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Cientistas da Austráliadescobriram uma maneira de evitar a fixação de bactérias em superfícies — em especial nos centros cirúrgicos — utilizando uma proteína que dá às pulgas o impulso de saltar.
No estudo, os pesquisadores testaram um revestimento antibacteriano feito de proteínas miméticas de resilina para bloquear completamente a fixação das bactérias, incluindo aquelas resistentes a antibióticos.
“Este trabalho mostra como esses revestimentos podem ser ajustados para combater bactérias de forma eficaz — não apenas no curto prazo, mas possivelmente por um longo período”, disse a principal autora do estudo, professora Namita Roy Choudhury.
As aplicações potenciais podem incluir revestimentos em spray para instrumentos cirúrgicos, implantes médicos, cateteres e curativos.
Novo revestimento pode ser usado para melhorar a limpeza de instrumentos cirúrgicos (Imagem: stefanamer/iStock)
O que é a tal resilina?
A resilina é uma proteína encontrada em insetos, conhecida por sua elasticidade notável e natureza não tóxica. Ela permite que as pulgas saltem mais de cem vezes sua própria altura em microssegundos, segundo a pesquisa.
Essas propriedades já são de conhecimento da engenharia de tecidos, indústria de medicamentos, eletrônicos e equipamentos esportivos, mas essa é a primeira vez que cientistas avaliam seu desempenho como revestimento antibacteriano.
Os cientistas criaram um revestimento a partir de formas alteradas de resilina e, em seguida, testaram suas interações com bactérias E. coli e células da pele humana em condições de laboratório.
Superfície antibacteriana foi ampliada 4.000 vezes sob microscópio eletrônico de varredura (Imagem: RMTI/Divulgação)
As proteínas alteradas na forma de nano gotículas, conhecidas como coacervados, foram 100% eficazes em repelir as bactérias, ao mesmo tempo em que se integraram bem às células humanas saudáveis.
“Ao entrarem em contato, o revestimento interage com as membranas celulares bacterianas carregadas negativamente por meio de forças eletrostáticas, rompendo sua integridade, levando ao vazamento do conteúdo celular e eventual morte celular”, disse o principal autor do estudo, Dr. Nisal Wanasingha.
Grupo de pesquisa fará novos testes para avaliar desempenho do revestimento em uma gama ampla de bactérias nocivas (Imagem: RMTI/Divulgação)
Próximos passos
A transição da pesquisa de laboratório para o uso clínico exigirá garantir a estabilidade e a escalabilidade da fórmula, conduzir testes extensivos de segurança e eficácia e, ao mesmo tempo, desenvolver métodos de produção acessíveis para ampla distribuição.
“Esses primeiros resultados são muito promissores como uma nova maneira de ajudar a melhorar o controle de infecções em hospitais e outros ambientes médicos, mas agora mais testes são necessários para ver como esses revestimentos funcionam contra uma gama mais ampla de bactérias nocivas”, disse o coautor do estudo, Professor Naba Dutta.
O que antes parecia enredo de ficção científica já se tornou realidade em hospitais, clínicas e centros cirúrgicos. A inteligência artificial (IA) está transformando o dia a dia da medicina — inclusive na cirurgia plástica — com impactos diretos no diagnóstico, no planejamento cirúrgico e na segurança dos pacientes.
“Estamos vivendo uma mudança de paradigma: da medicina reativa para uma abordagem preditiva e personalizada, baseada em dados reais e em tempo real”, afirma a cirurgiã plástica Isabel de Figueiredo, autora do livro Medicina do Amanhã – A importância estratégica da Inteligência Artificial.
De acordo com a médica, a principal força da IA está na capacidade de processar e interpretar grandes volumes de dados clínicos e imagens em segundos, o que amplia a precisão diagnóstica e orienta decisões mais assertivas.
“Isso significa cirurgias mais planejadas, menos riscos e tratamentos mais adequados a cada paciente”, diz.
Na cirurgia plástica, tecnologia já ajuda a prever riscos, personalizar tratamentos e aumentar a segurança dos pacientes – Imagem: raker/Shutterstock
Tecnologia aliada do bisturi — não substituta
Na prática, a IA já está presente em diversas etapas da cirurgia plástica.
Softwares de simulação ajudam a visualizar o resultado de procedimentos, algoritmos analisam padrões de envelhecimento e indicam abordagens estéticas mais eficazes.
Também há aplicações que usam visão computacional e realidade aumentada durante cirurgias, além de ferramentas que acompanham a recuperação e cicatrização no pós-operatório.
