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China estaria planejando exército de soldados geneticamente modificados com IA

Os Estados Unidos estão preocupados com a capacidade bélica e tecnológica da China. Um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente cita a possibilidade dos chineses estarem desenvolvendo um exército de soldados geneticamente modificados.

Esses ‘supersoldados’ contariam com decisões orientadas por inteligência artificial e devem integrar um exército de classe mundial até 2049.

O relatório ainda alerta para as consequências futuras desse plano e traz estratégias para impedi-lo.

Relatório elaborado pelos EUA pede urgência na ação contra a China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Exército de supersoldados da China combina tecnologia e segurança nacional

De acordo com o site Interesting Engineering, o relatório da Comissão de Segurança Nacional foi entregue ao Congresso dos EUA após dois anos de análise. Ele pede ação urgente a nível nacional.

O documento analisou a abordagem da China no que diz respeito à união de biotecnologia e segurança nacional. No centro dessa união, estaria um suposto desenvolvimento de um exército de classe mundial de soldados geneticamente modificados, que combinam decisões orientadas por inteligência artificial e integração no campo de batalha. Os supersolados estariam nos planos do Exército de Liberação Popular (ELP) e podem ficar pronto até 2049.

Segundo o relatório, “haverá um momento ChatGPT para a biotecnologia”, se referindo ao momento que um lançamento de inteligência artificial popularizou a tecnologia e a tornou mais acessível. O documento complementa: “se a China chegar lá primeiro, talvez nunca a alcancemos”.

Documento alerta para possível dominância chinesa no setor militar, caso o plano se torne realidade (Imagem feita com inteligência Artificial via DALL-E/Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital)

Guerra por drones ficou no passado

O relatório cita uma ameaça estratégica amplificada na área de defesa, que tornaria a “guerra por drones” antiquada. O exército geneticamente modificado seria o próximo passo em técnicas melhoradas de resistência, cognição e resiliência.

Tudo isso forçaria o campo militar global, incluindo chinês, a entrar em uma área até então desconhecida.

A guerra por drones parecerá antiquada, se tivermos que lidar com supersoldados do ELP geneticamente modificados, com humanos e IA fundidos.

Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente

Exército de robôs futuristas
Relatório apontou medidas de proteção dos EUA contra a China (Imagem: Mykola Holyutyak/Shutterstock)

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Se isso der certo, quais as consequências?

  • De acordo com o relatório, o método da China consiste em roubar propriedade intelectual, escalar a produção com subsídios vindos do Estados e controlar as cadeias de suprimentos;
  • Isso levaria a uma manipulação dos mercados de biotecnologia pelas mãos das entidades chinesas;
  • Em seguida, as empresas chinesas cresceriam de forma atípica, prejudicando a concorrência estrangeira, inclusive em áreas sensíveis, como o setor farmacêutico e de sequenciamento genômico;
  • Isso levaria outros países a tomar medidas defensivas.

Para combater esse cenário, o relatório pede uma estratégia em duas partes. Primeiro, uma aceleração de inovação nos Estados Unidos, que inclui investimento federal de no mínimo US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo, uma desaceleração da ascensão da China, que inclui proteger propriedade intelectual de biotecnologia contra os chineses e não reconhecer empresas chinesas no mercado.

Vale lembrar que o documento foi elaborado pelos Estados Unidos. A China não confirmou nada.

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Chip de IA da Huawei avança para substituir GPUs da Nvidia na China

A Huawei deve iniciar já no próximo mês o envio em larga escala do chip de inteligência artificial Ascend 910C para clientes chineses. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, algumas unidades já foram entregues antecipadamente, e a previsão é que o novo modelo se torne peça-chave para suprir a demanda por GPUs no país, especialmente após as recentes restrições dos Estados Unidos à venda de chips da Nvidia para empresas chinesas.

A medida coincide com o aumento da procura por alternativas domésticas ao chip H20, da própria Nvidia, que passou a necessitar de licença de exportação para ser comercializado na China. A pressão vem do governo dos EUA, sob a administração do presidente Donald Trump, que tenta restringir o avanço tecnológico chinês, principalmente no campo da IA com potencial uso militar.

