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Conheça Chun Wang: o bilionário chinês que comprou a nova missão da SpaceX 

Na madrugada da última terça-feira (1), a SpaceX lançou a Fram2, a primeira missão tripulada a orbitar os polos da Terra. O projeto é inédito e levou quatro pessoas de diversas áreas do conhecimento para o espaço. Dentre elas, está o bilionário chinês Chun Wang, que pagou pela missão e é seu comandante.

Ele se define como um apaixonado por viagens, principalmente aquelas para lugares desconhecidos. Sua paixão começou na infância, graças aos avós que o criaram e incentivaram seu interesse por aventura.

“Em 1987, quando tinha 5 anos, meu avô saiu para uma caminhada e trouxe para casa um mapa-múndi que ele havia encontrado. Aquele mapa imediatamente se tornou minha coisa favorita para brincar, e despertou minha curiosidade”, relatou ele ao site Space Flight Now. 

Porém, foi somente quando completou 18 anos e entrou para a universidade que ele fez sua primeira longa viagem. Wang precisou se deslocar 172 quilômetros de sua casa para estudar em outra cidade.

Wang se aventurou pelo mundo

A prática se tornou hobby quando ele começou a trabalhar em uma empresa de software em Pequim. Durante quatro anos, Wang viajou por todas as províncias da China de trem.

“Naqueles anos, eu era fascinado por infraestrutura e transporte, especialmente ferrovias. Eu registrava meticulosamente cada viagem de trem até os minutos, até os segundos, e postava esses registros em fóruns e quadros de avisos on-line”, disse o empresário.

Em 2010, ele fez sua primeira viagem internacional, quando foi ao Nepal e depois conheceu a Índia. Wang embarcou no que era então a viagem de trem mais longa e sem paradas pelo Subcontinente indiano, o16317 Himsagar Express, que o levou de Kanyakumari à Caxemira. Segundo ele, a jornada acabou custando cerca de US$ 1000, “era tudo o que eu tinha”.

Chun Wang durante uma expedição ao Polo Norte em 2023. (Imagem: Fram2)

De acordo com a contagem pessoal do empresário, ele viajou em trens de alta velocidade 854 vezes até 20 de março de 2025. Em relação ao transporte aéreo, Wang disse que a missão Fram2 será seu 1000° voo, sendo o primeiro com destino ao espaço.

Após todas as viagens que fez, ele relatou que sentiu um desejo de ir além dos limites de quão longe em latitude e longitude poderia chegar. 

“Em dezembro de 2021, cheguei ao Polo Sul e, em julho de 2023, ao Polo Norte. Não há mais pontos para empurrar a fronteira na Terra, o que torna o espaço uma fronteira emocionante para explorar”, comenta.

De criptomoedas à viagem espacial

Para além do mundo do turismo, o empresário tem um grande interesse em tecnologia. Sua curiosidade pela área também vem da infância. Aos treze anos, ele ganhou seu primeiro computador, um 486SX com MS-DOS 5.0, enquanto fazia o ensino fundamental.

“Na escola, participei de vários concursos de programação, incluindo a Olimpíada Internacional de Informática (IOI) e a ACM-ICPC. Em vez de fazer o exame nacional de admissão à faculdade, fui admitido diretamente na universidade com base no meu desempenho nesses concursos”, explicou Wang.

Essa paixão pela tecnologia o levou a ser cofundador da empresa de mineração de Bitcoin chamada F2pool, em 2013. O empreendimento é a fonte de sua fortuna.

Chun Wang no Ártico
“O que realmente chamou minha atenção foi o espaço vazio na parte inferior do mapa – as regiões polares”, disse o empresário. (Imagem: Fram2)

Segundo Wang, um ano após a fundação da companhia, ela já era “o maior pool de mineração de Bitcoin do mundo”. Hoje esse título é da Foundry USA, de acordo com o índice Luxor Technology’s Hashrate, enquanto a F2pool está em quarto lugar.

Mesmo com o sucesso nos negócios de criptomoeda, o bilionário diz que seu interesse mudou. “Agora, me vejo atraído por outro campo novo e emergente – o campo pelo qual tenho interesse desde a infância – o espaço”, comentou. 