Mas a tecnologia não substitui o profissional — ao menos não o bom profissional. “A IA deve ser vista como uma aliada. O contato humano, a escuta ativa, a empatia — isso segue sendo insubstituível”, ressalta a médica.
Fora do centro cirúrgico, a automação de tarefas administrativas tem ajudado a devolver aos profissionais o tempo que antes era consumido por burocracias. Segundo a especialista, esse tempo pode agora ser reinvestido no que realmente importa: o cuidado com o paciente.
Desafios éticos e necessidade de capacitação
Apesar do avanço, o uso responsável da IA ainda enfrenta desafios importantes, especialmente no campo da formação médica.
“A maioria dos profissionais da saúde não foi preparada para lidar com algoritmos. A alfabetização em IA precisa avançar rapidamente”, alerta Isabel, que criou um curso voltado à capacitação prática de médicos nesse novo cenário.
Ela também defende um debate mais profundo sobre regulação. “Precisamos garantir que os algoritmos sejam justos, auditáveis e respeitem a privacidade dos pacientes. A LGPD é um marco, mas estamos apenas começando essa conversa.”
Ferramentas inteligentes já atuam no pré, intra e pós-operatório – Imagem: SOMKID THONGDEE/Shutterstock
O uso da inteligência artificial na cirurgia plástica será um dos temas centrais da 40ª Jornada Sul-Brasileira de Cirurgia Plástica, marcada para os dias 15 a 17 de maio de 2025, em Florianópolis.
O evento reunirá especialistas de todo o país para debater os impactos da tecnologia no futuro da medicina — e no dia a dia dos consultórios.
Apesar de otimista com o que vem por aí, Isabel destaca que o essencial segue o mesmo.
“Vejo um futuro em que cada paciente terá um plano de tratamento totalmente individualizado. Mas, acima de qualquer tecnologia, o que continua fazendo a diferença é a escuta. A empatia ainda é — e sempre será — a melhor ferramenta médica.”
A traqueotomia é um procedimento médico essencial quando o paciente não consegue respirar normalmente. Ela consiste na abertura da traqueia para criar uma via aérea alternativa, permitindo a passagem do ar até os pulmões. É indicada em casos como obstruções nas vias respiratórias, insuficiência respiratória grave ou quando outros métodos de ventilação não funcionam adequadamente.
Embora seja um procedimento comum em ambientes hospitalares, sua aplicação pode ser decisiva em situações de risco iminente, em que a rápida intervenção é necessária para evitar danos irreparáveis.
Com o avanço da medicina e tecnologias, a traqueotomia tem se tornado cada vez mais segura e eficaz, proporcionando não apenas a sobrevivência do paciente, mas também contribuindo para a sua recuperação a longo prazo. Vamos entender como a traqueotomia é realizada, em que circunstâncias ela é indicada e como pode ser fundamental para salvar vidas.
O que é a traqueotomia?
A traqueotomia é um procedimento cirúrgico em que é realizada uma abertura na traqueia, logo abaixo da laringe, para permitir a passagem do ar diretamente para os pulmões. Essa abertura, chamada de estoma, é normalmente feita utilizando bisturis ou outros instrumentos cirúrgicos de precisão, com o objetivo de garantir a ventilação adequada do paciente quando a respiração está comprometida.
A principal indicação para a traqueotomia é a obstrução das vias aéreas superiores. Isso pode ocorrer devido a diversos fatores, como lesões no pescoço, presença de tumores, doenças respiratórias graves ou até mesmo em pacientes que precisam de ventilação assistida por longos períodos, como aqueles com doenças pulmonares crônicas ou aqueles submetidos a cirurgias complexas.
Imagem: UI Health/Reprodução
Ao criar uma via alternativa de respiração, a traqueotomia permite que o ar flua diretamente para os pulmões, sem a necessidade de passar pela garganta ou vias aéreas superiores, que podem estar bloqueadas ou comprometidas.
Embora pareçam sinônimos, traqueotomia e traqueostomia são coisas diferentes. Tecnicamente, “traqueotomia” é o nome do procedimento cirúrgico, enquanto “traqueostomia” se refere à abertura resultante na traqueia.
Quando a traqueotomia é indicada?
A traqueotomia pode ser necessária em várias situações emergenciais, mas também pode ser realizada de forma planejada para pacientes com necessidades respiratórias crônicas. Abaixo, listamos algumas das condições mais comuns que levam à indicação do procedimento.
