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Revolução gamer? O superchip da Nvidia que pode chegar em 2025

A Nvidia aparentemente está desenvolvendo seu primeiro chip para computadores, combinando processador Arm com sua poderosa GPU Blackwell. E o lançamento pode ocorrer nos laptops da Alienware ainda em 2025.

A gigante dos chips trabalha em parceria com a MediaTek para criar uma unidade de processamento acelerado (APU) que une CPU baseada em Arm com a arquitetura gráfica mais moderna da Nvidia. A informação foi revelada pelo taiwanês United Daily News.

Entrada da Nvidia no mercado de processadores Arm resolveria grande problema da Microsoft

Atualmente, a Nvidia já domina o mercado de laptops gamers com suas placas gráficas dedicadas em máquinas Intel e AMD. Mas a entrada no mercado de processadores Arm pode resolver um grande problema: os jogos no Windows para Arm, conforme apontado nesta edição do Notepad do The Verge.

Windows tem problema gamer que entrada da Nvidia no mercado de processadores Arm poderia resolver (Imagem: Wachiwit/Shutterstock)

O que acontece: chips Snapdragon X da Qualcomm, que dominam esse segmento atualmente, precisam emular jogos usando o software Prism da Microsoft. Resultado? Compatibilidade limitada e desempenho comprometido nas GPUs da Qualcomm.

Com a nova APU da Nvidia, os jogos poderiam rodar de forma mais eficiente em laptops com arquitetura Arm.

Primeiros detalhes técnicos sobre superchip da Nvidia vazam

Os rumores sobre o chip da Nvidia começaram a circular em 2023. Mas agora ganham contornos mais definidos. Isso porque o youtuber do canal Moore’s Law is Dead mostrou uma possível imagem vazada da APU recentemente.

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Rumores sobre novo chip da Nvidia ganharam contornos mais definidos recentemente (Imagem: Hepha1st0s/Shutterstock)

Segundo fontes, o chip deve operar entre 80W e 120W – faixa de consumo que indica performance robusta para laptops de alta performance.

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CEOs soltam migalhas sobre planos

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, já deu sinais sobre os planos da empresa. Em janeiro, durante apresentação para investidores, por exemplo, ele confirmou que a companhia tem “planos” para CPU baseada em Arm, repercutiu a Reuters na época.

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O CEO da Nvidia, Jensen Huang, soltou migalhas sobre os planos de superchip (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

Michael Dell, CEO da Dell, também deixou pistas escaparem. Quando a questão sobre parceria com a Nvidia em PCs com IA surgiu num programa da Bloomberg, em 2024, Dell disse: “volte [a perguntar] no ano que vem”.

A Nvidia não será a única a desafiar a Qualcomm. A MediaTek também desenvolve seu próprio chip Arm, segundo a Reuters. E rumores indicam que a AMD trabalha em processador Arm para laptops Microsoft Surface.

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Xiaomi bate recorde de lucro com venda de smartphones

A Xiaomi superou as expectativas do mercado e teve forte desempenho no primeiro trimestre deste ano, encerrado em 31 de março. A receita atingiu 111,3 bilhões de yuans (R$ 87 bilhões), um aumento de 47,4% em relação ao ano anterior. O lucro líquido ajustado atingiu 10,7 bilhões yuans (R$ 8,4 bilhões), alta de 64,5%.

O crescimento foi observado em todos os segmentos de negócios, com destaque para a receita de smartphones, que aumentou 8,9% em relação ao ano anterior, para 50,6 bilhões de yuans (R$ 39,8 bilhões).

A receita de produtos de estilo de vida e internet das coisas (IoT) subiu 58,7% em relação ao ano anterior, para 32,3 bilhões de yuans (R$ 25,4 bilhões), com remessas recordes de máquinas de lavar e refrigeradores, enquanto as vendas de condicionadores de ar subiram 65%.