Ascend 910C é aposta da Huawei para ocupar espaço deixado pela Nvidia na China (Imagem: Huawei / Divulgação)

Chip 910C: evolução arquitetônica e desempenho competitivo

  • O Ascend 910C é uma GPU que representa uma evolução arquitetônica em relação ao modelo anterior, o 910B.
  • Segundo fontes da Reuters familiarizadas com o projeto, o novo chip combina dois processadores 910B em um único pacote, utilizando técnicas avançadas de integração.
  • Com isso, o componente atinge desempenho comparável ao poderoso chip H100, da Nvidia.
  • Além de dobrar a capacidade de processamento e de memória em relação ao seu antecessor, o 910C oferece melhorias incrementais, como suporte aprimorado para cargas de trabalho de IA diversificadas.
  • No entanto, especialistas apontam que o chip não representa um avanço revolucionário, mas sim uma otimização importante diante do cenário atual.

Mercado chinês busca autonomia em hardware de IA

Com a proibição da venda de chips como o B200 e o H100 à China desde 2022, empresas chinesas de tecnologia e startups como Moore Threads e Iluvatar CoreX intensificaram o desenvolvimento de soluções locais. A nova limitação imposta à Nvidia com o H20 abre espaço para que o 910C da Huawei se torne o principal hardware de referência para desenvolvedores de modelos de IA e aplicações de inferência no país, segundo Paul Triolo, consultor da Albright Stonebridge Group.

No fim de 2024, a Huawei já havia começado a distribuir amostras do 910C e a aceitar pedidos de encomenda. A empresa, no entanto, se recusou a comentar publicamente sobre o cronograma de entrega e as especificações técnicas do chip, classificando as informações como especulações.

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Produção e envolvimento de fornecedores

Ainda não está claro quais empresas estão responsáveis pela fabricação principal do 910C, mas fontes da Reuters indicam que a SMIC, fabricante chinesa de chips, está utilizando seu processo N+2 de 7 nanômetros para produzir alguns dos principais componentes. Apesar disso, a taxa de rendimento das peças ainda é considerada baixa.

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Fabricante chinesa, SMIC estaria produzindo alguns dos principais componentes (Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

Outra parte dos chips 910C inclui semicondutores produzidos anteriormente pela TSMC para a empresa chinesa Sophgo, segundo fontes ligadas à cadeia de produção. A TSMC afirmou que não fornece componentes à Huawei desde setembro de 2020 e que segue todas as normas regulatórias. O Departamento de Comércio dos EUA, por sua vez, investiga a atuação da TSMC no fornecimento indireto à Huawei após identificar chips da Sophgo em processadores 910B.

A Huawei, por sua vez, reiterou que não utiliza chips da Sophgo fabricados pela TSMC. A Sophgo não comentou o caso até o momento.

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Dividir o Google só ajuda a China, diz empresa em defesa

O Google voltou ao tribunal nesta segunda-feira (21) para a fase de definição das punições após ter sido condenado por monopólio no mercado de buscas online. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos propôs medidas como a separação do navegador Chrome e a abertura dos dados de busca da empresa para concorrentes.

Em resposta, o Google passou a adotar um discurso centrado em segurança nacional e liderança tecnológica, defendendo que a fragmentação da empresa enfraqueceria a posição dos Estados Unidos na corrida global contra a China.

Google argumenta que forçar a venda do Chrome pode prejudicar a competição dos Estados Unidos frente à China (Imagem: OnePixelStudio / Shutterstock.com)

A companhia afirma que as propostas do governo colocam em risco a inovação americana justamente em um momento decisivo para o avanço da inteligência artificial. Em publicação oficial, o Google mencionou a chinesa DeepSeek como uma das concorrentes emergentes no setor e alertou que interferências regulatórias desse porte “conteriam o desenvolvimento da IA” no país.

