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Houve um tempo em que o mundo olhava para a indústria chinesa com certo preconceito. As condições precárias de trabalho somadas aos preços baixos e alguns produtos de qualidade inferior ajudaram a formar essa imagem. Esse tempo, porém, acabou.
Hoje, os países olham para a China com admiração – ou até medo. Os preços baixos se mantiveram, mas os chineses conseguem entregar produtos com qualidade igual ou superior ao do Ocidente. Principalmente os de tecnologia. É o caso do novo Xiaomi Smart Speaker.
A caixa de som inteligente vem sendo chamada de “Alexa chinesa”. Assim como o alto-falante Echo, da Amazon, trata-se de um pequeno item dotado de Inteligência Artificial, capaz de controlar uma smart home e de atender pedidos e responder perguntas.
A principal diferença, segundo os analistas chineses, é que o Xiaomi Smart Speaker fará isso de uma forma muito mais natural. E por um preço menor.
As Alexas, ou as caixinhas Echo, ganharam um concorrente de peso do outro lado do mundo – Imagem: pianodiaphragm/Shutterstock
Promessa de desempenho superior
Quem lida com a Alexa sabe: você precisa falar igual a um robô para ser entendido.
A promessa é que isso não vai acontecer com o novo produto da Xiaomi.
Assim como o ChatGPT, o Smart Speaker será capaz de manter conversas mais naturais.
E conversas mais inteligentes também.
O anúncio oficial afirma que a novidade poderá, por exemplo, atender mais de um pedido por vez.
Hoje, você precisa pedir para o sistema ligar a TV, acender a luz e trancar a porta em comandos separados.
Com o Xiaomi Smart Speaker, tudo poderá ser feito em um só pedido.
Quem garante esse desempenho é uma Inteligência Artificial própria da empresa.
A Super XiaoAI tem um repertório bastante extenso e entende até mesmo questionamentos complexos.
Isso sem contar o domínio sobre itens de uma casa inteligente.
Assim como a Alexa, o Xiaomi Smart Speaker controla luzes, fechaduras, purificadores de ar, TVs, geladeiras e outros aparelhos de uma casa inteligente.
O único porém é que eles precisam ser da própria marca, ou, pelo menos, compatíveis com o sistema Mi Home.
Imagem: Reprodução/Xiaomi
Preço e condições
‘Ah, mas eu não tenho nenhum eletrodoméstico da Xiaomi em casa’. Pois é, a maioria dos brasileiros também não. E é justamente por isso que as vendas do novo Xiaomi Smart Speaker começam exclusivamente na China.
A previsão é de estreia no dia 29 de abril, com preços a partir de ¥ 199. Fazendo a conversão, fica algo em torno de US$ 27 ou de R$ 154. Um valor bem acessível – é menos da metade de um Echo.
A Xiaomi não informa se tem planos para um lançamento global do dispositivo. Mas não duvide nada que aconteça, ainda mais se as promessas de desempenho forem cumpridas. A Amazon que lute.
Você já assistiu Capitão América? No filme da Marvel, os Estados Unidos criam um supersoldado geneticamente modificado para enfrentar os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O resto é história. Agora, imagine um Capitão América chinês. Claro que, neste caso, ele não teria esse nome.
Ao que tudo indica, os EUA realmente acreditam que isso pode ser possível: o país acusa a China de supostamente planejar um exército de soldados geneticamente modificados, mas dessa vez com inteligência artificial. Os hipotéticos planos chineses estão descritos em um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente… sem nenhuma evidência que comprove as suposições.
Ou seja, por enquanto, tudo não passa de uma ‘teoria maluca’ tirada de um filme de ficção. E vale lembrar: não é a primeira vez que os americanos acusam os chineses sem provas. Por exemplo, a gestão de Donald Trump já acusou Pequim de iniciar a pandemia de Covid-19 em laboratório. Novamente, sem evidências.