Lançamento do Xiaomi 15 Ultra impulsionou vendas na China (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Xiaomi de volta ao topo

  • Os smartphones Xiaomi recuperam o primeiro lugar na China continental após uma década, com 18,8% de participação no mercado, segundo comunicado divulgado pela empresa;
  • O preço médio de venda dos smartphones atingiu 1.211 de yuans (R$ 954) no primeiro trimestre de 2025, um recorde histórico;
  • As vendas do Xiaomi 15 Ultra, lançado em fevereiro, cresceram 90% em comparação com seu antecessor no mesmo período;
  • Já as remessas globais de smartphones atingiram 41,8 milhões de unidades, alcançando um crescimento ano a ano por sete trimestres consecutivos;
  • De acordo com a Canalys, a Xiaomi manteve sua posição entre os três principais fabricantes globais pelo 19º trimestre consecutivo, com uma participação de mercado global de 14,1%. 

A chinesa avalia que investimentos no segmento premium de smartphones foram o principal fator para o bom desempenho. Na China, smartphones com preços acima de três mil yuans (R$ 2,3 mil) representaram 25,0% das vendas totais da empresa no período.

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Ilustração de chip Xring O1, da Xiaomi
Empresa quer fortalecer ecossistema de chips nos próximos cinco anos (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

De olho nas tendências

Com posição consolidada no mercado de smartphones e dispositivos IoT, a Xiaomi anunciou que vai focar os investimentos no seu ecossistema de chips, inteligência artificial (IA) e sistema operacional.

As receitas dessas novas iniciativas atingiram 18,6 bilhões de yuans (R$ 14,6 bilhões), com destaque para a entrega de 75.869 unidades da série Xiaomi SU7. A empresa manteve a meta de atingir 350 mil unidades vendidas neste ano.

Em maio, a Xiaomi revelou seu chip proprietário de 3 nm Xiaomi XRING O1, que já foi incorporado a smartphones e tablets — e atende a ambição da companhia de construir vantagem tecnológica de longo prazo em IA.

O grupo planeja investir 200 bilhões de yuans (R$ 15 bilhões) em P&D nos próximos cinco anos, fortalecendo a capacidade de propriedade intelectual, com mais de 43 mil patentes em todo o mundo atualmente.

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Guerra dos chips: EUA proíbem venda de tecnologia para a China

O governo Trump ordenou que empresas americanas de software para design de semicondutores, como Synopsys, Cadence e Siemens EDA, suspendam a venda de suas tecnologias a grupos chineses. As informações são do Financial Times.

A medida, comunicada por cartas do Departamento de Comércio dos EUA, visa dificultar o avanço da China no desenvolvimento de chips de inteligência artificial.

A nova diretriz marca mais uma ofensiva dos EUA na disputa tecnológica com a China e segue restrições anteriores à exportação de chips avançados da Nvidia.

O setor de software de automação de projetos eletrônicos (EDA) é essencial para projetar chips de última geração, embora represente uma fatia modesta da indústria de semicondutores.

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Empresas de software como Synopsys e Siemens EDA são orientadas a suspender exportações – Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock

Empresas lucravam com vendas para a China

  • As empresas afetadas concentram cerca de 80% do mercado chinês de EDA.
  • A Synopsys, por exemplo, obteve quase US$ 1 bilhão em vendas na China em 2024 — cerca de 16% da receita total — e viu suas ações caírem 9,6% após o anúncio.
  • A Cadence perdeu 10,7%. Já a Siemens confirmou que o setor foi informado das novas restrições.

Possíveis consequências

A ação ocorre em meio a uma trégua comercial frágil entre EUA e China e pode ameaçar negociações em andamento. Analistas alertam que a medida pode acelerar o fortalecimento de empresas chinesas de EDA, cujas ações subiram mais de 10% na quinta-feira.

O impacto também pode afetar fusões, como a compra da Ansys pela Synopsys, atualmente sob análise regulatória.