Google argumenta que está na linha de frente da inovação

De acordo com Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, a proposta do Departamento de Justiça levaria à criação de um comitê governamental para supervisionar o design e a evolução dos produtos da empresa. “Isso atrasaria a inovação americana em um ponto crítico. Estamos em uma corrida global acirrada com a China pela próxima geração de liderança tecnológica, e o Google está na linha de frente das empresas americanas que estão realizando descobertas científicas e tecnológicas”, escreveu.

A companhia também afirma que obrigar o compartilhamento de dados de busca — como termos digitados, cliques e resultados — não apenas geraria riscos à cibersegurança, como também aumentaria os custos de dispositivos para os consumidores. O navegador Chrome, alvo central da proposta de separação, é defendido como uma ferramenta aberta que serve de base para outros navegadores e garante liberdade de acesso à internet.

Imagem para ilustrar tutorial acerca do Google Chrome
Departamento de Justiça dos Estados Unidos quer a venda do Google Chrome (Imagem: 2lttgamingroom / Shutterstock.com)

Julgamento continua até maio

  • A atual fase do processo tem duração prevista de três semanas e vai até o dia 9 de maio.
  • O foco é definir quais serão as consequências práticas da decisão judicial anunciada em agosto de 2024, quando o Google foi considerado culpado por manter práticas monopolistas nas buscas online.
  • O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso, deve emitir sua decisão sobre as penalidades em agosto deste ano. A empresa já sinalizou que pretende recorrer da sentença.
  • O Google também tenta equilibrar seu posicionamento: busca mostrar que é essencial para a inovação norte-americana, sem dar margem à interpretação de que impede a concorrência.
  • Parte da defesa deve destacar o papel da empresa na evolução da IA, incluindo a pesquisa “Transformers”, que serviu de base técnica para ferramentas como ChatGPT, Perplexity e Anthropic.

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Concorrência defende mais opções ao usuário

Enquanto o Departamento de Justiça alega que os acordos comerciais do Google ainda reforçam seu monopólio, empresas concorrentes defendem maior liberdade de escolha para os usuários. A Perplexity, por exemplo, afirmou em comunicado que o ideal seria permitir que fabricantes de smartphones possam oferecer diferentes mecanismos de busca aos clientes, sem receio de sanções financeiras ou restrições de acesso.

“Os consumidores merecem os melhores produtos, não apenas os que pagam mais por espaço”, declarou a empresa, argumentando que a diversidade de opções deve ser o principal critério para definir os vencedores no mercado de buscas online.

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Robôs encaram humanos em maratona de corrida na China

Ocorreu neste sábado (19), uma meia-maratona de corrida de robôs contra humanos na região de Yizhuang (localizada em Pequim, China). O evento marca a primeira vez que máquinas e seres humanos disputam um percurso de 21 km. Mas quem será que venceu?

Apesar da alta expectativa, o vencedor foi um humano: o corredor levou pouco mais de uma hora para completar a meia-maratona. Já o primeiro colocado dentre os robôs precisou de mais que o dobro do tempo: 2 horas e 40 minutos.

Para quem tem pressa:

  • A cidade de Pequim sediou hoje a primeira meia-maratona entre robôs e humanos;
  • Os participantes robóticos usavam camisas e chapéus: cada um com características distintas de tecnologia e de aparência;
  • Quem venceu a corrida, no entanto, foi um ser humano.

Ao todo, 21 robôs marcaram presença na meia-maratona que levou milhares de chineses às ruas.

Os robôs humanoides foram fabricados por empresas chinesas, como DroidUP e Noetix Robotics. Cada participante robótico tinha características distintas: alguns com estatura inferior a 120 cm; outros, tinham quase 2 metros.

Confira o vislumbre da corrida que foi registrado pelo jornal britânico The Independent:

Mas engana-se quem acha que os corredores artificiais estavam tão distintos assim: alguns participantes usavam tênis de corrida, camisetas regata, luvas, chapéus, e até faixas em vermelho com os dizeres “destinado a vencer” em mandarim.

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Apesar de toda a inovação que esse evento representa, as máquinas precisavam de acompanhamento constante de seus criadores: autoridades locais associaram a maratona a uma corrida de carros em virtude da quantidade de tecnologia e engenheiros presentes na pista.