Mas, claro, a teoria deu o que falar. O Olhar Digital conversou com especialistas para explicar de onde vem essa acusação e o quanto os supostos ‘soldados geneticamente modificados’ podem ter um fundo de verdade – ou mera viabilidade científica.
Segundo especialistas, relatório americano está mais para uma ‘teoria maluca’ do que realidade (Imagem gerada por IA via DALL-E/Vitória Gomez/Olhar Digital)
Suposto exército de soldados geneticamente modificados da China: o que dizem os EUA?
Não é segredo que os Estados Unidos estão travando uma guerra comercial e tecnológica contra a China – por exemplo, com a guerra dos chips e imposição de tarifas de 145% para produtos importados chineses. Se depender dos americanos, a batalha de narrativas se estenderá para os campos militar e da biotecnologia.
A ‘teoria’ está presente em um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente. Segundo o site Interesting Engineering, o documento foi apresentado ao Congresso Nacional após dois anos de análise.
Veja o que os Estados Unidos dizem:
O documento analisou a abordagem da China no que diz respeito à união de biotecnologia e segurança nacional;
No centro dessa união, estaria um suposto desenvolvimento de um exército de classe mundial de soldados geneticamente modificados, que combinam decisões orientadas por inteligência artificial e integração no campo de batalha;
Os supersolados estariam nos planos do Exército de Liberação Popular (ELP) e poderiam ficar prontos até 2049;
O relatório também cita uma suposta ameaça estratégica amplificada na área de defesa, com técnicas melhoras de resistência, cognição e resistência, o que tornaria a “guerra por drones” antiquada;
Ainda de acordo com o documento, o método da China consiste em roubar propriedade intelectual, escalar a produção e controlar as cadeias de suprimentos, o que levaria uma manipulação dos mercados de tecnologias pelas mãos das entidades chinesas.
EUA e China travam uma guerra comercial e tecnológica… sem nenhum soldado envolvido (Imagem: Knight00730/Shutterstock)
Além de descrever os supostos métodos chineses para dominar o mercado de biotecnologia, o documento propõe estratégias para combater esse cenário hipotético. Veja o que diz o resumo do relatório:
Haverá um momento de ChatGPT para a biotecnologia, e se a China chegar lá primeiro, não importa o quão rápido corramos, nunca a alcançaremos.
Nossa janela de ação está se fechando. Precisamos de uma estratégia de duas vias: fazer os Estados Unidos inovarem mais rápido e desacelerar a China.
Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente
Basicamente, os EUA propõem acelerar a inovação nacional, incluindo um investimento federal de no mínimo US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos, e desacelerar a ascensão da China, o que inclui proteger propriedade intelectual de biotecnologia contra os chineses e não reconhecer empresas chinesas no mercado.
Como já destacamos aqui: o documento foi elaborado pelos Estados Unidos, sem nenhuma prova apresentada que embase as acusações. A China não confirmou nada.
O Olhar Digital deu mais detalhes sobre o relatório neste link.
IA já é usada em guerras… mas nada de modificações genéticas (Imagem: Mykola Holyutyak/Shutterstock)
A teoria maluca dos EUA pode ser verdadeira ou, no mínimo, viável?
Para Roberto Pena Spinelli, físico pela USP, com especialidade em Machine Learning por Stanford, pesquisador na área de Inteligência Artificial e colunista do Olhar Digital News, é muito difícil saber o quanto isso é real ou apenas “uma grande viagem” por parte dos Estados Unidos. Isso porque não sabemos o que está acontecendo na China ou o quanto a ‘teoria maluca’ é apenas uma cortina de fumaça dos EUA.
Ela cita um caso curioso envolve tardígrados. Em 2023, uma equipe de médicos militares chineses disse ter inserido genes dos tardígrados (criaturas microscópicas resistentes a ambientes extremos e radiação) em células-tronco embrionárias humanas.
Todo esse experimento aumentou a resistência das células humanas à radiação. Para eles, o sucesso do experimento poderia levar à criação de supersoldados geneticamente modificados capazes de sobreviver à radiação nuclear. O estudo chega a descrever todo o processo de modificação genética, mas, claro, tudo estava em estágios muito iniciais e não chegou nem perto de humanos. O caso foi reportado pelo jornal South China Morning Post.