Silhuetas de Xi Jinping e Donald Trump na frente de bandeiras da China e dos Estados Unidos, respectivamente
Governo Trump amplia restrições para conter avanço tecnológico chinês; ações despencam após anúncio (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

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CEO da Nvidia pede trégua dos EUA com China e alerta: “Eles estão se aproximando”

A Nvidia surpreendeu nos resultados financeiros e viu suas ações dispararem 6% após divulgar lucros acima do esperado — mesmo com as duras restrições dos Estados Unidos para exportar chips à China.

Mas, apesar do momento positivo, o clima na indústria americana de semicondutores ainda é de incerteza.

A Nvidia, que desenvolve chips de alto desempenho usados em inteligência artificial, está impedida de vender um de seus modelos — o H20 — para o mercado chinês. Só com essa restrição, a empresa calcula que pode deixar de faturar até US$ 4,5 bilhões. A medida faz parte de uma série de bloqueios do governo dos EUA para tentar conter o avanço tecnológico da China.

Restrições podem fortalecer indústria chinesa

Durante uma conversa com investidores, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, mandou um recado para Washington: segundo o executivo, as restrições estão abrindo espaço para que empresas chinesas cresçam e ganhem terreno.

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“Não se pode subestimar a importância do mercado da China”, disse Huang. “É lá que está a maior população de pesquisadores de IA do mundo.”

Jensen Huang, CEO da Nvidia. Imagem: jamesonwu1972 / Shutterstock

O executivo ainda elogiou a Huawei, que também está na mira das sanções americanas, e disse que ela tem mostrado força ao desenvolver tecnologias que rivalizam com as dos EUA. Segundo Huang, a China está diminuindo a diferença de qualidade em comparação com empresas dos EUA.

Indústria dos EUA ainda vê incertezas para o futuro

O bom desempenho financeiro da Nvidia acabou puxando outras gigantes do setor: Qualcomm, AMD e Taiwan Semiconductor também registraram alta de cerca de 1% na abertura dos mercados.

Apesar disso, as expectativas para o futuro não são das melhores.

Outras empresas americanas estão passando por situações conturbadas. A ASML, que fabrica máquinas usadas para produzir os chips mais avançados do mundo, viu seu valor de mercado cair após ser afetada pelas mesmas proibições.

Mesmo com os pedidos da indústria, o governo dos EUA parece firme em manter as restrições. Por isso, apesar do bom momento da Nvidia, o futuro dos chips americanos no mercado global ainda está longe de estar garantido.

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TSMC: ábrica “mais estratégica do mundo” está surgindo no deserto do Arizona

Entre os cactos do Arizona (EUA), a gigante taiwanesa TSMC está construindo a Fab 21, uma das fábricas mais avançadas do planeta, dedicada à produção de chips semicondutores de última geração, como mostra a BBC News.

Responsável por cerca de 90% dos chips avançados usados em iPhones, computadores e sistemas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, a TSMC transfere parte de sua tecnologia crítica de Taiwan para os Estados Unidos — num movimento geopolítico e econômico que pode redefinir a indústria global.

Com apoio de Trump e sob o impacto de tarifas, TSMC transfere tecnologia de ponta para os EUA (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

Com investimento adicional de US$ 100 bilhões (R$ 564.67 bilhões, na conversão direta) e incentivos do governo estadunidense por meio da Lei dos Chips, a expansão da fábrica representa um marco na estratégia dos EUA para diminuir a dependência de Taiwan e conter o avanço tecnológico da China.

Projeto da TSMC é símbolo da gestão de Trump

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, vê o projeto como símbolo de sua política econômica nacionalista, embora a iniciativa também tenha sido apoiada pela administração do ex-presidente Joe Biden;
  • A instalação, altamente protegida e tecnologicamente sofisticada, fabrica chips com estruturas de apenas quatro nanômetros e bilhões de transistores;
  • Todo o processo, que pode envolver até quatro mil etapas, exige ambiente mais limpo que uma sala de cirurgia, com máquinas de litografia fornecidas por empresas europeias, como a ASML.

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EUA não quer depender de tecnologia asiática, mas é difícil

Enquanto os EUA tentam criar cadeias de suprimento de semicondutores “não vermelhas” — livres de influência chinesa —, especialistas alertam que a interdependência global continua sendo um fator inevitável.