“Desde que a SpaceX começou a recuperar os propulsores do Falcon 9, a indústria espacial comercial tem avançado em um ritmo incrível. Mais uma vez, vejo algo novo e empolgante se desenrolando, semelhante ao sentimento quando ouvi falar de computadores pela primeira vez e descobri o Bitcoin”, disse o empresário.

Wang fez uma tripulação de amigos

Além de financiador, Wang é comandante da missão Fram2. Ele disse que, na hora de montar a tripulação, não quis incluir nenhum americano. Por isso, esse foi o primeiro voo de uma nave espacial Dragon da SpaceX sem qualquer representante dos Estados Unidos.

“Quando selecionei essa tripulação, intencionalmente a tornei diversa para representar o futuro aberto que esperamos ver para a exploração espacial”, explicou o bilionário.

O ponto inicial e mais importante que ele considerou ao montar a equipe era garantir que uma pessoa da Noruega participasse. Isso seria outra forma de homenagear o navio Fram, o primeiro construído em solo norueguês que foi especificamente projetado para a pioneira expedição polar de 1911.

Esse requisito o levou a selecionar Jannicke Mikkelsen, uma diretora de cinema norueguesa. Sua experiência com a gravação de grandes projetos vem do “One More Orbit”, uma missão aérea de 2020 que tentou quebrar o recorde de volta ao mundo passando pelos polos Norte e Sul.

Equipe da missão Fram2
Equipe da missão Fram2 no dia do treinamento. (Imagem: Fram2)

Já os outros dois tripulantes, a engenheira alemã Rabea Rogge e o explorador polar australiano Eric Philips, são pessoas que Wang conheceu esquiando em Svalbard, um pequeno arquipélago norueguês localizado no extremo norte do globo.

“Eric já foi ao Polo Norte e ao Polo Sul por talvez 30 vezes, enquanto Rabea trabalhou em um projeto CubeSat. Ambos amam o espaço e têm experiência polar, então somos uma ótima equipe ligada por nossa conexão com Svalbard e estamos animados para representar um lugar que amamos durante a missão”, disse o empresário.

Segundo o Sky News, cada lugar na nave espacial teria custado US$ 55 milhões (R$313 milhões) por assento. O que daria um investimento bilionário por parte de Wang para que o projeto acontecesse.

Após o fim da missão Fram2, o empresário quer continuar em aventuras espaciais ambiciosas. 

“Quando a Starship se tornar operacional, ela abrirá possibilidades sem precedentes para viagens espaciais privadas e Marte não será apenas um sonho distante. Considerando as diversas possibilidades, acho que é o momento de começar a economizar dinheiro…”, concluiu Wang.

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Corrida dos robôs: existe um favorito entre EUA e China

Gigantes da tecnologia americana, como Tesla e Nvidia, estão se apressando no desenvolvimento de robôs humanoides, considerados essenciais para a economia futura.

Esses robôs, que combinam inteligência artificial e design humanoide, têm o potencial de ocupar empregos industriais e de serviços.

Embora Tesla, com o robô Optimus, lidere os esforços nos EUA, enfrenta forte concorrência da China, onde empresas como Unitree Robotics e Agibot estão superando os rivais americanos em termos de preços e produção em larga escala.

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Com modelos como o Optimus, os EUA lideram o setor de robôs humanoides, mas concorrência da China ja preocupa (Imagem: Divulgação/Tesla)

China avança com apoio do governo local

  • A China, com uma cadeia de suprimentos robusta e apoio governamental, está avançando rapidamente, com patentes de robôs humanoides e grandes players como Xiaomi e fabricantes de veículos elétricos, como BYD, já envolvidos.
  • O governo chinês tem incentivado o desenvolvimento da robótica, visando a produção em massa até 2025, e especialistas preveem que a adoção de robôs humanoides nas linhas de produção e serviços crescerá nos próximos anos.
  • O custo de fabricação ainda é alto, mas empresas chinesas como a Unitree estão oferecendo preços mais acessíveis, o que pode acelerar a adoção global.
  • As informações são da CNBC, que ouviu analistas do setor.

A China, que domina a cadeia de suprimentos de componentes essenciais, está posicionada para liderar o mercado, colocando os EUA em risco de perder a competição.

A previsão é que, até 2030, as vendas de robôs humanoides globais atinjam 1 milhão de unidades anuais, com 3 bilhões de robôs operando até 2060.

