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NASA e Pentágono já procuram substituta para a SpaceX

A NASA tomou um susto com as declarações de Elon Musk durante a briga com Donald Trump. O bilionário é dono da SpaceX e disse que desativaria imediatamente a cápsula Dragon, que atualmente é o único meio de transporte da agência espacial americana para levar astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS).

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, também depende fortemente da SpaceX.

As ameaças de Musk deixaram os dois órgãos preocupados, a ponto de ambos começarem a entrar em contato com outras empresas do setor espacial.

NASA quer reduzir dependência da SpaceX (Imagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)

NASA e Pentágono dependem da SpaceX

A SpaceX tem contratos bilionários com o governo dos Estados Unidos. Atualmente, a empresa é a única que transporta astronautas para a ISS (depois do fracasso da Starliner, da Boeing), com expectativa de ser usada em próximas missões da NASA. Além disso, a companhia desenvolve e lança satélites para o Pentágono, principalmente para uso de agências de inteligência.

No entanto, a briga entre Musk e Trump deixou os órgãos aflitos. Segundo um dúzia de fontes do governo e da NASA que falaram em condição de anonimato ao The Washington Post, a troca de ameaças estava divertida de se assistir, até que o bilionário afirmou que descomissionaria a Crew Dragon para missões da agência espacial. Isso fez com que os envolvidos percebessem que o conflito poderia atingí-los em cheio.

Depois, Musk voltou atrás.

Mesmo assim, tanto a NASA quanto o Pentágono entraram em contato com outras empresas do setor. A intenção é diminuir a dependência da SpaceX, caso a briga entre Musk e Trump volte a evoluir.

Musk e Trump brigaram na quinta-feira (05), após declaração do presidente na Casa Branca (Crédito: Bella1105 – Shutterstock)

Que outras empresas poderiam substituir a SpaceX?

A SpaceX não é a única empresa do setor aeroespacial americano na mira do governo. No entanto, o desenvolvimento de naves, foguetes e aviões espaciais acontece em ritmo lento, o que deixou a companhia de Musk em uma posição de domínio.

Algumas tentativas com outras empresas até já aconteceram. Por exemplo, no ano passado, a NASA usou a Starliner, da Boeing, para levar astronautas até a ISS. O resultado? A cápsula apresentou falhas e teve que voltar sem ninguém a bordo, deixando Suni Williams e Butch Wilmore ‘presos’ na Estação. Por enquanto, a SpaceX ainda é a alternativa mais segura.

Mas, ainda assim, não é a única. Desde a briga, NASA e Pentágono contataram três empresas espaciais comerciais: Rocket Lab, Stoke Space e Blue Origin (de Jeff Bezos). O governo queria entender qual o status de desenvolvimento dos foguetes e quando eles estariam prontos para serem usados em missões oficiais.

A Sierra Space também foi consultada: quando a briga aconteceu, a empresa estava em reunião com autoridades da NASA para conversar sobre o desenvolvimento do avião espacial Dream Chaser, que poderia levar cargas à ISS. Segundo o CEO Fatih Ozmen, em comunicado ao TWP, a Sierra Space está pronta para atender a agência. Ele ainda disse que “a NASA nos informou que deseja diversidade e não quer depender de um único fornecedor” e que o avião está em fase final de testes, com expectativa de ficar pronto ainda este ano.

A Boeing, responsável pela Starliner, também está na mira. Representantes do governo têm questionado a companhia sobre a situação da nave para transporte de humanos. Por enquanto, os planos estão atrasados, mas a empresa espera fazê-la voar novamente no início do ano que vem.

No caso do Pentágono, o órgão vem buscando outros fornecedores de serviços como forma de evitar “a dependência excessiva de um único fornecedor ou solução”.

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Pentágono também está consultando outras fornecedoras de serviços militares e de segurança (Crédito: Pentágono/Divulgação)

Embargo da SpaceX ao espaço

  • Especialistas consultados pelo jornal americano, como Todd Harrison, analista de defesa do American Enterprise Institute, acreditam que as ameaças de Musk podem prejudicar a SpaceX, que atualmente é a principal parceria comercial do governo na exploração espacial;
  • No entanto, também pode atrapalhar a NASA: “É quase como um embargo à estação espacial. Musk estava dizendo que iria cortar o acesso da NASA ao seu próprio laboratório no espaço”, disse Harrison.
  • Já para Garrett Reisman, ex-astronauta da NASA que já trabalhou na SpaceX, a briga se tonrou “muito pessoal” e que não se deve reagir tão “exageradamente” aos comentários em redes sociais.