Obstrução das vias aéreas superiores
Este é um dos principais motivos para a realização da traqueotomia. A obstrução pode ser causada por inchaços decorrentes de infecções, como laringite, ou por corpos estranhos que bloqueiam a passagem do ar. Em situações mais graves, como traumas no pescoço ou cabeça, pode ser necessário abrir a traqueia para restaurar a passagem do ar.
Doenças respiratórias crônicas
Pacientes com doenças como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou fibrose cística podem ter dificuldades respiratórias graves. Quando os tratamentos convencionais não são suficientes para garantir a ventilação, a traqueotomia pode ser realizada para facilitar a respiração e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Raio-x de câncer de pulmão (Imagem: utah778/iStock)
Ventilação mecânica prolongada
Pacientes que necessitam de ventilação assistida por longos períodos, como aqueles em estado crítico após uma cirurgia complexa ou vítimas de acidentes, podem se beneficiar da traqueotomia. A ventilação mecânica por intubação orotraqueal pode ser desconfortável e gerar lesões nas vias aéreas superiores, sendo a traqueotomia uma opção mais segura e eficaz para a ventilação prolongada.
Em pacientes com cânceres na região da cabeça, pescoço ou garganta, pode haver comprometimento das vias aéreas. Nesse caso, a traqueotomia é realizada para garantir que o paciente tenha uma via aérea livre, permitindo a respiração durante o tratamento oncológico.
Paralisia das vias respiratórias
Em algumas condições neurológicas, como lesões medulares ou doenças autoimunes, as vias respiratórias podem se paralisar. A traqueotomia pode ser uma medida essencial para assegurar que o paciente consiga respirar com eficiência.
Como a traqueotomia é realizada
A realização de uma traqueotomia é um procedimento cirúrgico, geralmente realizado em ambiente hospitalar. Existem duas formas principais de realizar a traqueotomia: a traqueotomia cirúrgica e a traqueotomia percutânea.
Imagem:
PongMoji/depositphotos
Traqueotomia cirúrgica
Esse método envolve uma incisão feita no pescoço, onde o cirurgião localiza a traqueia e cria uma abertura. A incisão é então expandida para permitir a colocação de um tubo de traqueotomia, que será responsável pela ventilação. Após o procedimento, o paciente permanece em observação para garantir que o estoma cicatrize adequadamente.
Traqueotomia percutânea
Na traqueotomia percutânea, o procedimento é realizado de forma menos invasiva, utilizando agulhas e guias para acessar a traqueia por meio de pequenas incisões. Esse tipo de traqueotomia é geralmente indicado em pacientes com condições menos graves e pode ser realizado com sedação, sem a necessidade de anestesia geral.
Traqueotomia e a evolução na medicina
Com o avanço das técnicas e tecnologias, a traqueotomia tem se tornado cada vez mais segura e eficaz. A introdução de métodos minimamente invasivos, como a traqueotomia percutânea, tem reduzido significativamente o tempo de recuperação e as complicações associadas ao procedimento.
Além disso, a criação de dispositivos modernos, como tubos de traqueotomia mais confortáveis e com melhor vedação, tem permitido que pacientes se recuperem mais rapidamente e retornem a uma vida normal. A combinação desses avanços tem aumentado as chances de sobrevivência em situações críticas, proporcionando aos médicos uma ferramenta importante para salvar vidas.
O impacto da traqueotomia na qualidade de vida
Embora a traqueotomia seja um procedimento que envolve riscos, seu impacto na qualidade de vida do paciente pode ser transformador. Em muitos casos, ela proporciona uma via aérea segura, permitindo que os pacientes se recuperem e voltem a respirar com facilidade. Para aqueles que dependem de ventilação mecânica, a traqueotomia pode oferecer maior conforto e reduzir os danos às vias aéreas superiores, permitindo uma ventilação mais eficaz e confortável.
Além disso, a traqueotomia permite que os pacientes mantenham uma nutrição adequada, pois a passagem de ar pela boca e garganta pode dificultar a alimentação. Com a traqueotomia, o paciente pode ser alimentado adequadamente sem o risco de aspiração.
A anestesia geral é uma técnica médica que induz um estado de inconsciência controlada para que o paciente não sinta dor e não tenha memória do procedimento. Esse tipo de anestesia é utilizado principalmente em cirurgias, exames invasivos e outros procedimentos médicos que exigem a imobilização total do paciente. Mas anestesia geral pode matar?