Imagem gerada por IA mostrando o exemplar de um humanoide.
Robôs humanoides, turbinados por IA, são aposta da industria tecnologia para ocupar diversas tarefas no futuro (Imagem: sdecoret/Shutterstock)

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Guerra dos chips: China encara um novo desafio

Uma das maiores fabricantes de servidores da China, a H3C, alertou para uma possível escassez do chip H20 da Nvidia. Este é o processador de inteligência artificial mais avançado disponível atualmente no mercado chinês.

Lembrando que o país asiático enfrenta uma série de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. Por conta disso, a falta do produto em questão pode impossibilitar o crescimento tecnológico chinês no futuro próximo.

Estoque de chips está quase no fim

Em comunicado, a empresa chinesa afirmou que “a cadeia de suprimentos internacional do H20 enfrenta incertezas significativas”. A H3C ainda destacou que o estoque atual está quase esgotado, sem informar uma possível data para ficar sem os produtos.

Demanda por chips da Nvidia aumentou (Imagem: Hepha1st0s/Shutterstock)

A demanda pelos chips da Nvidia aumentou nos últimos meses em função da corrida tecnológica envolvendo a inteligência artificial. Este movimento foi ainda mais impactado pelo lançamento do modelo de IA DeepSeek.

A Nvidia não se manifestou publicamente sobre a situação. Lembrando que o governo da China já tem investido pesado no desenvolvimento da indústria doméstica como forma de reduzir a dependência de chips ocidentais. As informações são da Reuters.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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Domo de aço gigante sela usina nuclear na China

Um domo de aço foi instalado na Unidade 3 da Usina Nuclear de Haiyang, na Província de Shandong, no leste da China, nesta semana. A peça tem cerca de 41 metros de diâmetro e 11 metros de altura. E pesa mil toneladas.

Com a instalação, o edifício principal da unidade nuclear está quase concluído. Ao todo, a ilha tem quatro unidades. Quando funcionarem juntas, vão gerar 40 bilhões de quilowatt-horas (kWh) de eletricidade por ano. Vai ser o suficiente para atender metade da população de Shandong.

A expectativa é que as unidades três e quatro estejam funcionando até 2027. O objetivo é ajudar a China a atingir sua meta de extinguir a emissão de gases poluentes, como o CO2 (dióxido de carbono).

Domo gigante é a terceira barreira de segurança de unidade em usina nuclear na China

O domo é a terceira barreira de segurança na unidade. Seu objetivo é evitar vazamento de materiais radioativos.

Levantar e colocar a peça gigante no lugar demorou duas horas. A manobra, feita no domingo (23), exigiu o uso de um guindaste de 3,2 mil toneladas, segundo o World Nuclear News.

Levantar e colocar o domo de aço gigante na unidade da usina nuclear demorou duas horas (Imagem: China Science/Redes sociais)

A instalação do domo “marca a conclusão básica da estrutura principal da planta da ilha nuclear”, informou o Shandong Nuclear Power Group, subsidiária da State Power Investment Corporation (via CCTV).

Além disso, “estabelece a base para a instalação subsequente do módulo icônico da terceira geração de energia nuclear – o tanque de armazenamento de água de resfriamento de contenção passiva – em sua parte superior”.

Domo de aço gigante sendo içado para selar unidade em usina nuclear na China
Domo usado para selar unidade em usina nuclear tem 41 metros de diâmetro, 11 metros de altura e mil toneladas de peso (Imagem: China Science/Redes sociais)

Esse tanque vai armazenar água para resfriar o reator em caso de emergência. Ele faz parte dos sistemas de segurança passiva da planta. Isto é, recursos acionados automaticamente, se necessário.

As Unidades 1 e 2 da usina de Haiyang começaram a operar comercialmente em 2018 e 2019, respectivamente. Juntas, elas fornecem cerca de 20 TWh de eletricidade para a rede anualmente. É um terço da demanda doméstica na província de Shandong.

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Substituição de usinas a carvão por usinas nuclear

Domo de aço gigante sendo colocado em cima de unidade em usina nuclear na China para selar ela
Instalação de domo em usina é um marco na aposta da China em energia nuclear (Imagem: China Science/Redes sociais)

A China recorreu à energia nuclear como alternativa às suas usinas a carvão, que queimam combustíveis fósseis e, consequentemente, poluem o ar.