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Rover Perseverance está fotografando esse labirinto em Marte – entenda o motivo

Quem acompanhou as fotos do rover Perseverance em Marte deve ter notado a presença de um labirinto. O objeto, claro, não faz parte da paisagem natural do Planeta Vermelho, mas é importante para a permanência do veículo por lá.

A função principal do labirinto é calibrar a ferramenta Scanner de Ambientes Habitáveis com Raman e Luminescência para Compostos Orgânicos e Químicos do Perseverance, conhecida pela sigla SHERLOC. Esse é um dos dez instrumentos que acompanham o rover em sua missão solitária.

A sigla não é à toa: o SHERLOC tem como função procurar compostos orgânicos em Marte que possam indicar vida passada no Planeta Vermelho. Uma tarefa bastante complexa, que exige precisão (e calibração) constantes.

Atmosfera de Marte Crédito: ESA / DLR / FUBerlin / AndreaLuck, CC BY 3.0

Ferramenta procura vida em Marte

Para localizar seus alvos, o SHERLOC fica no braço robótico de 2,1 metros do Perseverance. Dessa forma, ele pode analisar as rochas marcianas e verificar se há chances de o Planeta Vermelho ter abrigado vida microbiana no passado.

“Os alvos de calibração atendem a vários propósitos, incluindo principalmente refinar a calibração do comprimento de onda do SHERLOC, calibrar o espelho do scanner a laser e monitorar o foco e o estado de saúde do laser”, disse Kyle Uckert, pesquisador principal adjunto do SHERLOC no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, ao Space.com.

Perseverance com redemoinho
Ao fundo, é possível observa rum redemoinho de poeira (“dust devil” em inglês) (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

Qual a função do labirinto?

Ok, entendemos como o equipamento funciona, mas como o labirinto o calibra? “O SHERLOC tem como objetivo resolver quebra-cabeças, e que melhor quebra-cabeça do que um labirinto?”, diz Uckert.

Basicamente, a função do labirinto é calibrar o posicionamento do espelho do scanner a laser e caracterizar o foco do laser, o que exige um alvo com respostas espectrais nitidamente contrastantes. Até o desenho de Sherlock Holmes no centro do labirinto tem uma função específica.

Labirinto do Perseverance
Detalhe do Sherlock Homes (Crédito da imagem: NASA/JPL-Caltech)

“Os mapas espectrais do SHERLOC conseguem identificar as linhas cromadas de 200 micrômetros de espessura e a silhueta de Sherlock Holmes de 50 micrômetros de espessura no centro do labirinto”, observa Uckert.

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Já a parte inferior do labirinto é composta por materiais usados em trajes espaciais, como Teflon, Gore-Tex e Kevlar.

Aliás, as referências a Sherlock Holmes não param por aí. Uma das ferramentas do SHERLOC, que o auxilia a capturar fotos de seus alvos, chama-se Sensor Topográfico Grande Angular para Operações e Engenharia – cuja sigla em inglês é, adivinhe só: WATSON.

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Maior cápsula do tempo do mundo vai ser aberta em breve

Cápsulas do tempo são construções que guardam itens do passado para serem abertos no futuro. Como o conteúdo fica escondido, elas geralmente são atrações turísticas bem sem graça. Isso, pelo menos, até serem abertas. Essa é exatamente a situação dessa cápsula construída no Nebraska (Estados Unidos), conhecida como a “maior do mundo”.

Ao contrário de cápsulas que normalmente são feitas por universidades ou instituições, essa trata-se de um projeto caseiro. Em 1975, Harold Keith Davisson, uma celebridade local, dono de uma loja na cidade de Seward, queria mostrar aos seus netos como era o mundo no seu tempo. Então ele enterrou um cofre de 45 toneladas sob um monte de terra no gramado da frente de sua loja de móveis e eletrodomésticos.

Itens da cápsula do tempo

O que tem dentro da cápsula? Isso vamos saber em breve. A data para sua abertura é 5 de julho de 2025, 50 anos após o fechamento. Apesar de ainda estar lacrada, temos alguns spoilers do que pode estar dentro do compartimento.