O que isso nos diz sobre o caso? Pena lembra que é, sim, possível fazer modificações genéticas desse tipo, algo que é bastante usado na indústria farmacêutica para encontrar novas curas, por exemplo. Agora, em humanos? É bastante improvável que isso esteja acontecendo. O especialista afirma que seria algo extremamente antiético, que viola todos os critérios da Comissão de Ética Internacional.
Pena menciona que, indo muito longe na viagem americana, isso poderia estar acontecendo ‘debaixo dos panos’, mas é bastante cético sobre a hipótese. Agora, em relação à inteligência artificial, é mais provável:
A parte da inteligência artificial pode ser mais real, já que já existem avanços de IA nesse sentido [no campo militar]. Avanços na robótica também são mais reais, pé no chão. Dá para embarcar tecnologia no próprio solado, mas geneticamente… difícil.
Mas um exército de soldados geneticamente modificados com IA? Não.
Roberto Pena Spinelli também destrinchou o assunto na coluna Fala AI, no programa Olhar Digital News. Você pode conferir na íntegra aqui.
Atualmente, guerra envolve diplomacia (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)
Qual o objetivo dos Estados Unidos com tudo isso?
As suposições americanas são facilmente desmentidas. Então, qual o objetivo para todas as acusações?
O doutor Álvaro Machado Dias, neurocientista, futurista e colunista do Olhar Digital News, lembra como rumores deste tipo já surgiram antes. Ele chama atenção para algo importante no relatório desta vez: um pedido de financiamento bilionário, em um momento em que a guerra comercial acirrada entre EUA e China deixou os americanos em maus lençóis.
E pior: diante dos temores com o tarifaço de Trump, o orçamento estadunidense está disputado, ao mesmo tempo que o DOGE (departamento comandando por Elon Musk) precisar cortar gastos. Ou seja, “pleitear grana do governo americano não está sendo fácil”, explicou o especialista.
Daí vem as acusações americanas: para Álvaro, trata-se de uma estratégia para manipular a opinião pública, criando um movimento favorável à liberação do orçamento, mesmo em um contexto de corte de gastos e incertezas.
Há todos os indícios de que isso seja meramente uma estratégia um tanto capciosa para trazer orçamento para uma divisão das Forças Armadas aos olhos dos congressistas, dado o impacto na mídia. Não há nenhum indício de que isso [as acusações americanas] seja verdade.
Nesta quinta-feira (24), um foguete Long March 2F, da China, lançou três astronautas (ou taikonautas) rumo à estação espacial Tiangong. A missão, chamada Shenzhou-20, decolou às 6h17 da manhã (pelo horário de Brasília), do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto de Gobi.
A tripulação conta com o comandante Chen Dong, veterano em voos espaciais, e dois estreantes: Chen Zhongrui e Wang Jie. Eles devem chegar à estação cerca de 6,5 horas após a decolagem, quando a espaçonave se acoplar automaticamente à Tiangong.
No laboratório orbital, eles serão recebidos pela tripulação anterior, da missão Shenzhou-19, que entregará o controle da estação aos recém-chegados. Após a troca de comando, os astronautas da Shenzhou-19 retornarão à Terra, o que está previsto para 29 de abril.
Os membros da missão Shenzhou-20, Chen Dong, Chen Zhongrui e Wang Jie, vão passar seis meses na estação espacial chinesa. Crédito: CNSA
Chen Dong já foi ao espaço duas vezes. Em 2016, esteve no antigo laboratório Tiangong 2 e, em 2022, comandou a missão Shenzhou-14, que ajudou a completar a montagem da atual estação. Com experiência acumulada, ele lidera agora a nova missão de seis meses.
De acordo com o site Space.com, na coletiva de imprensa antes do lançamento, Dong afirmou sentir orgulho e responsabilidade. “Cada missão é única. Espero ganhar mais experiência e alcançar novos avanços”. A Shenzhou 20 será a missão mais longa da sua carreira.