O primeiro robô a cruzar a linha de chegada foi o Tiangong Ultra, fabricado pelo Centro de Inovação de Robótica Humana de Pequim. Assim como ele, os outros precisavam de assistência constante e até de apoio físico durante a corrida.

Segundo Tang Jian, diretor do local que o construiu, Tiangong Ultra conquistou um desempenho superior aos rivais devido a pernas longas e por um software alimentado por algoritmos: o programa permitia que o robô imitasse o ‘jeito humano’ de correr.

Não quero me gabar, mas acho que nenhuma outra empresa de robótica no Ocidente igualou as conquistas esportivas da Tiangong.

— Tang Jian: diretor do Centro de Inovação de Robótica Humana de Pequim

Embora alguns competidores robóticos tenham tido um bom desempenho, outros enfrentaram muitas dificuldades: um robô caiu no chão já próximo da linha de chegada e permaneceu deitado por algum tempo antes de conseguir se levantar e continuar a corrida.

Há, também, relatos de outro robô que colidiu contra um corrimão após ter corrido apenas alguns metros: essa queda, infelizmente, levou seu humano para o chão também.

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China vai inaugurar a ponte mais alta do mundo; altura impressiona

Depois da Grande Muralha, da Cidade Proibida, do Palácio de Potala e do Exército de Terracota, a China está prestes a inaugurar uma nova obra que pode se tornar um dos principais pontos turísticos do país.

A Ponte Huajiang fica na província de Guizhou, no sudoeste da China. A construção começou oficialmente em 18 de janeiro de 2022 e a previsão é de conclusão em 30 de junho de 2025, segundo informa a mídia estatal.

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O governo chinês afirma que as obras já estão em mais de 95% e o tráfego de veículos será liberado logo no início do segundo semestre.

Sim, estamos falando de uma ponte, e você deve estar se perguntando aí do outro lado: mas como é possível colocar uma obra simples como essa ao lado de grandes maravilhas do mundo? A resposta é que essa não será uma ponte qualquer.

Parece desenho, mas não é: a ponte atravessa uma região montanhosa paradisíaca – Imagem: Reprodução/Xinhua

A ponte mais alta do mundo

  • Além da construção rápida, o projeto conta com várias outras marcas importantes.
  • A Ponte Huajiang terá impressionantes 625 metros de altura!
  • Isso equivale a quase o dobro do atual recordista, o Viaduto Millau, na França, que possui 330 metros.
  • Para você ter uma ideia, a estrutura será 200 metros mais alta do que a Torre Eiffel.
  • E a expectativa é que a obra se torne um importante ponto turístico, pois a ponte foi construída sobre o famoso Grand Canyon Huajiang.
  • Trata-se de uma das regiões montanhosas mais exuberantes do planeta — tanto que recebeu o apelido de “fenda terrestre”.
  • Os chineses já planejam a construção de toda uma estrutura turística ao redor.
  • Ela inclui um café a mais de 180 metros acima do deck da estrada, uma sala com piso de vidro e o salto de bungee jump mais alto do mundo, 610 metros acima do Rio Beipan.
  • A extensão da ponte também será de respeito: aproximadamente 2.890 metros — e ela vai permitir o tráfego nos dois sentidos.
  • Um último detalhe é que toda a obra foi feita em treliça de aço.
  • No total, essas treliças pesam cerca de 22 mil toneladas, o equivalente a três Torres Eiffel.
A ponte será 200 metros mais alta do que a Torre Eiffel, na França – Imagem: VladOrlov/iStock

Turismo sim, mas não só isso

O mais interessante é que os planos da China para a ponte nunca foram turísticos apenas. O turismo nesse caso, aliás, é acessório, uma espécie de extra.

O objetivo inicial do país foi o seguinte: melhorar a infraestrutura. Guizhou fica em uma área extremamente montanhosa, e acabou se tornando subdesenvolvida justamente por isso — pelo seu difícil acesso.

De acordo com o governo chinês, mais do que o recorde de altura, o aspecto mais importante é o impacto que a obra terá na vida dos moradores da região.