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Trish Johnson, filha de Harold, já falecido, presidente da House of Davisson Furniture Corporation e autointitulada “Guardiã da Cripta”, deu entrevista ao site Roadside América contando um pouco da aventura de seu pai.

A cápsula tem 5 mil itens (bastante variados), que incluem uma calcinha de biquíni, um terno masculino azul-marinho com flores amarelas bordadas e um Chevy Vega novinho em folha, “o carro mais barato que conseguiu encontrar”, segundo Johnson. Como era dono de uma loja de variedades, não foi muito difícil para Harold conseguir itens diversos.

Chevy Vega (Imagem: Chevy Vega/Shutterstock)

Maior cápsula do tempo do mundo?

Os planos de Harold iam além de só guardar os objetos; ele queria ter a maior cápsula do tempo do mundo e conseguiu isso no Guinness Book (o Livro dos Recordes) de 1977.

Isso causou protestos da Universidade Oglethorpe, em Atlanta, que alegou que sua “Cripta da Civilização”, fechada desde 1940, era a maior cápsula do tempo do mundo. Harold respondeu que era apenas uma sala isolada em um prédio e não estava enterrada, portanto, não era uma cápsula. A disputa foi resolvida com o Guinness removendo a categoria.

Mas Harold se sentiu desafiado e, em 1983, construiu uma segunda cápsula do tempo, em cima da primeira, abrigada dentro de uma pirâmide de concreto moldado. Agora não havia dúvidas sobre qual cápsula do tempo era a maior. A pirâmide também serviu como teto para proteger a cripta.

O principal item que Johnson lembra de ter visto dessa cápsula foi um carro surrado, segundo ela, um Datsun ou Toyota 1975. O resto seriam listas telefônicas e embrulhos deixados por cidadãos da cidade.

A boa notícia é que Harold não precisou da cápsula para mostrar o mundo aos seus netos: ele faleceu apenas em 1999, aos 91 anos, e conheceu-os pessoalmente.

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Os peixes bebem água?

Você acorda com sede, a primeira coisa que faz é tomar um copão com água. Saiba que, se você fosse um peixe, isso seria bastante diferente. Assim como nós, humanos, nossos colegas aquáticos também precisam de água para sobreviver, mas a diferença é que eles estão cercados por ela o tempo todo, então não existe um momento em que os peixes param especificamente para isso.

Basicamente, peixes absorvem água por osmose. Mas a intensidade desse processo varia conforme o ambiente em que ele vive (mar ou rio) e também com a espécie. Vamos aos fatos:

  • Os peixes precisam absorver água para equilibrar a química de seus corpos, principalmente o sal;
  • Na água doce, os peixes possuem mais sal em seus corpos do que a água ao redor, portanto precisam absorver pouco líquido para fazer esse equilíbrio (se “tomarem” água demais, podem ficar com pouco sal);
  • Agora, peixes de água salgada precisam absorver muita água para manter o equilíbrio, já que o ambiente possui muito mais sal que seus corpos;
  • Nesse caso, ao contrário dos colegas de água doce, eles direcionam parte da água que entra pela boca para o trato digestivo, em vez de para as guelras.
(Imagem: Zephyr_p/Shutterstock)

Peixes fazem xixi?

Peixes também podem eliminar água, em um tipo de xixi. Na água doce, água demais significa pouco sal, portanto o xixi equilibra isso. Na água salgada, os peixes contam com células especializadas em suas brânquias que bombeiam o sal para fora.

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Esse processo é passivo, não requer gasto de energia nem controle por parte dos animais.
Ou seja, os clientes do Siri Cascudo provavelmente não precisam de refrigerante para acompanhar o hambúrguer de siri. As informações são do IFL Science.

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Imagem: winglwk/Shutterstock

Mudanças climáticas fazem peixes-palhaço diminuírem de tamanho

Um novo estudo científico aponta que peixes-palhaço, semelhantes ao personagem Nemo do famoso filme da Pixar “Procurando Nemo“, estão encolhendo para sobreviver diante do aumento extremo das temperaturas marinhas.

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Imagem: Wirestock/iStock

A pesquisa, publicada na revista Science Advances, foi conduzida por cientistas da Universidade de Newcastle (Inglaterra) e observou mudanças drásticas no tamanho corporal desses peixes durante as intensas ondas de calor oceânico registradas em 2023.

