Amazon já tem data para lançar segundo lote de satélites de internet

Elon Musk que se cuide: a Amazon está avançando rapidamente com seu projeto de internet via satélite para competir com a Starlink, da SpaceX. Na próxima sexta-feira (13), a empresa de Jeff Bezos lançará a missão Kuiper 2, com mais 27 satélites do Projeto Kuiper, que pretende levar internet rápida a regiões do planeta com pouca ou nenhuma conexão.

De acordo com um comunicado, o lançamento será feito por um foguete Atlas V, da empresa United Launch Alliance (ULA), a partir da base da Força Espacial dos Estados Unidos, na Flórida. A decolagem está prevista para 15h29 (horário de Brasília) e será transmitida ao vivo pelos canais oficiais da ULA. O foguete colocará os satélites em órbita terrestre baixa (LEO), onde eles entrarão em operação.

Meta é implantar 3,2 mil satélites

Com essa missão, o número de satélites do Kuiper no espaço sobe para 54 unidades. Os primeiros 27 foram enviados em abril deste ano, na missão Kuiper 1, que marcou o início da constelação. A ideia é que esses satélites trabalhem juntos para oferecer internet sem fio de alta velocidade, especialmente em áreas distantes dos grandes centros urbanos.

Para lançar a Missão Kuiper 1, em 28 de abril de 2025, a Amazon utilizou um foguete Atlas V, da ULA. Crédito: Divulgação/United Launch Alliance

A Amazon quer lançar mais de 3.200 satélites ao longo dos próximos anos. Para isso, estão programados 83 lançamentos, que não dependerão apenas do Atlas V. A empresa também vai usar outros foguetes, como o Vulcan Centaur, da ULA, o Ariane 6, da Arianespace, e o New Glenn, da Blue Origin, outra empresa de Bezos.

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Satélites de internet da Amazon são projetados para reduzir o risco de lixo espacial

Mesmo com essa meta ambiciosa, o número é menor do que o da Starlink, que já tem mais de 7.600 satélites ativos ao redor do mundo. No entanto, a Amazon aposta em uma estrutura diferente. Além da constelação no espaço, o Kuiper será integrado à rede da Amazon Web Services (AWS), o que pode garantir uma internet de qualidade mesmo com menos satélites.

Carga de satélites Kuiper da Amazon no galpão
Carga de satélites Kuiper no galpão da Amazon. O Projeto Kuiper é o mais novo competidor no mercado de fornecedores de internet via satélite. Crédito: Divulgação / Amazon

Outro diferencial está na preocupação ambiental. Os satélites do Projeto Kuiper são projetados para reduzir o risco de lixo espacial. A empresa também está em contato com astrônomos para desenvolver tecnologias que diminuam o brilho dos satélites no céu e evitem atrapalhar as pesquisas científicas.

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“Porta do Inferno”: fogo que queima há mais de 50 anos em cratera perde força

Localizada no norte do Turcomenistão, na Ásia Central, a Cratera de Darvaza tem 69 metros de largura e 30 metros de profundidade. Ela é conhecida como “Porta do Inferno” e se tornou um importante destino turístico.

O local recebeu este nome pelo fato de queimar de forma contínua há mais de 50 anos. As chamas são alimentadas pelos ricos depósitos de gás natural da área. No entanto, o governo do país anunciou que a intensidade do fogo diminuiu significativamente.

Local recebe milhares de turistas todos os anos (Imagem: Matyas Rehak/Shutterstock)

País tenta diminuir as emissões de metano

  • De acordo com as autoridades do Turcomenistão, as chamas foram reduzidas em três vezes.
  • Elas ainda afirmam que hoje resta apenas uma fraca fonte de combustão.
  • Isso foi possível após numerosos poços serem perfurados na região.
  • O objetivo era capturar o metano e reduzir o incêndio como parte de um projeto para diminuir os impactos provocados pelas mudanças climáticas.
  • O país da Ásia Central é um dos países mais fechados do mundo e possui a quarta maior reserva de gás do mundo.
  • Ele também é o maior emissor mundial de metano por meio de vazamentos de gás, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
  • As informações são do Science Alert.