Segundo a mídia estatal, a Ponte Huajiang reduzirá o tempo de viagem de carros e caminhões sobre o Grand Canyon de duas horas para pouco mais de um minuto ou dois minutos! E tudo isso com uma vista belíssima.

A “fenda terrestre” é uma das paisagens montanhosas mais belas da China e do mundo – Imagem: Bill Wei/Shutterstock

Vale destacar que as imagens da obra são do site da Xinhua, a agência de notícias estatal oficial do governo da China. As informações são da BBC.

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Xiaomi ultrapassa Apple e lidera mercado chinês de smartphones

O mercado de smartphones na China presenciou uma reviravolta no primeiro trimestre de 2025, com a gigante americana Apple perdendo terreno para rivais domésticas. Dados preliminares da International Data Corporation (IDC) revelam que a participação da Apple no lucrativo mercado chinês de telefonia móvel recuou para 13,7%, uma queda considerável em relação aos 15,6% registrados no mesmo período do ano anterior.

Essa retração empurrou a Maçã para a quinta colocação no ranking, após ter figurado no topo no último trimestre de 2024.

Queda nas vendas de iPhone na China

Apesar de ter conquistado a liderança no final do ano passado, a Apple tem enfrentado uma crescente pressão de marcas locais como Vivo e Huawei, que já haviam superado a empresa em vendas anuais.

No primeiro trimestre de 2025, as remessas de iPhones na China totalizaram 9,8 milhões de unidades, representando uma queda de 9% em comparação com o ano anterior, conforme aponta o relatório da IDC divulgado nesta quinta-feira (17).

Ainda assim, a empresa foi a única marca não chinesa a se manter entre as cinco maiores do mercado.

Apesar de ter conquistado a liderança no fim de 2024, a Apple tem enfrentado pressão de marcas locais. (Imagem: Urbanscape/Shutterstock)

Xiaomi lidera mercado local

Quem capitalizou essa mudança no panorama foi a gigante chinesa Xiaomi, cujos produtos abrangem desde smartphones e eletrodomésticos até veículos elétricos. A empresa superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre, impulsionada por um aumento de quase 40% nas remessas em relação ao ano anterior.

A Huawei, outra potência chinesa que também atua nos mercados de smartphones e veículos elétricos, garantiu a segunda colocação no ranking da IDC, seguida pela OPPO, empresa de eletrônicos de consumo que ficou em terceiro lugar. As remessas dessas duas empresas chinesas atingiram 12,9 milhões e 11,2 milhões de unidades, respectivamente, durante o primeiro trimestre.

Logotipo da Xiaomi MI na tela do smartphone
Xiaomi superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre. (Imagem: Only_NewPhoto / Shutterstock)

Segundo Will Wong, gerente sênior de pesquisa de dispositivos de clientes da IDC Ásia/Pacífico, o retorno da Xiaomi ao primeiro lugar após quase uma década pode ser atribuído aos subsídios governamentais. A contínua expansão de subsídios na China, visando estimular o consumo, tem se mostrado um fator determinante para o bom desempenho de marcas com preços mais acessíveis.

Em janeiro, as políticas governamentais ampliaram os subsídios ao consumidor para incluir smartphones, tablets e smartwatches, com um limite de preço de 6.000 yuans (aproximadamente US$ 821,92). Analistas do Citi acreditam que esses subsídios podem incentivar uma parcela dos consumidores chineses a substituir seus aparelhos por modelos com preços inferiores a 3.000 yuans, um segmento que representa 75% da base de usuários de smartphones do país.

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Olhando para o futuro, Arthur Guo, analista sênior de pesquisa da IDC China, alerta para possíveis desafios, uma vez que “as tensões comerciais entre os EUA e a China podem levar a aumentos de custos e orçamentos mais apertados para os consumidores”, o que poderia impactar negativamente a demanda nos próximos trimestres.

Com informações do Wall Street Journal.

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Etanol e hidrogênio: USP estuda o futuro da mobilidade

Uma célula a combustível de hidrogênio, um cilindro de armazenamento e uma membrana para célula a combustível de hidrogênio doados por uma subsidiária da GWM serão usados em pesquisas de descarbonização na Universidade de São Paulo (USP).