Durante o verão de 2023, quando a temperatura dos oceanos subiu rapidamente, os cientistas constataram que os peixes perderam peso e reduziram seu tamanho em vários milímetros. Confira.

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OVNIs: EUA alimentaram teorias da conspiração para proteger segredos

No ano passado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou documentos secretos sobre objetos voadores não identificados (OVNIs). A revelação quebrou uma tradição de décadas do governo americano de ocultar essas informações. Porém, segundo o Wall Street Journal, as autoridades não apenas protegiam os segredos, mas também criavam teorias da conspiração.

Desde a década de 1950, oficiais militares espalharam informações falsas e materiais adulterados sobre OVNIs para desviar a atenção de programas confidenciais, como o desenvolvimento de aeronaves furtivas em locais como a Área 51.

A reportagem destaca a presença de um coronel da Força Aérea que visitou um bar próximo à área. No local, ele entregou fotos aos proprietários, alegando que eram de OVNIs encontrados pelas autoridades.

O que poderia ser apenas um caso isolado era, na verdade, parte de uma missão: as fotos haviam sido adulteradas, e o coronel estava lá justamente para disseminar desinformação e ocultar projetos militares americanos.

Crédito: Departamento de Defesa dos EUA

Investigação sobre OVNIs

Desde o incidente de Roswell, em 1947, o governo americano negou e ocultou informações sobre fenômenos aéreos estranhos, o que levou ao surgimento de teorias da conspiração e especulações sobre vida extraterrestre.

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Durante a Guerra Fria, o Pentágono e as agências de inteligência deliberadamente espalharam desinformação para proteger tecnologias sensíveis. Projetos como o avião-espião U-2 e o caça stealth F-117 muitas vezes foram confundidos com OVNIs, mas o governo preferiu manter o sigilo em vez de oferecer explicações claras. Segundo a reportagem, essa falta de transparência alimentou narrativas de acobertamento e alienígenas, mesmo quando havia explicações mundanas para os fenômenos observados.

Muitos avistamentos, na realidade, eram projetos militares secretos, como aeronaves experimentais e tecnologias de espionagem, mas o sigilo em torno desses programas fez com que o público interpretasse mal esses eventos.

As explicações vão além de equipamentos secretos. O escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO), liderado pelo cientista Sean Kirkpatrick, ainda concluiu que, muitos avistamentos de OVNIs têm explicações comuns, como aves, drones ou reflexos de satélites.

Ovnis: governo dos EUA admite não ter explicação
UFO/Computer Earth/Shutterstock

Segundo o WSJ, o relatório final divulgado no ano passado omitiu descobertas significativas para evitar constrangimentos e proteger programas classificados. Deixou de fora, por exemplo, o fato de o governo dos EUA ter criado boa parte das teorias. Espera-se que um segundo relatório forneça mais esclarecimentos.

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Oceanos enfrentam tripla ameaça, segundo estudo

Um estudo inédito mapeou a frequência e a intensidade de um evento extremo triplo que está assolando o Atlântico Sul. O oceano é ameaçado por uma combinação de ondas de calor marinhas, escassez de clorofila e acidificação acentuada do mar.

Segundo os pesquisadores, este tipo de fenômeno era praticamente inexistente há cerca de 20 anos. Isso sugere que as mudanças climáticas impulsionadas pela atividade humana são as causadoras do problema analisado.

Oceanos estão ficando mais quentes e ácidos (Imagem: hirokoro/Shutterstock)

Eventos triplos se tornaram relativamente comuns

  • Durante o trabalho, a ocorrência dos eventos foi analisada ao longo de dois períodos de 10 anos consecutivos: de 1999 a 2008 e de 2009 a 2018.
  • No total, seis regiões do Atlântico Sul, três perto da costa brasileira e três do litoral da África, foram verificadas.
  • Segundo os cientistas, no primeiro intervalo estudado não houve nenhum caso em que as três situações fossem registradas ao mesmo tempo.
  • Já no segundo estes eventos triplos se tornaram relativamente comuns.
  • Em algumas situações a duração mínima dos fenômenos conjuntos variou de 17 a 49 meses.
  • Os episódios concomitantes mais severos reunindo ondas de calor, alta acidez e pouca disponibilidade de clorofila abrangeram áreas que representavam entre 4% e 18% da extensão total de cada região.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Communications.