O objetivo do país asiático é zerar suas emissões de gases poluentes até 2060. E o plano é usar energia nuclear para suavizar a transição para tecnologias renováveis e limpas.

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Guerra tech: governo Trump impõe novas restrições à China

O governo Trump intensificou as restrições ao acesso da China à tecnologia americana, impondo limites mais rígidos do que os implementados pelo governo Biden. As informações são do Wall Street Journal.

Na última terça-feira, os EUA adicionaram dezenas de empresas chinesas à lista negra comercial, exigindo que empresas americanas obtenham aprovação do governo para vender tecnologia para essas entidades.

Entre as adicionadas estavam subsidiárias do Inspur Group, o maior fabricante de servidores da China, e empresas ligadas ao maior fabricante de supercomputadores do país, Sugon.

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Políticas de Trump vão intensificando as tensões comerciais entre as duas potências (Imagem: WD Stuart/iStock)

Tensões crescentes

  • As mudanças refletem a intenção do governo Trump de restringir ainda mais a compra de tecnologia americana por empresas chinesas, especialmente no setor de computação de alto desempenho, usado em aplicações militares e no desenvolvimento de armas hipersônicas.
  • A lista de entidades inclui quase 80 empresas, a maioria chinesas, e a medida gerou atritos entre as duas maiores economias do mundo.
  • Durante o governo Biden, houve limitações à compra de chips de ponta, o que também gerou críticas de executivos do setor de tecnologia, como a Nvidia.

Entre as empresas afetadas, está a Inspur Electronic, uma subsidiária do Inspur Group, que trabalha com a Nvidia na China. A empresa montava servidores de inteligência artificial usando chips Blackwell da Nvidia, cuja venda à China foi proibida.

A medida reflete as preocupações dos EUA sobre o uso da tecnologia americana para fins militares pela China, enquanto as tensões entre os dois países continuam a aumentar. A China criticou a ação dos EUA, acusando-os de comportamento hegemônico e violação do direito internacional.

Donald Trump em um púlpito
Trump quer impedir ainda mais o acesso de tecnologia americana para a China (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

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Guerra dos chips: China deve liderar investimentos em 2025

A China é, atualmente, o maior consumidor de chips semicondutores do mundo. Nos últimos anos, as empresas do país vêm expandindo a capacidade de produção para atender a esta demanda crescente, especialmente em função das sanções impostas pelos Estados Unidos.

Em meio a este cenário, o governo chinês tem investido pesado para diminuir a dependência de produtos importados. E as projeções divulgadas pela SEMI, que atua no setor, indicam que estes gastos devem aumentar ainda mais neste ano.

Investimentos estão sendo impulsionados pela IA

De acordo com o relatório, a previsão de gastos com fábricas e os investimentos chineses em equipamentos aumentarão 2% este ano, chegando aos US$ 110 bilhões (cerca de R$ 630 bilhões). Este será o sexto ano consecutivo de crescimento, impulsionado pelo boom da inteligência artificial.

China tenta aumentar a capacidade de produção doméstica de chips (Imagem: William Potter/Shutterstock)

E a China deve continuar a investir mais na fabricação de chips do que qualquer outro país do mundo neste ano, sendo seguida por Taiwan e Coreia do Sul. A ASML, maior fabricante chinesa de equipamentos do ramo, por exemplo, prevê vendas de quase US$ 40 bilhões.

Este resultado significaria uma participação de mercado da gigante chinesa de mais de 25% em seu subsetor, a litografia, onde já possui uma posição dominante. As projeções ainda indicam um aumento dos investimentos para 2026. As informações são da Reuters.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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Cabos submarinos: existe uma ameaça à comunicação global

O número de casos de sabotagens em cabos submarinos aumentou nos últimos meses. E agora, uma revelação da China eleva as preocupações em relação aos riscos de um “apagão” nas comunicações globais.

O governo de Pequim anunciou o desenvolvimento de um dispositivo compacto de corte de cabos em alto-mar. Segundo Pequim, ele seria potente o suficiente para cortar linhas de comunicação a uma profundidade de até 4 mil metros.

As informações são do jornal South China Morning Post.