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Fogo é alimentado pelo vazamento de gás natural (Imagem: Lockenes/Shutterstock)

História da formação da “Porta do Inferno” é motivo de discussão

O que levou à formação da cratera é motivo de dúvidas até hoje. Segundo a teoria mais difundida, em 1971, geólogos soviéticos estavam perfurando o deserto de Karakum com o objetivo de encontrar petróleo, quando se depararam com uma reserva de gás natural que fez com que a terra desmoronasse, formando três grandes sumidouros.

Para evitar que o metano fosse liberado na atmosfera, eles atearam fogo em um destes sumidouros, pensando que ele iria queimar totalmente em questão de semanas. As chamas, no entanto, seguem até hoje.

Visão do interior da cratera (Imagem: Maurizio Bersanelli/Shutterstock)

Outra história aponta que a enorme cratera teria se formado na década de 1960 e começado a queimar cerca de 20 anos mais tarde. Há, inclusive, controvérsias sobre se ela foi incendiada acidentalmente, como pela queda de um raio, ou se foi algo intencional.

Por fim, há quem defenda que o local foi originado após o uso da técnica de “flaring“, comum na extração de gás natural, em que os excedentes são queimados intencionalmente por economia e segurança.

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Descobertas explosões cósmicas mais potentes desde o Big Bang

Astrônomos descobriram as explosões cósmicas mais potentes desde o Big Bang. Nomeadas de “Transientes Nucleares Extremos” (ENTs), esses fenômenos ocorrem quando estrelas massivas — acima de três vezes o tamanho do Sol — são despedaçadas ao se aproximar de um buraco negro supermassivo (SMBH).

Segundo o estudo, enquanto uma supernova típica libera, em apenas um ano, a mesma quantidade de energia que o Sol emite ao longo de seus 10 bilhões de anos de vida, os ENTs emitem, em média, em um único ano, energia equivalente à produzida por 100 sóis durante toda a sua existência. O ENT mais energético registrado pela pesquisa, conhecido como Gaia18cdj, emitiu cerca de 25 vezes mais energia do que a supernova mais potente conhecida

“Observamos estrelas sendo dilaceradas por eventos de ruptura de maré há mais de uma década, mas essas ENTs são diferentes. Eles atingem brilhos quase dez vezes maiores do que o que normalmente vemos”, disse Jason Hinkle, pesquisador líder do estudo publicado na Science Advances, em um comunicado.

Hinkle descobriu esses fenômenos quando analisava dados de artigos anteriores sobre erupções de longa duração originadas em centros de galáxias. Duas erupções incomuns, captadas pela sonda Gaia, da Agência Espacial Europeia em 2016 e 2018, chamaram sua atenção. Elas brilhavam em uma escala de tempo muito maior do que as exemplares conhecidas e não tinham características em comum com elas.

“Gaia não diz o que é um transiente, apenas que o brilho de algo mudou. Mas, quando vi essas erupções suaves e duradouras vindas do centro de galáxias distantes, soube que estávamos observando algo incomum”, comentou o cientista.

Ilustração dos Transientes Nucleares Extremos (ENTs). (Imagem: Observatório W. M. Keck / Adam Makarenko.)

Terceira explosão confirmou hipótese

Em 2020, um terceiro evento foi descoberto pelo Zwicky Transient Facility (ZTF) — levantamento feito pelo Observatório Palomar, na Califórnia, dedicado a captar mudanças rápidas no céu. Esse fenômeno tinha semelhanças com os registrados por Gaia, o que levou os pesquisadores a suspeitarem da existência de uma nova classe de mega explosões cósmicas.

O grupo rejeitou a possibilidade desses eventos serem supernovas, porque a energia expelida por eles é muito maior. A combinação de uma enorme liberação energética com curvas de luz suaves e prolongadas levou a equipe a pensar em um outro mecanismo: a acreção de buracos negros supermassivos.