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Fenômenos são causados pelas mudanças climáticas (Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock)

Distúrbios climáticos podem prejudicar os ecossistemas marinhos

Apesar do fenômeno triplo passar a ocorrer praticamente todo ano, o período entre o verão e o outono de 2020 chamou a atenção dos cientistas. Nos arredores de Rio do Fogo, município litorâneo do Rio Grande do Norte, o aquecimento das águas levou ao branqueamento de 85% dos corais duros e de 70% de zoantídeos, animais com corpo geralmente mais mole que habitam recifes.

A água atingiu 32°C, quando o normal é 28°C. Várias espécies de coral da região apresentam um limite termal médio de 29,7°C. Quando expostas a temperaturas acima desse patamar, elas começam a sofrer danos biológicos importantes.

Fenômenos ameaçam a vida marinha (Imagem: Solarisys/Shutterstock)

Os pesquisadores alertam que os distúrbios climáticos intensos podem afetar a pesca, por exemplo. Águas mais quentes e ácidas aumentam a mortalidade de espécies marinhas. Já a menor presença de clorofila no mar prejudica a realização de fotossíntese em plantas e algas, o que diminui o alimento disponível para muitos organismos marinhos.

Para confirmar a ocorrência de um evento triplo, é necessário que cada um dos três fenômenos extremos citados se sobreponha simultaneamente em pelo menos 1% da área analisada. Os resultados deste novo trabalho podem ajudar na criação de projetos de conservação oceânica.

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Lua hoje: confira a fase da Lua neste sábado 07/06/2025

Hoje, 7 de junho de 2025, a Lua está na fase Crescente, está 85% visível e crescendo. Faltam 4 dias para a Lua Cheia. Confira o calendário completo de fases da Lua em junho.

As informações sobre as fases da Lua do mês de junho são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Lua hoje: confira as próximas fases

As fases da Lua no mês de junho de 2025 começaram já no dia 3 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de maio. A mudança ocorreu às 00h41.

Já no dia 11 é a vez da Lua Cheia, às 04h46. A Lua Minguante surge às 16h20 do dia 18 do mês. As fases da Lua do mês de junho de 2025 contam ainda com a Lua Nova, no dia 25 às 07h33.

Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock

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Calendário fases da lua junho de 2025

  • Lua Crescente: dia 3 às 00h41
  • Lua Cheia: dia 11 às 04h46
  • Lua Minguante: dia 18 às 16h20
  • Lua Nova: dia 25 às 07h33

O que é o ciclo lunar?

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.

Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).

Qual a fase da Lua hoje?

Hoje a Lua está na fase Crescente.

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Descubra por que a letra do médico é um mistério científico

Você já se perguntou por que tantas receitas médicas parecem escritas em outro idioma? A resposta vai além da correria do consultório. Neurociência, anatomia, aprendizado motor e até influências culturais estão por trás da caligrafia indecifrável de muitos profissionais da saúde. Entender isso pode revelar muito sobre como o cérebro humano transforma pensamento em traço no papel.

Escrever à mão é uma das tarefas mais complexas que nosso corpo realiza. Ela exige que o cérebro coordene, em tempo real, os olhos, os músculos das mãos e os movimentos finos dos dedos. Tudo isso enquanto organizamos o pensamento em palavras. Fatores como lateralidade (ser destro ou canhoto), postura e até a firmeza da pegada influenciam no resultado final da letra. E sim, isso varia de pessoa para pessoa.

No caso dos médicos, o cenário é ainda mais desafiador. A rotina intensa, o grande volume de pacientes e a necessidade de escrever rápido favorecem a adoção de garranchos e abreviações. Com o tempo, essa escrita apressada vira hábito. Não por acaso, leis em estados brasileiros já exigem que receitas sejam digitadas ou escritas de forma legível, numa tentativa de evitar erros e mal-entendidos na hora de interpretar indicações de remédios.

Entre o cérebro e o papel: por que nem todo mundo escreve bem?

É o que destaca recente matéria da BBC – estudos em neurociência mostram que a escrita à mão envolve regiões cerebrais ligadas à memória motora, à linguagem e à percepção visual. Pequenas variações anatômicas e diferenças no desenvolvimento dessas áreas podem impactar diretamente a caligrafia. Ou seja: sua letra pode ser difícil de ler não porque você “escreve mal”, mas porque seu cérebro organiza os movimentos de forma única.

