “estilingue gravitacional”. Usando a gravidade da Terra, da Lua e do Sol, os satélites foram redirecionados para a rota planejada.

De acordo com uma reportagem da CGTN, a técnica funciona como um empurrão cósmico: ao passar perto de corpos celestes, a gravidade deles altera o caminho dos objetos no espaço. Esse método, geralmente usado em missões distantes, foi aplicado pela primeira vez em uma situação de resgate em órbita próxima da Terra.

Renderização dos satélites resgatados. Crédito: CSU

A operação foi liderada pelo Centro de Tecnologia e Engenharia para Utilização Espacial (CSU), que desenvolveu a missão. A equipe foi dividida em dois grupos: um desacelerou a rotação dos satélites; o outro calculou a melhor rota para reverter o erro.

Zhang Hao, um dos líderes do projeto, contou que foi sua primeira missão de lançamento. Ele temia que o fracasso significasse a perda de anos de trabalho e milhões de dólares investidos – mas a equipe encontrou uma saída e evitou o desastre.

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Satélites da China resgatados vão atuar como sistema de navegação espacial

Os satélites, chamados DRO-A e DRO-B, agora operam ao lado do DRO-L, lançado anteriormente. Juntos, formam uma constelação que servirá como sistema de navegação espacial, ajudando a localizar espaçonaves de forma rápida e precisa.

Segundo o pesquisador Mao Xinyuan, esse sistema pode reduzir de dias para apenas três horas o tempo necessário para localizar uma nave. Isso também permitirá, no futuro, que espaçonaves sejam controladas automaticamente, sem depender tanto da Terra.

Esse avanço faz parte do plano chinês de ampliar sua atuação no espaço. A previsão é que, até 2030, o país envie missões tripuladas à Lua e construa uma estação de pesquisa lunar internacional. A nova tecnologia será essencial para esses objetivos ambiciosos.

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