O novato Chen Zhongrui é ex-piloto da Força Aérea Chinesa. Já Wang Jie é engenheiro aeroespacial e trabalhou em projetos ligados à estação. Ambos passaram por anos de treinamento para se tornarem astronautas qualificados.
Zhongrui contou que enfrentou treinamentos intensos, como giros em cadeiras rotatórias e testes em centrífugas. Ele decidiu se tornar astronauta depois de assistir a uma palestra de Yang Liwei, o primeiro chinês a ir ao espaço.
Wang será o responsável pelo gerenciamento de materiais da estação. Sua função envolve organizar suprimentos e cuidar dos experimentos científicos. “Sentimos que essa missão é uma grande responsabilidade”.
Estação espacial Tiangong, da China. Crédito: Shujianyang – Creative Commons
China quer manter estação Tiangong ocupada por 10 anos
Durante a estadia da tripulação na Tiangong, a China também planeja enviar a missão de carga Tianzhou-9, que levará para a estação alimentos, combustível e novos materiais para experimentos científicos.
A Shenzhou 20 é a nona missão tripulada enviada à Tiangong. A estação, composta por três módulos, foi concluída em outubro de 2022 e orbita entre 340 e 450 quilômetros acima da Terra. Esta será a sexta visita ao complexo totalmente montado.
A China pretende manter a estação espacial ocupada de forma contínua por pelo menos dez anos. Além disso, o país quer expandir a Tiangong com novos módulos e usá-la também para projetos comerciais e parcerias internacionais.
Atualmente, a China negocia com o Paquistão o envio do primeiro astronauta estrangeiro para a Tiangong. O objetivo é tornar a estação um centro internacional de pesquisa no espaço, com participação de outros países e empresas.
O distrito Xiong’an, na província de Hebei, na China, agora supostamente abriga uma das redes de internet mais rápidas do mundo. Isso porque Huawei e a China Unicom teriam lançado internet 10G por lá. E o novo serviço de banda larga seria capaz de oferecer velocidades de até 10 gigabits por segundo (daí o nome).
Xiong’an foi pensada como uma cidade “verde e inteligente”. No entanto, a realidade no distrito é um tanto distante da desenhada no papel. Segundo a Bloomberg, Xiong’an ainda é uma “cidade fantasma”, sem presença significativa de moradores.
Implantação da banda larga 10G faria parte de um plano maior da China, diz site
A nova rede, que usa tecnologia 50G-PON, teria sido projetada para atender às necessidades de tecnologias futuras – aquelas que vão exigir conexões rápidas e baixa latência. Por exemplo: realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), jogos na nuvem e carros autônomos.
Rede 10G na China teria sido projetada para atender às necessidades de tecnologias futuras (Imagem: This Lama/Shutterstock)
Segundo o site Digit, essa implantação da banda larga 10G faz parte de um plano mais amplo da China. Ainda de acordo com o portal, os objetivos do país asiático seriam:
Modernizar sua infraestrutura digital;
Galgar liderança em inovação tecnológica global.
Para desenvolvedores e criadores de tecnologia, a nova rede abriria portas para criar aplicações e serviços que funcionem em tempo real, sem a preocupação com lags ou atrasos, aponta o site.
Nova rede seria passo importante para a China em sua jornada de transformação digital (Imagem: Roman Samborskyi/Shutterstock)
Por um lado, isso levanta questões sobre a viabilidade da visão utópica por trás desse megaprojeto. Por outro, nova rede de internet 10G seria um passo importante para a China em sua jornada de transformação digital.
A dúvida agora é: até que ponto a população de lá vai adotar a visão futurista que a tecnologia propõe para esse novo centro urbano? A ver.
China confirma intenção de construir uma usina nuclear na Lua
A China confirmou, na quarta-feira (23), que pretende construir uma usina nuclear na Lua – planos revelados pela primeira vez em março de 2024. O objetivo é fornecer energia para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), projeto conjunto com a Rússia.