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Esses eventos são valiosos para o estudo de SMBHs e galáxias distantes. Segundo o professor Benjamin Shappee, coautor da pesquisa, ao observar essas erupções prolongadas, pesquisadores podem obter informações sobre quando o Universo tinha metade de sua idade atual. Nesse momento, as galáxias estavam em lugares diferentes — formando estrelas e alimentando buracos negros supermassivos com uma intensidade 10 vezes maior do que hoje.

“Esses ENTs não marcam apenas o fim dramático da vida de uma estrela massiva. Eles iluminam os processos responsáveis pelo crescimento dos maiores buracos negros do Universo”, concluiu Hinkle.

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Crateras da Lua guardam um trilhão de dólares em metais raros

Um artigo publicado na revista Planetary and Space Science aponta que a Lua pode ser uma opção mais prática e lucrativa para mineração espacial do que os asteroides em órbita. De acordo com o estudo, muitos dos impactos que criaram crateras lunares também deixaram para trás metais preciosos, como a platina. Essa descoberta abre caminho para a possibilidade de exploração comercial desses recursos por empresas no futuro.

A superfície da Lua é marcada por milhares de crateras, resultado de bilhões de anos de colisões com asteroides, cometas e meteoroides. Um levantamento feito em 2020 encontrou mais de 109 mil crateras novas em regiões de baixa e média latitude. Esses impactos ocorrem a velocidades altíssimas, muitas vezes acima da velocidade do som, liberando energia suficiente para escavar grandes buracos na crosta lunar.

Cratera lunar Giordano Bruno. A altura e a nitidez da borda indicam que esta é uma cratera jovem, embora sua idade exata seja desconhecida. Contagens recentes de crateras sugerem que ela se formou há até 10 milhões de anos. Crédito: NASA / GSFC / Universidade Estadual do ArizonaNASA / GSFC / Universidade Estadual do Arizona

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Crateras na Lua variam conforme impacto

Segundo a NASA, a formação de cada cratera depende de diversos fatores, como o tamanho, a densidade e a velocidade do objeto que colide, além do tipo de solo e do ângulo do impacto. Essa variedade de condições faz com que algumas crateras retenham fragmentos ricos em metais valiosos, o que interessa diretamente à mineração espacial.

Liderada pelo astrônomo independente Jayanth Chennamangalam, do Canadá, uma equipe internacional de cientistas usou métodos estatísticos desenvolvidos em 2014 pelo pesquisador Martin Elvis, astrônomo do Observatório Astrofísico Smithsonian, que havia calculado quantos asteroides próximos da Terra continham minérios úteis. Eles aplicaram esses mesmos cálculos à Lua, estimando o número de crateras com materiais aproveitáveis.

Cerca de 6.500 crateras podem conter metais preciosos em quantidades comercialmente viáveis. Crédito: JLStock – Shutterstock

Os pesquisadores concluíram que cerca de 6.500 crateras podem conter metais preciosos em quantidades comercialmente viáveis. Considerando apenas as crateras com mais de cinco quilômetros de diâmetro, ainda restariam centenas com potencial exploratório. Os principais alvos seriam metais do grupo da platina e, em alguns casos, até água em forma de minerais hidratados.

Amostra coletada pela missão Apollo é um exemplo típico de material ejetado de grandes bacias lunares. Crédito: NASA

Mineração lunar é mais rentável

Segundo o estudo, a quantidade de material valioso preso nessas crateras pode ser até 100 vezes maior do que nos asteroides que ainda estão vagando pelo espaço. Isso tornaria a mineração lunar uma opção mais prática e rentável. Chennamangalam estima que o valor total desses metais na Lua ultrapasse US$1 trilhão.

“Hoje, a astronomia é feita para saciar nossa curiosidade”, disse ele ao site New Scientist. “Tem muito poucas aplicações práticas e é pago principalmente com dinheiro do contribuinte, o que significa que o financiamento da pesquisa está à mercê da política governamental. Se pudermos monetizar os recursos espaciais – seja na Lua ou em asteroides – as empresas privadas investirão na exploração do Sistema Solar”.