Ferramenta foi criada para uso em mineração no fundo do mar

  • Desenvolvido pelo Centro de Pesquisa Científica de Navios da China e pelo Laboratório Estatal de Veículos Tripulados de Alto-Mar, a ferramenta foi projetada para cortar os chamados “cabos blindados”.
  • Estas são linhas com bainhas de aço, borracha e polímero que compõem a esmagadora maioria das transmissões globais de dados.
  • O cortador pode ser utilizado em veículos submersíveis avançados tripulados ou não tripulados.
  • Embora tenha sido criado para salvamento civil e uso em mineração no fundo do mar, países do Ocidente temem que a ferramenta seja utilizada em sabotagens.
Ferramenta pode cortar cabos a uma profundidade de até 4 mil metros (Imagem: Norimoto/Shutterstock)

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Cabos submarinos têm sido alvo de sabotagens

Os cabos submarinos são responsáveis ​​pela transferência de 99% de todos os dados digitais, sendo fundamentais para manter o mundo conectado. Atualmente, há 1,4 milhão de quilômetros destas estruturas no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta.

Por ano, são registradas cerca de 200 falhas nesta enorme rede. A maioria delas (quase 80%) está relacionada a atividades humanas, como lançar âncoras ou redes de pesca de arrasto, que acabam ficando presas nos cabos. No entanto, os casos de sabotagem têm crescido.

Proximidade entre China e Rússia deixa países do Ocidente em alerta (Imagem: Charnsitr/Shutterstock)

Investigações recentes apontam que cabos foram danificados no Mar Báltico de forma proposital. Os países europeus acusam a Rússia de estar por trás destas ações. Esta seria uma forma de retaliação encontrada por Moscou em meio à guerra contra a Ucrânia.

O regime de Vladimir Putin, no entanto, nega as acusações e afirma que os países do Ocidente criam narrativas falsas. De qualquer forma, como a China é uma das principais aliadas da Rússia, isso aumenta as tensões globais.

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Depois do celular dobrável invertido, Huawei prepara notebook diferentão

A chinesa Huawei pretende mexer com as estruturas do mercado de eletrônicos nos próximos anos. Como mostramos aqui no Olhar Digital, a marca lançou o primeiro celular dobrável invertido do mundo. O Pura X é um dispositivo que se expande para os lados, com visual parecido com um tablet.

O produto está sendo vendido apenas na China, mas já chama a atenção do mundo todo. Aproveitando o hype em torno do modelo, o diretor-executivo da empresa, Richard Yu, declarou, recentemente, que a linha de computadores e notebooks da Huawei também deve passar por mudanças. E elas devem surpreender a todos.

Pura X e sua tela retrátil estão sendo vendidos atualmente apenas no mercado chinês (Imagem: Reprodução/Huawei)

Segundo o Huawei Central, Yu não deu muitos detalhes sobre o que está por vir. Ele disse apenas que os novos “MateBook podem apresentar designs impressionantes além da imaginação dos usuários“.

São palavras fortes e que jogam a expectativa lá em cima. Afinal, o que os chineses podem entregar dessa vez?

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Huawei foca em sistema próprio

  • Assim como acontece com o Pura X, a nova linha de notebooks da Huawei deve utilizar o sistema operacional próprio da marca: o HarmonyOS;
  • Ou seja, isso significa um adeus ao Android (no caso dos smartphones) e ao Windows, quando o assunto são os PCs;
  • O HarmonyOS é um sistema operacional de código aberto em desenvolvimento pela Huawei desde 2012;
  • Lá atrás, a ideia era desenvolver essa tecnologia para implantá-la em seus futuros produtos;
  • Esse futuro parece ter chegado;
  • Sobre o design dos computadores, Richard Yu não deu nenhuma dica;
  • Podemos, então, imaginar um pouco sobre como seria;
  • E minha inspiração vem da CES 2025, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo;
  • A edição deste ano contou com novidades quentes e bastante criativas nesse mundo dos notebooks.
Celular com logomarca do HarmonyOS, da Huawei, na tela
Sistema HarmonyOS se assemelha ao Android em alguns aspectos (Imagem: Runrun2/Shutterstock)

Relembrando a CES 2025

Um dos destaques da feira deste ano foi o ThinkBook Plus Gen 6, da também chinesa Lenovo. Trata-se ainda de um protótipo, mas que se mostrou confiável e funcional. Seu principal diferencial é a tela retrátil e expansiva: o usuário pode esticar o display, dobrando seu tamanho.