Os experimentos serão conduzidos no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da instituição, que recebeu a doação da empresa FTXT, especializada em tecnologia de hidrogênio, segundo o Jornal da USP.

A cerimônia realizada no mês passado contou com a presença de delegações da China, incluindo autoridades e representantes empresariais da província de Hebi e da cidade de Baoding, onde fica a sede da GWM.

Pesquisador testa células de etanol em laboratório para produzir energia de forma sustentável (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

“Sabemos que a USP é a universidade mais renomada da América Latina, e todos os indicadores demonstram a qualidade de seus talentos em diversas áreas. Vejo grande potencial para parcerias e intercâmbios significativos em pesquisas nas áreas de medicina, energias renováveis ​​e humanidades”, disse o prefeito Dang Xiaolong ao jornal.

Inovações a caminho

O foco será a viabilidade do uso de etanol em veículos pesados, que, atualmente, dependem do diesel, um dos combustíveis fósseis que mais contribuem para a poluição atmosférica. O teste será feito em um caminhão enviado pela GWM da China.

Células a combustível de hidrogênio podem ser uma alternativa sustentável por não emitirem gases de efeito estufa e garantirem grande autonomia, podendo ser carregadas de forma rápida com poucas quantidades, como ocorre atualmente com veículos convencionais.

O sistema que converte a energia química do hidrogênio em eletricidade foi projetado inicialmente para atender veículos pesados, mas testes estão sendo realizados na China, Japão, Alemanha e Canadá para ampliá-los para automóveis de passeio.

Cerimônia realizada no mês passado contou com a presença de delegações da China (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

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Parceria consolidada

O centro já vem realizando pesquisas sobre efeito estufa com cientistas de diversas áreas, como engenharia, biologia, direito e psicologia. Os pesquisadores envolvidos vêm de 21 estados brasileiros, além de 60 estrangeiros, segundo a reportagem.

Recentemente, a universidade inaugurou o Centro USP-China, que fomenta a cooperação acadêmica, científica e tecnológica entre os países. A troca de conhecimento foca nas áreas de agricultura, ciências naturais, saúde, engenharia, arquitetura e humanidades.

“Brasil e China compartilham diversos desafios, incluindo a transição energética para reduzir as emissões de carbono. Trabalhar juntos para superar esses desafios representa uma grande oportunidade, já que a China se tornou um dos principais players globais neste setor”, disse o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior ao jornal.

Foco será a viabilidade do uso de etanol em veículos pesados (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

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Guerra dos Chips: restrições dos EUA contra China aumentam

O governo Trump intensificou as restrições à exportação de chips avançados para a China, mirando diretamente empresas como Nvidia e AMD. As informações são do Wall Street Journal.

As novas medidas — as mais rigorosas até agora — sinalizam que os EUA pretendem barrar qualquer progresso chinês em inteligência artificial (IA) que dependa de tecnologia americana.

Impacto das restrições

  • A decisão interrompe o envio de chips de alto desempenho, como o H20 da Nvidia e o MI308 da AMD, impactando severamente as vendas dessas empresas no mercado chinês.
  • Só a Nvidia vendeu cerca de US$ 12 bilhões em chips H20 para a China no último ano fiscal, o que representa 70% das suas vendas no país.
  • A reação foi imediata: as ações das empresas caíram cerca de 7% e o mercado global sentiu o impacto.

A medida ocorre em meio ao avanço da startup chinesa DeepSeek, que chamou atenção global ao criar modelos potentes de IA com menor poder computacional — um sinal de que a China poderia reduzir sua dependência de chips estrangeiros.

Mesmo diante das restrições, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, viajou a Pequim, onde se encontrou com líderes chineses, inclusive o fundador da DeepSeek. Huang afirmou que o mercado chinês segue sendo “muito importante” e reconheceu os impactos das novas sanções.