Renderização de uma base lunar chinesa conceitual (Imagem: CAST)
De acordo com o site The Independent, o anúncio foi feito durante a apresentação da missão lunar Chang’e 8, marcada para 2028. Ela será fundamental para testar formas de gerar energia na Lua. E para dar os primeiros passos rumo a uma presença humana fixa no satélite natural da Terra.
Segundo o engenheiro-chefe da missão, Pei Zhaoyu, além da usina nuclear, também se considera outras fontes de energia, como grandes painéis solares. A ideia é garantir fornecimento constante de eletricidade para os equipamentos e astronautas.
Nesta quarta-feira (23), a China confirmou que pretende construir uma usina nuclear na Lua – planos revelados pela primeira vez em março do ano passado. O objetivo é fornecer energia para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), um projeto conjunto com a Rússia.
De acordo com o site The Independent, o anúncio foi feito durante a apresentação da missão lunar Chang’e 8, marcada para 2028, que será fundamental para testar formas de gerar energia na Lua e dar os primeiros passos rumo a uma presença humana fixa no satélite.
Concepção artística da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). Crédito: CNSA/CLEP
Segundo o engenheiro-chefe da missão, Pei Zhaoyu, além da usina nuclear, também estão sendo consideradas outras fontes de energia, como grandes painéis solares. A ideia é garantir fornecimento constante de eletricidade para os equipamentos e astronautas.
Esses painéis devem ser instalados na superfície lunar, com redes de cabos e dutos que levem calor e energia até os locais necessários, visando criar uma base autossuficiente, preparada para missões de longa duração.
A colaboração com a Rússia inclui o plano de construir um reator nuclear na Lua até 2035, com potencial para manter a estação ILRS funcionando por muito tempo.
Representação artística da fase 3 do roteiro do ILRS. Crédito: CNSA
Embora a China nunca tenha oficializado publicamente essa ideia, a inclusão do reator em uma apresentação para membros do ILRS indica que o país está comprometido com a proposta. O grupo reúne 17 países e organizações.
A estratégia da China para instalar uma base no polo sul da Lua caminha paralelamente ao programa Artemis, da NASA. Os EUA planejam levar astronautas de volta ao solo lunar em 2027.
Wu Weiren, chefe do projeto lunar chinês, afirmou que um modelo básico da ILRS será construído em menos de 10 anos. Esse modelo servirá como núcleo para futuras expansões da base lunar.
No futuro, a China pretende lançar o “Projeto 555”, convidando 50 países, 500 instituições e 5.000 cientistas para colaborar no ILRS. A proposta é transformar a estação em um esforço científico global.
Os avanços tecnológicos têm permitido que a recarga de veículos elétricos aconteça de forma cada vez mais rápida. Hoje, existe uma verdadeira corrida entre duas empresas chinesas para fabricar baterias cada vez mais avançadas.
Mas em meio a uma disputa geopolítica entre China e Estados Unidos, estes últimos podem ficar de fora das últimas novidades. Isso porque as tarifas aplicadas por Donald Trump impossibilitam qualquer comércio entre as duas principais potências globais.
Novas baterias permitem recarga total em apenas cinco minutos
A chinesa CATL é responsável por fabricar mais de um terço das baterias de veículos elétricos do mundo, incluindo aquelas usadas em modelos da Tesla fabricados na China. Nos últimos dias, a empresa anunciou uma nova revolução no setor.
Foi apresentado um novo sistema de carregamento rápido que permite a recarga total de um veículo elétrico em apenas cinco minutos. A esperança é que esta nova tecnologia sirva como um novo impulso para o mercado eletrificado.
Empresa chinesa lançou sistema que permite recarga completa em apenas cinco minutos (Imagem: Victor Golmer/iStock)
O anúncio da CATL veio após a gigante BYD também desenvolver uma nova tecnologia de carregamento rápida. Este sistema permite que uma recarga completa aconteça nos mesmos cinco minutos, um avanço e tanto para o setor.