O Asus Zenbook A14 também chamou a atenção do público em Las Vegas (EUA), assim como o Razer Blade 16. Você pode ler mais sobre esses modelos inovadores neste outro texto do Olhar Digital.

Notebook Lenovo ThinkBook Plus Gen 6 com a telá retrátil
Olha que diferente: modelo tem como destaque essa tela retrátil (Imagem: Divulgação/Lenovo)

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Verdade ou exagero? Os números da gigafábrica da BYD na China

A divulgação recente da escala da fábrica da BYD em Zhengzhou, na China, levantou debates sobre a magnitude da instalação e a veracidade das alegações de que ela seria “maior que São Francisco”.

A afirmação, impulsionada por vídeos virais e reportagens que descrevem a fábrica como uma “cidade dentro de uma cidade”, levanta questões sobre a transparência da informação e os critérios de comparação utilizados.

O que os números revelam sobre a gigafábrica da BYD

Vídeos de drones capturaram a vasta extensão da fábrica, revelando não apenas as instalações de produção, mas também áreas residenciais, espaços de lazer e projetos de expansão em andamento. A força de trabalho, estimada em 60 mil funcionários, com previsão de aumento para 80 mil em 2025, reforça a imagem de um complexo autossuficiente, com infraestrutura própria.

No entanto, a alegação de que a fábrica abrange uma área superior a 121 km², equivalente ao tamanho de São Francisco, carece de confirmação oficial.

Vídeos de drones capturaram a vasta extensão da fábrica, revelando instalações de produção, áreas residenciais, espaços de lazer e projetos de expansão. (Imagem: Reddit/Reprodução)

A BYD não se pronunciou sobre o tamanho exato da instalação, o que levanta dúvidas sobre a precisão da informação. Além disso, a comparação direta com a área total de uma cidade como São Francisco, que inclui parques, áreas residenciais e outros espaços urbanos, pode ser considerada inadequada.

A comparação com a gigafábrica da Tesla, que a BYD alega ser dez vezes menor, também gera controvérsia. Embora a área total da fábrica da BYD possa ser maior, é preciso considerar as diferenças nos objetivos de produção e no design das instalações. A Tesla concentra sua produção em veículos elétricos e baterias, enquanto a BYD abrange uma gama mais ampla de produtos e serviços.

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(Imagem: rafaelnlins/Shutterstock)

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Apesar da falta de dados oficiais e da imprecisão das comparações, a escala da Gigafábrica da BYD é inegável. Os vídeos e relatos disponíveis demonstram um investimento massivo na produção de veículos elétricos e baterias, com potencial para impactar significativamente o mercado global.

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Guerra dos Chips: China pode ter uma ótima ‘solução caseira’

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, abriu uma série de novas oportunidades para Pequim. Isso porque a tecnologia foi desenvolvida a partir de um menor número de chips semicondutores.

Agora, a gigante chinesa Ant Group, que é apoiada pela Alibaba está reivindicando mais um grande avanço na área. A empresa conseguiu usar chips fabricados na China para reduzir os custos de treinamento de novos modelos de IA em 20%.

Uma excelente notícia para o governo da China

A Ant Group afirmou que os chips utilizados foram fabricados pela Alibaba e Huawei, duas gigantes chinesas. Segundo a empresa, eles apresentaram um desempenho tão bom quanto os chips da Nvidia durante os testes. As informações são da Bloomberg.

Ant Group usou chips fabricados na China para reduzir os custos de treinamento de novos modelos de IA (Imagem: VGV MEDIA/Shutterstock)

Se isso for verdade, a China poderá reduzir a dependência em relação aos produtos ocidentais. Atualmente, os dispositivos da Nvidia continuam sendo muito procurados em território chinês, mesmo com as sanções impostas contra Pequim.

Além disso, a novidade deve impulsionar a indústria doméstica, aumentando a demanda interna pelos chips semicondutores de inteligência artificial. Ao mesmo tempo, isso pode representar uma ameaça para a Nvidia, que controla uma importante parcela do mercado chinês.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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