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Voa, Ariane 6! Foguete europeu decola pela 2ª vez – veja o lançamento ao vivo

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, em julho de 2024 aconteceu o primeiro voo do foguete Ariane 6, da Agência Espacial Europeia (ESA). Naquela ocasião, o veículo estava fazendo apenas um teste, em uma missão de demonstração de capacidade.

Agora, ele se prepara para sua primeira missão comercial – que seria em dezembro passado, mas foi adiada para conclusão da revisão técnica. O Ariane 6, desenvolvido pela Arianespace, será lançado nesta segunda-feira (3), às 13h24 (horário de Brasília), a partir do Espaçoporto Europeu em Kourou, na Guiana Francesa. O evento será transmitido ao vivo no canal da empresa no YouTube, com início meia hora antes da decolagem.

O Ariane 6 representa a evolução do bem-sucedido Ariane 5, que desempenhou um papel crucial para a Europa ao longo de 27 anos. De 1996 até 2023, o veículo realizou 117 lançamentos, sendo 112 bem-sucedidos. Foi ele, por exemplo, que enviou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para o espaço no Natal de 2021.

Primeiro contratante do foguete Ariane 6 é o exército da França

Desta vez, a missão carrega o satélite espião CSO-3, a serviço do exército francês. O equipamento será posicionado a 800 km da Terra, em uma órbita sincronizada com o Sol. Esse tipo de trajetória permite que o satélite observe os mesmos locais sempre no mesmo horário solar, garantindo iluminação constante para imagens mais precisas.

Representação artística do foguete Ariane-6 na órbita na Terra. Crédito: ESA

O CSO-3 é o terceiro satélite da constelação CSO, parte do programa militar MUSIS (sigla para Sistema Multinacional de Imagens Baseadas no Espaço). Os dois primeiros, CSO-1 e CSO-2, foram lançados em 2018 e 2020. O projeto é liderado pela agência francesa de defesa (DGA), responsável pelas compras e contratações do Departamento de Defesa do país.

Com esse lançamento, o Ariane 6 entra oficialmente no mercado comercial. O foguete representa a aposta da Europa para competir no setor de lançamentos espaciais, oferecendo uma alternativa às opções estadunidenses, russas e chinesas.

E ainda nesta segunda, não perca: o Olhar Digital transmite, ao vivo, o oitavo lançamento do megafoguete Starship, da SpaceX. Saiba tudo aqui.

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“Fantasma Azul” pousa na Lua neste domingo (2) – saiba como assistir

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um foguete Falcon 9, da SpaceX, lançou o módulo robótico Blue Ghost (“Fantasma Azul”), da empresa privada de voos espaciais Firefly Aerospace, em 15 de janeiro. Pouco mais de seis semanas depois, a sonda se prepara para pousar na Lua, um evento que poderá ser acompanhado ao vivo.

O pouso está programado para acontecer na madrugada deste domingo (2), às 5h35 (pelo horário de Brasília). A transmissão ao vivo começa às 4h30, pelo canal da NASA no YouTube e no serviço de streaming NASA+. A Firefly Aerospace também disponibilizará uma transmissão própria, que se inicia às 4h20.

Representação artística da sonda Blue Ghots, da Firefly Aerospace, na Lua. Crédito: Firefly Aerospace

O Blue Ghost transporta 10 experimentos da NASA, parte do programa Serviços de Carga Útil Lunar Comercial (CLPS). Durante 14 dias terrestres, a sonda realizará estudos sobre a superfície lunar. No entanto, antes de iniciar sua missão científica, precisa concluir um pouso seguro – um processo totalmente automatizado e cheio de desafios.

Tudo começa com uma queima de inserção da órbita de descida, quando a sonda estiver a 100 km da superfície da. Em seguida, ativará seus motores para reduzir a velocidade e garantir um toque controlado no solo. Todo o processo levará cerca de 63 minutos.

Em um comunicado, Ray Allensworth, diretor do programa de espaçonaves da Firefly Aerospace, destacou que os momentos finais serão tensos. “Os 12 a 13 minutos finais serão críticos, pois o pouso ocorrerá de forma autônoma. O sistema de navegação a bordo precisará identificar um local seguro para a descida”.