A cadeia envolve componentes e materiais de dezenas de países, o que torna difícil isolar qualquer etapa produtiva.

Ainda assim, a fábrica da TSMC no Arizona se consolida como peça central na corrida por soberania tecnológica, evidenciando as tensões entre globalização e protecionismo em um mundo cada vez mais moldado por chips.

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Fábrica da TSMC no Arizona coloca os Estados Unidos no centro da indústria de chips e desafia a supremacia asiática (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

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Guerra dos chips: governo Trump avalia mudar as regras globais no setor

O governo Trump está analisando mudanças na regra de exportação de chips de inteligência artificial herdada da gestão Biden, com foco na eliminação do sistema que divide o mundo em três níveis de acesso aos semicondutores, conforme informações exclusivas da Reuters.

Segundo fontes próximas ao processo, a ideia é substituir o modelo atual por um regime global de licenciamento baseado em acordos bilaterais entre governos — uma abordagem que reforça a estratégia comercial do atual presidente.

A norma em vigor, chamada de Estrutura para Difusão de Inteligência Artificial, foi emitida pelo Departamento de Comércio dos EUA em janeiro, nos últimos dias da gestão Biden.

Ela restringe o acesso internacional a chips de IA avançados e certos pesos de modelos, visando manter a superioridade tecnológica dos EUA e de seus aliados, especialmente frente à China. A regra entra em vigor no próximo dia 15 de maio. Hoje, a diretriz divide os países em três níveis.

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Estratégia do governo Trump visa usar semicondutores como ferramenta geopolítica (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Níveis de acesso aos chips dos EUA

  • Nível 1: inclui aliados como Japão, Reino Unido e Taiwan, com acesso irrestrito;
  • Nível 2: cerca de 120 países com limites de importação;
  • Nível 3: países “preocupantes”, como China, Rússia e Irã, com acesso bloqueado.

Integrantes do governo avaliam que o novo modelo com acordos entre países facilitaria o uso dos chips americanos como moeda de troca em negociações comerciais.

A proposta também estuda reduzir o limite de exceção para licenciamento: atualmente, pedidos abaixo do equivalente a 1.700 chips H100 da Nvidia não precisam de licença — esse teto poderia cair para 500 chips.

Medida não é bem vista por empresas do ramo

A medida é alvo de críticas de grandes empresas como Nvidia e Oracle, além de parlamentares republicanos, que alegam que a regra pode empurrar países para a tecnologia chinesa. Sete senadores enviaram carta ao Departamento de Comércio pedindo a revogação da norma.

Embora o governo Trump diga querer tornar a regra “mais forte e mais simples”, especialistas alertam que a eliminação dos níveis pode torná-la mais complexa.

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Nova abordagem substituiria classificação por níveis por controle via acordos entre governos (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

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China na frente: fabricantes de chips poderão driblar tarifas de Trump

Fabricantes chinesas de chips que terceirizam a produção em outros países conseguirão escapar das tarifas de 145% impostas por Donald Trump para produtos importados. Esse foi o aviso da principal associação de semicondutores da China nesta sexta-feira (11).

Grandes empresas do setor de chips, como a TSMC, produzem seus materiais em outros países e poderão se beneficiar da medida. Isso também traz vantagens para companhias americanas que compram os produtos chineses. Do lado contrário, traz desvantagens para companhias que produzem em solo americano.

O anúncio veio em meio a uma disputa comercial entre Estados Unidos e China por causa das tarifas retaliatórias. Atualmente, os EUA cobram taxas de 145% para a China; e a China passou a cobrar 125% para os EUA.

EUA e China protagonizam uma disputa comercial (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)

China pode escapar de taxação nos chips

O anúncio foi feito pela Associação da Indústria de Semicondutores da China (CSIA), organização apoiada pelo governo chinês e que representa as maiores empresas de chips nacionais, em um “aviso urgente” na rede social WeChat.

