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Evidências que brilham: cientistas criam spray que revela marcas de tiro instantaneamente

Em séries de investigação policial é muito comum ver os personagens buscando por resíduos de pólvora. Essa nova tecnologia facilitaria muito o trabalho deles, fazendo esses vestígios brilharem em verde-fluorescente.

É muito comum nesses seriados e filmes ver os profissionais forenses investigando cada centímetro das cenas de crime atrás de qualquer sinal de que uma arma foi disparada. Isso tudo sem contar no transporte dessas amostras e a análise em laboratório.

Polícia forense (Imagem: Borkin Vadim/Shutterstock)

Esse processo todo demanda tempo, algo que é escasso para uma investigação de crime. Durante o período em que as provas estão sendo coletadas e analisadas, o criminoso pode muito bem fugir ou cometer outro delito. Por isso é essencial a agilidade nos processos forenses.

Como a tecnologia ajuda na investigação policial

Por esse motivo, o método desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Amsterdã será um grande aliado dos investigadores. O produto desenvolvido consiste em um líquido baseado em álcool isopropílico que pode ser borrifado em superfícies da cena de crime, segundo informações do portal New Atlas.

Em qualquer disparo de arma de fogo há a presença de chumbo, que quando reage com o brometo de metilamônio, presente no líquido produzido pelos cientistas, gera uma substância reagente a luz ultravioleta. A perovskita, que quando colocada contra este tipo de luz, brilha em um verde-fluorescente intenso, fácil de ser identificado.

Brilho fluorescente da pólvora
Cientistas criam tecnologia que faz a pólvora brilhar (Imagem: Universidade de Amsterdã/Reprodução)

Na prática, a tecnologia funciona da seguinte forma: após um disparo de arma de fogo, resíduos do tiro (conhecidos como GSR, sigla em inglês para “gunshot residue“) podem se depositar em superfícies próximas, como roupas ou objetos. Se essas superfícies forem pulverizadas com o líquido reagente, qualquer presença de chumbo será convertida em perovskita.

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A técnica já está em teste

Nos testes realizados em estande de tiro, a tecnologia foi eficaz em detectar GSR em pedaços de tecido de algodão, posicionados a até 2 metros de distância do disparo. Os voluntários utilizaram duas pistolas de calibre 9 mm: uma Glock 19 Gen5 e uma Walther P99Q NL.

A fluorescência após a aplicação da luz UV indicava com precisão a presença de resíduos de chumbo, mostrando o potencial da técnica para investigações forenses rápidas e visuais.

A polícia de Amsterdã está testando uma tecnologia baseada no kit Lumetallix, usado para detectar chumbo em obras, agora adaptado para cenas de crime. O sistema identifica resíduos de tiro ao reagir com chumbo e formar perovskita, que brilha em verde sob luz UV, facilitando a detecção visual de GSR.

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Google alcança marca histórica com baterias de lítio em data centers

Nos últimos dez anos, a Google investiu pesadamente para substituir as tradicionais baterias de chumbo-ácido que alimentavam seus data centers pelas baterias de íons de lítio. O objetivo não era apenas aumentar a eficiência energética, mas economizar espaço físico.

Recentemente, a gigante de tecnologia alcançou a incrível marca de 100 milhões de células de íons de lítio para fornecer energia para seus servidores. Essas baterias, se você não se lembra, são encontradas massivamente em celulares, veículos elétricos e outros dispositivos eletrônicos.

Em termos de eficiência energética, a substituição das baterias representa uma verdadeira revolução. Afinal, a empresa afirma que as novas células retêm o dobro de energia em comparação com as antigas.

Não menos importante, as baterias de íons de lítio também ocupam metade do espaço. Isso é importante quando consideramos o custo para construir um novo data center. A desenvolvedora JLL, segundo o TechCruch, estima que sejam necessários pelo menos US$ 125 por quase 0,1 m².

Com a mudança, a empresa conseguiu cortar o número de células necessárias em três quartos. Embora seja surpreendente, quando comparamos com a produção de baterias de íons de lítio pela Panasonic, a figura muda um pouco. Desde 2015, a empresa japonesa fabricou mais de 10 bilhões de células.

Por que isso importa, então? O anúncio da Google demonstra uma tendência na prática: os veículos elétricos tornaram as células de íons de lítio mais viáveis e econômicas também para uso industrial, aumentando sua adoção em diversos setores.

Muito além dos data centers

A revolução das baterias não fica restrita ao mundo corporativo. Em residências, famílias já apostam em grandes baterias capazes de armazenar energia solar extra, garantindo eletricidade mesmo em blecautes.

Braços robóticos montam baterias de lítio: alta tecnologia garantindo precisão e eficiência na produção (Imagem: SweetBunFactory/iStock)

Nos acampamentos, geradores barulhentos movidos a combustível perdem espaço para baterias portáteis, mais silenciosas e menos poluentes.

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A inovação chega até ao setor médico: células compactas estão substituindo gelo seco no transporte de amostras biológicas, permitindo controle preciso de temperatura e fornecendo dados detalhados durante todo o trajeto.

Números modestos, impacto gigante

Comparada à produção bilionária de células da Panasonic, a quantidade instalada pelo Google parece pequena. Mas números, isoladamente, não contam toda a história.

Linha de produção de baterias de lítio para carros elétricos.
Linha de produção de baterias de lítio para carros elétricos. (Imagem: to:guteksk7 / iStock)

O que realmente impressiona é como mesmo quantidades menores dessas baterias têm provocado mudanças significativas em setores inesperados, sinalizando uma transformação tecnológica mais ampla.

Esses avanços discretos demonstram que a verdadeira revolução das baterias não depende apenas do volume produzido, mas sim da capacidade delas de influenciar profundamente diferentes áreas da sociedade.

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