A caligrafia dos médicos muitas vezes vem da pressão e da rapidez exigidas pela rotina intensa (Imagem: Inside Creative House/Shutterstock)

Além disso, a forma como aprendemos a escrever também conta. A infância é um período-chave, quando imitamos adultos e professores, e cada estilo de ensino influencia o resultado. Em muitos países, inclusive no Brasil, o ensino da caligrafia perdeu espaço para o uso de teclados e telas, o que significa menos tempo de prática e mais dificuldade de desenvolver uma escrita consistente.

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Outro ponto curioso é que a caligrafia também carrega marcas culturais. Em países asiáticos, por exemplo, onde a escrita exige mais precisão visual e gestual, o treino é mais rigoroso e prolongado. Já em países ocidentais, o foco no conteúdo muitas vezes supera a forma. O resultado? Letras menos padronizadas e, em muitos casos, mais difíceis de decifrar.

Letra feia, cérebro afiado

Apesar da fama, a caligrafia não diz muito sobre a capacidade intelectual de alguém. Médicos com letras difíceis de ler são prova disso. O que parece desleixo, muitas vezes, é resultado de um cérebro trabalhando rápido demais para as mãos acompanharem.

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Letra difícil não indica falta de inteligência; muitas vezes, é um cérebro rápido demais para a mão acompanhar (Imagem: TippaPatt/Shutterstock)

O avanço da tecnologia e a digitalização de prontuários tendem a reduzir os riscos causados por letras ilegíveis, mas a escrita manual ainda é um traço importante da nossa individualidade. Ela carrega história, contexto e até emoção.

No fim das contas, entender por que escrevemos como escrevemos é mais do que uma curiosidade. Trata-se de uma forma de olhar para os caminhos únicos que cada mente percorre entre o pensamento e a palavra escrita.

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Conheça o drone japonês que “digievoluiu” de dragão para aranha

Na cultura japonesa, o dragão vai muito além das lendas. Ele representa poder, sabedoria e transformação. Foi com essa inspiração que pesquisadores da Universidade de Tóquio criaram o DRAGON, um drone articulado capaz de se mover no ar como uma serpente voadora. Anos depois, o projeto evoluiu e deu origem ao SPIDAR, uma aranha voadora high-tech, pronta para enfrentar terrenos desafiadores e missões de resgate.

Apresentado ao mundo em 2018, o DRAGON (Dual-Rotor Embedded Multi-Link Robot with the Capability of Multi-Degree-of-Freedom Aerial Transformation) parecia saído diretamente de um anime futurista. Com um corpo modular feito de elos articulados, cada um equipado com dois ventiladores montados em gimbais, o drone podia se curvar, torcer e deslizar pelos ares com agilidade de uma cobra alada.

Mas como toda criatura mítica, o DRAGON também passou por sua própria metamorfose. Em 2022, o projeto deu origem ao SPIDAR (Sensing, Processing, and Intelligent Dynamics for Aerial-ground Robot), um novo robô híbrido com quatro pernas articuladas e propulsores vetoriais. Apesar de ter perdido a elegância serpenteante do modelo original, ganhou estabilidade e versatilidade. A evolução darwiniana da robótica? Pode apostar.

Voa, anda e parece ter saído de um filme sci-fi

De acordo com a revista científica New Atlas, o SPIDAR é o mais recente projeto híbrido da Universidade de Tóquio, capaz de caminhar e voar com a ajuda de propulsores vetoriais e pernas articuladas. Diferente do DRAGON, que tinha movimentos fluidos e serpenteantes, o SPIDAR se destaca por sua estrutura multi-link e quatro pernas que garantem maior controle e adaptação em ambientes complexos.

Animação do DRAGON, capaz de articular o corpo no ar como se tivesse vida própria (Imagem: University of Tokyo)

Projetado especialmente para terrenos difíceis e de acesso limitado, o SPIDAR pode dar passos de cerca de 20 centímetros enquanto mantém a capacidade de voar quando necessário. Essa locomoção multimodal o torna ideal para missões de resgate e operações em zonas de desastre, onde drones convencionais enfrentam limitações.

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Essa tecnologia representa um salto importante para a robótica multimodal, especialmente em operações de busca e salvamento, onde a combinação de mobilidade aérea e terrestre pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso das missões.