A CSIA explicou que as fabricantes que terceirizam a produção em outros países estarão isentos da tarifa retaliatória dos EUA para a China.

Para todos os circuitos integrados, embalados ou não, o país de origem declarado para compras alfandegárias de importação é o local da fábrica de fabricação de wafers.

Associação da Indústria de Semicondutores da China

Por exemplo, a TSMC, uma das maiores empresas de chips do mundo e que fornece insumos para companhias estadunidenses, produz em Taiwan. De acordo com a plataforma de informações para fabricantes de chinesas EETop, nesse caso, as autoridades alfandegárias vão considerar as taxas para o local de origem dos chips: Taiwan, e não a China.

Na prática, empresas chinesas que produzem fora do país não precisarão pagar as tarifas de 145% nas importações – mas sim as taxas do país onde efetivamente produzem.

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E como ficam as empresas americanas?

A Qualcomm e AMD, duas grandes empresas do setor tecnológico nos Estados Unidos, importam chips da TSMC. Elas também serão beneficiadas com a diminuição das tarifas.

Ainda de acordo com a EETop, companhias estadunidenses que têm fábricas dentro dos EUA, como a Intel e a ON Semicondutor, são classificadas pela China como americanas… e terão que pagar as tarifas retaliatórias chinesas. A análise da EETop foi publicada no WeChat antes da resposta chinesa, com aumento para 125%.

Na avaliação de profissionais do setor, chips chineses podem se beneficiar (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

China pode sair na frente

  • O aviso da CSIA sana algumas dúvidas de como ficaria o mercado de chips após o tarifaço de Donald Trump e o contra-ataque chinês;
  • Segundo o diretor de pesquisa de semicondutores da Omdia, He Hui, à agência Reuters, o alerta da organização ajuda a entender quais produtos serão atingidos por tarifas;
  • Para Hui, esse entendimento pode beneficiar a fabricação de chips da China e sua cadeia de suprimentos.

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TSMC pode ser multada em bilhões por violar regras de chips

A Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) está sujeita a uma multa de US$ 1 bilhão (R$ 5,9 bilhões) por supostamente ter exportado chips para processadores da Huawei, violando regras comerciais dos Estados Unidos. A informação é da Reuters.

O Departamento de Comércio americano está investigando a venda de quase três milhões de chips da empresa taiwanesa para a chinesa Sophgo, de soluções em nuvem.

Os aparelhos, no entanto, teriam acabado em processadores de IA da Huawei.

Por se tratar de fabricação com tecnologia americana, o chip da TSMC está sujeito a controles de exportação dos EUA, que impediu a venda de certos chips avançados para clientes na China — incluindo a Huawei.

Huawei está proibida de adquirir tecnologias americanas sem licença (Imagem: HJBC/iStock)

As ações da TSMC caíram quase 3% e foram negociadas em leve baixa após a notícia, segundo a Reuters. Altos funcionários consultados pela reportagem disseram que planejam buscar penalidades maiores para violações de exportação.

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Momento delicado

A investigação ocorre ao mesmo tempo em que a guerra comercial toma conta das relações EUA-Taiwan. Na semana passada, o presidente Donald Trump anunciou uma taxa de 32% sobre as importações de Taipei, excluindo chips.

Trump taxou importações de Taipei em 32% (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Em março, a TSMC havia prometido um investimento de  US$ 100 bilhões nos Estados Unidos, com a construção de cinco instalações adicionais de chips nos próximos anos.

Em uma declaração enviada à Reuters, a porta-voz da TSMC, Nina Kao, disse que a empresa não fornece serviços para a Huawei desde setembro de 2020, e que a companhia está cooperando com o Departamento de Comércio.

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Duas gigantes teriam acordo para fabricar chips em conjunto

A Intel e a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) chegaram a um acordo preliminar para formar uma joint venture visando operar as instalações de fabricação de chips da Intel, conforme informou o site The Information.

As negociações entre as duas gigantes de semicondutores foram supostamente iniciadas pela administração Trump, como parte de um esforço para revitalizar a Intel, que tem enfrentado desafios de fabricação nos últimos anos. A TSMC estaria disposta a assumir uma participação de 20% na nova empresa.