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Crew Dragon: conheça a cápsula no meio da disputa entre Musk e Trump

Se, no começo do ano, a amizade entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk parecia inabalável, as coisas azedaram de vez na última quinta-feira (5), com uma troca de ofensas nas redes sociais. Em meio à discussão, um dos nomes que se destacou foi o da cápsula Crew Dragon, responsável por levar astronautas americanos para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Durante a troca de farpas, em que Musk criticou a nova lei orçamentária de Trump, o presidente americano sugeriu que poderia romper os contratos do governo com as empresas do bilionário.

A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares em nosso Orçamento é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon Musk

Donald Trump

Crédito: Bella1105 – Shutterstock

Em resposta, Musk declarou que estava desativando a cápsula Crew Dragon“À luz da declaração do presidente sobre o cancelamento dos meus contratos com o Estado, a SpaceX começará a desativar sua nave espacial, Dragon, imediatamente”, disse o empresário em sua postagem.

Pouco tempo depois, ele indicou que havia voltado atrás em sua decisão. Mas o fato é que a relação entre a SpaceX e o governo dos EUA nunca esteve tão nebulosa. Em meio a isso, o que exatamente é a Crew Dragon, e qual sua importância para as atividades espaciais americanas?

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Imagem: Evgeniyqw/Shutterstock

A cápsula Crew Dragon

As cápsulas Crew Dragon, da SpaceX, transportam astronautas e carga para a Estação Espacial Internacional em um contrato com a NASA. A primeira vez que levou astronautas à ISS foi em 2020, marcando o retorno dos lançamentos tripulados aos EUA.

  • A cápsula se destaca pelo design moderno, em contraste com o visual clássico da russa Soyuz;
  • Tem capacidade para até sete astronautas, mas as missões costumam levar apenas quatro;
  • É reutilizável, podendo ser lançada múltiplas vezes após manutenção, reduzindo custos;
  • É impulsionada pelo foguete Falcon 9, também da SpaceX;
  • Atualmente, há uma cápsula atracada na ISS, com quatro astronautas que dependem dela para retornar à Terra.

Caso o contrato fosse realmente encerrado, é provável que o grupo ainda voltasse com a SpaceX, mas o envio de uma nova tripulação ficaria comprometido.

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Alternativas à SpaceX

Existem poucas alternativas para a NASA no mercado. Desde que deixou de ter um veículo próprio para levar astronautas à ISS (com o fim do programa de ônibus espaciais), a agência passou a depender de parcerias com empresas privadas.

Por muito tempo, apenas a Soyuz, russa, realizou os lançamentos contratados pela NASA – algo que ainda ocorre com frequência. Nesse caso, a tripulação teria que ser reduzida a três astronautas.

Lançamento da Soyuz
Lançamento da Soyuz (Imagem: Roscosmos)

No entanto, com as relações entre EUA e Rússia estremecidas, seria difícil imaginar os americanos admitindo que dependem ainda mais da tecnologia russa no espaço.

A outra alternativa com contrato da NASA é a Boeing, que desenvolveu a Starliner para transportar astronautas à ISS. Porém, o programa está atrasado, e, com a complicada situação da primeira missão tripulada, é improvável que o foguete decole novamente tão cedo.

Outros contratos da NASA incluem a Sierra Space, com o avião espacial Dream Chaser, e a Northrop Grumman, com a Cygnus, mas ambos os projetos avançam lentamente e não estão aptos para levar astronautas.

Tudo isso traria ainda mais incerteza para o futuro da ISS, prevista para ser aposentada em 2030.

Consequências para o programa lunar

O fim dos contratos com a SpaceX também impactaria o programa Artemis, que visa levar humanos de volta à Lua após 50 anos. A SpaceX tem um contrato para construir uma versão do foguete gigante Starship, que levará dois astronautas da NASA à superfície lunar na terceira missão Artemis.

Sem a empresa de Musk, o cronograma (já apertado), previsto para 2027, certamente teria que ser revisto, alongando ainda mais um programa que já enfrentou diversos atrasos.