A evolução dos drones híbridos e seus desafios futuros

Na última atualização da Universidade de Tóquio sobre o projeto SPIDAR, um vídeo mostrando o robô segurando uma bola de yoga chamou atenção — e também revelou a capacidade do SPIDAR de manter o equilíbrio em superfícies instáveis, o que amplia ainda mais suas possibilidades em terrenos irregulares.

Com a evolução das baterias e outras tecnologias, não seria surpresa se o DRAGON, com sua forma flexível e movimentos únicos, voltasse a dominar os céus como um drone referência. Por enquanto, podemos imaginar sua tecnologia em ação como uma mistura perfeita de função e estilo, deslizando com agilidade entre obstáculos em espaços apertados.

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Aranha voadora? Drone mutante da Universidade de Tóquio impressiona ao mudar de forma no ar (Imagem: University of Tokyo)

Mesmo que o DRAGON nunca retorne como uma máquina prática, seu design já entrou para a história da robótica como uma das criações mais impressionantes e criativas. Já o SPIDAR, com suas quatro pernas e jeito de aranha futurista, promete dar muitos passos largos — e voadores — no futuro da tecnologia

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Novas imagens mostram em detalhes “cortinas magnéticas” do Sol

Um novo estudo revelou uma análise minuciosa das “cortinas magnéticas”, estruturas luminosas na superfície do Sol. Os físicos responsáveis utilizaram equipamentos de ponta do Telescópio Solar Daniel K. Inouye, no Havaí, o maior do mundo em observação solar, para captar imagens de alta resolução inéditas. 

A equipe pôde observar pela primeira vez em detalhes linhas finas e escuras na camada externa da estrela. Com as fotos, eles puderam ter novas percepções sobre como os campos magnéticos moldam a dinâmica da superfície solar.

“Neste trabalho, investigamos a estrutura em pequena escala da superfície do Sol pela primeira vez com uma resolução espacial sem precedentes de cerca de 20 quilômetros, ou o comprimento da Ilha de Manhattan”, afirmou o Dr. David Kuridze, principal autor do estudo, em um comunicado.

Essas listras tem o nome de estrias e se formam nas bordas dos grânulos – as células de convecção solar. Elas são o resultado de camadas de campos magnéticos semelhantes a cortinas e se movem como panos ao vento. 

Os cientistas puderam observar o fenômeno porque a luz dos grânulos atravessa e interage com as estrias de uma forma única. Se o campo magnético for mais fraco na cortina do que em seu entorno, ele aparece escuro; se for mais forte, ele aparece brilhante. A alternância dessas intensidades resulta no efeito visto nas imagens da pesquisa.

“O magnetismo é um fenômeno fundamental no universo, e faixas magnéticas semelhantes também foram observadas em objetos astrofísicos mais distantes, como nuvens moleculares”, comentou o Dr. Han Uitenbroek, coautor do estudo.

A área ampliada revela detalhes sem precedentes da superfície solar – paredes granulares dominadas por faixas ultrafinas com aproximadamente 20 a 50 quilômetros de largura. (Imagem: NSF/NSO/AURA)

Um novo olhar para o Sol

O estudo só foi possível devido ao Imageador de Banda Larga Visível (VBI) do Inouye — instrumento que destaca as áreas de atividade magnética intensa. Com ele, a equipe pôde observar a fotosfera (superfície solar) com uma precisão 0,03 segundos de arco, o equivalente a uma área de cerca de 20 quilômetros do Sol.

A pesquisa confirma que essas estrias são flutuações magnéticas sutis, mas influentes no ambiente solar. Sua força é comparável a de um imã de geladeira comum, mesmo assim, são capazes de alterar a densidade e a opacidade do plasma, deslocando a superfície visível do Sol em quilômetros.

Telescpio Inouye é o maior do mundo em observação solar
Telescpio Inouye é o maior do mundo em observação solar. (Imagem: VTF/KIS/NSF/NSO/AURA)

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Esse estudo é mais um dos exemplos da tecnologia de ponta do Telescópio Inouye e seu potencial para futuras descobertas. Com ele, cientistas poderão estudar o Sol como nunca antes.

“Esta é apenas uma das muitas estreias do Inouye, demonstrando como ele continua a expandir as fronteiras da pesquisa solar. Ela também destaca o papel vital do telescópio na compreensão da física de pequena escala que impulsiona os eventos climáticos espaciais que impactam nossa sociedade cada vez mais tecnológica aqui na Terra” concluiu o Dr. David Boboltz, diretor associado do Telescópio Inouye.

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