Nova rodada de sanções revela estratégia para frear o avanço da inteligência artificial chinesa – Imagem: William Potter/Shutterstock

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O endurecimento das regras visa limitar o acesso chinês à tecnologia de ponta usada para treinar e operar modelos de IA. Autoridades americanas alertam que permitir esse acesso é como “dar as ferramentas” para um competidor direto. “Se vão competir conosco, que seja com as próprias ferramentas”, disse o Secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Mudança de fornecedores

Em resposta, empresas chinesas correram para garantir pedidos antes do bloqueio. A Nvidia recebeu US$ 18 bilhões em encomendas nos primeiros meses de 2025, número que supera toda a receita anual da empresa na China no ano anterior.

Agora, sem acesso aos chips americanos, empresas como Alibaba e ByteDance deverão recorrer a alternativas locais como Huawei e Cambricon, alinhadas com o esforço do governo chinês de fortalecer a produção doméstica de semicondutores.

Analistas estimam que a Nvidia terá prejuízos de cerca de US$ 5,5 bilhões com a medida, enquanto a AMD pode perder até US$ 800 milhões.

A tensão crescente adiciona um novo capítulo à disputa tecnológica entre EUA e China — uma guerra fria digital com implicações globais.

Celular exibindo logomarca da Nvidia na tela na frente de outra tela exibindo bandeira dos Estados Unidos
Setor de tecnologia reage com queda nas ações e corrida de gigantes chinesas por alternativas locais (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

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Terras raras: Brasil está no meio de uma disputa global

Fundamentais para a economia moderna, as terras raras são elementos químicos presentes na crosta terrestre, mas que são difíceis de se encontrar em grandes quantidades.

Também chamados de metais raros, eles são amplamente usados para criação de ímãs superpotentes, baterias de carros elétricos, turbinas e até telescópios espaciais.

Por conta disso, a demanda pelos materiais disparou nos últimos anos. Em contrapartida, a oferta continua bastante reduzida. Neste cenário, uma mina localizada em Minaçu, um pequeno município de Goiás, ganha uma importância enorme.

Importância geopolítica das terras raras

  • Hoje, a extração dos metais raros está concentrada em apenas alguns países, sendo a China a principal produtora.
  • Os chineses controlam 70% deste importante mercado.
  • Por outro lado, os EUA também têm acesso aos recursos, mas em grau muito menor.
  • Como a demanda tende a aumentar ainda mais, outros territórios passaram a ser cobiçados.
  • É por isso, por exemplo, que o presidente Donald Trump está pressionando a Ucrânia para fechar um acordo envolvendo as terras raras do leste europeu.
  • Os ucranianos possuem grandes depósitos de metais raros, mas parte deles já está sendo controlada pela Rússia.
  • Ao mesmo tempo, Groenlândia conta com um importante suprimento destes recursos.
  • E não é coincidência que a Casa Branca esteja de olho na região, com Trump inclusive ameaçando tomar o território militarmente.
  • Agora, os olhares do mundo também se voltam para o nosso país.
EUA e China estão de olho em mina brasileira (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Investimento dos EUA e exportação para a China

A mina de terras raras em Minaçu é uma das poucas localizadas fora da Ásia. Inaugurada no ano passado, ela tem uma capacidade de produção que pode dobrar a oferta dos elementos fora do continente asiático, o que pode ajudar a atender a enorme demanda pelos recursos no Ocidente.

Por conta disso, investidores dos EUA têm aportado milhões de dólares no empreendimento. Além disso, no mês passado, a Casa Branca informou que deseja financiar a expansão da mina no Brasil. O problema é que toda a produção do local já está contratada pela China.

Mapa do Brasil, em amarelo, com um fundo verde
Brasil possui uma das poucas produtoras de terras raras localizadas fora da Ásia (Imagem: Kreativorks/Shutterstock)

Em 2010, os chineses interromperam as exportações de metais raros para o Japão por causa de uma disputa territorial. Isso acendeu alertas sobre a grande dependência da China, o que fez a Denham Capital, uma empresa dos EUA, investir em um projeto chamado Serra Verde para minerar esses recursos no Brasil.

Apesar dos investimentos norte-americanos, Pequim logo atraiu sua atenção para a região. O resultado deste interesse foi a assinatura de um contrato que prevê que grande parte das terras raras extraídas da mina tem como destino a China até pelo menos 2027. As informações são do The New York Times.