A expectativa é que estas tecnologias sejam amplamente utilizadas pelas empresas chinesas a partir da criação de uma rede de estações de carregamento que irá abranger diversos países do mundo. Mas não os Estados Unidos.
Guerra comercial entre EUA e China pode impedir exportação dos produtos (Imagem: Knight00730/Shutterstock)
Usuários norte-americanos não devem ter acesso aos novos recursos
De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, é provável que os novos produtos não cheguem ao mercado dos Estados Unidos, pelo menos num futuro próximo.
Isso porque a guerra comercial travada entre EUA e China tem dificultado o comércio entre as duas principais economias do planeta.
A CATL e a BYD estão na lista de companhias chinesas apresentada pelo Departamento de Defesa dos EUA.
Em outras palavras, isso torna mais difícil a venda de carros que utilizam estas baterias dentro do mercado norte-americano.
A disputa tarifária entre Estados Unidos e China tem provocado consequências globais. Os países são as duas principais potências globais e a paralisação do comércio entre eles gera um cenário de incertezas, aumentando os temores de uma recessão.
Esta é sem dúvida uma batalha de gigantes, mas os chineses apostam em um exército diferente para travar este combate: robôs alimentados por inteligência artificial.
A ideia é aumentar de forma expressiva o uso destes equipamentos em fábricas.
Produtos mais baratos e de qualidade
A China tem investido pesado na automação das fábricas do país nos últimos anos.
A principal agência de planejamento econômico do país, por exemplo, anunciou um fundo nacional de capital de risco de US$ 137 bilhões para robótica, inteligência artificial e outras tecnologias avançadas.
Estes recursos visam reduzir o custo de fabricação dos mais diversos produtos, melhorando também a qualidade do que é oferecido para mercados de todo o planeta.
De acordo com analistas ouvidos pelo The New York Times, isso pode fazer com que o país não aumente os preços em maio à guerra tarifária, um cenário esperado em função da interrupção de muitas cadeias logísticas.
Em outras palavras, as exportações chinesas podem ser menos impactadas.
EUA e China estão travando uma verdadeira guerra comercial (Imagem: Knight00730/Shutterstock)
Robôs podem evitar redução da força de trabalho do país
Atualmente, as fábricas da China são mais automatizadas do que a dos Estados Unidos, Alemanha ou Japão. Pequim tem mais robôs para cada 10 mil trabalhadores de manufatura do que qualquer outro país, exceto Coreia do Sul e Cingapura, de acordo com dados da Federação Internacional de Robótica.
O impulso de automação foi guiado por diretrizes governamentais e apoiado por enormes investimentos. E à medida que os robôs substituem os trabalhadores, os chineses evitam que o envelhecimento da população diminua sua força de trabalho. He Liang, fundador e executivo-chefe da Yunmu Intelligent Manufacturing, um dos principais produtores de robôs humanoides da China afirma que Pequim quer liderar o setor de robótica, uma área considerada fundamental para as pretensões de futuro do país.
A expectativa para os robôs humanoides é criar outra indústria de carros elétricos. Então, dessa perspectiva, é uma estratégia nacional.
He Liang, fundador e executivo-chefe da Yunmu Intelligent Manufacturing
China quer criar um exército de trabalhadores robôs (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)
Isso não quer dizer, no entanto, que as fábricas da China não continuem empregando verdadeiras legiões de trabalhadores. Mesmo com a automação, eles são necessários para verificar a qualidade dos produtos e instalar peças específicas, por exemplos.
Para isso, é necessário mão de obra qualificada. As universidades chinesas formam cerca de 350 mil graduados em engenharia mecânica por ano, assim como eletricistas, soldadores e outros técnicos treinados. Em comparação, as universidades dos EUA formam cerca de 45 mil engenheiros mecânicos a cada ano.
Não se sabe exatamente como vai terminar a mais recente disputa entre China e Estados Unidos. Mas é inegável que Pequim está preparada para o cenário, projetando o que espera ser o futuro de uma economia global liderada pelo país.