Registro feito pelo módulo lunar Blue Ghost

Imagem captada pela espaçonave Blue Ghost poucos dias depois de deixar a Terra. Crédito: Firefly Aerospace/Reprodução

Destino: Mare Crisium

O Blue Ghost pousará na Mare Crisium, uma vasta bacia de impacto localizada no lado visível da Lua. Essa região, que cobre aproximadamente 176 mil km², foi formada pelo impacto de um asteroide há bilhões de anos.

O local exato do pouso é Mons Latreille, uma cúpula vulcânica dentro da cratera. Cientistas acreditam que essa área pode oferecer informações valiosas sobre a composição da superfície lunar, diferentes das regiões exploradas pelas missões Apollo.

Mapa mostra a localização da vasta bacia de impacto Mare Crisium, no lado visível da Lua, onde o Blue Ghost vai pousar. Crédito: NASA

Leia mais:

Quanto tempo a sonda vai trabalhar na Lua?

A missão do Blue Ghost será curta. O módulo foi projetado para operar por um dia lunar, o equivalente a 14 dias terrestres. Depois desse período, a longa noite lunar tornará impossível a continuidade da missão.

No dia 14 de março, a sonda terá uma oportunidade especial: capturar imagens de um eclipse lunar total diretamente da superfície da Lua. Dois dias depois, o módulo registrará o pôr do sol lunar, fornecendo dados sobre o comportamento da poeira lunar ao ser influenciada pela luz solar.

E se algo der errado?

Se houver falhas na descida, a Firefly Aerospace pode tentar pousar em outro momento. Caso um problema impeça a sonda de iniciar a aproximação, a equipe de controle pode manter o Blue Ghost em órbita e reprogramar o pouso.

“Se qualquer uma das manobras finais não ocorrer como planejado, temos a chance de orbitar a Lua novamente e tentar uma nova descida”, explicou Allensworth. Esse ajuste poderia atrasar o pouso em até duas horas.

O sucesso da missão será um marco para a Firefly Aerospace e para o programa CLPS da NASA, fortalecendo os planos de exploração e uso comercial da Lua no futuro.

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Astronautas fotografam auroras serpenteando ao redor da Terra

Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) captaram imagens surpreendentes da aurora austral dando a volta na Terra. Por estar a cerca de 400 quilômetros acima do nível do mar, a equipe aproveita para registrar o planeta de outro ângulo. Além de propósitos científicos, as fotos tiradas são belas e encanradoras.

No momento da captura, eles estavam sobre o Oceano Índico, entre a Austrália e a Antártida. O fenômeno ocorrido foi a aurora austral – designação dada quando o espetáculo de luzes acontece no polo sul terrestre.

As fotografias estão registradas no arquivo da NASA chamado Gateway to Astronaut Photography of Earth. Elas são compostas por imagens captadas muito rapidamente e em grande quantidade, mostrando as mudanças das luzes e a movimentação da ISS, que se desloca pelo espaço a cerca de oito quilômetros por segundo.

Os astronautas na ISS veem o planeta de outro ângulo. (Imagem: NASA Gateway to Astronaut Photography of Earth)

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Como ocorrem as auroras?

Fenômeno óptico que ocorre em latitudes elevadas, a aurora é normalmente visível a olho nu nos céus noturnos.

https://olhardigital.com.br/tag/atmosfera/Esse espetáculo visual envolve a emissão de luz em diversas cores visíveis em uma variedade de formas em constante mudança. As auroras podem se manifestar como faixas que se dobram, semelhantes a uma cortina estendida horizontalmente, ou como longos arcos estreitos de luz.

Sua manifestação se deve à interação entre partículas carregadas do vento solar e os gases presentes na atmosfera terrestre.

Intensas auroras polares provocadas por tempestades solares e registradas a partir da Estação Espacial Internacional. (Imagens: ESA/Thomas Pesquet)

A magnetosfera desvia a maioria dessas partículas, mas algumas conseguem penetrar na atmosfera terrestre ao seguir as linhas magnéticas, especialmente nas regiões polares.

Ao se espalhar pela atmosfera nas regiões polares, as partículas carregadas, constituídas principalmente de elétrons, interagem com os gases atmosféricos, como o oxigênio e o nitrogênio. Essa interação provoca a excitação dos átomos e moléculas na atmosfera para estados de energia mais altos.

Quando átomos e moléculas excitadas retornam aos seus níveis de energia mais baixos ou ao estado fundamental, liberam fótons, que são pequenas explosões de energia na forma de luz visível. A percepção visual dessas emissões de luz é o fenômeno que conhecemos como auroras.

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