Recentemente, o influenciador e empresário Ricardo Godoi, de 46 anos, faleceu após receber anestesia geral para realizar uma tatuagem nas costas em Itapema, Santa Catarina. O procedimento ocorreu em um hospital, onde ele foi sedado antes mesmo de a tatuagem começar.
No entanto, logo após a administração da anestesia e a intubação, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu. O caso levantou dúvidas sobre os riscos da anestesia geral e as circunstâncias em que ela pode ser fatal.
O que é e para que serve a anestesia geral?
Imagem: Gumpanat/Shutterstock
Os anestésicos gerais atuam no sistema nervoso central, bloqueando a percepção da dor, a consciência e até mesmo os reflexos musculares. Eles podem ser administrados por via intravenosa ou inalatória, e a profundidade da anestesia é ajustada conforme necessário ao longo do procedimento.
O tempo de duração varia de acordo com a substância utilizada e com a resposta individual do paciente. Alguns anestésicos são mais potentes que outros e podem ser combinados para aumentar sua eficácia e segurança.
A decisão de administrar anestesia geral depende de uma avaliação detalhada, pois nem todos os pacientes podem recebê-la com segurança.
Pessoas saudáveis, de qualquer idade, geralmente toleram bem o procedimento, mas idosos com múltiplas doenças, indivíduos com problemas cardíacos ou respiratórios e aqueles com histórico de reações adversas precisam de uma abordagem cautelosa. Crianças também podem receber anestesia geral, mas a dosagem e o monitoramento precisam ser precisos para evitar complicações.
Nem toda anestesia coloca o paciente em um estado de inconsciência profunda. Existem diferentes tipos, cada um adequado para determinadas situações médicas:
Anestesia geral: induz inconsciência total e relaxamento muscular, sendo utilizada em cirurgias complexas e procedimentos invasivos.
Anestesia regional: bloqueia a sensibilidade de uma região específica do corpo, como a anestesia peridural usada em partos.
Anestesia local: aplicada diretamente na área a ser tratada, como em extrações dentárias e pequenas suturas.
Sedação consciente: mantém o paciente relaxado e sem dor, mas ele ainda pode responder a comandos verbais.
Cada tipo de anestesia tem riscos específicos, sendo que a anestesia geral, por atuar no sistema nervoso central e em funções vitais, requer monitoramento rigoroso.
Quando a anestesia geral pode matar uma pessoa?
Imagem: Hospital São Matheus
Embora segura na maioria dos casos, a anestesia geral pode levar à morte em situações específicas. As causas mais comuns incluem reações alérgicas graves, depressão respiratória e complicações cardiovasculares.
Reações alérgicas severas, conhecidas como anafilaxia, podem ocorrer quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a um dos componentes da anestesia. Isso pode causar inchaço nas vias aéreas, queda brusca da pressão arterial e choque anafilático, exigindo intervenção imediata.
A depressão respiratória é outro risco importante. A anestesia pode suprimir a atividade do centro respiratório no cérebro, tornando a respiração insuficiente ou até a cessando completamente. Para evitar esse problema, a maioria dos pacientes sob anestesia geral é intubada, garantindo que o oxigênio continue a ser fornecido aos pulmões.
Complicações cardiovasculares também são preocupantes. Algumas drogas anestésicas podem causar arritmias, queda abrupta da pressão arterial ou, em casos extremos, parada cardíaca. Pacientes com histórico de problemas cardíacos precisam ser monitorados cuidadosamente para evitar esses eventos.
(Imagem: Pixabay)
Além dessas causas, existe a hipertermia maligna, uma condição genética rara que provoca aumento extremo da temperatura corporal e rigidez muscular quando o paciente é exposto a certos anestésicos. Essa reação pode ser fatal se não for tratada rapidamente.
Outro fator de risco são condições pré-existentes que aumentam a vulnerabilidade do paciente. Pessoas com doenças pulmonares, insuficiência renal ou hepática, obesidade mórbida e distúrbios neuromusculares têm mais chances de sofrer complicações. Por isso, exames e testes pré-operatórios são fundamentais para minimizar esses riscos.
A segurança na administração da anestesia depende de uma equipe bem treinada, monitoramento constante e equipamentos adequados para lidar com emergências.
Quem não pode receber anestesia geral?
Pessoas com problemas respiratórios severos podem apresentar riscos elevados. O médico anestesiologista avalia cada caso antes da administração.
Precisa entubar durante a anestesia geral?
Sim, na maioria dos casos. A intubação protege as vias aéreas e garante que o paciente receba oxigênio suficiente enquanto está inconsciente.