Uma atualização das imagens captadas pelo Google Earth revelou a construção de uma base naval chinesa, de acordo com a revista Newsweek. O local seria usado para abrigar a frota de submarinos nucleares do país asiático.
As imagens de satélite foram feitas em Qingdao, na costa leste da China, mas a data não foi informada. É possível observar, pelo menos, seis submarinos no píer, além de uma embarcação em uma doca seca.
Desde 2009, a China construiu 12 submarinos movidos a reatores nucleares (Imagem: Reprodução/Alex Luck)
O que mostram as imagens da China
Em publicação no X, o analista naval australiano Alex Luck informou que cinco deles estavam armados convencionalmente, incluindo dois Tipo 091 e dois Tipo 093A, mas um não pôde ser identificado.
O único submarino chinês com mísseis balísticos nucleares Tipo 092 também apareceu na imagem. Um relatório publicado em março pela Federação de Cientistas Americanos informou que o Tipo 092 experimental está inoperante e foi substituído por seu sucessor mais avançado, o Tipo 094, como lembra a reportagem.
GE imagery update of Qingdao First Submarine Base, with several nuclear powered boats visible. Red Type 09I (likely training boats/MTS), green Type 09III(A), blue Type 09IV SSBN, yellow unidentified hull, 09IIIA or possibly 09IIIB, purple unidentified hull in dock. pic.twitter.com/CaWPOGCk9T
Já o submarino não identificado na doca seca pode ser um barco em processo de desmantelamento. Isso porque, segundo o analista, a manutenção desse tipo de submarino é realizada regularmente em outro local.
A Marinha da China é a maior do mundo em número de embarcações, com mais de 370 em operação;
De acordo com o Pentágono, o país tem planos de expandir sua frota com mais 65 unidades até o fim deste ano e outras 80 na próxima década;
Desde 2009, a China construiu 12 submarinos movidos a reatores nucleares, incluindo dois de ataque, quatro com armamentos convencionais e seis capazes de lançar mísseis balísticos nucleares, segundo a revista;
No ano passado, a Marinha chinesa perdeu seu submarino Tipo 041, de ataque com propulsão nuclear, depois que a embarcação afundou em um estaleiro;
Ainda assim, o país realizou, recentemente, uma circunavegação naval sem precedentes na Austrália, com um contratorpedeiro, uma fragata e um navio de reabastecimento.
Submarino não identificado na doca seca pode ser um barco em processo de desmantelamento (Imagem: Alex Luck/Reprodução)
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos posicionaram cinco submarinos com propulsão nuclear, com armas convencionais, na ilha de Guam, centro militar no Oceano Pacífico Ocidental, segundo a reportagem.
Um relatório recente divulgado pela Leaderobot aponta que a China está vencendo a corrida robótica. O país deve dominar mais de 50% da produção mundial de robôs humanoides em 2025, avançando em um setor considerado estratégico.
De acordo com o trabalho, Pequim produzirá mais de 10 mil unidades até o final deste ano. As vendas no período totalizarão US$ 1,14 bilhão (mais de R$ 6,5 bilhões), um sinal de que a indústria está cada vez mais viável.
China aposta no aumento da demanda de robôs
O levantamento destaca que a indústria de robôs humanoides chinesa pode avançar de forma semelhante ao mercado de veículos elétricos, que já é dominado por Pequim.
Um exemplo recente desse avanço ocorreu em março deste ano.
Na oportunidade, a UBTech Robotics anunciou que 20 humanoides serão utilizados em atividades industriais ainda no primeiro semestre de 2025.
Isso abre caminho para uma cada vez maior utilização da tecnologia no cotidiano, além de potencializar a demanda por novos equipamentos.
O relatório ainda projeta que o mercado chinês atingirá 103,8 bilhões de yuans (cerca de R$ 80 bilhões) até 2030, capturando quase 45% do mercado global.
China tem aumentado investimentos na área da robótica (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)
Em fevereiro deste ano, o governo da China anunciou o lançamento do Plano de Ação para Inovação Científica e Cultivo Industrial de Inteligência Incorporada.