Uma das versões do foguete SLS, da NASA, o modelo Block 1B, que será usado na missão Artemis 4, prevista para 2028, tem representado um grande desafio para a agência. Crédito: NASA

Há ainda outras consequências, como o lançamento de satélites do governo e missões como a sonda Dragonfly, que deve ir para Titã, lua de Saturno – e a SpaceX foi contratada para transportá-la.

No momento, há poucas certezas sobre como as relações entre SpaceX e NASA seguirão. A agência ainda não tem um novo administrador indicado, após Trump retirar a nomeação de Jared Isaacman para o posto.

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Olhar Espacial: saiba tudo sobre o asteroide que extinguiu os dinossauros

Há 65 milhões de anos, um evento catastrófico mudou para sempre a vida na Terra: o impacto de um asteroide gigantesco que desencadeou a extinção dos dinossauros e de muitas outras espécies. 

Mas como esse evento, conhecido como extinção do Cretáceo-Paleogeno, transformou o nosso planeta? Quais são as evidências que comprovam a ligação entre o impacto e a extinção em massa? E quais foram os efeitos devastadores desse evento na história da vida na Terra?

Impacto do asteroide acabou com os dinossauros e com 75% da vida no planeta. Crédito: Elenarts – Shutterstock

No Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (6), vamos mergulhar no passado remoto do nosso planeta para investigar os detalhes desse impacto apocalíptico. Além disso, vamos explorar as evidências que revelam a magnitude do evento e suas consequências para a biosfera e discutir a probabilidade de um evento semelhante acontecer novamente em um futuro próximo.

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E para abordar esse tema tão curioso, o programa recebe o paleontólogo Marcelo Adorna Fernandes. Graduado em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com mestrado em Ecologia e Recursos Naturais pela mesma instituição e doutorado em Geologia/Paleontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atualmente é professor associado nível IV no Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da UFSCar e coordenador do Grupo de Pesquisa do CNPq Paleoecologia e Paleoicnologia. 

Fernandes tem vasta experiência na área de Geociências, com ênfase em Paleontologia Estratigráfica, atuando principalmente nos seguintes temas: paleontologia, paleoicnologia, paleovertebrados, Formação Botucatu, Bacia Bauru e icnofósseis. 

O Programa Olhar Espacial desta semana recebe o paleontólogo Marcelo Adorna Fernandes para um bate-papo sobre o asteroide que matou os dinossauros. Crédito: Arquivo pessoal

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Frio, calor, chuva: entenda a previsão do tempo para o fim de semana

A previsão do tempo para este fim de semana tem um pouco de tudo. Frio, calor, mais chuva aqui, menos chuva ali. As estimativas são da Climatempo, passadas pelo meteorologista Allef Matos ao G1.

Uma frente fria que avançou pelo país na quinta-feira (05) promete mudar o cenário meteorológico neste fim de semana. Enquanto o Sul terá tempo mais estável, o Sudeste enfrentará chuvas e temperaturas mais baixas. Já o Norte e Nordeste podem registrar precipitações mais intensas.

Menos chuva no Sul, mais chuva no Norte: como fica o clima neste fim de semana

No Sul, o tempo deve ficar mais firme (leia-se: sem chuva) nesta sexta-feira (06). Mas temperaturas mais baixas são esperadas para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná.

No Sul, o tempo deve ficar mais firme – isto é, sem chuva – e frio nesta sexta-feira, 06 de junho (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Para boa parte do Sudeste, a previsão é de mudança no clima neste fim de semana. O avanço de uma frente fria, que começou na quinta-feira (05), deve deixar tempo instável em São Paulo e no Rio de Janeiro nesta sexta.

A tendência é que as temperaturas fiquem mais baixas nesses estados por conta da possibilidade de chuva – moderada e pontualmente forte em São Paulo e pancadas no Rio de Janeiro.

“No restante do Sudeste, Centro-Oeste e Norte, a gente vai ter uma condição de tempo firme, com temperaturas mais altas”, disse Matos.