Trump tem criticado Taiwan por “roubar” a indústria de chips dos EUA e pressionado para que a fabricação avançada de chips seja trazida de volta aos Estados Unidos. O plano coincide com o anúncio recente da TSMC de investir pelo menos US$ 100 bilhões em instalações de fabricação nos EUA.

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Apesar do acordo preliminar, a proposta de joint venture encontra resistência de alguns executivos da Intel, preocupados que a parceria possa afetar o desenvolvimento da tecnologia de fabricação própria da empresa e resultar em demissões em massa.

Diante de uma crise, Intel poderia recuperar prestígio com a joint venture e a ajuda da TSMC, que vive bom momento – Imagem: Hepha1st0s/Shutterstock

Existem ainda desafios sobre como as duas empresas integrarão suas operações, dado que utilizam modelos diferentes de equipamentos e materiais de produção.

Empresas despistam sobre o possível acordo

  • A Intel não comentou oficialmente sobre o assunto, enquanto a TSMC se recusou a fazer declarações.
  • A TSMC também enfrenta pressões para transferir mais produção de Taiwan para os EUA, especialmente devido a preocupações com possíveis interrupções no fornecimento de tecnologia crítica em caso de conflito com Pequim.
  • A empresa já prometeu investir mais de US$ 65 bilhões em três fábricas no Arizona, com uma delas iniciando a produção no final de 2024.

Apesar da pressão crescente, os semicondutores foram isentos das tarifas comerciais anunciadas por Trump, embora ele continue a pressionar a TSMC e outros fabricantes sobre a falta de produção nos Estados Unidos.

Ao fundo, logo da TSMC; à frente, um chip
Trump pressiona por mais produção de semicondutores nos EUA, e a TSMC tem planos de investir em instalações no país (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

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Guerra dos chips: o mundo depois das tarifas de Trump

A isenção de tarifas de Donald Trump para os semicondutores oferece um alívio temporário, mas a indústria enfrenta um impacto substancial devido às tarifas sobre eletrônicos, conforme relata o Wall Street Journal.

As importações diretas de chips dos EUA, que totalizaram US$ 82 bilhões no ano passado, estão isentas, mas a maioria dos chips é importada de forma indireta. Eles são produzidos e embalados no exterior, inseridos em eletrônicos enviados aos EUA e outros mercados, onde ficam sujeitos a tarifas de até 49%.

Isso significa que muitos chips feitos nos EUA acabam sendo enviados para países como Taiwan ou China para montagem final antes de serem reexportados.

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Preços mais altos para muitos produtos que contêm chips ameaçam afetar a demanda – Imagem: deepadesigns / Shutterstock

Obstáculos para obter lucros

  • O impacto é significativo: os preços mais altos dos produtos tendem a reduzir a demanda por chips, resultando em menor crescimento e lucros para os fabricantes.
  • As ações de grandes empresas, como Apple e Dell, caíram substancialmente.
  • Além disso, as tarifas não incentivam os fabricantes a aumentar a produção nos EUA, pois os chips ainda precisam ser exportados e reimportados para montagem.
  • Empresas com forte presença nos EUA, como Texas Instruments e Analog Devices, também não ganham vantagem, já que seus concorrentes estrangeiros estão isentos das tarifas.

A indústria pode enfrentar cancelamentos de pedidos, antecipando queda na demanda devido aos preços elevados. Eletrônicos de consumo e servidores de inteligência artificial, como os da Nvidia, devem ser os mais impactados.

Embora as empresas ainda não tenham emitido alertas de lucros, a situação continua incerta. A indústria pode tentar negociar com o governo para reduzir as tarifas, mas, dada a postura de Trump, mais tarifas parecem prováveis, o que poderia agravar ainda mais a crise.

Donald Trump com o punho direito erguido
Semicondutores estão isentos das tarifas de Trump, mas outros produtos que são usados nos chips não estão (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

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