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Por que sentimos coceira só de ver alguém se coçando?

Você está sentado, tranquilo, até que vê alguém se coçando e, de repente, começa a sentir coceira também. Essa reação é mais comum do que parece e tem explicações científicas ligadas ao cérebro, à empatia e até a instintos primitivos de proteção. Mas por que isso acontece?

Neste artigo vamos explicar esse fenômeno. Acompanhe!

O que é a coceira contagiosa?

O fenômeno é chamado de coceira contagiosa e acontece quando sentimos vontade de nos coçar ao ver outra pessoa se coçando, mesmo que não haja nenhum motivo físico para isso. O curioso é que essa reação pode ocorrer presencialmente, ao ver vídeos, ao ler ou até ao ouvir falar de coceira. Aliás, talvez você esteja se coçando agora…

Homem jovem coçando a mão/ Crédito: AYO Production (Shutterstock/reprodução)

Neurônios-espelho: o cérebro que imita

Uma das principais explicações para esse fenômeno está nos neurônios-espelho: células cerebrais ativadas tanto quando realizamos uma ação quanto quando vemos outra pessoa realizando essa mesma ação. Esses neurônios são fundamentais para nossa capacidade de imitar comportamentos e sentir empatia.

Quando vemos alguém se coçando, essas áreas do cérebro são ativadas como se estivéssemos sentindo aquela coceira na pele. É como se o cérebro “simulasse” a experiência observada, levando o corpo a reagir automaticamente.

Mulher coçando o braço em fundo cinza / Crédito: Dragana Gordic (Shutterstock/reprodução)

Uma resposta evolutiva de proteção

Outra teoria fascinante vem da evolução humana. Em comunidades primitivas, notar que alguém estava se coçando podia ser um alerta para a presença de parasitas, como piolhos ou carrapatos. A coceira contagiosa teria, assim, uma função de autoproteção, instigando os demais membros do grupo a se coçar também, evitando infestações.

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Esse reflexo coletivo teria aumentado as chances de sobrevivência, tornando-se parte do nosso comportamento automático ao longo do tempo.

Homem coçando a mão / Crédito: vchal (Shutterstock/reprodução)

O cérebro sente com os olhos

Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro pode ativar áreas sensoriais mesmo quando estamos apenas observando comportamentos físicos, como ver alguém se machucar, bocejar ou se coçar. É o mesmo princípio por trás da empatia tátil: o cérebro reage como se aquela sensação estivesse acontecendo conosco.

Isso explica por que a coceira, embora seja uma experiência física, pode ser desencadeada por estímulos puramente visuais ou simbólicos.

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O que são as caspas e por que elas aparecem?

Coceira, irritação no couro cabeludo, pequenos flocos brancos que aparecem entre os fios de cabelo e que incomodam muita gente: esses e outros sintomas são causados pela caspa.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo Instituto Ilumeo em parceria com a empresa Head & Shoulders, cerca de 70% dos brasileiros têm ou já tiveram caspa, enquanto apenas 35% resolveram procurar ajuda de um dermatologista.

Mas por que a caspa insiste em aparecer? O que exatamente são essas escamas e, o mais importante, como podemos tratá-las? Se você está em busca de respostas para essas perguntas, leia o texto a seguir.

O que são as capas?

A caspa, também chamada de dermatite seborreica, é uma inflamação (geralmente fúngica) que acomete o couro cabeludo e resulta em descamação.

Mulher investigando caspas no cabelo de outra mulher (Reprodução: @Freepik/Freepik)

De acordo com a tricologista e professora de Terapia Capilar, Edna Braga, a caspa se prolifera devido à oleosidade do couro cabeludo e esse sebo se torna alimento para fungos, que se reproduzem no local. Geralmente, quem tem o couro cabeludo mais oleoso, tem mais propensão a desenvolver o problema. 

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, as placas brancas que se soltam na base dos fios de cabelo são formadas porque as glândulas sebáceas (que produzem a oleosidade) incham e passam a produzir secreção oleosa em excesso, que se acumula no couro cabeludo.

A tricologista destacou hábitos que contribuem para proliferação da caspa, como: dormir com os cabelos molhados, em decorrência dos fungos gostarem de ambientes úmidos, e a falta de frequência na higienização do cabelo.

A caspa não é proveniente da falta de higiene. Porém, quando a pessoa fica muito tempo sem higienizar o couro cabeludo, fica mais oleoso, o que faz com que a caspa apareça com mais facilidade“, ressaltou Edna.

Sobre como evitar a descamação do couro cabelo, a profissional explica que “Evitar 100% a caspa é impossível, porque tem pessoas que, quando a imunidade baixa, ela tem mais propensão a ter caspa. Às vezes, uma simples mudança de estado ou de país, a pessoa que não tinha caspa passa a ter. Não é uma coisa assim tão fácil de evitar, mas existem dicas que ajudam a diminuir as crises, porque ela não tem cura e não é contagiosa“.

Dicas para evitar a caspa

  • Trocar a fronha mais vezes na semana;
  • Lavar o cabelo com frequência;
  • Não usar bonés, toucas, acessórios que abafem o couro cabelo;
  • Não dormir com o cabelo molhado;
  • Evitar que cosméticos entrem em contato com couro cabeludo.
Trocar a fronha do travesseiro de 2 a 3 vezes por semana pode ser útil contra as caspas (Imagem: Hooti/Divulgação)

É importante ressaltar que, em caso de ocorrência de caspa, o médico dermatologista ou tricologista deve ser consultado.

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É possível tratar caspa?

Existem diversas maneiras de tratar a caspa, como a terapia capilar e até com a ozonioterapia: uma técnica que utiliza ozônio para estimular a circulação e promover a regeneração do couro cabeludo.

Além disso, a aplicação de óleos essenciais específicos podem ajudar a equilibrar a oleosidade e reduzir a descamação.

Escolher shampoos com limpeza mais pesada também pode ajudar: cosméticos com o cetoconazol na composição ajudam a combater fungos e ainda oferecem ação anti-inflamatória. Outras substâncias, também presente no shampoo, podem ajudar a aumentar o poder de limpeza, como é o caso de ácidos (salicílico e glicólico, por exemplo). Além, é claro, da presença de tensoativos mais agressivos, como o Sodium Lauryl Sulfate e Sodium Laureth Sulfate.

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