Pessoas agasalhadas e carregando guarda-chuvas andando em avenida de São Paulo
Há chance de chuva moderada e pontualmente forte em São Paulo, o que deve manter temperaturas baixas (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Mais ao norte do Brasil, a chuva pode ser mais consistente, segundo o meteorologista. O destaque aqui vai para Roraima e norte do Amazonas. Também há chance de chuva moderada a forte no litoral do Nordeste, principalmente entre Alagoas, Pernambuco e Recife.

Nova onda de frio chega ao Brasil neste fim de semana

Uma nova massa de ar frio deve avançar pelo país a partir de domingo (08). Por isso, espera-se um novo período de temperaturas baixas no Centro-Sul do Brasil. Mas esta onda deve ser um pouco diferente da registrada em maio.

Pessoas andando agasalhadas na rua em dia frio
Nova onda de frio deve entrar no Brasil pela região Sul e, em seguida, avançar para regiões Sudeste e Centro-Oeste (Imagem: Elza Fiúza/Agência Brasil)

“O ar frio abrange uma área um pouco menor e não será tão intenso quanto a primeira onda registrada”, dizem meteorologistas da Climatempo ouvidos pelo G1. “Porém, em termos de duração, esta será um pouco maior.”

  • Na prática, há menos chance de nevar, por exemplo. Se acontecer, deve ficar restrito às regiões mais altas da Serra Catarinense.

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A nova onda de frio entra no país pela região Sul. Nos dias seguintes, avança para parte do Sudeste e do Centro-Oeste. As áreas mais afetadas devem ser:

  • Norte do Paraná;
  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Sul de Minas Gerais;
  • Sul do Mato Grosso do Sul.

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Com “pouso forçado”, sonda japonesa falha em missão na Lua

Pousar na Lua não é fácil, e, pela segunda vez, a ispace percebeu isso. Após perder contato com a sonda Resilience durante sua tentativa de pouso na tarde da última quinta-feira (5), a empresa japonesa privada confirmou que o módulo não cumpriu seu objetivo.

“Queríamos que a Missão 2 fosse um sucesso, mas, infelizmente, não conseguimos pousar”, disse o fundador e CEO da ispace, Takeshi Hakamada, em coletiva de imprensa após a tentativa fracassada de pouso na Lua.

“Como resultado, o módulo de pouso não conseguiu desacelerar o suficiente para atingir a velocidade necessária para o pouso lunar planejado. Após a perda da comunicação com o módulo de pouso, um comando foi enviado para reiniciá-lo, mas a comunicação não pôde ser restabelecida.”, diz um trecho do comunicado da ispace.

Com base nessas circunstâncias, presume-se atualmente que o módulo de pouso provavelmente realizou um pouso forçado na superfície lunar

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Pouso forçado é uma forma de dizer que o módulo caiu na superfície lunar a uma velocidade maior do que o esperado e provavelmente ficou danificado. Como o contato com a sonda não foi retomado, a missão não vai prosseguir.

O lander Resilience, da empresa ispace, do Japão Crédito: ispace

O que vem após a falha?

A missão fracassada não quer dizer que tudo está perdido. A empresa agora trabalha para entender o que pode ter causado o problema, e evitar que isso aconteça em uma possível nova tentativa de uma carga lunar no futuro.

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“Considerando que atualmente não há perspectiva de um pouso lunar bem-sucedido, nossa principal prioridade é analisar rapidamente os dados de telemetria que obtivemos até o momento e trabalhar diligentemente para identificar a causa”, completou Hakamada, em nota.

Ilustração que mostra o passo a passo da missão Resilience
Ilustração que mostra o passo a passo da missão Resilience (Imagem: ispace)

A trajetória da sonda

A trajetória da Resilience começou em janeiro deste ano, quando a SpaceX lançou um Falcon 9 carregando o módulo junto com a sonda privada Blue Ghost, da Firefly Aerospace. Ambas tinham o mesmo destino, mas a segunda pousou com sucesso em 2 de março.