O objetivo é investir pesado no desenvolvimento de produtos altamente tecnológicos, entre eles os robôs humanoides.
O que Pequim quer é se transformar na grande potência tecnológica mundial até 2027. Para isso, os chineses têm buscado cada vez mais desenvolver produtos de hardware e software de primeira ponta, diminuindo também a dependência do Ocidente.
China busca liderança global no setor de IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)
Os robôs humanoides estão sendo posicionados para atender às necessidades humanas e impulsionar a eficiência empresarial. Ao mesmo tempo, os países estão competindo pela liderança em tecnologias de próxima geração, e a inteligência artificial (IA) e a robótica estão no centro dessa concorrência.
Wang Tianmiao, diretor de robótica da Universidade de Beihang
Os Estados Unidos estão preocupados com a capacidade bélica e tecnológica da China. Um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente cita a possibilidade dos chineses estarem desenvolvendo um exército de soldados geneticamente modificados.
Esses ‘supersoldados’ contariam com decisões orientadas por inteligência artificial e devem integrar um exército de classe mundial até 2049.
O relatório ainda alerta para as consequências futuras desse plano e traz estratégias para impedi-lo.
Relatório elaborado pelos EUA pede urgência na ação contra a China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)
Exército de supersoldados da China combina tecnologia e segurança nacional
De acordo com o site Interesting Engineering, o relatório da Comissão de Segurança Nacional foi entregue ao Congresso dos EUA após dois anos de análise. Ele pede ação urgente a nível nacional.
O documento analisou a abordagem da China no que diz respeito à união de biotecnologia e segurança nacional. No centro dessa união, estaria um suposto desenvolvimento de um exército de classe mundial de soldados geneticamente modificados, que combinam decisões orientadas por inteligência artificial e integração no campo de batalha. Os supersolados estariam nos planos do Exército de Liberação Popular (ELP) e podem ficar pronto até 2049.
Segundo o relatório, “haverá um momento ChatGPT para a biotecnologia”, se referindo ao momento que um lançamento de inteligência artificial popularizou a tecnologia e a tornou mais acessível. O documento complementa: “se a China chegar lá primeiro, talvez nunca a alcancemos”.
Documento alerta para possível dominância chinesa no setor militar, caso o plano se torne realidade (Imagem feita com inteligência Artificial via DALL-E/Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital)
Guerra por drones ficou no passado
O relatório cita uma ameaça estratégica amplificada na área de defesa, que tornaria a “guerra por drones” antiquada. O exército geneticamente modificado seria o próximo passo em técnicas melhoradas de resistência, cognição e resiliência.
Tudo isso forçaria o campo militar global, incluindo chinês, a entrar em uma área até então desconhecida.
A guerra por drones parecerá antiquada, se tivermos que lidar com supersoldados do ELP geneticamente modificados, com humanos e IA fundidos.
Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente
Relatório apontou medidas de proteção dos EUA contra a China (Imagem: Mykola Holyutyak/Shutterstock)
De acordo com o relatório, o método da China consiste em roubar propriedade intelectual, escalar a produção com subsídios vindos do Estados e controlar as cadeias de suprimentos;
Isso levaria a uma manipulação dos mercados de biotecnologia pelas mãos das entidades chinesas;
Em seguida, as empresas chinesas cresceriam de forma atípica, prejudicando a concorrência estrangeira, inclusive em áreas sensíveis, como o setor farmacêutico e de sequenciamento genômico;
Isso levaria outros países a tomar medidas defensivas.
Para combater esse cenário, o relatório pede uma estratégia em duas partes. Primeiro, uma aceleração de inovação nos Estados Unidos, que inclui investimento federal de no mínimo US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo, uma desaceleração da ascensão da China, que inclui proteger propriedade intelectual de biotecnologia contra os chineses e não reconhecer empresas chinesas no mercado.
Vale lembrar que o documento foi elaborado pelos Estados Unidos. A China não confirmou nada.