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Putin quer Marte! Rússia pode estar de volta à corrida espacial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou, nesta quarta-feira (16), via agência Interfax, que seu país e a China estão desenvolvendo projetos conjuntos de grande envergadura para a exploração espacial. Segundo ele, Moscou mantém firme seu compromisso com programas de investigação do Espaço profundo, que englobam missões à Lua e a Marte, e tem atraído o interesse de diversas nações além de Pequim.

Planeta Vermelho não é cobiçado apenas pelos EUA (e Musk) (Imagem: Buradaki/Shutterstock)

Enquanto Rússia e China se unem por Marte…

  • O bilionário Elon Musk, fundador da SpaceX e atualmente conselheiro do governo Donald Trump, nutre, há tempos, o desejo de enviar uma expedição tripulada a Marte;
  • Em 15 de março, ele declarou que o foguete Starship da SpaceX tem cronograma para ser enviado ao Planeta Vermelho em 2026;
  • Do lado estadunidense, o próprio presidente Donald Trump aproveitou seu primeiro discurso após assumir o cargo para reafirmar a intenção de levar astronautas dos Estados Unidos a Marte:
  • Os Estados Unidos voltarão a ser uma nação em expansão, ampliando nossa riqueza, estendendo nossos domínios e fincando nossa bandeira em novos e magníficos horizontes. Nosso objetivo é enviar americanos para cravar as estrelas e listras no solo marciano”, afirmou.

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Vale lembrar que a rivalidade entre Estados Unidos e Rússia na corrida espacial remonta ao período anterior ao histórico pouso lunar, em 20 de julho de 1969, quando ambas as potências disputavam quem chegaria primeiro à superfície da Lua.

Antes disso, no contexto da Guerra Fria, os países queriam enviar a primeira pessoa ao Espaço — vitória soviética, que mandou Iuri Gagarin em 12 de abril de 1961.

Vladimir Putin assinando um documento e olhando para frente
Líder russo exaltou possibilidade de cooperação com a China (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

O que será da permanência humana no espaço depois do fim da ISS?

Estação Espacial Internacional (ISS) encerrará suas atividades em janeiro de 2031. Depois disso, a NASA irá tirar o laboratório da órbita da Terra para que ela faça uma reentrada ardente na atmosfera e caia em uma área remota do Oceano Pacifico. Desde o seu lançamento em novembro de 2000, ela tem garantido a permanência humana constante no espaço, mas depois do sim fim, ainda restará alguém no espaço?

Para quem tem pressa:

  • A ISS está com data marcada para seu fim, mas a permanência humana constante no espaço está garantida;
  • A Estação Espacial Chinesa Tiangong está em operação desde 2021 e deverá permanecer na órbita por mais alguns anos;
  • Além dela também existem outros laboratórios orbitais que serão lançados em breve como a Estação Axiom e a Estação de Serviço Orbital Russa (ROSS);
  • A Lua também ganhará uma representante nos próximos anos, a Estação Espacial Gateway.

Estação Espacial Tiangong

Bem, a ISS não é a única estação espacial na órbita da Terra, além dela ainda existe a Tiangong, a estação espacial chinesa. Sua construção iniciou em abril de 2021 e atualmente já conta com três módulos. A expectativa é que no futuro o laboratório receba mais três módulos e dobre de tamanho.

A previsão de duração da Estação Espacial Tiangong é de cerca de 10 anos, mas com a adição de novos módulos, talvez ela dure um pouco mais. Isso significa que mesmo após o fim da ISS, a China poderá dar continuidade à permanência humana contínua no espaço.

Laboratórios orbitais que serão lançados nos próximos anos

Além da Tiangong, empresas privadas também estão se programando para lançar suas estações espaciais, uma delas a Estação Axiom. Nos próximos anos a Axiom Space irá lançar módulos que serão acoplados a ISS com intuito de atividades comerciais espaciais. Quando a Estação Espacial Internacional deixar de operar, ela irá se separar, e passará a orbitar a Terra sozinha.

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