Se o destino era o mesmo e o lançamento ocorreu no mesmo dia, por que a sonda da Firefly chegou antes? Diferentemente da Blue Ghost, a Resilience seguiu uma rota de “baixa transferência de energia” para alcançar a Lua, o que tornou a viagem mais demorada.

Falcon 9 cruzando o céu com a sonda Resilience a bordo
Falcon 9 cruzando o céu com a sonda Resilience a bordo (Imagem: ispace)

A sonda japonesa entrou na órbita lunar há quase um mês, em 6 de maio e pousaria nesta quinta-feira (5).

Ao todo, a nave Resilience levou cinco experimentos. Um deles, o pequeno robô Tenacious, foi projetado para coletar amostras lunares para a NASA. O módulo de pouso também transportou uma obra de arte chamada Moonhouse, criada pelo artista sueco Mikael Genberg.

Esta não é a primeira tentativa da empresa: em 2023, a missão Hakuto-R 1 falhou ao tentar pousar.

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Fase da Lua hoje: 06/06/2025

Hoje, 6 de junho de 2025, a Lua está na fase Crescente, está 77% visível e crescendo. Faltam 5 dias para a Lua Cheia. Confira o calendário completo de fases da Lua em junho.

As informações sobre as fases da Lua do mês de junho são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Lua hoje: confira as próximas fases

As fases da Lua no mês de junho de 2025 começam já no dia 3 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de maio. A mudança ocorre à 00h41.

Já no dia 11 é a vez da Lua Cheia, às 04h46. A Lua Minguante surge às 16h20 do dia 18 do mês. As fases da Lua do mês de junho de 2025 contam ainda com a Lua Nova, no dia 25 às 07h33.

Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock

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Calendário fases da lua junho de 2025

  • Lua Crescente: dia 3 às 00h41
  • Lua Cheia: dia 11 às 04h46
  • Lua Minguante: dia 18 às 16h20
  • Lua Nova: dia 25 às 07h33

O que é o ciclo lunar?

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.

Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).

Qual a fase da Lua hoje?

Hoje a Lua está na fase Crescente.

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É só genética? Ambiente influencia sexo dos camundongos, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, descobriram que a deficiência de ferro durante a gestação pode interferir na formação dos órgãos sexuais de camundongos ainda não nascidos, desafiando a ideia tradicional de que o sexo é determinado apenas por fatores genéticos.

As descobertas foram publicadas na revista Nature, e os pesquisadores destacam a importância do ferro para uma gravidez saudável — tanto em camundongos quanto em humanos.

Descoberta inédita desafia a ideia de que o sexo é determinado apenas pelos genes (Imagem: Gallinago_media/Shutterstock)

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Descobertas do estudo

  • O estudo mostrou que camundongos com cromossomos XY (geneticamente machos) desenvolveram ovários ou órgãos sexuais mistos quando suas mães foram privadas de ferro no período crítico da determinação do sexo fetal.
  • A explicação está na enzima KDM3A, que ativa o gene Sry, localizado no cromossomo Y, essencial para o desenvolvimento dos testículos.
  • A atividade da KDM3A, no entanto, depende do ferro para funcionar corretamente.
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Pesquisa japonesa sugere que fatores ambientais podem influenciar o desenvolvimento sexual além da genética (Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock.com)

Dietas especiais foram aplicadas

Os experimentos incluíram a administração de medicamentos que removem ferro e dietas com baixo teor do nutriente. Em ambos os casos, uma pequena porcentagem dos camundongos machos apresentou alterações no desenvolvimento sexual.

Os efeitos só foram observados quando havia também uma mutação no gene da KDM3A ou deficiência severa de ferro, sugerindo uma interação complexa entre genética e ambiente.

Embora os resultados ainda não permitam conclusões definitivas, os cientistas acreditam que o estudo abre caminho para investigações mais amplas sobre como fatores nutricionais podem influenciar a expressão genética.

Camundongo na mão de uma pessoa e colocando uma das patas no dedo da pessoa
Camundongos machos nasceram com ovários após mães receberem dieta pobre em ferro (Imagem: Aleksandr Pobeda/Shutterstock)

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